Sunday, July 31, 2016

Mother's Day

Garry Marshall ficara sempre na historia como um dos realizadores mais iconicos das comedias romanticas ao longo de uma carreira quase interminável, que acabou com filmes sobre diversas historias em dias festivos, que todos eles colecionaram uma pessíma recepção critica e comercialmente foram perdendo de filme para filme. O mais desastre acabou por ser este seu ultimo filme que redondou num epico desastre critico e comercialmente ficou longe dos filmes parecidos tambem eles com o mesmo realizador.
A forma de fazer na mesma historia paralelismos narrativos na minha optica apenas funciona com o encadear de uma mensagem que se completa historia apos historia. Pois bem parece-me obvio que não é o caso deste filme onde concretamente apenas parece que é um conjunto de historias frouxas pouco ou nada profundas que caminha para um happy endding a um ritmo inexistente e mesmo em termos humoristico para alem de não ter piada não chega mesmo a ser curioso.
Ou seja rapidamente percebemos que uma reuniao de pessoas pelo menos conhecidas tinha de dar num filme com muito mais conteudo, com um percurso narrativo mais consistente, e não numa comedia de pessima qualidade com linhas narrativas obvias e previsiveis, sem trabalho e complexidade nos conflitos. Ou seja um filme facil para ganhar dinheiro com a emoçao facil, mas mesmo esta quando não é trabalhada não tem o impacto de outros momentos.
Por este mesmo ponto parece-nos um total despredicio de tempo de actores, e mais que isso um final de carreira que Marshall não merecia, pois tudo que conseguiu transmitir em filmes como Pretty Woman deveriam ter sido actualizados com o tempo e não pensar que o mundo que amou esse filme continuar tão inocente para um filme tão vazio em personagens, conflitos e conteudos como este Dia da Mãe.
A historia segue quatro personagens e a forma como estes mantem alguns conflitos e problemas nas vidas deles na aproximaçao do dia da mãe, ate que acabam todos por tocar um nos outros e fazer com que os conflitos de cada um desaparecessem.
Em termos de argumento já não sendo grandes filmes os anteriores festivos de Garry Marshall este e claramente o mais vazio, com quatro historias não conseguimos encontrar nenhuma com o minimo de curiosidade, graça ou motivo de interesse, e daquele filmes em que nada resulta e isso deve-se claramente ao argumento.
Em termos de realizaçao Marshall e experiente, e daqueles realizadores que sabe potenciar emoçoes mas o filme não as consegue transmitir principalmente pelo pessimo argumento em questao e nem a experiencia de Marshall consegue colocar em causa tão mau produto de base, principalmente nos seus ultimos momentos de vida.
O cast e rico em nomes, a maior parte deles da comedia como Sudekis, Aniston e principalmente Hudson. Estes estao na sua praia, em papeis faceis que puxam para um humor mais fisico principalmente os primeiros dois. Depois a presença de uma Roberts para dar dimensao ao cast e uma Robertson que viu o seu tommorowland ser muito menos forte e não potenciou a sua carreira

O melhor – A simpatia e a mensagem positva que pautou a vida de Garry Marshall como realizador.

O pior – A sua ultima obra ser claramente um muito fraco filme


Avaliação - D

Jason Bourne

Passados 14 anos do primeiro filme e principalmente depois de uma bifurcação, para uma outra personagem facilmente poderemos considerar a saga Bourne como uma das mais eficazes no mundo do cinema de acção e espionagem dos ultimos 20 anos, criando um novo mito vivo em termos de herois de acçao. Neste quinto filme partimos com a equipa de maior sucesso ou seja a personagem central volta a ser Jason Bourne, e Matt Damon como actor e na realização Paul Greengrass. O resultado contudo parece talvez o mais modesto principalmente nesta equipa junta com as avaliaçoes criticas ao contrario dos outros filmes a não serem tão consensuais, mesmo que comercialmente tudo aponte para mais um sucesso e provavelmente uma abertura de portas para a continuaçao da saga.
Se existiu fenomeno que principalmente os tres primeiros filmes conseguiram foi que todos eles fossem amados pela critica e em caracter ascendente. Pois bem eu partilho da opiniao principalmente em considerar Ultimatum uma obra prima da açao dos tempos modernos. Neste filme temos algo mais simplista, um aproveitamente mais objetivo daquilo que é o filme ou seja poucas falas, uma intriga muito mais basica e aqui o filme perde muito do seu poder, e depois o carisma de uma personagem que funciona perfeitamente na roupagem que Damon lhe dá.
Mas e incontornavel comparar o filme com os seus antecessores e é facil perceber que se trata de um filme claramente mais simples e por isso mais proximo de outros filmes semelhantes. Se bem que as sequencias de ação sao planeadas ao detalhe, se as localizaçoes fazem-nos lembrar em muito o que James Bond faz, e que todo o carisma da personageme esteja lá parece obviamente que falta muita intriga e a capacidade do espetador ser surpreendido por um guião quase sempre by the book.
Em termos de novos elementos se a actualidade do tema, pelo menos de parte dele nos parece uma boa aposta por parte do filme, no que diz respeito ao lado pessoal do filme as motivaçoes parece-me nem sempre bem trabalhado, muito esteriotipado e mais proximo de um filme serie B de acçao do que propriamente a qualidade dos detalhes que a segir nos habituou.
A historia segue novamente Jason Bourne que de alguma forma tem contacto com a origem do seu passado e principalmente com a intervenção do seu progenitor na transformaçao no assassino letal que se transformou Jason Bourne.
O argumento é claramente o ponto onde o filme fica mais prejudicado, e aqui parece obvio que a falta de Gilroy se faz sentir, principalmente pela incapacidade de um tronco mais forte, pela estrutura simplista que nunca abdica de surpreender, aqui parece-nos que tudo é demasiado objetivo, demasiado direto ao ponto. Falta alguma capacidade de tornar diferente algo que todos os filmes anteriores tinham. Mesmo sendo um competente filme de açao.
Greengrass e o melhor realizador de Bourne isso e obvio, principalmente na forma como da carisma a personagem, como a torna crua e enigmatica. Depois a proximidade com Matt Damon faz as coisas ainda funcionarem melhor, em opçoes faceis com grande orçamento no que diz respeito a forma como o filme salta de cidade para cidade, cada vez mais proximo de James Bond.
Em termos de cast, sem prejuizo para as qualidades de Renner enquanto actor, Jason Bourne funciona melhor com Matt damon porque tudo foi criado por si, o espirito o lado duro é o que ele quer fazer dele. Nos secundarios Vikander e uma presença mais para dar nome do que propriamente pela dificuldade do seu papel, e registo para um tommy Lee Jones sempre competente como vilao.

O melhor – A forma como o carisma da personagem alimenta a saga

O pior – Claramente ser um parente mais pobre comparando com os anteriores.


Avaliação - B-

Saturday, July 30, 2016

The Bronze

Sundance tornou-se nos ultimos anos o espaço para experiencias cinematograficas diferentes onde normalmente os filmes mais valorizados se tornam autenticas obras primas de sucesso. Dai que nos ultimos anos o cinema tem estado atento nem só aos vencedores mas tambem a todos os filmes que apostam nesta montra. Um dos filmes que concorreu este ano, sem grande sucesso critico foi este The Bronze, que pese embora não tenha recebido criticas entusiasmantes conseguiu estrear meses depois em Wide nos EUA, com resultados muito desoladores.
Sobre o filme, posso rapidamente dizer que foi um dos filmes que nos ultimos anos mais gargalhadas soltei. É um filme incorrecto com um humor adulto, com uma satira total pelo espirito do interior norte americano, mas e mais que isso e um filme sobre uma personagem com caracteristicas muito vincada, irritante mas que permite que o filme em termos de humor funciona em grande escala, com rebeldia, com um espirito indie e nada convencional que acaba por ser o lado mais original deste mesmo filme.
Muitos podem dizer que em termos gerais se trata de um filme convencional naquilo que a linha central do argumento nos dá, e isso é facilmente aceite por todas as pessoas que vem o filme, mas por outro lado todos os detalhes sao deliciosos, desde o nerd power das personagens, ao uso abrupto de marchendising dos EUA, passando por situações de um humor simplista, poderei dizer que é dos filmes absurdos mais funcional desde Napoleon Dynamit, e isso deve-se acima de tudo pela forma com que o humor funciona em quase toda a duração do filme.
Claro que o lado romantico simplista e a mudança da personagem funciona para tornar o filme mais convencional, trabalhando-o mais do ponto de vista emocional, aqui o filme podera perder alguma coerencia interna para favorecer um filme mais para toda a gente com um happy ending esperado, mas mesmo assim seria pedir demais que um filme conseguisse ser original, creativo e funcional nas suas particularidades e também o ser no geral.
A historia fala de uma jovem atleta que depois de ganhar a medalha de bronze e se tornar a figura mais carismatica da sua pequena cidade, vê-se obrigada a treinar um jovem talento da sua terra em virtude do suicidio da sua treinadora, e que a obrigara a mudar toda a sua forma de ser e as suas comodidades.
Em termos de argumento estamos obviamente perante um filme original, nem tanto na sua simples historia de base, mesmo que o mundo da ginstica nunca seja particularmente tema de base no cinema, mas nos promenores o filme funciona em toda a escala com particular destaque nos dialogos, com uma humor muito forte e em termos da personagem central, que é unica.
A realiaçao do filme a cargo de Buckley e surpreendente, não so na satira de todos os movimentos e da forma como sao captados no filme mas nem que seja por uma das melhores sequencias de sexo alguma vez filmadas com muito humor, antevejo muito futuro.
Em termos de cast a criaçao de personagens muito esteriotipadas pode ser exercicios complicados para o filme que tem em Melissa Rauch a sua maior estrela, a personagem muito bem escrita domina o filme de principio a fim e a actriz aproveita ao maximo esta qualidade para nos dar até ao momento a melhor interpretaçao comedia do ano. No rol dos secundarios Sebastian Stan com um papel interessante e demonstrando versatilidade já que o mesmo nada toca nas suas prestações anteriores.

