Sunday, November 10, 2024

I Saw the TV Glow

 Apresentado em Sundance com uma excelente resposta critica, este filme acabou por ser lançado ainda em Maio nos EUA com esse carimbo, mas rapidamente se percebeu que a resposta do grande publico nao ia ser a maior. Contudo o filme acabou por se transformar num simbolo da comunidade transgenero e isso captou um resultado de bilheteira interessante, o que associado a valorização critica levou o filme a alguns premios midseason e principalmente a presença em algumas nomeaçoes mais independentes.

Sobre o filme eu desde logo não consigo gostar de um filme que nao percebo quase nada que quer transmitir, e isso é o que me sobre neste filme, uma mistura confusa de realidades, personagens apagadas, e uma mensagem tipo roscharch em que cada um vê o que quer, mesmo que na realidade ao longo da hora e meio de duração do filme, nao se consiga ver quase nada, para alem de algum glow estetico, uns segmentos de vhs, mas em termos de historia nada, um conjunto desconetado de imagens.

E daqueles filmes que deveria vir com um manual de instruçoes para percebermos cada momento, caso contrario o filme é completamente indecifravel. Parece obvio que os que gostaram ou viram simbolismo no filme, poderão patentiar uma aparente lição estetica moral, que nem com o esforço da pessoa mais compreensiva consegue entrar, ja que sinceramente parecem noventa minutos de uma historia que parece nao ter qualquer tipo de continuidade.

O unico detalhe interassante do filme e a musica e a sua representação, uma serie de grupos quase desconhecidos com o seu espaço em palco, que faz com que muitas vezes o espetador aguarde por outro momento da mesma natureza do que propriamente se deixe levar pela intriga inexistente.

O filme fala de dois jovens com vidas dificeis e pouco integrados que se ligam por uma serie noturna, que os vai acompanhar ao longo da vida, mas será mesmo uma serie ou uma parte deles proprios.

O argumento e daqueles tão difusos que uma interpretação mais trabalhada pode fazer sentido, mas por si so nunca o faz. As personagens sao desconhecidas, os dialogos quase sempre sem chamas, e o desenvolvimento da historia e confuso de tal forma que os espetadores divagam.

A realização foi entregue a Schoenbrun, uma jovem realizadora que viu o seu filme, e a sua forma de comunicar dificil de perceber se tornar num hino de uma minoria, muito por culpa de uma critica especializada que por vezes gosta de sublinhar filmes que poucos conseguem ver o brilho.

No cast Smith e um bom ator jovem, dinamico, que aqui tem os melhores momentos nos ultimos dez minutos quando o filme deixa explodir a sua personagem. De resto ele e todo o elenco estão monocordicos num filme que nunca e verdadeiramente de personagem.


O melhor - A banda sonora

O pior - Ser daqueles filmes que ninguem entende, e alguns acham que entendem


Avaliação - D

The Apprentice

 Estreado no festival de Cannes, este polemico biopic sobre a ascensão do proximo presidente dos EUA, acabou por ser lançado uma semana antes das eleiçoes o que muitos conduziram a considerar um trunfo eleitoral democrata, que nao teve o seu efeito propriamente dito. O filme conseguiu algumas boas avaliações pese embora seja um filme imediatamente recusado pela maioritaria fração republicana. Comercialmente o filme também falhou onde nos parece que a estreia a uma semana das eleiçoes deu ao filme um caracter de campanha eleitoral demasiado denunciado, que a maioria dos americanos facilmente recusaram, e que se explica nos resultado das eleiçoes.

Sobre o filme podemos dizer que a primeira hora de filme e razoavel dá-nos alguma personagem, tenta explicar os objetivos e mesmo alguma visão do atual presidente dos EUA, e acima de tudo o crescimento da sua relação com Roy, e a forma como isso lhe permitiu crescer na manta de conhecimentos de Nova Iorque. O filme a alavancado essencialmente por duas interpretaçoes de um nivel altissimo, que permite que os momentos a dois sejam quase sempre fora de serie.

Na segunda fase o filme assume claramente a critica total a personagem, e aqui entra a campanha eleitoral, fica a ideia que o filme podera perder alguma personagem, mesmo alguma explicaçao da forma como determinados projetos megalomanos foram crescendo, mas isso e contornado com uma personagem cada vez mais bem interpretada por Stan que se vai aproximando sempre do que ja conhecemos de Trump.

Assim temos um bom filme, claro que o lado parcial, impedirá que seja um filme unanime, ainda para mais depois da estrategia de distribuição que assumiu. Fica a ideia que a primeira parte poderia perfeitamente ser aceitavel, para uma maioria, a segunda da critica, se calhar justa a figura, pode ser exagerada, mas isso nao tira ao filme a mais valia de um biopic disruptivo, polemico e que sabe bem contextualizar-se temporalmente.

A historia fala de um jovem Donald Trump e a forma como o mesmo conseguiu, com a ajuda do famosos advogado Roy Cohen se introduzir na alta sociedade americana e assim conseguir criar a base para o seu sucesso empresarial.

O argumento acaba por ter bons momentos de dialogo, principalmente entre as duas personagens principais que nos levam quase para um mundo a parte. No final o filme e quase a extrapolaçao das piores visoes de uma unica personagem, mas a mesma tornou-se agora novo presidente dos EUA, o que confere ao filme uma polemica total.

Ali Abbasi aceitou o projeto depois de alguns sucessos em televisao com The Last of Us. O realizador iraniano e disruptivo, tem a seu favor nao ser americano e portanto tentar se distanciar um pouco da luta, o que apenas consegue fazer na fase inicial. O filme e bem realizado principalmente na forma como nos conduz para uma Big Apple entre os anos 70 e 80.

E no cast que o filme brilha com duas das melhores interpretaçoes do ano, Stan e incrivel nos maneirismos de Trump, o que tambem ja tinha conseguido incrivelmente com Tommy Lee. Chegamos a ver todas as expressoes de Trump, e toda a forma que nos intriga, numa prestaçao que num filme menos polemico valeria uma nomeaçao garantida. O mesmo para Strong, um dos melhores atores da atualidade com uma prestaçao incrivel que encaixa com uma luva na sua forma de atuar, que merecia a mesma atençao,


O melhor - O cast

O pior - A forma como acabou por ser visto como um mero produto eleitoral

Avaliação - B

Thursday, November 07, 2024

The Outrun

 Apresentado no festival de Sundance de 2024, este pequeno filme independente, chamou num primeiro momento a atenção pela sempre especial presença de Ronan, uma das atrizes mais proximas da critica especializada do momento. Pese embora não tenha sido um dos filmes que triunfou no festival as boas criticas fizeram com que o filme ficasse logo encaminhado para um lançamento mais global na temporada de premios. Assim ressurgiu em Outubro, mas os curtos resultados de bilheteira quase inexistentes se calhar vão apenas permitir o espaço para este filme independente nos premios mais associados a esta industria.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme sobre os desiquilibrios da personagem nos seus momentos, não e um filme temporalmente facil de acompanhar, com avanços e recuos sem aviso, que nos leva a tentar perceber acima de tudo o momento da personagem pela cor do cabelo. Embora essa dificuldade nao dificulda a comunicação que o filme quer fazer com o seu espetador, associando o consumo as dificuldades de vida e a tentativa da personagem de reabilitar.

Onde o filme melhor funciona e nos espaços, quando conduz a personagem para a sua natureza, para os espaços mais pequenos e onde o filme consegue dar esse conforto nao so a personagem mas ate ao proprio espetador. Esse detalhe sensorial do filme funciona, mesmo que por vezes alguns tiques de filme independente esteja sempre la com muitas cenas a so da personagem e acima de tudo um estilo demasiado pausado.

Por tudo isto sendo um filme razoavel, estamos longe de outros filmes independentes britanicos dos ultimos anos que conseguiram surpreender e ganhar um espaço muito particular no cinema. E um filme que chama a si muito das suas potencialidades na construção da sua protagonista, caso contrario levaria para uma mediania que o tornaria quase invisivel.

A historia fala de uma jovem com uma vida complicada marcada pelo alcoolismo que regressa a sua cidade natal e principalmente aos seus conflitos internos e familiares, ate que se desloca para uma pequena aldeia de forma a tentar reabilitar a sua forma de vida marcada por muitos episodios complexos.

O argumento do filme nao e propriamente diferenciado de outras historias de vida, a opção pela fragmentaçao temporal do filme acaba por ser um detalhe que pode tirar ritmo a historia que nao e propriamente uma força da natureza em dialogos e mesmo nas personagens secundarias, apostando tudo nos dilemas da personagem central.

