Sunday, January 29, 2006


Proof

Starring:
Gwyneth Paltrow, Anthony Hopkins, Jake Gyllenhaal, Gary Houston, Hope Davis
Directed by:
John Madden, James D. Stern

É quase consensual que "A Paixão de Shakespeare" é um dos piores filmes galardoados pela Academia, contudo é ponto acente que se trata de uma obra singular e com alguma dose de criatividade, tendo despertado interesse nas obras sequentes do seu realizador (Madden).
Se a obra seguinte (Capitão Corelli) desiludiu tudo e todos baseando-se numa obra demasiado penosa para o espectador, Proof segue-lhes o passos apresentando um filme preso, silencioso quase tão díficil de ver como realizar um problema de matemática e com muito pouco de interessante. Este facto é agravado por se tratar de um dos filmes mais aguardados do ano anterior acabando pelo seu lançamento ser atrasado por um ano.
Assim somos transportados para os desvanios e loucuras de uma jovem que perdeu os ultimos 5 anos da sua vida tratando do Pai (conceituado matemático) entregue a loucura, assim o filme relata as consequencias deste período e a tentativa da personagem gradualmente recompor alguns dos aspectos da sua vida, contudo somos sempre encaminhados para temas perto da matemática que acabam por tornar o filme penoso e acima de tudo um exercicio pseudointelectual que acaba por levar o telespectador para longe do filme.
Outra das falhas do filme foi centrar o filme em Paltrow, sem nunca desconsiderar o talento da actriz (manifesto nesta mesma obra), penso que a personagem exigia uma capacidade de iluminar o ecra que de alguma forma paltrow consegue, acabando por a sua personagem se tornar demasiado irritante com o passar do tempo.
Assim estamos perante um drama familiar que procura alguma inspiração em a "Mente Brilhante" contudo demasiado longe da qualidade e perfecionismo do primeiro para sequer se comparado, Madden volta-nos a desiludir com um filme penoso que nos levanta a possibilidade de a Paixão de shakespeare ser uma obra unica no curriculo deste realizador. A falta de convicção e acima de tudo a falta de risco no filme torna-o numa obra académica capaz de agradar os amantes do cinema tradicional e de alguma forma desiludir todos os outros que pouco conseguem retirar daqueles 90 minutos passados ao ecrã em busca de sensasões ou emoçõe que raramente surgem.

O Melhor: O cast, Hopkins e principalmente Hope Davis, preenchem o ecrã com o seu talento, mostrando a qualidade que os caracteriza.

O Pior: A falta de dinâmica do filme, e a capacidade de irritar o espectador a cada minuto que passa com a falta de interesse que o fime incute em quem o visiona!!!

Avaliação - C

Thursday, January 26, 2006


Bad News Bears


Starring:
Billy Bob Thornton, Greg Kinnear, Marcia Gay Harden, Timmy Deters, Seth Adkins
Directed by:
Richard Linklater

Os remakes estão em moda em Hollywood, porém por vezes são os objectos mais faceis de criticar. Muitos ficaram estupefactos quando este filme foi actualizado, ja que se tratava de uma comedia sobre basebol igual a todas as outras com o argumento de sempre, falhados juntam-se e são herois. Até aqui nada de novo, o filme volta a repetir esta premissa ja enjoativa em hollywoos, contudo acrescentou-lhe o pipi-piri, ou seja uma gama de piadas politicamente incorrectas, modificando um filme a primeira vista familiar numa comédia com tons de negro, capaz de soltar as mais diversas gargalhadas no espectador, ainda para mais tratando-se de um filme centrado em crianças, todo o filme vive de uma total incongruecia entre o argumento e a tonalidade do humor utilizado. Inapto para menores de 12 anos esta comédia aparece como uma das maiores surpresas do ano, apesar da baixa receptividade do publico, indizido talvez pelo argumento demasiado familiar apresentado.
O grande mal do filme e que apesar de tudo é mais um filme igual a muitos sem grande conteudo ou surpresas, recheado de promenores de grande classe, com a moral barata de sempre a imperar, mesmo que o espectador prefira a toada rebelde e fora da lei do mesmo
No que diz respeito ao cast, Billy bob Thorton aparece como um outlaw, papel que lhe assenta com uma luva, ficando apenas uns furos a baixo nas situações que requerem algum envolvimento emocional o grande calcanhar de aquiles do actor, conjugado pelo Greg Kennear, o banana de serviço, encarando mais uma vez uma personagem ao seu nivel ou seja fraquinho.

Assim este e o filme ideal para a descontração e para quebrar o mito de que os filmes de domingo a tarde não podem ser objectos de piada.