O melhor – A forma como orginalmente e de uma forma incorrecta consegue ter graça

O pior – A historia de base ser simples.


Avaliação - B

Friday, July 29, 2016

Born To Be Blue

Este é claramente o ano dos trompetistas de Jazz em termos de biografias de cinema, depois de Miles Davis ter tido o seu filme, e mais ou menos pelo mesmo periodo surgiu este Born to be Blue apostado em contar um parcela da vida de Chet Baker. Os resultados criticos foram parecidos com boas avaliações sem no entanto nunca entusiasmar, já em termos comerciais ficou um bocadinho aquem do seu concorrente direto não conseguindo chegar ao milhão nos EUA.
Sobre o filme eu confesso que não será facil adaptar a vida de um musico ao cinema, principalmente fazendo um filme ritmado, ou uma abordagem diferente, mas penso que as abordagens tem sido algo descoloridas, ou determinadas para fases da vida muito concretas ou optando por um paralelismo que torna tudo muito confuso, e que não permite que muitas vezes os factos descritos o sejam feitos de uma forma clara. Neste caso penso que o problema esta no segundo. A forma como a linhagem temporal corre, a forma com o paralelismo do filme da sua vida, acabam por confundir e não permitir uma linha condutora obvia, algo que poderia ser uma marca de agua e elemento diferenciador no filme mas que acaba apenas por o tornar mais estranho e peculiar.
Mesmo assim bons momentos na forma como consegue criar uma boa dinamica amorosa entre as personagens, a forma como consegue conduzir a personagem ao limite, e a forma como ele segue a sua musica. A forma como retrata que mesmo uma vida de talento pode ter altos e baixos. Do lado negativo centra-se apenas numa fase da vida do musico, o que pode deixar muitos outros aspetos principalmente a sua estranha morte de lado.
Mesmo assim estes filmes servem como homenagens pura e duras a musicos que marcaram a historia mas com o tempo deixam de ser tão falados. Certo é que a atenção nestes filmes tem sido cada vez menor, mesmo quando os filmes acabam por funcionar na critica. Parece que a forma como a musica pauta cada momento da historia acaba tambem por ser funcional no filme.
A historia fala do lado mais negro da vida de Chet, com problemas de droga, apos ser agredido e ter que refazer a carreira, sente dificuldades em retomar o sucesso, e a unica ancora que vai ter para voltar ao estrelato e a sua relaçao.
Em termos de argumento o filme perde demasiado na opção do paralelismo narrativo, não funciona, não trás impacto. Neste caso parece-nos que funciona bem apenas a ligaçao filme musica, e a forma como consegue caracterizar as personagens e principalmente as dinamicas do casal.
Em termos de realiação Budreau e um realizador praticamente desconhecido do grande publico pese embora não seja novo, tem aqui talvez o seu trabalho mais visivel, com altos e baixos, a diferenciaçao dos paralelismos com o uso tradicional da cor e preto e branco, mas por outro lado parece sempre ter uma camera demasiado irrequieta sem o sentido ser claro de tal opçao.
Em termos de cast, um papel que poderia ser interessante para Hawke, não me convence, o actor fica preso demasiado a alguns tiques comuns e temos mais actor do que personagem, melhor claramente Ejogo uma das novas figuras do cinema actual, com um empenho intenso e carismatico, se o casal funciona deve muito a interpretação desta actriz.

O melhor – Uma Ejogo cada vez mais intensa

O pior – O paralelismo narrativo sem utilidade


Avaliação - C+

Meet the Blacks

Já estavamos há alguns anos sem um filme deliberadamente satirico sobre outro, talvez porque as ultimas amostras nos trouxeram alguns dos filmes pior avaliados da historia e porque os resultados comerciais nunca são sequer significativos. Contudo em 2016 reacendeu-se este genero com esta comedia afro americana que tenta satirizar com a serie The Purge. O resultado foi semelhante aos dos ultimos filmes do genero, criticamente um desastre total e comercialmente sem predicados sequer para ser visivel.
Para fazer um filme de satira, e necessario dois pontos, ou um filme recheado de humoristas que mesmo em peças soltas conseguem fazer rir, ou por outro lado um argumento de excepção que pense cena a cena com esse intuito. Pois bem este Meet the Blacks não tem nada mas mesmo nada disto, e apenas um filme que toca em algumas das tradições do cliche dos afro americanos ligados ao crime e nada mais, não tem graça, não me lembro de uma sequencia comica que funcione, não tem actores e pior que isso, mas talvez o mais previsivel não tem qualquer tipo de fio condutor.
Mas então o que funciona no filme, a resposta e a mais facil de dar e em quatro letras. NADA. E daqueles filmes que rapidamente percebemos que vai ser um total despredicio de tempo, daqueles filmes que parece errar em todos os pontos, que chegamos a pensar que tudo e potenciado para não funcionar, e que mesmo assim nem neste objetivo funciona, num estilo de cinema que não pode ter espaço em distribuições wide.
A determinada altura do filme as personagens deixam de existir, o filme nem violento ou graficamente consistente consegue ser. Ou seja um desespero para o espetador que sonha que o filme acabe rapidamente.
A historia segue um pouco o The Purge uma familia afro americana rica devido a um golpe do seu elemento masculino tera de sobreviver a noite do The Purge onde vão ser atacados pelo gang que foi vitima da traiçao
O argumento não funciona em qualquer plano, se e expectavel que estes filmes não tenham um fio condutor coerente, este parece ser ainda mais desagregado que outros filmes do genero. Por outro lado pior e o facto de em termos de argumento o filme não ter uma unica sequencia comica que funcione
Na realiazação mais um desastre nunca consegue ser um auxilio a graça do filme, nunca consegue por si ser um elemento comico de um realizador totalmente desconhecido que vai acabar por continuar assim se continuar com estes projetos.
Em termos de cast nada mesmo nada, o filme não exige bons actores mas mais comicos, e nem isso o filme consegue ter um desastre.