Na realizaçao Nora Fingscheidt ja tinha tentado ir aos limites da pessoa no seu filme anterior com Sandra Bullock para a Netflix, mas aqui sem a pressão do resultado comercial, torna o filme mais intimista, sendo particularmente feliz a escolha dos espaços, que muitas vezes fazem o filme ter muito mais contacto com o espetador do que qualquer outro interprete. Veremos como a realizadora alema da seguimento a carreira.

Ronan e uma atriz que se encontra ha diversos anos a acariciar o Oscar sem nunca o ganhar, aqui um papel intenso, onde espelha os seus recursos que fazem dela uma das mais proximas da critica. As boas avaliações ficam bem no curriculo, mas nao me parece que sera aqui que conseguira o merecido premio, embora seja uma boa base para o que vier a seguir ja que lidera o filme do primeiro ao ultimo minuto.


O melhor - O espaço rural do filme.

O pior - A montagem temporal nao ajuda sempre o significado que o filme quer ter.


Avaliação - C+

Tuesday, November 05, 2024

Piece By Piece

 Este documentario sobre a vida de Pharell Williams um dos mais prestigiados musicos e produtores norte americanos tem desde logo a curiosidade de ser feito em Lego, o que nao deixa de ser original, o que seria um risco, principalmente pela produtora. E se criticamente as coisas acabaram por funcionar com criticas interessantes que sublinham essencialmente a irreverencia do projeto, comercialmente as coisas nao foram tão interessantes, ja que o filme tem tanto de original como perdido no publico alvo.

Sobre o filme podemos dizer que a forma e diferente, merece o sublinhado, oferece momentos curiosos na construçao de videoclips ou personagens que nos conhecemos, mas fica-se por ai, porque depois e dificil de levar a serio na forma como tenta explicar o crescimento da personagem, ou mesmo a dimensão contextual espacial, porque tudo e Lego e cor, e para alem disso fica apenas os melhores momentos musicais de uma carreira singular.

Fica a clara sensação que o filme e demasiado monotono para os mais pequenos, e que os maiores acabam por se fartar e nao levar a serio, depois de acharem graça inicial a brincadeira dos Legos. E uma assinatura mas fica claramente a ideia que o filme tem dois muitos demasiado distantes para funcionar em plenitude, o que conduziu na minha opiniao a que o filme rapidamente desaparecesse do cinema.

Sobra assim um filme ambicioso, original, mais o biopic que Pharell pensou para ele, do que propriamente o que o seu publico esperava. Talvez seja demasiado cedo para um filme concreto sobre a carreira, mas este acaba por ser uma experiencia e pouco mais, mesmo com toda a riqueza tipica que os filmes Lego sempre tiveram.

A historia fala sobre Pharell da sua infancia, adolescencia a forma como foi crescendo na musica e no seu amor por produçao musical, sem fugir dos seus sucessos e colaborações, sempre com a toada e cor da Lego.

O argumento e o possivel numa carreira curta, e com a condicionante de um filme que teria de ser todo ele montado em Legos. Nao e propriamente um filme que tenha muitos dialogos, apenas apontamentos biograficos, numa especie de documentario em Lego.

Na realizaçao temos Morgan Neville um realizador de documentarios Live Action que tentou aqui algo totalmente diferente. E um filme arrojado, com cor, que funciona no proposito que se coloca, nao sei e se o mesmo era o mais funcional para o publico alvo.

No cast de vozes a maior parte dos colaboradores do artista aceitaram fazer deles proprios, o que facilitou e tornou o trabalho mais eficiente, mesmo que o filme exija pouco no seu formato documentario


O melhor - A ideia e original

O pior - Mas fica a ideia que perde o publico concreto


Avaliação - C

Terrifier 3

 De filme para filme esta obra gore de Damien Leone foi ganhando fas e um conceito de culto que provavelmente poucos esperariam, de tal forma que este terceiro filme acabou por se tornar num simbolo do Halloween deste ano com uma loucura em torno da personagem de Art the Clown. Pois bem quem também parece que foi na onda foi a critica que valorizou criticamente o lado mais violento e quase amador com que o filme acabou por ser realizado. Comercialmente os resultados foram extraordinarios principalmente tendo em conta o ponto de partida de toda a saga.

Sobre o filme podemos começar por dizer que quer ser mau e consegue ser em todos os aspetos, desde logo porque as duas horas nao revestem o filme de qualquer historia, sendo que a unica coisa que o filme quer ter e sequencias de pura violência sem limites sem qualquer tipo de razão. Por tudo isto parece que gostar desta obra, nem na ironia parece ter lugar, porque a violência exagerada nao tem qualquer motivo, soando apenas a estranho.

Podiamos dizer que as sequencias de sangue e de tripas a céu aberto, eram extremamente reais e por isso o filme fazia vincar o seu lado mais violento com algum realismo, mas isso nao existe o filme é mal produzido, pouco realista, exagerado, sádico a um nível doentio, nao sendo possível para mim encontrar qualquer elemento criativo, com a exceção de efetivamente Art the Clown poder ser efetivamente um bom boneco de Halloween.

Eu compreendo que se queira fazer buzz com um filme declaradamente mau, compreendo que seja cool sublinhar defeitos e tornar qualidade, mas existe pontos claros que o filme não tem, historia, realismo, sobrando um prazer sadico incompreensivel que na minha opinião nunca é artistico na sua forma de ser acabando sempre por ser apenas nojento.

A historia acaba por seguir os intuitos de Art the Clown e a sua amiga Victoria num conjunto de mortes do mais violento e agressivo que podemos imaginar, reavivando alguns elementos do passado.

O argumento do filme é basicamente inexistente do primeiro ao ultimo minuto, dialogos completamente escritos por um mau programa de IA, ações incompreensiveis e mesmo nas mortes parece mais ir aos limites da loucura do que propriamente ter qualquer significado.

Leone ocupa um espaço proprio que tenho duvidas que muitos querem ocupar, o sangue e o sadismo ao maximo dizem na minha opinião algo sobre a sua maneira de se expressar sem que na minha opiniao isso seja minimamente artistico.

O cast e composto por um conjunto de atores amadores com prestações muito condizentes com o grau. Claro que todos podemos gostar das expressoes de Thorton no seu Art The CLown mas ai penso que o segredo acaba por ser no que melhor funciona no filme que é a caracterizaçao da personagem


O melhor - A caracterizaçao da personagem


O pior - Tudo o resto é mau e apenas sádico


Avaliação - D

Sunday, November 03, 2024

Woman of the Hour

 Apresentado no festival de Toronto, e imediatamente comprado pela Netflix a estreia de Anna Kendrick como realizadora surpreendeu a critica com boas avaliações, supreendidas pela forma subtil e quase anonima como debruçou sobre um momento de um serial killer. O filme conseguiu os seus intuitos comercialmente com a passagem para a Netflix contudo a mesma ainda nao o divulgou internacionalmente desconhecendo-se os reais objetivos do filme na temporada de premios.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa algo difuso, ao apresentar diversas personagens, onde apenas percebemos de imediato a posiçao do vilão. Baseado numa historia real, o filme tem essencialmente a sua graça quando mistura todos os temas num concurso de encontros, muito tipico dos anos 70 a 90, e aqui o filme funciona essencialmente por juntar ao mesmo tempo as indecisões produtivas deste tipo de concurso, ao lado perverso do vilão.

Pese embora esta mistura funcione, na minha opinião fica a ideia que para um filme táo curto, este perde-se por vezes em aspetos colaterais em demasia. Tambem a forma como o filme avança e recua temporalmente nao e propriamente facil de acompanhar e pode retirar alguma intensidade a narrativa central do homicida, mas muitas vezes fica a ideia que o filme nao sabe propriamente qual e o seu objetivo primario.

Mesmo assim Kendrick consegue dar pelo menos uma abordagem diferente a um filme sobre um assassino, dando primazia a um acontecimento concreto para tentar definir a personalidade em questão. Nao obstante da concretização parece que o filme se esconde dentro de si proprio em alguns momentos, mas nao deixa de ser um filme razoavel.

A historia segue uma concorrete a um concurso de encontros, que o faz como uma prespetiva de carreira de atriz que acaba por selecionar um candidato estranho que esconde um segredo bem negro.

O argumento do filme e difuso, fica a ideia que quer tocar em muitos pontos de cada personagem e que acaba por perder em alguns momentos o foco no que realmente mais efetividade tras. As sequencias do programa sao as melhores, e o filme perde um pouco o folego quando sai do mesmo.