O melhor. O politicamente incorrecto do filme capaz de provocar momentos de um humor inteligentissimo, e claro a magnifica personagem do angelical Tanner Boyle (das melhores personagens infantis de sempre)

O pior: apesar de tudo continua a ser um filme de domingo a tarde na sua base o que de alguma forma nada mais serve do que ver, rir e esquecer

Avaliação B-

Jarhead - Maquina zero


Starring:
Jake Gyllenhaal, Jamie Foxx, Peter Sarsgaard, Lucas Black, Brian Geraghty
Directed by:
Sam Mendes

Desde logo é importante assumir que não estamos perante um filme de guerra, mas sim um filme que centra toda a sua luz nos actores da guerra. Vários foram os filmes que se centraram na descrição de factos, mas neste caso não estamos perante um filme que documenta factos, nem tão pouco num filme de acção, mas num filme de homens, num exercício de psicologia, ao tentar entrar nas cabeças rapadas de um marine, tentar entras na sua dimensão, perceber o que eles pensam (ou não), tentar perceber as suas motivações os seus sentimentos, a importância da sua arma, a vinculação excessiva às cartas da namorada, a importância de momentos de pura descontracção, ou talvez mesmo a relevância do local onde dormimos. Jarhead não tenta descrever nada nem tão pouco construir nada, optando por nos colocar face a face perante a personalidade de diversos tipos de soldados, mostrar-nos as suas angústias e acima de tudo a sua natureza. Tudo isto é feito num diálogo intimicista entre a câmara e o espectador que rapidamente é transportado para um grupo de homens percebendo as motivações destes como as nossas, e quem sabe até, compartilhar alguma da desumanidade que os define.
O filme e todo ele centrado na tentativa de fazer algo que conduza a que no final possam dizer que aquele tempo no deserto “valeu a pena”, com uma caracterização bruta e quase machista dos soldados, Mendes vai esbatendo esta mascara com momentos de grande sensibilidade das suas personagens que aos poucos vão demonstrando todas as suas dimensões. Este filme vai-nos transformando aos poucos, depois de conhecer as personagens o espectador partilha com as estas a ânsia da guerra, ou seja, ver aqueles soldados em acção ver o que eles valem, e também eles o querem, querem ficar na historia marcar o momento, fazer com que tudo que deixaram para trás faça sentido, nem que seja na bala gasta de um disparo. Este filme é um filme de uma ligação íntima invulgar com o espectador, mesmo longe da perfeição este é uma das grandes obras de 2006, sustentado numa banda sonora e uma fotografia capaz de resultar em momentos de extraordinária beleza.
Este filme não é a critica social que todos gostavam que fosse, mas sim um retrato real da mente de um marine, uma homenagem aos rituais por vezes criticados dos mesmos, que nós civis por ignorância tanto criticamos sem nunca saber o sentido dos mesmos, Mendes pode não ter disfarçado todo o simbolismo numa saca de plástico mas deu-lhes uma representação bem real através de cada acção dos soldados do filme.
Contudo também visualizamos vários aspectos negativos, desde logo a desaceleração do filme, que de alguma forma perde algum do ritmo na sua segunda fase, para alem deste corte também a toada do filme sofre alterações passando de um tom cómico e leve para uma dramatização excessiva, e por fim a grande falha a incapacidade do argumento fechar o circulo através da exposição da adaptação dos soldados depois da guerra.
Mesmo assim estamos perante uma obra singular que no final faz-nos a todos sentir um Jarhead.

O Melhor. A homenagem de Mendes aos soldados porque o homem deveria ser sempre mais importante do que a guerra

O pior. O por vezes a sensibilidade de ser civil não tirar o máximo proveito do sentido que o filme pode ter num soldado

Avaliação B+

Wednesday, January 25, 2006


Bobby Darin - Amor Eterno

Starring:
Kevin Spacey, Kate Bosworth, John Goodman, Bob Hoskins, Peter Cincotti
Directed by:
Kevin Spacey