O melhor – Nada

O pior – Tudo


Avaliação - F

Sunday, July 24, 2016

Lights Out

Se existe aspeto que tem sido estranho ao longo dos resultados do ano 2016 tem sido o sucesso que os filmes de terror tem conseguido não só comercialmente onde usualmente fazem resultados consistentes mas tambem criticamente, ora com boas avaliaçoes ora salvando-se da negaçao completa que era em anos anteriores. Mais um desses registos e novamente lançado pelo Sr. Terror James Wan foi este filme com avaliações entre o mediano e o positivo e que comercialmente coemça a lançar a moda que Wan tem uma capacidade unica para rentabilizar filmes de terror.
Sobre o filme podemos dizer que a simplicidade do terror e a sua maior arma, fazer do escuro a sua forma de terror e principalmente entre os balanços luz/não luz pode parecer arcaico mas acaba por ser o ponto onde melhor consegue assustar os seus espetadores, e nesta capacidade reside um dos pontos mais importantes do filme, e naquele que mais interaçao acaba por dar entre o filme e o espetador.
Pois a historia e repetida e nisto Wan nada tras de novo cada filme que produza ou realize a historia de base e semelhante, ou seja uma casa, um espirito e a sobrevivencia, aqui nada de novo, apenas na forma como o filme acaba temos alguma inovaçao e que faz o filme narrativamente ganhar alguns planos, mesmo que os perca na forma de realiação em que Wan quando não dirige acaba por ser sempre distante.
Ou seja um filme de terror funcional, simples, de curta duração, que tem a capacidade de assustar ao longe de toda a sua duração, mas com um contexto narrativo pobre e uma historia repetida que nos faz pensar da inexistencia de outras abordagens aos filmes de terror. Mesmo assim e quando comparado com a maior parte dos filmes, podemos dizer que este tem dois ligeiros trunfos o de distribuir a capacidade de assustar logo no inicio, bem como o final, pelo menos diferente da maioria.
A historia fala de dois irmãos, que tentam ajudar uma mãe que tem uma amiga imaginaria que mais não é do que um espirito do passado que não quer que ninguem se aproxime de si, sendo a luz a sua maiori contrariedade.
Em termos narrativos e argumento nada de novo, alias nos utlimos anos deve ter existido centenas de filmes com o mesmo argumento onde so muda o contexto espacial, e a razão do espirito aqui andar, depois a pobreza tipica do filme de terror na falta de dialogos, ou pelo menos recheados de lugares comuns e de personagens no verdadeiro termo.
Na realiaçao Sandberg teve a seu cargo a curta metragem que deu origem ao filme e aqui estreia-se na realiaçao sob o registo de Wan, para um jovem realizador num dos primeiros trabalhos podemos dizer que temos um trabalho interessante, longe ainda do que Wan faz nos seus filmes, mas com bom momentos principalmente na capacidade de assutar.
No cast pouco ou nada de registo, actores serie B como Bello e Palmer, que pouco ou nada são postas a prova em filmes como estes para alem de um ou outro grito, sendo normalmente filmes para actores em menor forma o que ate não acho que seja o caso de Palmer neste momento, já que tem sido presença em diversos filmes, faltando contudo aquele que lhe lance para outro nivel.

O melhor – A ligeira diferença do final

O pior – Usar o argumento de todos os filmes de terror nos ultimos anos


Avaliação - C+

Saturday, July 23, 2016

A Bigger Splash

Quase um ano depois de ter estreado em Veneza com uma recepção interessante, este filme do realizador italiano Luca Gudagnino conseguiu expansão aos EUA; ou não fosse um filme recheado de figuras conhecidas em termos do cinema mundial. Os resultados criticos do filme foram positivos de tal forma que alguns ainda referem que ate ao momento as unicas hipoteses de nomeaçoes estão precisamente neste filme. Comercialmente e para um filme europeu com poucas ambiçoes comerciais podemos dizer que os resultados estiveram longe de ser desastrosos.
Sobre o filme estamos perante um filme na sua forma de realiazar e na sua intensidade mais europeu do que americano, na forma como tudo a volta conta para dar o contexto fundamental para um filme de personagens e de relaçoes. E também nestes pese embora o conflito seja sempre latente e nunca expresso acaba por ser um filme com personagens muito particulares, algumas que funcionam bem melhor do que outras, e acaba por isso mesmo de ser um filme com melhores momentos em algumas personagens do que outras, com particular destaque para os desempenhados pelos mais consagrados como Tilda Swinton e Ralph Fiennes.
Outro dos trunfos do filme e a paisagem ao escolher uma bucolica vila italiana o filme consegue fechar as personagens num espaço obrigando-as a interagir continuamente o que acaba por ser o espaço para todas as emoçoes. Neste ponto o filme é rico a primeira hora a um ritmo interessante e com uma toada suave, que penso que funciona melhor do que quando o filme entra no seu lado mais negro, de mais intigra, que não funciona tao bem num filme mais expressivo do que falado, e principalmente com o lado escondido que o filme quer das personagens.
Mesmo assim uma historia interessante, que não sendo principalmente em termos narrativos uma obra prima, mas que na forma de realizar demonstra uma maior beleza tradicional do cinema europeu, que acima de tudo consegue captar algumas das boas interpretaçoes do ano, num filme que pede isso aos seus actores e estes respondem a um bom nivel.
A historia fala de uma famosa artista da musica que depois de ter problemas na voz refugia-se numa pequena vila italiana com o seu namorado mais novo, ate que recebem a visita de um estranho ex-amante dela e da sua filha que ira mexer com a tranquilidade do espaço, e com a definiçao das relaçoes.
Em termos de argumento o filme, não sendo na base nada de extraordinariamente diferente ou mesmo um filme que vá buscar particular impacto, mas principalmente na primeira hora e quando o filme e mais comedia do que drama tem bons dialogos. No lado mais emotivo e quando tem que ir buscar o climax emocional, penso que o filme poderia ter mais trunfos.
A realizaçao e a tipica europei, calma, muito centrada no contexto paisagistico e nas personagens, tem como mais valia a forma como filma a personagem de Swinton que em face das poucas palavras que transmite a sua expressao e o veiculo de comunicação e a realizaçao permite isso.
No cast duas das melhores interpretaçoes do ano, Fiennes novamente num excelente momento de forma, merece a atençao de um actor que sempre empregou muita qualidade as suas interpretaçoes e que me parece nunca ter sido reconhecido, aqui tem intensidade dramatica, valor comico, e interetação fisica. Ao seu lado uma Swinton tambem com um papel exigente prncipalmente porque lhe pede uma expressividade facial, que ela consegue dar, devido aos seus infinitos recursos. Duas das melhores interpretaçoes do ano, e que deixou a tarefa muito complicada aos companheiros de ecra mais novos.

O melhor – Ralph Fiennes e a beleza paisagistica

O pior – O filme quando quer ser drama não conseguir diferenciar-se


Avaliação - C+

The Purge: Election Year

The Purge é talvez uma das sequelas de terror, pelo menos terror psicologico que melhores resultados e consistencia teve nos ultimos anos quer do ponto de vista comercial, onde todos os filmes tiveram resultados aceitaveis, mas acima de tudo do ponto de vista critico onde nenhum dos tres filmes obteve reaçoes negativas. Neste terceiro capitulo e a aparente conclusão os resultados foram na essencia semelhantes aos outros todos com criticamente a entrar numa mediania que não causa qualquer dano ao resultado do filme, e comercialmente sustentavel com resultados interessantes de bilheteira, principalmente para um filme que tem a coragem de estrear no periodo mais forte dos lançamentos das produtoras.
Sobre a serie começou por dizer que gostei do primeiro filme, e da ideia apocalitica do mesmo, mas que no segundo filme penso que e basicamente a repetiçao da ideia num filme claramente mais serie B, o que neste filme ainda é mais agudizado tornando tudo numa especie de ritual que acaba por perder o apontamento mais importante do primeiro filme, ou seja a claustrofobia, mas por outro lado tornou-se nu maior freak show.
Eu penso que este e ligeiramente o pior filme de todos, já que nos parece claramente que a ideia de seguir personagens random da passagem do primeiro para o segundo filme deixou de fazer sentido, o que acaba por fazer que o primeiro filme seja completamente solto dos seguintes e a triologia não funcionar como isso. Para alem desse facto temos um filme claramente mais previsivel e que para impressionar tem de recorrer ou a rituais satanicos ou a uma agressividade gratuita que acaba por me parecer muito pouco para um filme que ainda tem algumas ambiçoes de bilheteira.
Muitos dizer que e o caminho para o filme do The Purge, mas parece claramente que isso so surge neste ultimo filme que poderia ser completamente independente do segundo e ter ai uma estrutura de fundo maior, do que basicamente repetir personagens que não tem estrutura para um filme quanto mais para duplicar. Ou seja em termos gerais e o aproveitamente sucessivo de uma ideia de base e de filme para filme nunca existe nada de relativamente novo a não ser potenciar o efeito do que tinha funcionado nos filmes anteriores.
A historia segue leo Barnes a personagem central do segundo filme, que aqui vai ter de proteger uma candidata a presidencia que tem como promessa terminar com o The Purge o que vai conduzir a uma guerra politica entre duas façoes na noite mais sanguinea do ano.
Em termos de argumento toda a base do filme está nos filmes anteriores, aqui temos mesmo muito pouco de novo, ou seja temos um filme que divide entre gato e rato na noite, muito sangue e poucas personagens, numa base cada vez mais vazia, e um argumento que nada tras de relevante ao que os outros filmes já tiveram.
Uma das mais valias de toda a triologia e serem todas realizadas por DeMonaco o pai da serie e que a adoptou ate ao fim, em termos de realizaçao com o uso de mascaras e transformar numa especie de holloween sanguineo transforma o filme num freak show que funciona no impacto visual, mesmo assim parece obvio que foi um filme demasiado repetitivo ate na realiaçao.
Em termos de cast o filme segue o estilo do seguindo abandonando as figuras mais mediaticas que estiveram no primeiro filme, aqui Grillo e o lado mais fisico e bruto que o filme necessita e Mitchel encarna bem na pacifista, num filme pouco dificil para os actores e que por isso não concentra recursos nesta componente.