Kendrick estreia-se com um filme onde se sublinha o seu trabalho de contextualização temporal dos  anos 70 e acima de tudo as produções desse tempo. E um bom primeiro trabalho, que iremos seguir com atençao com mais meios.

No cast Kendrick parece ser melhor realizadora do que atriz, onde fica sempre presa a alguns tiques de inocencia que acabam por limitar as suas personagens. O filme funciona bastante bem com um desconhecido Zovatto que consegue intrigar completamente, o objetivo principal do personagem.


O melhor - As sequencias do programa

O pior - A montagem temporal do filme.

AVali

ação - C+ 

The Substance

 Desde a sua aparição no festival de Cannes onde acabou por ganhar o premio para melhor argumento que The Substance assumiu ser um dos acontecimentos cinematográficos, pela sua irreverência, pela sua originalidade e pelo seu horror, dai que foi sempre esperado com expetativa a sua estreia nos cinemas americanos, pese embora tivesse uma distribuidora pequena. O filme resultou criticamente ainda com frutos do bom reconhecimento em Cannes, sendo que comercialmente os resultados foram competentes embora, a determinada altura, se pensou que poderia ser bem superior.

Sobre o filme podemos dizer que a primeira hora de filme é brilhante, na forma como é realizado, na forma como explora todos os sentidos ao extremo, numa realização impactante, estetica, forte para a mensagem que quer passar. A segunda parte do filme é mais estetica mas fica mais a ideia que o filme quer impressionar e ser um exercicio extremado de horror do que propriamente para ter um efeito narrativo e isso podera distrair do verdadeiro mote do filme.

Por tudo isto The Substance teve o ruido que mereceu porque é claramente original do primeiro ao ultimo momento, e um filme de autor, daqueles que parece ter condiçoes para ser um filme de culto porque e arriscado, diferente e leva ao extremo a sua mensagem. Claro que a parte final é mais o confronto do tipico filme de horror, e o balanço pode nao ser o melhor, mas e inequivoco que e um filme que vamos recordar para longo tempo.

Por tudo isto e nao sendo certamente o melhor filme do ano podemos dizer que pode ser um dos mais arriscados e rebeldes, e normalmente esses sao os ingredientes que fazem os filmes ficar no tempo. Aproveita a cultura atual, e deperta todos os sentidos numa boa experiencia principalmente em cinema.

O filme fala de uma estrela de HOllywood em decadencia que acaba por aderir a uma substancia que faz com que sete dias seja um nova pessoa, mais nova, regressando a si, mas com o passar do tempo parece ser mais dificil ser a idosa.

O argumento e dificil, principalmente na concretização da mutaçao, mas ai o filme funciona, no processo no detalhe, nas emoçoes causadas na duvida. A primeira fase do filme e extremamente bem detalhada com os valores morais bem assumidos. Na segunda fase o argumento deixa entrar a irreverencia da realizadora.

Este e um otimo cartão de visita para uma quase desconhecida Colariel Fageat, depois deste filme todos vao estar atentos ao percurso, porque este filme e artisticamente forte, original, e tem na realizaçao o seu maior vetor, impressionando ao longo da sua duração. Fica a ideia que o filme fica muito porte da linha que separa o fracasso, pelo risco, mas desta vez foi um sucesso sem duvida.

No cast temos uma Demi Moore quase desaparecida que domina o filme, quer fisicamente quer na explosao da sua personagem, que merece atençao na temporada de premios, ainda para mais para uma atriz que nunca foi propriamente uma primeira linha interpretativa. Qualey tambem funciona, no balanço, e Quaid acaba por dar um lado lunatico apenas visto quando faz de Serial Killer


O melhor - A estetica total do filme.

O pior - Os ultimos 30 minutos abandonam algo o guião.


Avaliação - B

Saturday, November 02, 2024

Joker: Folie À Deux

 Desde o momento em que foi anunciado, talvez este projeto tenha sido o que mais expetativa criou junto dos amantes do cinema, principalmente aqueles que ficaram apaixonados pelo estilo e mensagem do primeiro filme, que foram muitos. Dai que desde o momento em que o filme estreou em Veneza começaram as primeiras avaliações de deceção, que parece terem chegado aos proprios atores, e o resultado critico defraudou por completo as expetativas. O passa palavra acabou por condicionar e muito o resultado comercial do filme que acabou por ficar longe do primeiro filme, mas acima de tudo das altas expetativas criadas.

E dificil analisar um filme como este, se Phillips recuou na ideia de nao fazer a sequela, parece ter feito como um ponto de partida para dizer a todos que nunca o devia ter feito, e isso esta presente do primeiro ao ultimo minuto. Da abordagem musical que se distancia na coerencia do primeiro filme, ao pastoso lado de tribunal, parece que claramente o filme quer ser uma critica ao que pensamos e desejamos do primeiro filme, do que qualquer coisa por si só. Nao temos nada de novo alias o filme e quase um reflexo sobre o porque do primeiro filme, e nisso podemos dizer que em sequela esperava se mais.

Mas onde eu acho que o filme arrisca mais e claramente na sua opção final, onde mais do que danificar o impacto deste filme e o seu significado vai atrás e coloca em causa o visto no primeiro filme. Aqui parece claro que Phillips poderia nao querer este filme e isso nota-se na forma como parece ter angariado o dinheiro investido para algo intimista, muitas vezes desprovido de sentido, onde pega em pontos que os deixa cair, mas no fim deixa a porta aberta aos atritos com a DC para fazerem o que quiserem.

Por tudo isto este e um filme arriscado, que acaba por ser mais uma analise do porque do primeiro filme do que prorpiamente um filme novo, com novos dados. Eu compreendo a expetativa de quem queria ver o que aconteceu a Fleck e aos seus seguidores, mas a opção foi diferente, talvez demais para fazer o filme funcionar no seu proprio conceito.

A historia segue um Arthur Fleck preso, e refem da medicação, ate que surge o amor na sua vida, num contacto fugaz que acaba por reavivar o seu lado mais reativo, que surge no momento em que começa o seu julgamento e a sua imputabilidade.

O argumento do filme é arriscado, os lados musicais estão longe de ser brilhantes, mas parece que a escolha vai de encontro as limitações de Fleck, as escolhas finais são polemicas, mas penso que são as que Phillips quis realmente para terminar o trabalho.

Phillips foi sempre um mediano realizador de comedia que acabou por ter no primeiro JOker a sua grande obra. Aqui temos mais risco, mais ilusão, rebeldia em demasia, exagera nos planos do personagem, mas percebe-se que sabe o que foi iconico no primeiro filme para demonstrar o seu lado estetico. Provavelmente vai ser toda a vida insultado pelo resultado final, mas friamente está longe de ser mau.

O cast temos um Phoenix que criou o seu proprio personagem  e encaixa perfeitamente nas suas dictomias. Fica a sensação que nos musicais se perde um bocadinho, mas tem ao lado uma cantora profissional que acaba por ter pouco palco na sua alegada Harley Quinn. Nao tem o brilhantismo do primeiro filme mas nao me parece que seja o problema do filme.


O melhor - Muito clara a mensagem que Phillipps quis passar

O pior - Nao era a mensagem que era esperada


Avaliação - B-

Friday, November 01, 2024

1992

 Depois de tres anos em que ficou no armazem eis que uma distribuidora acabou por lançar o ultimo filme gravado por Ray Liotta, meses antes de ter perdido a vida, o que por si só parece junto ter conduzido a uma distribuição maior de um filme de clara segunda linha. Em termos criticos o filme fracassou, sendo que comercialmente e mesmo com este input de ser lançado em dimensao wide os resultados foram curtos o que era esperado tendo em conta o tipo de filme em questão.

Sobre o filme podemos começar por dizer que temos o tipico filme de serie b de alguem estar na hora errada no local errado, e um conjunto de confrontos dentro de um grupo de criminosos com um golpe em marcha. Podemos dizer que o filme e um Die Hard falsificada o qual os elementos politicos introduzidos so servem para colocar um contexto nas ruas mais incendiado do que propriamente para ter qualquer desenvolvimento na intriga que vimos.

Por tudo isto temos um filme mediocre em quase todos os seus pontos, na explica as personagens as quais acabam por ser meras desconhecidas para toda a historia. As circunstancias vao aparecendo e ai o filme acaba por seguir sempre a linha previsivel do primeiro ao ultimo minuto. Digamos que se calhar Liotta merecia um outro filme para despedida mesmo que grande parte da sua carreira tenha sido dedicada a este tipo de filme.