Tornou-se moda nos ultimos tempos Hollywood homenagear alguns nomes da música, com biopics, sendo que Bobby Darin não ficou de fora destas homenagens, sendo que esta foi prestada por um dos maiores actores da ultima decada, o duplamente oscarizado Kevin Spacey. Contudo como o proprio Darin o filme não entra em grandes aventuras tratando-se de um Biopic simples centrado nos problemas vinculativos da personagem, bem como na sua condição de saude frágil, priveligiando a musicalidade em deterimento de um argumento criativa, capaz e completo. Assim estamos perante um filme que cumpre nos seus objectivos gerais, contudo sem o brilhantismo de outras obras do género, como "Ray", ou mesmo "the Doors", assim mais não assistimos a uma retrospectiva da vida de um músico com as suas paranoias, e as ascenções ao sucesso nas areas em que foi apostando, contudo o filme falha na caracterização da personagem, já que dificilmente conseguimos ver Darin no filme, ficando sempre na retina Spacey (talvez o facto de terem apostado num actor com grande talento pode ser a causa?). Alem do mais Spacey (o realizador) não arrisca, voltando a não conseguir impor-se no capitulo da realização, já que a sua obra anterior (Albino Aligator) também tinha ficado bastante longe da recepção esperada.
Mesmo assim acaba por ser Spacey (o actor) o responsavel pelos melhores momentos do filme, oferecendo uma imagem diferente da habitualmente transmitida no cinema, recorrendo aos atributos conseguidos na sua experiencia da Brodway, para nos oferecer mais uma grande actuação (o mal e que talvez ofusque o propria Darin), contudo o cast demonstrou total ineficacia no papél feminino ja que apesar de Bosworth ser uma das divas em projecção de Hollywood, a diferença de idades entre os protagonistas pode retirar alguma da quimica que julgo ser fundamental para a concretização do filme. Assim estamos perante um filme académico que exita em determinados momentos em arriscar, acabando por perder em competição directa com outros filmes do género

O melhor. Kevin Spacey, versão musical, o sinonimo em pessoa do que e ser um actor multifacetado

O Pior. Kevin Spacey, como realizador, teme em arriscar e demonstrar o brilhantismo que tão bem realiza como actor, resultando num filme muito aquem do possivel

Avaliação C+

OldBoy - Um Velho Amigo


Starring:
Choi Min-Sik, Yu Ji-tae, Gang Hye-jung, Ji Dae-han, Oh Dal-su
Directed by:
Park Chan-wook

Todos os anos surgem alguns titulos oriundos do oriente que rapidamente conquistam um estatude grandeza junto dos cinéfilos, este ano esta tarefa ficou a cargo de "Oldboy", a história de um homem que depois de 15 anos preso num quarto sem saber bem porque, busca tentar compreender a origem de tudo aquilo, tendo ainda tempo para se apaixonar: A originalidade do filme assenta acima de tudo num ponto de partida estranho que se vai desenvolvendo e descobrindo com o passar do tempo, oferecendo-nos um filme intenso que prende o espectador de inicio em fim em busca da informação e da razão de todo o filme. O filme encontra-se muito bem realizado e construido, conduzindo a um climax no minimo intrigante e surpreendente que fecha com chave de ouro um filme ja de si bem construido. Os pontos fracos do filme assentam em alguns tiques dos filmes orientais, como algumas sequencias de luta desajustadas dos objectivos dos filmes e algumas personagens demaido misteriosas que de alguma forma fogem daquilo que me parece ser o objectivo do filme, ou seja contar uma boa história.
Assim estamos perante um daqueles filmes que nos colocam com diversos conflitos morais dobre o que realmente deve ser defendido nesse campo, oferencendo interpretações de grande qualidade, numa realização excelente, Oldboy aparece como o "filme estrangeiro" do ano, seguindo a tradição dos melhores thrillers efectuados nos EUA. Só esperemos que como outros realizadores de lingua não inglesa, se perca em filmes de linha b construindo e baseando a sua carreira apenas neste filme, mesmo assim estamos perante uma das melhores obras do ano...

De referir que é um filme cru com imagens demasiado duras e que de alguma forma pode ferir susceptibilidades dos mais sensiveis...

O Melhor: O argumento sustentado principalmente na revelação final que leva o espectador a rever mentalmente todo o filme

O Pior: Determinados fragmentos do filme prende-se em demasia a tiques tipicos de filmes orientais e que de alguma forma conduz a alguma indefinição na identidade de o filme, já que oscila entre um filme universal e um tipicamente oriental

Avaliação - B+

Tuesday, January 24, 2006


The Crow - Wicker Prayer.

Starring:
Edward Furlong, David Boreanaz, Tara Reid, Dennis Hopper, Marcus Chong
Directed by:
Lance Mungia