O melhor – Ainda a ideia de base ser assustadora

O pior – A ideia se ir esvazeando sem qualquer reciclagem filme apos filme


Avaliação - C-

Thursday, July 21, 2016

Keanu

A passagem do mundo da televisão para o cinema nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente para os comediantes. Este filme de comédia essencial marca a passagem de uma dupla conhecida do Comedy Central para o grande ecrã, falo dos protagonistas Key e Peele. O resultado desta passagem foi promissora principalmente critica, num filme que pouca lógica certo é que obteve boas reacções criticas, mesmo que bilheteira tenha estado longe de grandes resultados.
Keanu é um filme com um estilo de humor muito próprio, como se fosse um longo "scetch" da dupla de protagonistas. Ou seja um filme que tenta criar contexto para humor simples, mesmo que no que diz respeito à historia de base seja algo bastante limitado, demasiado obvio. Desde este ponto que todo o valor do filme tinha de estar centrado na capacidade do humor do mesmo resultar. E este tem momentos se quando este é mais fisico acaba por se tornar algum tradicionalista e mesmo desactualizado, quando tenta ter menos sentido as coisas correm melhor, principalmente porque o filme e o humor do mesmo se torna obviamente menos previsivel.
Por este facto e mesmo ressalvando alguma capacidade do filme em funcionar em termos humoristico e dificil perceber tanta excitação da critica tradicional num filme tão simples, e tão basico nos seus pressupostos a não ser potenciar uma dupla de humoristas mais tradicionais, dentro da filosofia afro americana e com temas politicos que aqui apenas aparecem em pequenos dialogos. Já que em termos de novidade ja observamos entradas mais fulgurosas no mundo do cinema e mesmo em termos comicos mais funcionais.
E por fim o lado das curiosidades aqui o filme tem algum empenho, desde logo com a presença de Anna Faris como ela propria ou a própria alusão a Matrix e Keanu Reeves, parece sempre que o filme tinha mais espaço para este tipo de particularidades mas que não queria gastar estes recursos. Acaba por os tornar mais vincados, mas num filme tão simplista em termos de argumento de base, estes rasgos poderiam dar ao resultado final um maior colorido.
A historia fala de dois amigos, com vidas rotineiras diferentes que se envolvem com um grupo de traficantes de droga na tentativa de recuperar um peculiar gato de um deles, que mais não é do que um gato de um perigoso traficante de droga entretanto assassinado.
O argumento de base, é basico, facil, previsivel, sem qualquer tipo de rasgo, ou algo de particularmente relevante na sua abordagem. Em termos humoristicos o filme tem bons e momentos menos conseguidos, é obvio que o filme tem ritmo principalmente na forma como consegue que o filme seja bastante dialogado.
Na realização Peter ATencio muito relacionado com a comedia de televisão, traz consigo algum do registo que já imperava nos seus trabalhos, dando espaço aos actores e principalmente potenciando um humor fisico algo tradicionalista. Apenas no sctech de George Michael temos algum ponto de autor.
No cast, a dupla de humoristas protagonistas está nos seus papeis tipicos que fazem uso dos seus recursos consoante actores, em termos humoristicos principalmente pelo lado físico do humor parece claro que Key funciona melhor, mesmo que Peele seja mais versátil.

O melhor - A forma como humor funciona quando o filme arrisca mais.

O pior - Um argumento totalmente previsivel

Avaliação - C

Saturday, July 16, 2016

Free State of Jones

É estranho que um filme que entra tão dentro da historia dos EUA e das suas questões raciais, com um realizador competente e um protagonista recentemente galardoado com um oscar seja aposta como filme de verão. Criticamente a mediana das avaliações poderiam facilmente explicar o facto do filme não ser lançado em Oscar Season, contudo comercialmente com esta aposta rapidamente se percebeu que o filme iria ser um total floop, provavelmente porque no verão toda a gente quer produtos mais suaves para as suas ferias do que a brutalidade de um filme historico com mais de duas horas de duração.
Sobre o filme podemos dizer que é uma montanha russa entre sequencias bem filmadas a alto ritmo para diversas conclusões, sendo que a espaços o filme tenta se reinventar em capitulos mas parece que nem sempre o que vem a seguir tem o fulgor para segurar um filme tão diversificado com diversos renascimentos e no fim o filme pese embora seja uma competente e exaustiva aula de historia, que recorre a intensidade dramatica quando necessita e realismo brutal principalmente na primeira sequencia, se torne monotono e mesmo aborrecido.
É obvio que o filme tem uma capacidade de trabalho incrivel na forma como ponto a ponto da a guerra em questão, mas por outro lado parece sempre nunca querer agarrar as personagens, dar o que elas são, apenas mostra alguns sentimentos e principalmente nas situações de maior conflito, quando assim é o filme parece mais uma linha de tempo, do que um filme em que percebemos o que vai na cabeça da figura principal e quando assim é e mais dificil combater as distancias entre o espetador e o filme.
Ou seja mesmo não sendo uma obra prima, nem tão pouco um filme marcante parece obviamente um filme competente, trabalhoso, que quer o melhor em cada ponto de si. Consegue principalmente no inicio dar um impacto visual, e emocional, que ao longo do filme vai recuperando e perdendo. No final temos a noção que é um filme estudado, e preocupado, mas a quem talvez falte a chama que o diferencie e o torne algo de absolutamente diferente do que já vimos.
A historia segue um desertor da guerra que de forma a sobreviver junta-se a outros furagidos e acaba por criar uma milicia que tem como objetivo defender a terra e tudo o que é deles, independentemente da cor, mesmo que isso seja um imperativo politico do contexto que está a sua volta.
Em termos de argumento, e uma historia promenorizada, temporalmente muito detalhada, com a dificuldade de ter de abordar diveros pontos do conflito. Nem sempre parece conseguir potenciar no filme o maximo de eficacia, já que por diversas vezes parece que se perde em detalhes historicos e deixa alguns relacionamentos pessoais de lado, e isso poderia dar ainda mais impacto emocional ao filme.
Na realizaçao Ross e um realizador competente, pese embora os seus filmes nunca tenham grande risco, algo que ate parece que ia contrariar nos primeiros minutos de filmes, mas depois acaba so por ser objetivo e cumpridor, falta algum rasgo na abordagem, mas isso tirando em Plesentville talvez nunca exibiu.
No cast e confesso não ser um fã claro de Mcconaughey, penso que é um actor que cria demasiadas defesas no seu overacting e aqui penso que cai por diversas vezes numa personagem repetitiva tambem muito por culpa do argumento. O filme pedia uma figura com carisma e isso ele é. AO seu lado competencia sem grandes dificuldades para Mbatha Raw e Ali.


O melhor – O detalhe historico do filme.

O pior – Entrar pouco no lado humano de cada personagem


Avaliação - C+

Equals

Este filme, foi uma das estreias o ano passado no festival de Toronto esperando quem sabe um reconhecimento critico que lhe valesse um impulso para a luta pelos premios. Contudo a recepção esteve longe de ser empolgante, com avaliações entre a mediania e mesmo negativas o que acabou por tirar todos os objetivos ao filme, que apenas estreou um ano depois em poucos cinema, sendo um filme que muito provavelmente irá passar totalmente desprecebido pelas bilheteiras do mundo inteiro.
Este e um filme futurista, sobre uma sociedade diferente de total controlo, ou seja aquilo que muitoa advinham e que muitos escritores vaticinaram em obras primas literarias mas que nem sempre resulta em grandes filmes. Neste caso podemos dizer que a minimalista introdução reduzindo a zero a humanidade das personagens é um prenuncio interessante e um exercicio de estilo que o filme nunca cumpre, porque a partir dai temos apenas momentos entre duas personagens, nem sempre com grande intensidade a um ritmo de cruzeiro que acaba por adormecer o filme e deixa-lo completamente sem qualquer força.
O romantismo parece obviamente pouco para fazer um filme futorista resultar, existe tantas outras componentes que poderiam ser trabalhadas, existem demasiado atalhos principalmente na parte final, que fazem com que o filme neste capitulo seja algo preguiçoso e quando assim é parece sempre pouco trabalhado para fazer resultar com impacto a mensagem que o filme quer transmitir.
Ou seja uma historia romantica, onde a interaçao e quimica entre personagens nem sempre e bem trabalhada, que ganha alguns recursos com o minimalismo e estetica de uma realizaçao interessante e atual, mas que depois nem sempre consegue imprimir o condimento emocional e efusivo que poderia conduzir uma historia como esta para um plano mais interessante.
A historia fala de uma suciedade futurista onde a emoçao e sentimento e visto como uma doença em seres humanos controlados ate a mais infima ponta de humanidade. Tudo fica pior quando dois acabam por se apaixonar e envolver colocando tudo em causa que a sociedade defende.
O filme tinha duas opçoes uma destruiçao da sociedade ou uma adequaçao a sociedade e o filme opta claramente pela segunda linha, aquela que poderia ser mais dificil e que exigia uma guião com mais intensidade, algo que o filme nunca consegue imprimir, parece sempre demasiado simplista, mesmo quando o tema pedia muito mais em termos de argumento. Nao e claramente o elemento mais feliz do filme.
Na realizaçao Doremus já demonstrou sabem realizar filmes de amor, alguns dos quais que se tornaram filmes interessantes e criticamente bem avaliados nos ultimos anos. Aqui tem um trabalho onde a realizaçao e o elemento mais competente, na forma como todas as cenas sao criadas ao promenor da impessoalidade. Pena e que o argumento seja muito apagado pois na realiaçao parece-me termos futuro num jovem realizador.
EM termos de cast duas escolhas com resultados diferentes, Hoult e um actor com recursos mas que parece nunca conseguir transmitir todas as ferramentas que tem. Aqui esta repetitivo, mas tem a dificuldade de ter de fazer par romantico com Sterwart que não funciona quase com ninguem pela sua forma desligada de actual, sem intensidade e muito dificil fazer par romantico com ela, e aqui não resultou, mais uma vez.