Assim ficamos com a ideia da razão que distancia um filme de açao com atores mais conhecidos do que outros e a capacidade de uma intriga que mesmo que nao resulte, acaba por entregar aos espetadores algo que cumpre as suas funções que e o carisma do protagonista que aqui tambem nao existe.

A historia segue um segurança que acaba por se ver envolvido junto com o filho que tentou proteger dos tumultos da rua de um ataque de um grupo criminoso na loja onde trabalha.

O argumento do filme e o minimo como acontece na maioria de filmes serie b de açao. Poucas personagens, pouca descontraçao, muitos tiros, mas pouca emoçao, num filme que rapidamente percebemos que nunca existiu na nossa memoria.

Na realizaçao temos Vromen um realizador de filmes sobre criminosos, que ja teve alguns filmes mais visiveis mas que a carreira nunca arrancou, acabando preso em filmes menores como este onde apenas conduz ao lado mais escuro das imagens e pouco mais.

No cast temos Gibson como protagonista, um ator limitado que fica basicamente associado ao franchising de Fast and Furious e nao parece com carisma ou qualidade para mais, o que se torna muito claro num filme como este. Liotta funcionou sempre como um vilão intenso e isso e o que nos da na sua ultima apariçao.


O melhor - A ultima apariçao de Liotta

O pior - A forma como me parece que na maior parte do tempo o filme nao encontra o que quer ser.


Avaliação - D+

Thursday, October 31, 2024

Reagan

 Em plena campanha eleitoral, e depois de muitos anos preso por dificuldades de distribuição o biopic de Ronald Reagan viu a luz do dia, desde logo com o contexto de uma eleição ameciana, onde o filme pode funcionar como campanha republicana, quer numa altura em que a guerra fria esta latente. Fruto disto seria facilmente de esperar que o resultado critico do filme fosse nulo, nao fosse a industria dominada em toda a linha pelo poder democrata. Comercialmente o filho foi o folhetim republicado mas os resultados foram redutores e em exclusivo na america do norte.

Sobre o filme Reagan tem uma historia particular da passagem do cinema a politica ate se tornar o homem mais poderoso do mundo numa altura em que a guerra fria emperava. Isso poderia dar um filme maduro, cheio de tematicas que fosse capaz de nos dar a conhecer a figura, mas o filme nunca quer isso e tenta ser acima de tudo uma propaganda politica barata, cheia de lugares comuns e desenhos convenientes da historia que normalmente ocorre em filmes de clara pior qualidade.

Alias percebe-se que o filme nao quer ser uma obra de referência, mas que quer idolaterar a sua figura. Os republicanos vao sublinhar a figura os democratas criticarem as inconsistencias narrativas, mas artisticamente o filme nao existe. Temos os momentos da vida, pouco ou nada detalhados, num estilo de filme quase novelesco, que se denota essencialmente nas passagens e na falta de profundidade de todas as cenas.

As dictomias de hollywood nao deviam por si so impedir que as coisas tivessem algum cuidado ou valor artistico, mas e claro que o cinema tem-se tornado um folhetim politico sem rigor, e que faz com que filmes de ambos os lados caiam na mediocridade mesmo apostando nos sempre escrotinados biopics, lançando para o lado negro determinados projetos que poderiam, e deviam ser liçoes de historia.

A historia segue ao longo da vida em diversos momentos a vida policia e pessoal de Ronald Reagan um dos presidentes americanos, e a forma como o mesmo lidou com a guerra fria e a luta contra o comunismo.

O argumento do filme cai pelo facto de nao ser factualmente irrepreensivel, dando a personagem uma capa de super heroi que a historia nunca lhe deu. Mas tambem fica a clara ideia que mesmo com essa toada o filme devia ser mais detalhado, mais cuidadoso do que propriamente a simples homenagem.

Mcnamara e um realizador de filmes emocionais que nos ultimos tempos esta mais ligado em toda a linha a filmes cristãos o que este filme acaba por ser um hino ao lado conservador numa das suas figuras mais mediaticas. Fica a ideia que o filme nao quer ser mais do que o folhetim e propaganda que acaba por ser.

Quaid e um dos atores mais ativos no que diz respeito ao lado republicado e sempre assumiu muita proximidade com Reagan e aqui tem a  sua construçao, de um ator limitado, muito presente mas com limitaçoes, que o filme nao quer explorar. Os secundarios parece sempre mais statments politicos do que artisticos.


O melhor - Algum reavivar de decadas proximas

O pior - A falta de coesao do que é dito e como é dito


Avaliação - D+

Transformers One

 Depois da saga de MIchael Bay se ter tornado num dos maiores sucessos de blockbusters das ultimas decadas, mesmo com criticas negativais, era obvio que se Transformers quisesse resistir ao tempo teria de fazer alguma coisa aos seus filmes, ja que o CGI exagerado de Bay ja nada ilusionava. Dai que tenha surpreendido que aposta tenha sido voltar aos cinema de animaçao, dando atores conhecidos as vozes e tentando explicar de onde nasceu a divisao, e o resultado foi positivo, criticamente o filme funcionou com avaliações positivas, ao contrario da maioria dos live action da saga, comercialmente menos, longe dos sucessos totais dos filmes anteriores, mas onde a fraca qualidade dos ultimos pode ter afastado algumas pessoas dos cinemas.

Sobre o filme eu confesso que fiquei surpreendido desde logo pelo teor descontraido das personagens, e um filme que sabe, principalmente na primeira fase ter uma humor inteligente, atual, que funciona, e que faz com que espetadores se aproximem das personagens, nao advinhando a segunda fase mais musculada mais tecnica e com mais significado para quem conhece a historia da animaçao. O filme tem esta dualidade que funciona bem na forma como vai gerindo o seu contacto com o grande publico.

Claro que os mundos, os nomes e acima de tudo o lado mais fisico do filme pode ser aborrecido ja o era nos Live action e o filme nao consegue alterar em plenitude esses defeitos, mas o lado ironico das personagens e o seu humor da ao filme um lado mais global, deixando toda a saga e o potencial historico conhecido para o seu final.

Assim podemos dizer que temos um competente reboot, que nao sabemos se vai ou nao tornar-se franchising ja que os resultados acabaram por ser algo limitados. Mesmo assim acaba por ser o melhor filme da saga, melhor do que o explendor tecnico de Bay tinha feito porque encontra o estilo descontraido para tentar comunicar uma historia pesada.

A historia segue dois mineiros, amigos mas aventureiros que tentar contrariar o seu destino num mundo dominado por robots que se transformam em viaturas, ate que tentar a sorte de tentar ser importantes para a sociedade onde vivem descubrindo um obscuro segredo.

O argumento do filme vai tentar explicar a origem das duas figuras mais fortes da saga e faz de uma forma original, que e um bom principio para tudo o que veio depois. Fica a sensação que o filme consegue gerir o lado da intriga narrativa com o lado comico, e isso acaba por ser o segredo para o filme funcionar.

EM termos de realizaçao, na animaçao o filme foi buscar um peso pesado da Disney, concretamente Josh Cooley que teve a si a missao do ultimo Toy Story. Ele funciona principalmente porque tem um lado mais infantil, muita cor e muita ação. NAo e propriamente um trabalho de arte mas competente com as boas ferramentas que lhe foram dados.

Um dos segredos do filme e obviamente o cast de vozes, principalmente Hemsworth e Tyree Henry que dao a potencia vocal necessaria a personagens tao impontentes. O filme consegue atingir outro patamar nestas escolhas sempre bem secundarizadas por outras vozes conhecidas.

 O melhor - Transformers nao tem que ser aborrecido


O pior - As sequencias de luta sao sempre longas


Avaliação - B

Wednesday, October 30, 2024

City of Dreams

 O sucesso o ano passado de Sound of Freedom deu espaço a um tipo de cinema de intervenção em temas que parecem genericos mas que acabam por ser abordados de forma diferentes, sendo que neste caso os interpretes acabam por assumir em statements finais uma posiçao clara. Este filme, que pese embora tenha sido produzido ha diversos anos ganhou um folego este ano motivado pelo sucesso do anterior. Criticamente as coisas nao correram mal, mas o publico acabou por declarar guerra ao contexto por si so. Comercialmente a polemica rendeu o standartizado milhao de dolares mas pouco mais.

A subtileza artistica do cinema deve ser um dos seus fundamentos expressivos. Quando o cinema tenta ser propaganda politica parece que as coisas devem ser analisadas de uma forma mais distante. E o que temos aqui e um filme levado ao extremo maximo de logica e coerencia para fazer funcionar o pudor total de uma mensagem meritoria mas que nao necessitava de um veiculo pelo menos tao declarado e exagerado.