A saga the crow faz este ano 12 anos da sua estreia, depois de um primeiro filme que se tornou facilmente num objecto de culto para os amantes de cinema, presentiado por criação dantesca de Proyas, esperava-se que a serie de crow conquistasse rapidamente o coração dos cinefilos de todo mundo, o problema foi que o Protagonista (Brandol Lee) acabaria por falecer num incidente do filme marcando por um lado o culto deste e por outro malogrando a serie que nunca mais conseguiu repetir filmes dentro do aceitavel, contudo esta desce ao ponto mais baixo e degradante com este Wicker Prayer, talvez ja conscientes da asneira que estavam a fazer os produtores resolveram lançar o filme directo para video, e em boa hora o fizeram, pois estamos perante um dos filmes mais decadentes da historia do cinema, repleto de falhas gravissimas e de lapsos inultrapassaveis que são dificeis de narrar.
Desde logo a transposição da historia para uma vila provinciana dos Estados Unidos, retirando a obscuridade caracteristica da obra, depois os espectaculos visuais marcadas pelas marcas deixadas pelo corvo parecem pateticas neste episódio. O argumento e recheado de partes absolutamente ridiculas como a envolvencia de grupos satanicos, magia negra, obras do diabo, enfim os ingredientes todos para um filme inarravel, uns vilões indefenidos entre o beto e o satanico que nunca se chega a perceber bem o que são, buracos narrativos por todo lado, cenas de luta de um nivel tão baixo que sinceramente ninguem percebe porque estão lá, o nome das personagens só funciona se tiver o caracter humoristico (que na minha opinião nao teve essa intenção), senão reparem a personagem principal chama-se Jimmy Cuervo?! :(
E por fim um casting completamente repleto de figuras em fase completamente degradante da sua carreira, como Denis Hopper, Tara Reid e especialmente Edward Furlong num dos papeis mais mal representados da historia do cinema, onde observamos um the crow com 1, 60 corcunda e com uma capacidade de luta semelhante á de uma menina de 3 anos. Enfim este filme consegue o cumulo de ultrapassar o ja de si pessimo Corvo: Pecado Mortal, sendo uma conjugação de trabalhos arrepiantes tornando esta obra num dos piores que há memória, juntando e multiplicando grande das coisas más que se fazem em hollywood.
Nem a banda sonora bastante eficaz nos anteriores titulos da serie aparece neste episodio, sendo esta reduzida a intrumentais sem qualquer tipo de qualidade

O melhor: O cada vez maior valor que damos a obra de proyas

O pior: o argumento, a realização, os actores (especialmente Furlong), a fotografia, a banda sonora, .... enfim todo o filme

Perdoa-os Brandon eles nao sabem o que fazem

Avaliação - F

Monday, January 23, 2006


Fun With Dick and Jane - ladrões sem Jeito.


Starring:
Jim Carrey, Téa Leoni, Alec Baldwin, Richard Jenkins, Angie Harmon
Directed by:
Dean Parisot

Os produtores de cinema depositam todos os anos grande parte das suas forças, na epoca natalicia por um lado saem titulos com ambições relacionadas com os prémios criticos e por outro filmes que tentam satisfazer o gosto das familias nas férias de Natal, e é essa a ambição deste titulo, que se centra em temas como a pobreza e como contornar o desemprego: Os temas até são aliciantes bem como o casting, liderado pela superstar Jim Carey, contudo o filme falha em dois aspectos, primeiro porque não consegue nunca passar do básico, e depois porque cai em exageros constantes, acabando por poucas vezes conseguir atingir a gargalhada do espectador, objectivo principal do filme. Assim parece que o filme apesar de ter ingredientes de mais alto requinte (quem melhor do que carey para uma comédia familiar) contudo o argumento não consegue de maneira nenhuma os misturar num produto de qualidade, surgindo um filme simples bem disposto e com bom ritmo, mas ao mesmo tempo irritante e acima de tudo longe da inteligencia a qualidade de outros titulos de Carey (como Bruce Almighty). Mesmo assim e apesar da pouca receptividade critica do filme o filme voltou a convencer os espectadores superando a marca dos 100 milhoes de dolares e tornando-se num dos sucessos indiscutiveis deste ano, ao qual nao terá sido indiferente o poder cómico de Carey.

Assim estamos perante um filme que entra nos tipicos valores deste tipo de filmes, com um argumento pouco criativo e original que mais nao serve do que passar o tempo. Ou seja um prótotipo tipico do filme de Domingo à tarde, conjugando um total despredicio de talentos numa obra que pouco ou nada contribiu para a evolução do cinema.
Assim esperamos melhores obras da dupla CareyLeoni já que ambos ja demonstraram mais qualidades do que isto.

O Melhor. Os temas de fundo do filme o facto de transmitir um olhar comico sobre um tema tão preocupante como o desemprego, e para alem disso o Pior de Carey e bem melhor do que as obras primas de grande parte dos talentos de Hollywood

O Pior. O argumento bastante fraquinho ficando a sensação de que grande parte dos talentos do filme foram mal empregues num filme banal e sem grande conteudo

Avaliação C

Sunday, January 22, 2006


Prime

Starring:
Meryl Streep, Uma Thurman, Bryan Greenberg, Annie Parisse, Ato Essandoh
Directed by:
Ben Younger