O melhor – A realizaçao

O pior – O filme não aproveitar o bom inicio e deixar-se adormecer por completo


Avaliação - C

Barbershor: The Next Cut

Ice Cube mais que rapper que de alguma forma teve os seus anos de fama na musica como impulsionador do hip hop tornou-se nos ultimos anos, um dos veiculos mais importantes do cinema afro americano, não só em termos de comedias, mas em termos de satira social, que tem o seu expoente maximo na sua famosa barbiaria. Este ano e dez anos depois do seu ultimo saiu mais um filme que novamente com as suas conversas acabou por convencer moderadamente a critica. Ja comercialmente. Comercialmente em decrescimo, mesmo com a inflação referindo claramente que o publico alvo deste tipo de filmes é muito delimitado.
Quanto ao filme quem gostou dos primeiros filmes vai gostar deste, o estilo é sempre o mesmo, o estilo televisivo de sit com, sempre quase na totalidade passado dentro de uma barbiaria onde as questoes sociais do contexto e mesmo as questoes e conflitos individuais de cada um são vividas ao maximo. Nesse particular e para os mais tradicionalistas das sitcom dos anos 90 isto funciona não necessitando de grande humor pese embora o filme tenha diversos elementos apenas com esse intuito.
Alias penso que e no humor que o filme perde bastante, ou seja um humor demasiado fisico ou de curiosidade, acompanhado de interpretes nem sempre de primeira linha, dao ao filme alguma falta de epontaneadade e de imprevisibilidade que o tornam rotineiro. Mesmo assim num estilo de cinema afro americano cada vez ou demasiado goofy na sua comedia ou que se leva muito a serio este registo e eficaz.
E por outro lado as curiosidades a capacidade de vermos algumas pessoas do mundo da musica no cinema, o impacto da comunidade afro americanas de chicago e a forma como Ice Cube e Common dois outrora rivais agora como compinchas permite o filme adquira um contexto ainda mais elevado do que a historia em si.
A historia segue os personagens dos filmes anteriores, sendo que a personagem central Calvin preocupado com o contexto social onde reside vai ter de decidir em manter a barbearia no espaço de sempre ou mudar para um contexto menos problematico que permita o seu filho um desenvolvimeno mais salutar.
Em termos de argumento mesmo não sendo um filme absolutamente original e um filme que tem dialogos fortes, novelescos mas que emocionalmente funcionam na forma como transmite a uniao de um grupo. Parece claramente menos funcional na escrita humoristica que muitas vezes vai totalmente ao lado.
Na realizaçao Tim Story um realizador afro americano que já teve diversas tentativas em filmes de grande estudio para dar o salto e falho sempre, principalmente com o floop da primeira sequencia de Fantastic Four, agora voltou ao cinema que lhe deu nome e colaboração com Cube o que lhe tem dado mais sucessos comerciais com menos meios.
Em termos de cast, Cube e um conceito mais que um actor e aqui denota-se isso, o que representa para a cultura afro americano e mais do que aquilo que sabe como actor que é pouco mais do que sofrivel em termos de comedia. No resto do elenco muito mais significado como que qualidade com Common, Cedric, Tyiga e Nicky Menaj.

O melhor – A forma como em clima de sitcome se debate alguns problemas sociais.

O pior – Humoristicamente funciona menos que os seus antecessores


Avaliação - C+

Thursday, July 14, 2016

Cell

Stephen King e principalmente os seus livros de terror são alguns dos mais apreciados pelas grandes produtoras para fazer lançamentos de filmes de terror, ou pelo menos com algum suspense. Este foi mais um filme com uma produção demorada, e atrasos sucessivos o que levou mesmo ao seu protagonista a negar qualquer envolvimento posterior com o filme. O resultado perante tantos precalços apenas poderia ser um desastre a todos os níveis, criticamente com avaliações negativas, e comercialmente com uma estreia quase residual e sem qualquer tipo de resultado.
The Cell é daqueles filmes que no final achamos completamente impossível ter saído da mente de Stephen King. Ou seja das duas uma, ou o autor teve uma crise de inspiração ou a adaptação é completamente um desastre não conseguindo em momento algum transmitir onde o filme queria ir. Já que analisando friamente o filme não tem sentido, não tem explicação, não transmite rigorosamente nada ao espectador a não ser confusão entre realidades paralelas ou entre um grupo de pessoas que está virada em Zombie sem ninguém perceber porquê, ao longe de uma hora e meia onde narrativamente nada parece fazer sentido, onde personagens aparecem e desaparecem a um ritmo elevado para não existir qualquer tipo de resultado.
O único apontamento que funciona minimamente é o paralelismo final, e mesmo esse acaba por ser mal realizado muito por culpa de um Cusack cada vez menos convincente nos seus papeis, que torna uma cena que poderia ser de impacto no filme, num amadorismo exagerado. E daqueles filmes que rapidamente perguntamos qual o sentido ou se alguma vez alguém pensou que ali pudesse alguma coisa funcionar.
E um filme que poderia adoptar uma simplicidade vazio de processos da luta pela sobrevivência contra uma causa inexplicável que alterou as pessoas, mas quer mais, quer dar significado ou transmitir algum intelecto a um contexto que não o permite tornando o filme num objecto inqualificável de como não se deve fazer um filme.
O filme fala de um desenhador de comic book que de repente quando se encontra num aeroporto percebe que toda a gente que se encontrava ao telefone, por razões que desconhece começa a agir como um zombie, criando um autêntico caos, que o vai levar na luta pela sobrevivência junto de outras pessoas que como ele não foram atingidas pelo acontecimento.
O argumento é tão disparatado como o resumo acima indica, alias o filme torna ainda tudo pior, quando tenta entrar em realidades paralelas entre sonhos e realidade, quando tenta entrar na forma como a vida virtual imaginaria nos deixa reféns dos telemóveis. Literalmente tal metáfora poderia funcionar mas cinematograficamente e da forma que foi abordada tal nunca acontece.
Na realização Williams é um realizador que até começou bem em Hollywood mas acabou por ser remetido para filmes de terror de catalogo como o segundo Paranormal Activity, quando tenta registar-se no género com um objecto mais pessoal, tem este filme desastroso a todos os níveis, dificilmente sairá deste patamar baixíssimo.
Nos últimos anos todos os filmes que apostam em CUsack como protagonista têm sido desastres autênticos com excepção de Love & Mercy, é um actor fora de forma, com uma interpretação física que não funciona, e um dos casos de descida vertiginosa na carreira, Jackson também não tem tido grande fulgor com excepção das colaborações com Tarantino, e o filme sublinha ainda mais os baixos momentos de forma de ambos.

O melhor - O pequeno risco final, mas mesmo assim pessimamente realizado

O pior - O facto de já um simples filme de zombies seria mau, um intlectual filme de zombies é ainda bem pior.

