Desde as primeiras
apresentações em Veneza e em Toronto que de imediato foi
considerado um front Runner na corrida aos oscares, sinonimo da forma
como todos ficaram impressionados com este filme que causou um
impacto muito grande junto da critica e de quem o assistiu de forma a
que ainda hoje a pouco dia das entrega das estatuetas douradas
continue a ser um candidato. Em termos comerciais acabou por ser
consistente sem ser explosivo, o que chega para fumentar qualquer
candidatura.
Pois bem quando pensava
depois de ver Big Short que todos os restantes filmes que assistisse
este ano não conseguiriam ter o mesmo impacto, pois bem enganei-me.
Já que Spotlight trata tambem ele de um assunto claramente de grande
impacto e assustador, de uma forma mais simples menos artistica mas
mais direta ao ponto que no final saimos do filme quase asfixiados na
forma como tudo que acabamos de saber e tao documentado, ainda para
mais quando sabemos que tudo aconteceu.
E mesmo na simplicidade
do filme, que tem uma estrategia de literatura linear, e na forma
crua como o novelo se vai desvendando que o filme vai captando a cada
momento o espetador que sai de la revoltado, a questionar a fe e
muito mais, e quando um filme consegue ter este impacto e sinal que
estamos obviamente por um filme singular, e narrativamente um dos
filmes mais diretos ao ponto, cinema simples mas com uma eficacia a
todos os niveis que o levam para um nivel de competencia do mais alto
que assisti nos ultimos anos acima de tudo potenciado por
interpretaçoes muito solidas e mais que isso um guião estudado,
preparado, simples, e extremamente eficaz.
Dai que provavelmente
este ano teremos uma luta a dois pelos Oscares de formas diferentes
de fazer cinema e em ambos os casos de grande impacto, uma comedia,
um drama, duas denuncias duas reflexoes para o simples mortal, que
mostra que o cinema e esta forma simples de nos fazer refletir e
nisso Spotlight como Big Short atingem o olimpo naquilo que o
espetador tras com os filmes.
A historia fala de um
grupo de jornalistas que se envolve em descobrir os escandalos de
pedofilia na abadia de Boston desenvolvendo num novelo que parece não
ter fim, não so nos factos mas tambem na forma como tudo foi
encoberto.
O argumento e daqueles
que nos olhamos e não conseguimos explicar o seu perfecionismo,
talvez pela forma com que tudo seja preparado ao limite a forma como
as vitimas sao ouvidas, a explicação cinentifica os numeros, as
fontes, mais que um filme escandalo e um filme de investigação e
denuncia e mesmo sem ser um dez em nenhum aspeto em particular e um
argumento dez no seu resultado final.
E na realizaçao que o
filme perde em comparaçao com muitas das obras primas dos ultimos
anos, já que em muitos outros aspetos e dos filmes mais bem feitos
dos ultimos anos, McCarty e um realizador ainda pouco habituado a
grandes andanças, e aqui falta rasgo, falta um toque pessoal, mais
do que uma realização competente, porque a este nivel, uma
realizaçao mais entusiasta poderia tornar mesmo este filme um dos
mais marcantes dos ultimos anos, o que acaba por ser na mesma mesmo
sendo a realizaçao o parente pobre.
No cast o mesmo que o
argumento, sem ter papeis de retirar folego nem o argumento trabalhar
para os seus actores brilharem individualmente a forma como keaton,
McAdams, Schreiber, James constroiem as suas personagens e de uma
competencia assinalavel, na forma como se entregam a causa de uma
forma muito intensa, o unico que se sobressai talvez pela mais
extroversao da personagem e Rufallo em boa forma e para mim o papel
mais assinalavel da sua carreira justificando a nomeaçao obtida.
O melhor – A forma
como simplesmente denuncia algo com tanto impacto.
O pior – A realização
poderia ser mais artistica, o filme tinha esse espaço.
Avaliação - A-
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