As barreiras do amor podem ser inultrapassaveis para o comum mortal, contudo este parece ser facilmente contornavel na ficção do cinema, este é o pressuposto central de um filme que numa primeira fase tenta construir todo tipo de barreiras entre as personagens (religião, idade, familia), sendo que numa segunda tenta com que as personagens tentem contornem tudo isto. Se na primeira fase o filme cumpre com grande eficacia, incutindo um humor inteligente, na segunda o filme acaba por acabar em contradições constantes emergindo algumas falhas de ligação entre momentos cruciais mesmo assim, o filme foge da singularidade comum deste tipo de filmes, englobando temas como (judeismo, arte, etica clinica) abrangendo com uma ligação bastante ben definida entre ambos, falhando o filme nas hesitações das personagens que acaba por confundir o espectador que acaba por se desligar do filme.
Apesar de longe de um sucesso retundante, este filme acabou por cumprir a um nivel critico, a que nao tera sido indiferente uma argumento bem construido e criativo e a participação de Merly Streep com um papél bastante bem conseguido. Contudo e apesar de os actores parecerem a partida escolhas bem efectuadas, estes falham num aspecto fundamental que é uma visualização da diferença de idades (a partida 15 anos) entre Thurman e Greenberg, que parece fundamental á estruturação do filme que falham claramente ja que ambos parecem com idade muito proxima falhando a ideia de que a diferença de idades poderia ser um obstaculo à relação...

O melhor. A satira aos judeus, na retina a imagem de streep a guardar toda a comida .

O pior. Alguma falta de ligação de alguns segmentos do filme, principalmente no que diz ao argumento, a tentativa de colocar uma thurman com uma idade muito distinta da sua caracterização fisica

Avaliação B-

In the Mix

Starring:
Usher Raymond, Emmanuelle Chriqui, Chazz Palminteri, Anthony Fazio, Matt Gerald
Directed by:
Ron Underwood

Tem sido moda nos ultimos anos, os artistas de rap e hip hop fazerem tentativas de vingar no cinema, em 2005 foi a vez de Curtis "50 cent" Jackson e Usher neste in the mix. Contudo optaram por opções diferentes enquanto o primeiro seguiu os passos do seu mestre Eminem e fez um filme autobiografico, continuando e cultivando a imagem de bad boy, servindo do cinema como puro markting. Usher foi bastante mais modesto produzindo e participando numa simples comedia romantica envolvendo a máfia, arriscando num papél sensivel, e destruindo a imagem do rapper- gangster seguindo um pouco o anteriormente feito por Ice Cube, preferindo filmes familiares de realizadores mediocres (neste caso Underwood) do que filmes biograficos com realizadores conceituados. Á primeira vista Usher perde em toda a linha primeiro porque a recepção do filme foi quase nula passando totalmente despercebido pelos cinemas, e com uma indiferença total por parte da critica (obvia e esperada tendo em conta o filme em causa), contudo a longo prazo e tendo em conta os exemplos anteriores provavelmente iremos ver usher repetir papeis deste genero enquanto que quer eminem e 50 cent dificilmente voltarão a actuar no cinema.
Reportando-nos ao filme, estamos perante uma filme mediocre, que conta mais uma vez a historia de um amor dificil, cheio de barreiras apesar da proximidade entre as personagens, repleto de frases feitas e cliches tipicos deste filme, concluindo um filme de passagem de tempo sem grande conteudo mas também sem grandes falhas, o filme passa-se a um bom ritmo, sem que se necessite de grande dose intelectual.
Assim in the mix assenta principalmente na imagem mediatica de Usher,e num argumento várias vezes exprimentado em hollywood, para alem do rapper salienta-se a presença de uma serie de actores tipicos em filmes que abordam o tema da máfia (sublinhando Chazz Palmiteri, em clara mó de baixo na sua carreira), apesar desta ser dotada de uma sensibilidade quase tão ridicula como ver um elemento do KKK a dar de comer as crianças em Africa.
O argumento (se é que ele não se baseia apenas no que tem de ser) é dotado de apenas uma dimensão, mas provavelmente essa era a ambição do filme

O melhor - A tentaiva de Usher quebrar a imagem de rapper-gangster servindo de modelo a outros que queiram servir de exemplo a uma juventude que não precisa de ver os seus mitos aos tiros....

O pior - O facto de estarmos a ser constantemente bombardeados por artistas musicais que se servem do cinema de forma a unica e exclusivamente retirarem bens comerciais, não se preocupando em obter alguma mais valia para o próprio cinema em si...