O filme fala de uma personagem silenciosa que passa basicamente duas horas a ser submetida aos atos mais hediondos sem razao nenhuma. O exagero dos personagens acaba por levar o filme para um serie B longe do impacto ideologico que o filme por ventura poderia querer transmitir, mas quando se acaba por ser demasiado exagerado a mensagem perde-se para alem de todo o valor do filme enquanto obra.

Por tudo isto um folhetim politico de valores, que mais nao e do que uma obra simples, exagerada, pouco trabalhada e por isso pouco realista, que deixa de ser levada a serio, mesmo que no final e de forma concreta tenhamos o protagonista a falar que aquilo e verdade, quando o filme acaba por ser um ato de tortura permanente, muito pouco sem duvida.

A historia fala de um pobre jovem que vai para os EUA numa rede de trafico de pessoas com o sonho de ser jogador mas que acaba fechado numa empresa textil onde e torturado diariamente por tudo e por nada, ate que a policia consegue perceber o que ali se passa.

O argumento basicamente nao existe, tem a premissa que as redes de traficos se seres humanos, super esteriotipadas estao presentes e levam ao maximo, com pouco cuidado ou pouco realismo para sim denunciar a forma como se encobrem na realidade onde todos vivemos.

Na realizaçao o projeto e de um realizador quase desconhecido que quer criar impacto, que consegue com imagens duras mas com pouca arte na forma como as transmite, num claro filme de segunda linha, de um realizador que mais nos parece se tornar num tarefeiro da ANgel.

No cast poucas figuras de renome um jovem quase desconhecido espelha o sofrimento ao longo de duas horas com a expressao facial repetida de panico Ari Lopez e o filme com os defeitos de uma prestação repetitiva. Patric e Calva são as figuras mais conhecidas surpreendendo mais a presença do segundo, que so se percebe por o filme ter sido filmado antes do sucesso ou insucesso de Babyloon.


O melhor - Claro que o tema e sempre chocante

O pior - QUanto mais real e proximo da realizada mais vai ter força para denunciar


Avaliação - D+

White Bird

 Existem sequelas que se não estivermos particularmente atentos acabamos por desconhecer se o são na realidade, é o que podemos dizer deste filme que pega num dos elementos do sucesso emocional Wonder para dar um filme completamente diferente, embora baseado noutro best selles do mesmo autor. Este filme teve uma produçao conturbada, atrasando quatro anos o seu lançamento. Criticamente o filme ficou pela mediania , nao obstante de ter um realizador de primeira linha, embora numa fase menos explosiva. COmercialmente a falta de figuras de uma primeira linha acabou por condicionar o seu resultado comercial muito redutor.

Sobre o filme podemos dizer que a ligaçao ao filme anterior e tenue e fica mesmo a sensação que se não for lido esse contexto tudo podera passar algo ao lado. Depois entramos no filme propriamente dito, onde temos um drama do holocausto, intenso, emotivo, com fantasia que consegue desportar emoçoes, e isso e o objetivo primordial do filme que acaba por ser aquilo que quer ser.

Claro que os esteriotipos entram em todos os pontos, claro que muito do que vimos no filme e demasiado previsivel para ser diferenciador, mas isso não faz com que as emoçoes que o filme quer transmitir nao surjam da melhor forma. E um filme que tenta ter algum cuidado visual, principalmente nas sequencias passadas e que tem os seus objetivos cumpridos, claro que num tema tao intenso como este outros filmes ja foram mais maduros.

Assim fica a sensação que se calhar temos um filme que ainda e mais intenso do ponto de vista emotivo do que o primeiro Wonder, um filme que leva sempre para um dos lados mais negros da humanidade mas ao mesmo tempo que consegue ter a beleza das pequenas/grandes ligações, num filme que nao pode ser um poço de maturidade mas que sabe explorar bem os sentimentos que quer transmitir.

O filme fala de uma avó que conta ao seu neto a historia da sua infancia em pleno holocausto, e na ligação que foi criando com um estranho jovem que a consegue resgatar durante um elevado tempo para o celeiro de forma a resistir as forças invasoras nazi.

O filme e rico principalmente nas emoçoes e na fantasia criada entre personagens, e nisso que o filme consegue os seus melhores momentos e acima de tudo e ai que o filme consegue comunicar e bem como o publico. Podemos dizer que a historia e mesmo os dialogos sao algo standartizados mas isso funciona.

Forster ja foi um realizador de primeira linha, de premios, que nos ultimos tempos 'perdeu muito do impacto critico com melhores resultados comerciais. Nota se a ligaçao ao cinema oriundo dos livros, mas aqui tem um filme bonito, fantasioso, mesmo que alto tradicional. E um realizador que acima de tudo sabe transmitir sentimentos.

No cast dois jovens quase anonimos pegaram no filme e encaixam bem nos pontos das suas personagens, com mais destaque para a jovem Glaser. A presença de Mirren e sempre sinonimo de competencia.


O melhor - A forma como o filme se exprime emocionalmente

O pior - A forma como se calhar tudo é demasiado denunciado


Avaliação - B-

Tuesday, October 29, 2024

Alien: Romulus

 Quando foi anunciado que Alien iria ter um novo capitulo, inicialmente pensado para streaming, mas o sucesso nas pre visualizações acabou por alterar as prespetivas e a obra de Fede Alvarez acabou por conseguir estrerar-se no cinema e os resultados comerciais foram interessantes, principalmente tendo em conta que se trata de um filme com um elenco jovem sem grande mediatismo. Ajudou o resultado do filme o seu valor critico positivo, que demonstra que ALien e ainda uma das boas sagar de terror cientifico.

Sobre o filme pese embora estejamos perante o mesmo universo, e a mesma criatura de toda a saga de ALien e Prometheus, eis que temos um filme isolado situado temporalmente entre alguns dos filmes ja lançados com personagens novas e acima de tudo numa tentativa de explicar melhor quais eram os objetivos dos estranhos seres. O filme tem impacto, intensidade mas acima de tudo com tecnologia de grande estudio que acaba por dar um filme competente sem ser particularmente relevante tendo em conta a saga.

E um filme intenso que parece uma montanha russa que talvez tenha demasiados loopings que acabam por dar a sensação de um filme mais longo do que realmente e. E um filme que cria a sityuação resolve para de seguida voltar a uma nova, ou renascer uma antiga. Por tudo isto o filme nao e particularmente equilibrado embora consiga ter bons momentos esteticos e da personagem central de toda a saga.

Assim, nao sendo um filme marcante no que conhecemos da criatura podemos dizer que e um razoavel episodio, que consegue ter jovens atores num bom nivel, mesmo que para a historia o filme nao seja particularmente relevante. Pode ter renascido a saga, mas fica a ideia que um capitulo isolado tambem pode ter sentido.

O filme fala de um conjunto de jovens que tenta ir para uma povoaçao liberta de uma grande empresa, mas tudo fica pior quando encontram uma nave aparentemente desabitada mas que guarda la estranhos seres espaiciais com objetivos muito grandes.

O argumento e o conhecido do que surge nos episodios anteriores da saga. Mas fica a sensação que o filme acaba por criar as suas proprias dinamicas, embora sem grande originalidade o filme consegue criar o seu impacto. Nao e um filme particularmente original mas que consegue o seu impacto.

Na realizaçao Scott deu a vaga ao realizador uruguaio associado ao terror que tem em Dont Breath o seu maior sucesso ja que nos parece que no restante ficou sempre aquem. Aqui consegue dar a dinamica estetica maxima ao terror da personagem, embora seja um filme mais de tarefa do que de arte.

NO cast um conjunto de jovens atores em ascenção marcada por uma intensa Spaeny que começa a ser uma das figuras referencia da nova vaga que funciona como heroina de açao. O maior destaque vai para o jovem Jonsoon que ja tinha supreendido o ano passado no indie Rye Lyne.


O melhor   - A forma como o filme consegue ter a intensidade da saga com personagens novos.

O pior - O filme é sempre um episodio isolado na saga.