AValiação - D-

Sunday, July 10, 2016

Fathers & Daughters

Quando este filme foi anunciado, um particular motivo de interesse chamou a atenção a muita gente, ou seja o facto de se tratar de um filme que pese embora fosse uma produçao italiana tinha a frente um realizador daquele pais habituado a filmes de grande montra em Hollywood e um elenco de primeira linha. Apos as primeiras observações a receção critica do filme foi muito negativa o que tornou tudo bastante complicado para o filme principalmente na expansao do mesmo, dai que a quase escondida estreia um ano depois do seu primeiro lançamento diz muito de um projeto ambicioso que teve resultados a todos os niveis desoladores.
Este e um tipico drama familiar, contado em duas vertentes que se intercalam e um filme emotivo na maior parte do tempo mas que penso que nada retira no paralelismo narrativo principalmente quando este não é feito com mestria, quando nem a curisidade da sequencias liga uma linha temporal a outra. Parece-nos obvio que nesse ponto o filme poderia ser melhor trabalhado e automaticamente seria bem mais artistico para um resultado final mais imponente.
Porque assim tudo é demasiado previsivel, numa linha objetiva e simples, nunca e um filme que tenta ir mais do que um filme emotivo de pais e filhos com todos os significados e climax emocionais que um filme familiar deve ter. Podemos dizer que é um filme agradavel de ver, com paralelismo que trabalha bem os momentos de ternura positivo das personagens não indo tao longe nos conflitos o que lhe da uma toada suave.
Ou seja um filme simples, igual a tantos outros com pouco risco e assim com uma margem de erro reduzida. E obvio que com o naipe de actores o filme deveria ir mais longe, ser mais do que a obra simples que é. Que a forma como o filme e feito e claramente ambiciosa e parece que a historia nunca aproveita tal dimensao para o conduzir para outro nivel de resultado.
A historia fala em dois momentos de uma jovem e a ligaçao ao seu progenitor apos a morte do pai, e com a doença deste, no momento em que o progenitor luta pela sua custodia. Por outro lado já adulta tenta ajudar uma jovem com uma historia de vida problematica e tenta encontrar e establizar a sua vida relacional.
Em termos de argumento o filme tem quase nada de particularmente original. Contudo a simplicidade faz o filme emocionalmente resultar em diversas linhas, o filme consegue ter bons climaxes interaçoes dramaticas e carinhosas, sendo um filme muito mais emotivo do que racional.
Este tipo de cinema emotivo já e habitual em Muccino que depois dos sucessos alcançados principalmente em Persuit of Hapyness tornou-se num realizador mais emocional do que racional, aqui a ideia e boa mas parece não ter argumentos para a escolha do paralelismo narrativo resultar.
Em termos de cast Crowe e um actor de primeira linha e é sobre si que recai todas as dificuldades do filme. Numa personagem facil de entrar em overacting penso que ele acabou por o fazer em algumas situaçoes denotando que talvez já esteve em melhor forma. Mais simples os papeis de Seyfred e de Paul.

O melhor – Emocionalmente o filme resultar

O pior – O paralelismo narrativo nunca ser em si uma mais valia


Avaliação _ C+

Friday, July 08, 2016

Popstar: Never Stop, Never Stopping

Até este filme, Samberg, Taccone e Schaffer nunca tinham conseguido trazer para o cinema a graça e a ligação que tinham conseguido nas colaborações do Saturday Night Live. Dai que a expetativa em torno deste filme era semelhante a outros filmes com o mesmo protagonista, num estilo de humor que normalmente e demasiado fisico e irreverente mas nem sempre funcional. Contudo muitos ficaram supreendidos quando as primeiras avaliações do filme foram positivas, transformando o filme no primeiro sucesso de todos no cinema. Pelo contrario comercialmente as coisas foram um desastre, talvez marcado pela carreira recente pouco funcional do intervenientes o filme tonrou-se num rotundo floop comercial.
Sobre o filme até a presente data não existiu nenhum filme em que Samberg era protagonista que me tenha chamado particularmente a atenção, mas rapidamente percebemos que este ia ser diferente, que é um filme com trabalho, com um humor a um ritmo alucinante, satirico e corrosivo ate não poder mais, e que acima de tudo o humor funciona como poucos. Claro é que a cola de tudo isso ou seja a historia de base quase não existe e o filme é um conjunto de sequencias com mais ou menos piada, e uma satira ao mundo da musica mas na minha opiniao direcionada a alguns em concreto.
Em termos humoristicos o filme vai de mais a menos, com o passar do tempo o filme vai perdendo alguma piada principalmente porque já estamos habituados ao estilo de humor do filme e tudo se torna mais previsivel, mesmo assim consegue ter um estilo de humor diversificado, sempre com um estilo de realizaçao que lhe da ritmo, que é o de alegado documentario com muitas intervençoes, e que da lugar a um excelente número de cameos de figuras bem conhecidas, o que torna o filme rico no que diz respeito a curiosidades.
Por fim em termos musicais e onde a satira leva ao expoente maximo a forma como todas as letras do filme funcionam em absurdo acaba por ser um dos maiores potenciais humoristicos no filme, o mais trabalhoso e aquele que o diferencia mais, as produçoes de concerto iguais, e quando assim é o filme acaba por ter momentos de espetaculo televisivo muito interessante, sendo uma lufada de ar fresco numa comedia cada vez mais monocromatica.
A historia fala de um musico que evoluiu num grupo com amigos de infancia que acaba por se tornar cantor a solo com grande sucesso, ate que o seu segundo algum se torna um desastre quando o mesmo pensa que sozinho consegue fazer tudo.
Em termos de argumento, e em termos comicos o filme funciona muito bem, e daqueles filmes que percebemos que tem um argumento sob o ponto de vista comico muito trabalhoso já que tem uma cadencia de piadas alucinante, claro é que com o passar do filme este fulgor vai se perdendo e que a historia de base é do mais basico existente.
Na realizaçao a cargo da dupla de protagonistas que acompanha Sanberg, temos tudo o que o filme necessita, a escolha por uma realiação tipo documentario da ao filme o ritmo perfeito, e a dimensao do show bizz que o filme nos dá, é interessante e muito bem contextualizada. Esta dupla de realizadores humoristas pode ser um caso serio com outro tipo de abordagens.
Em termos de cast Samberg tem o melhor papel como actor de comedia na setima arte, um papel de um humorista completo, com humor fisico, interpretativo, carisma, um actor que conquistou mais neste filme do que propriamente em toda a sua filmiografia no cinema ate agora. De registar o elevado numerdo de cameos que diz bem do empenho nesta produçao.

O melhor – A forma como o humor funciona a um ritmo alucinante.

O pior – O filme vai perdendo gas com a sua duração-


Avaliação - B-

Thursday, July 07, 2016

Miles Ahead

Durante determinada altura de 2015, e na altura em que este filme foi exibido em alguns festivais, alguns especialistas na analise de concorrentes a premios consideraram Don Cheadle como um possivel candidato ao Oscar de melhor actor nesta interpretaçao de Miles Davis, num filme pessoal do actor que para alem desta tarefa tem muitas outras. Estranhamente o filme ficou adiado para meados de 2016 perdendo a oportunidade dos premios, talvez porque a critica não foi assim tao positiva para com o filme, pese embora as avaliaçoes sejam essencialmente positivas. Comercialmente tendo em conta a pouca expansao do filme podemos dizer que os resultados sao consistentes, mas Miles Davis e sempre uma figura no minimo unica do jazz.
Sobre o filme, desde logo podemos dizer que é um filme arriscado e politicamente incorreto, e um biopic que não sega a estrutura e rigida habitual, basicamente temos dois pontos da vida do autor que jogam em paralelo com alguma mestria do realizador. Por um lado a sua ausencia e por outro a sua vida amorosa. Pese embora esta escolha tenha risco e tem detalhes de boa realizaçao penso que muito da vida de Milles Davis se perde principalmente quando o filme se quer transformar num pequeno filme de gato e rato.
A introduçao de personagens inexistentes ou ser um filme de ações não existentes de alguem que existiu parece original no inicio mas parece-me nem sempre funcionar no filme, por um lado porque o filme mesmo com curta duraçao e limitado no tempo e no espaço não ganha grande ritmo e por outro lado a presença sempre constante do trompete parece sempre mais uma homenagem do que propriamente um biopic, já que quem não conheceu muito da trajetoria do musico aqui so fica a conhecer a personalidade.
Mas mesmo assim merito para uma abordagem diferente, que mesmo não funcionando na plenitude tem marca de autor. Num filme que em todas as vertentes e marcado por alto e baixos em diferentes aspetos. Parece-me obvio que e um filme muito pequeno para ambicionar premios, sendo mais um biopic de um musico algo que alias cada vez mais e o prato do dia do cinema americano.
O filme fala de dois momentos diferentes de Miles Davis o interregno de cinco anos e a forma como e pressionado pelo estudio para o seu regresso, enquanto perde todo o seu material gravado numa estranha relaçao com um peculiar jornalista, e por outro lado a sua relaçao intensa com a mulher com altos e baixos sucessivos.
Em termos de argumento mais que um filme de factos e um filme de prespetiva, e parece-me algo redutor fazer um filme quase sem a primeira vertente, pois parece que algo é descontextualizado, parece mais ficção e menos personagem. Mesmo sendo original não me parece de todo obvio que as coisas funcionam.
Cheadle tem bons apontamentos de realizaçao, principalmente quando arrisca mais, a questao da banda sonora e a verdadeira homenagem e tem bons momentos como as fotografias como timeline. Para estreia podemos dizer que temos apontamentos que podem querer dizer futuro do actor como realizador.
No cast todo o filme e dominado por um cheadle de altissimo nivel, e o melhor do filme a forma como entra na personagem e como a preenche em cada momento. Pouco encontramos do autor e muito do musico, talvez podesse ter sido um bom concorrente na corrida aos oscars do ano passado, este ano parece muito frontrunner para ter sucesso.