Avaliação - C

Saturday, January 21, 2006


Shopgirl - Uma rapariga cheia de Sonhos

Starring:
Steve Martin, Claire Danes, Jason Schwartzman, Bridgette Wilson-Sampras, Frances Conroy
Directed by:
Anand Tucker

Se por um lado Hollywood quase não reage perante a estreia de um novo filme de Steve Martin como Actor, por outro costuma aguardar com grande expectativa quando este complementa esta sua faceta com a de autor, reconhecidas e aperciadas que são as suas capacidades como criador de histórias. Contúdo se na sua obra de estreia "bowfinger" a recepção esteve longe da ideal, com "shopgirl" (o seu romance mais conceituado) as criticas voltaram a não ser unanimes e não conseguir a receptividade que as expectativas previam.
Neste filme Martin toma as redeas total do filme conciliando as tarefas de actor, produtor, argumentista e narrador, num filme que se centra num triangulo amoroso de três desadaptados, Uma jovem operadora de loja sem qualquer vida social e que se vesta como se tivesse 50 anos, um milionario de 50 anos que tem medo de investir no amor verdadeiro, e um pobretanas com grande ego, que nao tem qualquer motivação na vida. Aos poucos as aventuras e desventuras vão acontecendo a um ritmo vagaroso acentuando o carater solitario e inadaptado das personagens. O filme apesar de longe dos argumentos de "true and pure love" de Holywood está bem montado tendo o principio de base bastante aliciante (ou não fosse baseado num best seller literario), sendo um dos pontos fortes do filme, contudo alguma indefinição no registo acaba por ser prejudicial, ja que o espectador acaba por entrar numa contradição constante entre o tom dramático do filme e o humor subjacente, ficando por se definir os sentimentos motivadores do filme. Mesmo assim estamos perante uma obra interessante apesar de poder ter ido mais além, contudo penso que os objectivos do filme (entrada na corrida pelos prémio) não são ajustados ao seu conteudo ja que não estamos mais do que perante um filme simples e interessante.
O cast acaba por ser bem sucedido, principalmento por Danes e Schwartzman, continuando diversas interrogações relativas ao porque de Martin continuar a insistir em si proprio, já que é quase ponto assente em hollywood que este ganharia mais se se dedicasse unica e exclusivamente a produção (tal como Woody Allen que esta claramente nas fontes de inspiração de Martin).

o melhor. a ideia de base do filme centrando o filme em desajustados, e as particularidades resultante da condição das personagens.

o pior. Apesar de tudo esta longe dos filmes de autor deste género, apesar de interessante podia ter ido bastante mais longe, e claro Steve Martin o actor

Avaliação B-

Friday, January 20, 2006


Undiscovered -

Starring:
Pell James, Steven Strait, Ashlee Simpson, Shannyn Sossamon, Carrie Fisher
Directed by:
Meiert Avis

A comedia romantica entre adolescentes é um tipo comum no cinema, ainda mais quando envolve a musica como veiculo de comunicação, tendo resultado obras interessantes como o magnifico "Wedding Singer", contudo neste ambito é necessario um pouco de criatividade, que é o que falta em toda a linha neste filme.
Este filme é recheado de deja vus, sendo todo ele uma história já vista pela enesima vez, o menino vê a menina e apaixonasse, depois encontra-a mais tarde, têm uma noite de amor, ela tem medo de arriscar, quando ela quer ele sente-se traido e depois ele vê que estava errado e vai busca-la ao avião, como podem ver isto soa bem familiar, e não traz nada de novo, contudo o filme ainda tem défices mais graves, ou seja as mudanças e alterações são efectuadas de uma forma tão repentina que cai no ridiculo completo, as musiquinhas da personagem, mais parecem retiradas de um bloco de notas dos miudos do secundario e as personagens são dotadas de tiques demasiadamente irritantes.
Tudo isto resulta num dos piores filmes do ano, ao qual a bilheteira reagiu com desprezo, sendo responsavel pela maior queda no box office numa semana, batendo o famigerado "GIGLI".
Ao argumento inexistente, junta-se uma lei do menor esforço, completa-se um cast cheio de jovens sem talento (excepção para Sossamon, que merece filmes bem melhor particularmente pela sua beleza) secundarizados por mitos numa fase decadente da sua carreira (Carrie "Leia" Fisher, e Peter "Robocop" Weller"). Assim encontramos um daqueles filmes que obviamente nunca iremos ver numa sala de cinema e que cedo ganharam teias de aranha numa estante de um clube de video perto de nós. Conclusão demasiado mau para ser verdade...

O melhor: O facto de sairmos do filme a pensar que até um miudo de 6 anos conseguia fazer bem melhor que aquilo,e o espectaculo visual que e Sossamon.

O pior : A historia, o elenco, a realização, a musica.... e acima de tudo a falta de conteudo do filme.