Avaliação - C+

Monday, October 28, 2024

Don't Move

 Sam Raimi encontra-se afastado um pouco da realizaçao mas a sua produtora continua a lançar jovens realizadores de cinema de terror, ou tensão psicologica, ponto de origem da sua carreira. Este Outono surge mais um titulo, sem grandes figuras que acabou por estrear na colaboração com a NEtflix. Ao contrario de outros produtos assinados por Raimi o resultado critico deste filme não foi brilhante, com avaliações medianas, sendo que comercialmente a falta de figuras de primeira linha num primeiro momento poderá afastar a explosao da Netflix.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo consegue os seus objetivos sem nunca ser fantástico, o filme quer ser curto, de tensão e ritmo elevado, que consegue ter os seus twist e os seus momentos de pânico, entrando sempre no seu elemento fundamental que e comunicar sem movimento, aqui o filme tem alguns momentos interessantes como a sequencia da cabana mas noutros e mais previsivel como a resistência do vilao.

Assim nao sendo um filme claramente original ou um filme que se consiga diferenciar na maior parte do tempo, podemos dizer que cumpre os seus objetivos de entertenimento imediato, o filme consegue em muitos momentos, intensificar a tensao psicologica, consegue ter o seu impacto, nunca sendo propriamente um filme produzido e realizador para ser um fora de serie.

Por tudo isto um mediano filme de terror, com uma ideia diferente, principalmente na comunicação e o panico. Fica a ideia que o filme poderia trabalhar mais as personagens do que ser quase noventa minutos do jogo do gato e do rato mas isso permite a intensidade que o filme quer ter, e que acaba por ser mais ou menos isso que funciona.

A historia segue uma depressiva mulher que no momento em que tenta colocar fim a sua vida contacta com um individuo que a impede de o fazer mas que é na verdade um psicopata com outro tipo de projetos para a mesma, concretamente a drogar para a matar, numa droga que a vai fazer perder movimentos.

O argumento tem uma premissa com alguns pontos algo diferentes concretamente na ideia de base, mas que depois e demasiado pratico no que quer ser. Não é um filme que surpreenda mas é um filme que cumpre os seus objetivos ainda que curtos.

Na realizaçao Raimi entregou o filme a dois jovens realizadores completamente desconhecidos que conseguem ter ritmo embora nem sempre muito artisticos nas suas componentes. Iremos perceber que a aposta de Raimi continua porque necessitam algo mais para se tornarem independentes.

No cast pouco ou nada de particularmente diferenciado, o protagonisto e entregue a uma quase desconhecia Asbille que é dedicada mas pouco mais. Ao seu lado temos um Wittrock algo diferente do que costumamos ver, que tem os melhores momentos, embora a personagem seja algo repetitiva.


O melhor - Noventa minutos rapidos.

O pior - Filme se calhar demasiado objetivo aos seus pontos


Avaliação - C

Sunday, October 27, 2024

Never Let Go

 Num Outono completamente marcado por filmes de terror, eis que mais um surgiu de grande estudio, com Halle BErry como protagonista maior, numa fase mais calma da carreira. Este filme saiu com grande promoçao comercial, mas os medianos resultados criticos colocaram logo o filme com bastantes dificuldades. Comercialmente mesmo estrando quase sozinho no fim de semana os resultados foram dececionantes tendo em conta que o filme tinha claramente objetivos superiores.

Sobre o filme podemos dizer que o filme ate se introduz bem, na dictomia entre acreditar nas crenças da figura adulta ou nas duvidas dos mais pequenos, o filme consegue alimentar isso ate ao momento em que o paranormal começa a aparecer e ai o filme fica quase sempre demasiado preso a uma premissa sem grande capacidade de crescer, sendo que o filme vai resisitindo graças as interpretaçoes interessantes dos mais pequenos, crescendo o filme quando a personagem adulta desaparece.

O problema do filme e que e dificil perceber onde se encaixa, nao e suficientemente assustador para ser um filme de terror, e o horror apenas tem curtos momentos. EM termos de suspense é daqueles filmes que alimenta um pouco a sua conclusao, mas sem alimentar ate a revelaçao. e isso faz com que o ritmo baixo do filme acabe por nao ser o mais eficaz.

Por tudo isto um filme claramente mediocre sobre uma especie de terror espiritual que nunca consegue surpreender o espetador, o qual fica quase sempre preso em demasia a duvida do filme, mas que o filme nao consegue alimentar ao longo de toda a sua duração. Num ano quase hiperativo de terror este e um titulo frouxo entre muitos.

A historia fala de uma mae que tenta incutir nos deus dois filmes a ideia que tem que estar sempre ligados a casa onde moram para se verem livres de forças diabolicas, prendendo os movimentos a uma corda, ate que estes começam a duvidar da formula da progenitora.

No que diz respeito ao argumento podemos dizer que é aqui que residem os maiores problemas desde logo porque a historia nao e propriamente muito bem construida. Nota-se que os dialogos querem acima de tudo sustentar as partes, mas nao conseguem levar a duvida ate ao fim.

Aja e um realizador ja com alguns projetos em hollywood ligado essencialmente a um terror de segunda linha onde encaixa perfeitamente este filme, que tem no terror visual a sua unica tentativa o que e curto para um filme de estudio, que demonstra o porque de uma carreira numa segunda linha.

No cast Berry esta longe do epicentro da sua carreira que inclusivamente lhe valeu um oscar, Uma personagem limitada onde perde claramente o filme para os mais pequenos que acabam por ser o melhor vetor do filme, pena e que o argumento nao consiga na maior parte das vezes acompanhar a intensidade dos jovens atores.


O melhor - Daggs and Jenkins


O pior - A forma como o filme poderia jogar muito melhor com as duas hipoteses


Avaliação - C-

Saturday, October 26, 2024

Canary Black

 Numa altura em que a Prime em colaboração com a MGM parece querer escoar todo o stock de filmes que tem em mão, eis que surge mais um filme, de ação, baseado numa heroina de ação e uma conspiração politica, filmada na europa de leste. Criticamente com a maior parte dos filmes do genero a receção foi claramente sofrivel, sendo que do ponto de vista comercial, preenchera por algumas semanas os anuncios da aplicação, mas pouco mais.

SObre o filme podemos questionar desde logo o que levou a que BEckinsale se torna-se numa heroina de açao de filmes serie B muito parecidos. Pois bem este é mais um sem grandes valores adicionais, apostando no estilo algo formal da atriz e quase inexpressivo com o tempo, gravações em cidades pouco comuns de ser visto, e mais do mesmo, um filme de serviços secretos previsivel e quase sempre monocordico com muito pouco de relevante.

Para quem viu os ultimos filmes de Liam Neeson basicamente temos um filme igual no feminino, ao que nao e estranho o facto do realizador desta obra ser o obreito de Taken e o impulsionar maximo da carreira de Neeson, o filme nunca é minimamente trabalhado em personagens e dialogos e temos sequencias de luta pouco ou nada interessantes.

Por tudo isto um mediocre filme de açao, que vai levando Beckinsale onde nao se expoem tanto a uma carreira com muitas limitaçoes de interpretaçao dramatica, mas de resto muito pouco, previsivel, pouco intenso e com quase nada diferenciador na abordagem para alem de levar a açao para uma cidade pouco comum de ser vista.

A historia fala de uma agente secreta que de repente ve o seu marido, que desconhece a sua faceta ser sequestrado de forma a uma organização criminosa encontrar um poderoso ficheiro que podera colocar em causa toda a ordem mundial.

O argumento e o basico neste tipo de filme, uma intriga com dimensão industrial, um ou outro twist, poucas paralvras, pouco conteudo e pouco interesse, sendo que normalmente e neste ponto que os filmes começam a falhar.

Na realziaçao do projeto Pierre Morrel teve um sucesso total em Taken e desde entao tentou replicar o formato nos mais diversos modos nunca mais tendo repetido o sucesso. Ele aproveita bem as localizações dos filmes mas pouco mais, numa carreira com muitos filmes mas pouca originalidade nos mesmos.

No cast temos o dominio de Beckinsale num tipo de personagem pouco ou nada exigente, numa atriz que nunca cresceu fora desta mecanização. Friend tenta ainda ganhar algum tempo no palco e marca o final da carreira de Stevenson, um ator que partiu e que tem aqui o seu ultimo registo.


O melhor - A localização do filme

O pior - Ja termos visto algo do genero em diversos formatos


Avaliação - D+

Friday, October 25, 2024

Wolfs

 O ano passado a Apple + esteve muito ativa na temporada de premios e lançou a expetativa de voltar a ter o mesmo repto lançando como ponto de partida este filme de açao com duas das maiores estrelas de cinema em confronto direto. Desde a sua estreia nos melhores festivais se percebeu que talvez o resultado critico do filme não fosse o melhor e a unica restia de esperança que o filme tinha era numa campanha comercial de ponta que a Apple em estreia direta dificilmente conseguiria dar.