O melhor – Don Cheadle o actor

O pior – Mesmo com a abordagem a ser diferente as coisas nunca funcionam totalmente

Avaliação - C+


Wednesday, July 06, 2016

The Perfect Match

Nos ultimos anos foi criada uma industria de cinema paralela, com filmes exclusivamente passados nos contexto afro americanos de grandes cidades, seguindo em muito a linha dos filmes de Tyler Perry. Este é um filme com um registo diferente, mais cómico, mais suave, e mais romantico. Os resultados foram modestos como alías já é tradição no genero, criticamente obteve apenas um suficiente menos e comercialmente a pouca expansao do filme não permitiu grandes relevos.
Sobre o filme, normalmente uma das caracteristicas mais basilares deste tipo de filmes é a sua simplicidade ou seja o guião é quase uma telenovela cheia de lugares comuns e relações demasiado esteriotipadas, e este filme não deixa de o ser, principalmente no epicentro da personagem central, uma daquelas cheias de lugares comuns e que rapidamente percebermos para onde vai o filme. Mas se esta limitação funciona obviamente como tal no filme, também é ela que da a honestidade que faz o filme ser simples, e nao ter nunca a capacidade para nos desiludir e assim o resultado e uma hora e meia de cinema basico com procedimentos autonomos, mas nunca um filme que nos vamos recordar pelas piores razões.
Alias existe pontos que o filme funciona, o ritmo do filme, a sensualidade de algumas situações. Mas existe outros pontos que o filme perde obviamente essa simplicidade, quando tenta utilizar um humor que nunca, mas mesmo nunca funciona, quando tenta pedir aos seus interpretes recursos interpretativos que eles não têm, quando torna a resolução de conflitos demasiado simples. Como resultado um filme simples, com defeitos e virtudes que se anulam, mas que é um estilo de cinema simplista, que tem sempre lugar principalmente quando não queremos pensar.
Outro ponto que nos parece relevante destacar, e o ponto onde o filme consegue retirar um pouco de todo o cliche que o contextualiza e a opção pelo final, era facil arranjar um happy ending mais satisfatorio mesmo que isso tirasse alguma da moral que o filme quer assumir. Muitas vezes filmes de pouco conteudo como este caem nesse erro. Ao contrario de muitos o filme não cai, acabando por manter a sua mensagem ate ao fim.
A historia fala de um editor de estrelas, com muito sucesso com as mulheres que e incapaz de assumir qualquer compromisso. Tudo fica mais agudizado quando os seus melhores amigos, um vai casar e outro vai ser pai, entrando ai um interesse amoroso que poderá mudar toda a forma de ver a vida.
O argumento é simples, e cheio de lugares comuns, na narrativa, nos dialogos, na construção das personages, é daquele tipo de filme que assume uma mensagem e mantem até ao fim a mesma sem hesitações mas também sem grande criatividade que diferencie o resultado final.
Na realização Woodruf e um realizador de filmes simples longe do primor critico, ultimamente mais relacionado com o cinema afro americano familiar. Aqui pouco ou nenhum risco, apenas algum mérito mas as sequencias mais amorosas que consegue potenciar alguma sensualidade nas mesmas e isso é uma qualidade.
No cast, as escolhas não foram na primeira linha, mas sim numa segunda, destaque para a sensualidade de Ventura, pese embora sejam mais que visiveis as suas dificuldades enquanto atriz, principalmente nas sequencias mais exigentes. Em termos de do protagonista, terrence Jenkins funciona com alguma simplicidade, em filmes que não exigem muitos dos seus protagonistas.


O melhor - Manter a sua mensagem até ao final.

O pior - Claramente tudo que o filme nos dá é retirado de uma simples novela de qualquer parte do globo

Avaliação - C

Tuesday, July 05, 2016

Me Before You

Se existe algo que nos últimos anos tem desaparecido do cinema são filmes românticos, com excepção da subvenção Nicholas Sparks que todos os anos pelo dia dos namorados nos trás um filme igual a tantos outros. Este ambicioso filme inglês lançou-se no meio dos tubarões e podemos dizer com algum sucesso comercial, principalmente tendo em conta o dinheiro investido e rentabilizado. Em termos críticos as coisas foram mais medianas, sublinhando que ainda não foi desta que um filme declaradamente romântico conseguiu chamar a si os louros de uma critica rigorosa.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que o contexto do mesmo tem claramente a influencia de Sparks, na tragédia a unir, e principalmente na força do amor nas dificuldades, o que diferencia o filme e que lhe da um toque de qualidade é a forma simples, e quase satírica com que caracteriza personagens no seu exagero, como consegue ser engraçado quando o quer ser, mas também triste, numa montanha russas de emoções que o filme consegue ter, e dar impacto muito relacionado com a forma como as duas personagens centrais encaixam uma na outra.
Não entra no positivismo bacoco de muitos outros filmes românticos, todas as personagens sabem os seus pontos fortes e debilidades e acima de tudo nunca coloca de lado que sem circunstancia o casal nunca existiria, e mais que isso nunca refere que o amor vence tudo. Este realismo do filme permite que o impacto dramático do filme o distinga da maior parte dos filmes do género, acompanhado por um sentido de humor próprio, que não sendo exagerado consegue contrapor o lado mais intenso e dramático do filme.
O resultado e um filme interessante, que mesmo recorrendo a muitos dos cliches do cinema romântico de baixa qualidade, tem nos detalhes muito de que o impulsiona para outro nível, a necessária química entre protagonistas, a intensidade do drama e a leveza da comédia, um óptimo contexto e uma mensagem que todos somos incapazes de ficar indiferente. Não será um filme romântico para a eternidade mas é sem duvida até ao momento o filme romântico do ano.
A historia fala de uma jovem da província inglesa que para contrapor as dificuldades financeiras da família, aceita tomar conta de um jovem rico, que vitima de um acidente ficou tetraplegico iniciando com este uma relação de alguma proximidade.
Em termos de argumento temos um filme que não trazendo na forma geral nada de particularmente novo, consegue nos detalhes cumprir os objectivos de um filme romântico. personagens bem montadas, e bem conjugadas, secundários com objectivos definidos e acima de tudo uma capacidade de dar impacto emocional ao filme de claro registo.
Na realização temos um claro toque feminino que da ao filme um carácter estético muito interessante, óptima escolha do local, realizado e filmado como complemento estético a todo o filme, excelente caracterização e guarda roupa da protagonista, dando cor a um filme com muitos motivos para ser negro. E nos pormenores que o filme funciona e nos de realização também.
Em termos de cast, Clark e uma das figuras mais mediáticas da actualidade devido a Game of Thrones, mas neste filme demonstra ser versátil, funcionar em acção e drama romântico, ainda demonstra alguma dificuldade nas sequências mais exigentes do ponto de vista dramático mas parece-me obviamente que o mais importante está, o carisma. Claflin não sendo um actor de topo, parece-me vocacionado para este tipo de filme, tem versatilidade entre um lado mais cómico
e intensidade para o drama, e a alguma falta de carisma neste filme é ultrapassado pelo duo.