Avaliação D-

Thursday, January 19, 2006

Classificação
e a tipica americada indo de A+ Filme de uma vida
A Maravilhoso
A- Quase Perfeito
B+ Muito Bom
B Bom
B- Satisfaz
C+ é um filme
C mediocre
C- Desilusão
D+ Fraco
D Mau
D- Muito mau
F Horrivel

Syriana -

Starring:
George Clooney, Matt Damon, Jeffrey Wright, Chris Cooper, William Hurt
Directed by:
Stephen Gaghan

Consegue o petroleo ser um dos motores do mundo? sem duvida! e de um filme? Pois bem é a esta pergunta que Syriana tenta responder, e depois da visualização a resposta continua por dar. Assim syriana tenta demonstrar o poder politico do petroleo, arriscando neste dificil campo, dando uma imagem de interesses e de corrupção bem fundamentados, contudo na minha opiniõa optou por um género de filme errado (o das historias paralelas), Este genero criado por Altman e tão bem seguido por Paul Andersson e Tarantino, cruza diversas historias em torno de um eixo comum, e este é o pressuposto deste filme, contudo o facto de esse eixo estar de tal forma mal sinalizado faz com que o espectador se perda no estabelecimento de sentido entre as coisas e acabe por não criar qualquer suspense e motivação, acabando o por os minutos apenas passarem.
Um parente pobre do magnifico "Traffic" (com semelhanças muito evidentes, ou nao fosse dos mesmos criadores), contudo com personagens muito pouco densas, que passam por completos desconhecidos do telespectador durante todo filme, e uma realização sem o brilhantismo conseguido por sodenbergh (concluido com o oscar da academia para melhor realizador). Assim podemos considerar Syriana um filme cujo o objectivo politico suplementou a história optando por fazer prevalecer uma moral. Apesar das grandes expectativas criadas em torno do filme, ele acaba por não as cumprir parecendo estes furos na historia e linearidade das personagens colocar pontos finais nas lutas pelos premios por parte deste filme, um dos principais objectivos.
No que diz respeito ao elenco, o filme é grandioso neste parametro, sendo dotado de um lote de grandes actores, bem aproveitados com particular evidência para George Clooney, com um dos grandes papeis da sua carreira, tentando se libertar da imgam de gala construida, bem secundarizado pela grande gama de actores. Por sua vez o argumento acaba por ser um dos pontos fracos do filme não conseguindo dar a ligação de cenas necessaria levando a um sentimento de perdição por parte do telespectador

O melhor: a coragem de colocar o dedo num assunto que apesar do senso comum poucas vezes e divulgado.

O Pior: Ao querer aproximar-se demais da politica acaba por se perder na historia fazendo com que quer as personagens quer a historia careça de grande densidade.

Avaliação C+

Wednesday, January 18, 2006


The Honeymooners -

Starring:
Cedric The Entertainer, Mike Epps, Regina Hall, Gabrielle Union, Jon Polito
Directed by:
John Schultz

Anualmente os estudios de Hollywood sap responsaveis por perto de uma dezena de comédias passadas na cultura afro-americano, tentando seguir os passos do exito passado de Eddie Murphy, tendo surgido uma serie de seguidores que se dedicam exclusivamente a este tipo (Martin Lawrence, e neste caso Cedric the Enterteiner). O Pior e que estes continuam com as mesmas piadas e gags de á 10 anos atras não seguindo a evolução do cinema e em particular da comédia. The honeymooners é mais um exemplo de uma comédia idiota que tenta de forma ifurtiva tentar fazer rir uma plateia que se recorda de quase todos os fragmentos do filme, em anteriores obras do género.
A piada e pouca, salvando-se o facto de ser bastante ligeira e acima de tudo o facto de não ambicionar ir além do mediocre. Salva-se raros momentos de humor razoavel principalmente em alguns dialogos mas longe de colocar a analise total do filme nos parametros positivos.
Cedric the Enterteiner, consegue sobreviver no mundo do cinema a meu ver ainda pela grande personagem interpretada num dos maiores sucessos deste género o mega sucesso Barbershop, que lhe permite ainda fazer alguns filmes interpretandos pessoas do mais irritante quilate, para além do mais ao ser produtor do filme assume uma tentativa narcisica de vender o seu proprio produto, mesmo que ele seja um tudo nada desfazado da realidade do filme (alguem acredita que ele pode ser gala de alguem), salva-se relativamente ao cast a boa presença de John Leguizamo (em clara mó de baixo) que mesmo assim é reponsavel pelas melhores piadas do filme.
Assim mais uma transposição de uma serie de tv para os ecras resulta num fiasco a todos os niveis (prova que as plateias começãm a selecionar melhor os filmes) contudo demasiado irrelevante para ser considerado mau....


para quem gosta de humor fácil e que facilmente acha piada às coisas...

O melhor: a personagem de john Leguizamo a demontrar que tem valor para outro tipo de filmes, bem como o gagh relacionado com Cristo.