Sobre o filme podemos dizer que é totalmente trabalhado para o confronto direto dos dois titas, e isso torna o filme em termos de narrativa algo preso, desde logo porque o suspense para perceber a historia nao e propriamente o melhor, mas pior que isso porque a forma como o filme se vai desvendando esta longe de ser o mais original. Por tudo isto fica a ideia que o unico elemento do ponto acaba por ser o casting e pouco mais.

No que diz respeito ao restante a sensação que o filme da e que e uma comedia que nunca consegue ser engraçada ou um filme sobre agentes secretos ou pessoas que resolvem tudo que continuam com o mesmo enigma desdeo inicio ao fim, sem grande fundamento. E inequivoco que os protagonistas funcionam bem um com o outro mas fica a clara ideia que o filme tem muita dificuldade em fazer render-se para alem desse ponto.

Assim um frouxo filme de um realizador que conseguiu ter sucesso nos seus SPider Man mas que fora desse estilo ainda nao se confirmou como cineasta acabando aqui por defraudar as expetativas, num filme que se calhar vai passar ao lado de muitos porque os seus pontos diferenciadores sao incapazades de o tornar visivel.

A historia fala de dois contratados que acabam por ser chamados para o mesmo serviço depois de uma procuradora ser encontrada no quarto de hotel com um jovem aparentemente morto e com muita droga, que leva a uma corrida de ambos para sobreviver e perceber o que realmente se passa.

O argumento do filme e essencialmente confuso, e os elementos sao insuficientes para o tornarem por si so proximo do publico. Podemos achar alguma graça a alguns momentos a dois nos dialogos mas pouco mais, sendo que quando se desvenda o espetador ja esta longe do filme.

Na realizaçao Watts e um realizador que teve essencialmente fama em Spider Man e tenta aqui uma carreira como cineasta mais que tarefeiro, mas falta qualquer coisa ao filme principalmente na arte de abordagem. Ficara para ja como um bom tarefeiro.

No cast temos Pitt e Clooney no lado mais estetico que marcou ambas as carreiras, no lado descontraido mas pouco mais, em dois atores que estao longe da melhor fase. Nos secundarios Austin Abrams tem bons momentos tentando passar para o cinema o sucesso de EUphoria.


O melhor - Pitt e Clooney funcionam juntos

O pior - O filme e que nunca funciona


Avaliação - C-

Tuesday, October 22, 2024

Brothers

Uma grande aposta da Prime para este Outono foi este duo filme de irmãos, numa espécie de Gémeos associado ao crime. O filme com uma clara tendência humorística tinha como particular destaque o seu valor comercial, que tudo tem para funcionar numa aplicação aberta como a Prime. Já no que diz respeito a critica as coisas não correram tao bem com avaliações medianas que acabaram por tornar o filme algo inoquo.

Assim temos o tipico filme duo, de companheirismo de duas personagens distintos e da ligação entre elas, neste caso uma peculiar dupla de gemeos ligados ao crime ao longo de toda a vida. O filme tenta ser descontraido, mas tem muitas dificuldade, na maior parte das vezes de concretizar as suas piadas. Fica muitas vezes a ideia que o filme tem um estilo muito mais cool do que funcional em termos de aproximaçao do publico.

No que diz respeito a intriga os avanços e desavanços na ligação das personagens acaba por ser algo indiferente para o lado que o caminho segue, embora seja o unico foco de interesse que desconhecemos como se ira desenvolver. Fica sempre a ideia que o filme tem muito mais materia prima do que aquilo que consegue resultar enquanto filme, e normalmente isso e um defeito assinalavel.

Por tudo isto um filme mediocre, com bons atores mas que tenta sempre achar ser uma comedia dark que nao tem propriamente uma graça natural. A abordagem e muito reta para o estilo de filme, e fica sempre a sensação que o filme é algo incompleto e que consegue ter algum tipo de diferenciação essencialmente nos seus atributos mais naturais. E um filme facilmente esquecivel.

A historia segue dois irmãos gemeos unidos durante toda a vida, numa familia associado ao crime, que acaba por ser reavivado com a saida de um dos irmãos da cadeia e o regresso da matriarca que leva a que todos acabem por fazer um novo plano para enriquecer.

O argumento do filme tem uma base tipica das comedias familiares, acentes em particularidades de personagens, mas a intriga tem dificuldade em alimentar a historia, ficando sempre a ideia de que o filme e algo orfão de ideias. Nao e propriamente funcional tambem em termos do valor comico das suas frases.

Na realizaçao o projeto e de Barbakow que tinha feito um trabalho muito interessante em Palm Springs, que apenas agora consegue ter a sua sequencia, num filme que sabe a pouco no risco, na abordagem artistica e no seu resultado. Fica a ideia que o filme acaba por ser quase sempre um telefilme com atores conhecidos.

No que diz respeito ao cast, Brolin e Dinklage dominam o filme, funcionam bem juntos mas as personagens ficam sempre aquem do que os atores poderiam dar. Close encaixa no que o filme quer dela, mas sem grande destaque. Fraser regressa ao lado negro depois do oscar na pior prestação do filme.


O melhor - A introduçao indicia um filme mais interessante

O pior - Fica a sensação que a maior parte das ideias fica pelo caminho


Avaliação - C-

Monday, October 21, 2024

Beetlejuice Beetlejuice

 Trinta e seis anos depois de Tim Burton em plena loucura inicial da sua carreira ter surpreendido o mundo com os seus peculiares fantasmas, introduzindo uma personagem única ao longo dos anos, eis que surge a sequela, com longo tempo de espera, mas que conseguiu chamar a si a maior parte dos elementos possíveis, com destaque no regresso de Keaton como a personagem que deu nome. A Warner apostou forte no filme e os resultados foram interessantes, comercialmente os resultados foram capazes, principalmente para um filme tão distante dos mais jovens e criticamente Burton funcionou dentro das possibilidades.

Eu confesso que pessoalmente e naquele tempo Beetlejuice foi um filme surpreendente em todos os aspetos, pela sua rebeldia, pela genica da personagem, pelo exagero dai que foi com alguma surpresa e expetativa que comecei a ver este segundo filme, não sem antes passar pelo primeiro e perceber que o tempo passou. Sobre este filme o mesmo mantem o que de melhor o filme poderia ter, Keaton na sua personagem, e aqui temos muito dos segredos e louvores que o filme tem que ter.

Outro dos pontos que funciona no filme acaba por ser os apontamentos de retrospetiva, quer nos momentos em que Burton da a sempre sua peculiar animação, ou o lado de cinema italiano de base, acabam por ser filmes dentro de filmes mas com os detalhes de realização interessantes, embora noutros momentos parece claro que temos um Burton menos impactante, mais colorido e muitas vezes mais convencional.

Não sendo um grande filme, nem tendo minimamente o carisma do primeiro filme, acaba por acionar o icon vintage a quem vai ver, desde logo pelo regresso de uma personagem iconica, embora fique a ideia que a personagem de Ryder e mesmo as outras possam ter perdido alguns dos sublinhando do primeiro filme, o filme resulta muito mais pelo Vintage do que pela inovação de qualquer dado novo para a historia que foi passando pelas gerações.

Apos a morte de Charles, a familia do mesmo, numa fase e com descendência regressa a casa onde tudo começou, acabando por despertar novamente Beetlejuice, e os seus objetivos, depois de ter ficado arredado demasiado tempo do mundo dos vivos.

O argumento nao arrisca muito em termos de inovaçao, sublinhando o que resultou no primeiro filme, mudando apenas a posiçao da personagem de Ryder, e introduzindo uma nova. De resto um filme que nao ser quer levar a serio, mas que acaba por ser mais do mesmo.

Burton e um realizador iconico que acabou por ter uma carreira que a determinada altura se pensou que poderia ter ido mais longe do que o lado comercial. Aqui esta numa fase comercial, mais clara, onde consegue captar o lado estranho da personagem, mas mesmo assim com muito mais cor do que o primeiro filme.

No cast Keaton constrou bem a personagem no primeiro filme e a sua caracterização nao faz com que os anos a tornem estranha. Pior Ryder que a carreira foi desaparecendo, sendo percetivel que Burton gosta de Ortega e a sua face, e isso esta presente nos planos do filme.