O melhor - A forma como o filme consegue nos detalhes potenciar o seu significado

O pior - E uma historia de amor na base igual a muitas outras

Avaliação - B

Sunday, July 03, 2016

The Boss

O casal McCarhy e Falcone, que já tinham trabalhado juntos na comedia Tammy, resolveram neste ano lançar mais um filme na colaboração no genero que fizeram de ambos figuras de hollywood. Nesta comedia tipica ao estilo de ambos os resultados criticos ficaram aquem daquilo que Melissa já efetuou como actriz, com avaliaçoes modestas, algumas das quais bastantes negativas. Em termos comerciais os resultados sem serem deslumbrantes acabaram por ser competentes o que pode muito bem querer dizer que este tipo de apostas não vai ficar por aqui.
Sobre o filme desde logo pode-se dizer que se trata de uma comedia tipica de Melissa, como interprete um filme demasiado centrado no seu humor fisico e incorreto, com uma linhagem narrativa que apenas serve de contexto para as aventuras da personagem e nada mais. Como a maior parte dos seus filmes, não temos moral, não temos complexidade narrativa, mas o pior de tudo e que quase sempre não temos graças e neste particular poderei facilmente dizer que e o pior filme da atriz.
Porque é que não funciona porque o filme se baseia em apenas duas premissas para fazer humor, o lado fisico e exagerado da personagem que por si so não funciona e duas ou tres piadas sexuais muito introduzidas sem qualquer tipo de contexto que acaba tambem por não funcionar, e quando uma comedia basica não funciona na comedia é sinal que tudo funciona mal.
A novidade e tambem um ponto que não favorece o filme, com o passar do tempo McCarthy enquanto atriz coleciona personagens muito semelhantes sempre com caracteristicas basilares semelhantes e aqui repete novamente, quando isso acontece os filmes acabam por perder a graça porque sentimos que já vimos aquele contexto e aqui isso e claramente significativo pela negativa.
A historia fala de uma mulher de sucesso mas com dificuldade para lidar com pessoas que ve todo o imperio ruir e ter de começar tudo do zero apenas com a ajuda da sua anterior funcionaria e da filha. Contudo o sucesso acaba por regressar testanto as suas caracteristicas como pessoa.
Em termos de argumento o contexto parece ser funcional para uma comedia fisica de costumes, o que falha e a capacidade humoristica das sequencias que nunca parece estar em forma ou conseguir encontrar a toada certa, acabando por ser uma comedia que nunca realmente consegue fazer o espetador soltar uma gargalhada e isso e um defeito bem sublinhado.
Em termos de realizaçao Falcone e um realizador de serie B da comedia, que tem filmes de estudio mas de pouca autoria, aqui mais do mesmo, um filme para massas, sem qualquer risco na realização, e nos filmes de Melissa parece-me aquele em que a camara menos a ajuda nas suas piadas. Falcone parece estagnar num cinema de pouco conceito.
No cast Melissa sente-se confortavel em personagens excentricas e extrovertidas e em construir bonecos, funciona usualmente no lado comico mas neste papel não podemos dizer que as coisas correm pelo melhor, parece nunca ter contrado o registo para a personagem muito por culpa do argumento. Ao seu lado Bell completamente numa carreira sem cor e um Dinklage que apenas consegue ser excentrico fora de Guerra dos Tronos.

O melhor – Alguns momentos musicais bem integrados

O pior – O filme raramente ter alguma graça


Avaliação - D+

Central Intelligence

Uma comedia para ser lançada por um grande estudio em pleno verão, no meio de diveros filmes com efeitos especiais para todos os gostos, tem de ser uma grande aposta neste caso da Time Warner. E certo que as duplas de policia nas comedias de acçao aos poucos estão a voltar a moda, mas também não deixa de ser uma aposta de risco principalmente quando os seus protagonistas por si so não garantem rendimento. O filme criticamente passou com uma mediania que não o prejudicou pelo menos e os primeiros resultados de bilheteira tem sido consistentes num ano em que a maior parte dos filmes têm falhado principalmente nos EUA.
Este e o filme esperado ao reunir Hart e The Rock, ou seja um filme que usa a comedia fisica como principal vetor, nas diferenças entre as personagens, com uma acçao moderada, com algum suspense, mas onde tudo funciona de uma forma demasiadamente previsivel, quer as piadas, quer as sequencias de alegada surpresa, e mesmo o climax final, sempre em aberto acaba por ser mesmo ele previsivel, ou então pelo menos demasiado colado a cola de qualidade duvidosa. O que salva o filme de um resultado desastroso desde logo o humor fisico de ambos resultas e para alem disso as diversas abordagens cinematograficas que acaba por ser o complemento comico que funciona no filme.
Certo e que mesmo estreando em pleno verão não nos parece um filme com grandes objetivos em termos de uma produçao grande, basicamente temos um filme que deposita todas as esperanças no duo de protagonistas e na forma como os mesmos acabam por funcionar em conjunto. Parece sempre que o filme deixa mais confortavel Hart numa personagem mais perto do seu normal do que The Rock, que por vezes não encaixa para onde o filme quer ir.
O resultado uma comedia policia simples, que funciona moderadamente em termos de comedia, funciona menos em termos de policial e de suspense. Ficamos com a ideia que humoristicamente o filme deveria ser mais trabalhado, estabelecer mais potencial do que realmente consegue fazer, mas num ano onde muitos dos generos não tem conseguido cumprir os seus objetivos neste filme não podemos dizer isso pelo menos moderadamente.
A historia fala de dois ex-colegas de liceu, que se encontram vinte anos depois e a vida correu completamente ao contrario do que ambos previam, o elemento de sucesso na adolescencia e um simples contabilista, o objeto de gozo de todos tornou-se num letal agente do CIA envolvido numa teoria da conspiração que os vai unir.
Em termos de argumento o filme parece sempre demasiado preocupado em fazer o estilo de ambos os protagonistas enquanto humoristas funcionar do que dar algo de particulamente diferente. Em termos humoristicos surpreendente funciona no lado mais subtil do que propriamente no lado mais fisico.
Na realização Thurber sempre relacionado com a comedia tem procedimentos simples que implicam um ritmo elevado ao filme, não temos arte, e a camara não necessita de ser protagonista no humor, não e propriamente um titulo de referencia mas usualmente a comedia não o é.
Em termos de cast o filme vai de encontro ao que conhece dos seus protagonistas, principalmente em Hart que pode mudar de roupagem mas as suas personagens sao sempre iguais, aqui muitas palavras a ritmo elevado, um humor fisico que o deixa mais confortavel do que de The Rock, mesmo assim funcionam bem em conjunto.

O melhor – As piadas cinematograficas

O pior – O humor fisico raramente resultar.



Avaliação - C

Saturday, July 02, 2016

The Angry Birds

Era uma questão de tempo até ao jogo mais conhecido do mundo dos tablet tivesse o seu lançamento em filme de animaçao. A produçao ficou a cargo da Sony, uma das outsiders entre os monstros da animaçao, mas o excelente nipe de vozes e acima de tudo o sucesso massivo dos bonecos faziam deste filme um sucesso esperado. Os resultados foram duais, em termos criticos o facto de não ser de uma produtora major de animaçao redundou numa mediania quase negativa que não serve de boa propaganda para o filme que mesmo assim conseguiu resultados consistentes de bilheteira principalmente fora dos EUA, mas fica a impressao de que com outro valor critico o filme poderia ir mais longe.
Sobre o filme, todos os filmes baseados em jogos tem uma campo de trabalho muito diminuto e o facto deste jogo ter diversos fas tornava tudo mais dificil já que não poderia ir muito para alem daquilo que o jogo é. Nesse parametro parece que o filme consegue ter muito do jogo, nas personagens no efeito das mesmas, no som, e nisso algo que nem sempre é facil temos de valorizar o resultado do filme, já que os fas do jogo conseguem observar tudo que cada personagem da ao jogo e isso por curiosidade funciona por si so.
Claro que em termos de argumento, alcance e mensagem não é um filme que consegue ir muito longe, existia muito mais para dar, não so em termos moratórios e desenvolvimento da linhagem narrativa, mas isso poderia tirar alguns dos promenores que junta o filme ao jogo, e parece-me que nessa opçao o filme funciona assim, mesmo que isso nunca lhe permita narrativa ir muito longe principalmente quando comparado com a maior parte dos filmes disney e mesmo já com alguns dreamworks,
O lado que nos parece que poderia ter sido mais potenciado e o lado humoristico e detalhado do filme, a espaços temos essa tentativa, alguns dos quais ate passa ao lado dos mais desatentos, mas algo tao actual como Angry Birds tinha esse espaço, talvez uma preocupação demasiada nesta natural ligaçao entre o filme e todo o conceito anterior tenha tirado a capacidade de dotar o filme de alguns elementos mais creativos e artisticos e isso acabou tambem por não conseguir que o filme tivesse outro tipo de impacto.
A historia segue em muito a linhagem dos jogos, um territorio de passaros e atacado por um misteriosos porcos verdes, que acabam por roubar todos os ovos para cozinhar, aqui os passaros terao de se unir para recuperar a descendencia.
Em termos de argumento e facil aceitar as criticas ao filme, não e uma historia muito trabalhada em nenhum dos seus pontos, a unica mensagem tem a ver com o excesso de raiva, e no que diz respeito aquilo que poderia ser criado a partir da ideia de jogo e pouco. Tambem em termos humoristicos fica em meio termo, alguns pontos funcionam bem mais que outros.
Na produçao temos uma produçao de primeiro momento, mesmo para uma Sony sem o tamanho de outras produtoras, excelente englobaçao sonora, de um filme com meios, cor e fiel ao jogo que era o mais importante.
O leque de vozes muito relacionada com a comedia, sao na essencia boas escolhas com naturalidade por ser personagens mais apelativa Gad e Dinklage tem o maior merito e sao o maior destaque junto com a curiosidade dos sussurros de Sean Penn.

O melhor – A fidelidade a todas as componentes do jogo

O pior – Ser limitado narrativamente


Avaliação - C+