O pior: que todos os anos sejamos bombardiados por este genero de comedia afro, onde actores estericos passeam toda a sua idiotice em exercicios de narcisismo e imperando a lei do menor esforço, neste caso Cedric the Enterteiner

Avaliação D+

Tuesday, January 17, 2006


The Constant Gardener- O Jardineiro Fiel
Directed byFernando Meirelles

Ralph Fiennes
Rachel Weisz

Existe uma componete no cinema que se une à politica, pois bem esta é exemplificada na sua máxima potencialidade com este filme, ou seja, a tentativa de alertar e denunciar politicas duvidosas que nós escondemos por detrás das imagens tipicas de hollywood... Baseado num best seller, o filme acaba por ser uma transposição fiel do mesmo, ao qual se une uma marca de autor que começa a deixar rastos por Hollywood.
Ao contrario de outros exemplos Fernando Meirelles consegue fazer uma transposição para hollywood seguindo o registo do seu titulo de estreia o magnifico "cidade de deus", não se corronpendo pelo poder dos estudios, na venda de argumentos duvidosos.
A pergunta que se impera e é inevitavel, é "esta o fiel jardineiro ao nivél de cidade de deus?", a resposta tem de ser não, primeiro porque o tema exige uma profundidade que nao permite que o filme atinga o ritmo da obra de estreia, por outro, e salvaguardando desde logo a reconstituição cultural produzida por Meirelles, este não é originario deste espaço, o que de alguma forma não permite um filme tão intenso e tão real, mesmo assim acaba por ser neste ponto, ou seja na recriação e transporte para a realidade africana que o filme tem o seu maior trunfo, já que esta adaptando o estilo do titulo previo do autor e dotado de um realismo impressionante.
No que diz respeito ao cast, também aqui Meirelles jogou pelo segundo optando pelo sempre eficaz e sóbrio Ralph Phiennes, apostando na "luminosa" Rachel Weisz para o papel de Tess, escolha muito bem efectuada e que já cultivou alguns prémior para o filme incluindo o recente Globo de Ouro para melhor actriz secundaria. A realização mais uma vez prima pelo realismo, demonstrando confirmar o talento evidenciado e surpreendente de "City of God"
O argumento do filme como todas adaptações e extremamente rico e complexo, ao qual o final shakespeareano assenta que nem uma luva, apenas pecando um pouco no cliche final do funeral, ja visto em filmes de menor dimensões como "Cruel Intentions".
Assim o fiel jardineiro assume-se como um dos grandes filmes do ano confirmando o valor de fernando meireles, e permitindo esperar voos ainda mais arrojados para ele. este filme estara certamente na onda dos prémios onde pode nao sair vitorioso ja que falta algum viruosismo necessario para estas batalhas.

O melhor: a recriação mais uma vez fantastica de Meirelles que nos tele transporta para a cultura de origem do filme durante 2 horas

O pior: a incontornavel comparação com o primeiro filme de meirelles , claramente superior, onde este fica a perder em quase todos os aspectos, ou nao fosse Meirelles originario da cidade de deus

Avaliação - B

Monday, January 16, 2006


The Matador -


Starring:
Pierce Brosnan, Greg Kinnear, Hope Davis, Adam Scott, Philip Baker Hall
Directed by:
Richard Shepard

Existe um inumero numero de filmes que um ano depois não nos lembramos deles, certamente "the matador" será um deles, contúdo a analisando o filme a quente encontramos uma história vulgar nas lides do cinema, recheadas de momentos de um humor conseguido (principalmente protagonizados por Pierce Brosnan), completado com uma serie de twists que vão completando e colmatando alguns vazios que vão precorrendo o filme.
Com ambições indefenidas, ja que por um lado não nos parece um filme de multidões e por outra está muito longe da qualidade necessária para os prémios, "the matador" aparece-nos como um filme bastante divertido, e que tenta contornar a falta de cor de vários filmes que envolvem assassinos profissionais. Por momentos parece querer arriscar mais, com momentos de puro cinema "noir", contudo nunca concretizados na globalidade do filme. A realização acaba por cumprir apesar de não evidenciar qualquer brilhantismo, num argumento também ele sufucientemente bom para nos prender a atenção. No que diz respeito ao cast, Pierce Brosnan interpreta aqui o papel mais feliz da sua carreira e talvez um dos melhores do ano (a qual não foi indiferente a impressa estrangeira sediada em Hollywood que o nomeou para um globo de ouro para melhor actor comédia), contudo este parece mal apoiado por greg kinnear, que não consegue mudar a faceta de idiota e banana que conatantemente interpreta. Enfim o filme ideal para ver a um final de tarde sem muitas preocupações.

O melhor: a interpretação magistral de Pierce Brosnan a fazer esquecer o Canastrao que representou durante os ultimos 10 anos

O pior : o filme talves ambicione demais para o conteudo, causando por vezes várias incongruencias relativas ao caminho que segue, a escolha de greg Kinnear, talvez a personagem merecesse um actor mais conceituado

Avaliação B-