O melhor - Beetlejuice himself

O pior - Ficar com a sensação que trinta anos depois o que sai e pouco


Avaliação - C+

Saturday, October 19, 2024

The Killer's Game

 Existem projetos que surgem de uma forma quase instantanea que mais não servem do que potenciar ao maximo o valor do seu protagonista como heroi de ação, num filme que pode marcar a transformaçao de Dave Bautista antes de se tornar um ator mais serio. Este projeto pago essencialmente com dinheiro europeu, como a maioria dos filmes deste genero falhou totalmente na critica com avaliaçoes negativas. Comercialmente o filme ainda conseguiu uma expansao wide nos EUA mas o resultado foi pessimo percebendo-se de uma forma inequivoca que o ator ainda nao e ancora sozinho para nenhum projeto comercial.

Sobre o filme podemos dizer que temos o tipico filme da açao com muitas mortes e pouca historia, contudo percebe-se rapidamente que o filme é quase sempre mais um videoclip com muito sangue do que uma historia articulada com qualquer tipo de sentido, onde acabam por tornar tudo mais absurdo desde a aplicaçao de matança, desde o sangue que jorra com uma cor demasiado viva, ou mesmo a fisionomia quase anormal deBautista.

Fica a ideia que o filme nao falha so na ação ou na tentativa de grafismo da violencia, falha numa tentativa de humor que nunca percebemos de forma clara se o filme pensou muito nisso ou sao reflexos,  ja que raramente funciona mas acima de tudo fica sempre a ideia que fica alguns pontos por estabelecer. EM termos de intriga o anti climax final da morte da vila e algo que sinceramente nao se compreende.

Por tudo isto temos um filme para encher o curriculo de Bautista, e um teste a sua capacidade para liderar um filme o que acaba por ficar muito aquem em todos os niveis do que se esperava, onde a fisionomia do mesmo nao permite ser um ator carismatico de filmes deste nivel, enfim um filme pensado quase sempre para ser um claro floop.

A historia segue um assassino profissional que se quer retirar devido ao facto de se ter apaixonado, mas que descobre que sofre de uma doença degenerativa grave que leva a que ele proprio contrate outros assassinos para o matarem.

Em termos de argumento podemos achar alguma curiosidade a ideia de base, mas a sua materealizaçao e quase sempre sofrivel, quer nos secundarios que vao entrando, mas acima de tudo na forma como o filme se resolve a si proprio. Nao  e propriamente um filme rico do ponto de vista de humor com tentativas isoladas.

Na realização JJ Perry podemos dizer que o seu filme anterior para a Netflix nao tinha funcionado em pleno e aqui tem um filme que tambem falha. O filme tenta ter um aspeto grafico inovador mas que nunca funciona pela falta de realismo. Um realizador de filmes mexidos mas pouco mais.

Bautista e o heroi do filme numa das suas tentativas a solo, mas o resultado nao funciona, quer pela fisionomia exagerada neste filme, quer pelas dificuldades que tem para alem das sequencias de açao. Esperamos que a sua anunciada mudança fisica o possa conduzir para outro tipo de filmes. Nos secundarios e claramente dificil perceber Kinglsey neste tipo de projetos.


O melhor - Budapeste

O pior - A forma como o filme tenta ser cool nunca conseguindo ser


Avaliação . D+

Thursday, October 17, 2024

Speak No Evil

 


Os remakes de sucessos europeus e algo que tem sido muito comum e torna-se quase imediato quando as ideias dos filmes de base tornam-se em fenómenos mediáticos. Estar a falar de um remake de um filme de base de 2022, que foi lançado em 2024 e com atraso na sua divulgação é quase único, e a versão americana conseguiu boas avaliações criticas num género de terror que nem sempre e fácil de implementar, sendo que do ponto de vista comercial os resultados foram consistentes sem serem brilhantes.

Sobre o filme podemos dizer que o terror psicológico e de longe mais funcional do que filmes metafísicos e o filme e térreo do primeiro ao ultimo minuto, conseguindo o impacto das personagens e do implícito seja muito mais impactante do que qualquer outra escola. O que funciona no filme é o lado enigmático do que vimos de um dos lados e as fragilidades do outro que se complementam do primeiro ao ultimo minuto

E nesta complementaridade entre personagens e casais que o filme funciona, porque se percebe que um lado procura ser o outro colocando-o numa claustrofobia total e isso deixa a tensão e a escalada aumentar. A personagem de Aton e o balanço para o espetador passando da descontração ao terror, o filme vai fazendo esse balanço e ritmo entre o aproximar e o distanciar onde foge ao filme talvez ser demasiado declarado na publicitação em que acaba por expor demasiado o final do filme.

Sem sombra de duvidas um bom thriller onde principalmente a personagem de McCvoy consegue ir para um ritmo elevado de tensão, acabando por ser um filme que cumpre os seus requisitos e ambições, sendo ao mesmo tempo um bom filme de entretenimento com um filme que encaixa bem as suas personagens naquele espaço.

A historia fala de um casal com uma filha com alguns problemas emocionais que cria contacto com um outro agregado numas ferias e acabam por ir passar ferias a uma casa de campo destes últimos onde alguns comportamentos começam a desvendar o que poderá estar por trás de tal família

Em termos de argumento temos uma historia de terror que parece básica mas o filme tem a habilidade de conseguir encaixar as personagens de uma forma complementar nos seus espaços particulares. Mesmo naquilo que e a caracterização das personagens o filme vai a alguns pormenores na forma como deixa em suspense para onde elas vao.

Na realização o projeto foi assinado por James Watkins que já tinha tido alguns filmes razoáveis ainda no terror. Aqui não e um filme muito trabalhado ou com um terror muito visual, vivendo essencialmente da interpretação central e do argumento. Demonstra pelo menos capacidade de dar intensidade aos seus projetos.

No cast o filme tem McCvoy em grande plano, intenso, enigmático nos diversos momentos e a ancora da iconsistencia que o filme quer ter. E um ator num bom momento com mais riscos nas suas atuações e aqui sai premiado. Ao seu lado principalmente Davis e a heroína do filme, numa disponibilidade física forte que a torna numa atriz consistente

 

O melhor – A forma como os lados se encaixam nos seus paradigmas

O pior  - Explica com limitações a origem de tudo

Avaliação - B

Monday, October 14, 2024

Lonely Planet

 Num mês em que a Prime e a Max estão em clara acelaração surpreendia o facto da Netflix ate ao momento ter tido um Outubro pausado, ainda para mais num mes normalmente marcado pelo arranque a temporada de premios. Mas a estreia da Netflix este mes deu-se num estilo romantico, apostando em potenciar o turismo de um pais especifico, algo que e muito habitual em alguns projetos da produtora. Esta aventura amorosa estreou com mediania critica, sendo que comercial tem alguns ingredientes que o podem tornar apetecivel para os menos exigentes.

O filme é o expectavel numa comedia romantica com a diferença de idades, não tenta trabalhar muito as personagens, estando mais preocupada em as colocar num espaço particular, que acaba por nos primeiros 45 minutos ser o protagonista maior do filme. No restante temos depois o desenvolvimento esperado e a conclusao pelo livro, num filme basico, pouco original, onde apenas as paisagens marroquinas diferenciam em alguns pontos.

Um dos problemas dos filmes romanticos por si so, e que ou sao diferentes em todos os pontos nas personagens ou exigem um humor que neste caso nunca aparece tornando-o num pastoso filme amoroso, onde as personagens parecem personagens da novela das 7 num filme que caminha rapidamente e com todas as curvas necessarias ao caminho mais comum.

Ou seja um filme para encher a biblioteca netflix, que nos tras atores de uma primeira linha, principalmente Hemsworth se calhar a ser potenciado para o seu The Witcher, num filme de processos basicos e objetivos curtos, que serva tambem como bilhete postal a marrocos, daqueles filmes que tudo se percebe onde quer um, mas a qualidade artistica nunca e um atributo assinalavel do filme.

A historia segue um casal jovem, onde o elemento sente-se de lado de um grupo mais intelectual, ate ao momento em que o mesmo começa a interagir com uma escritora de renome que escolheu aquele pais para ganhar alguma inspiraçao para o seu proximo livro.

O argumento e acima de tudo simples, processos do mais basico que recordamos num filme que segue sempre o trajeto seguro e pouco mais. Fica a ideia que para o filme tem maior valor teria de ter ou um humor mais eficaz, o que nunca pensa em ter, ou personagens mais trabalhadas.

Na realizaçao do projeto temos Grant uma realizadora que teve em UNbelivable o seu maior sucesso numa serie de televisao, que aqui surge num estilo algo diferente, num filme romantico em que usa os atributos completos da Grecia para fazer o filme sentir-se melhor e mais bonito, mas pouco mais, num telefilme basico.


O melhor - A grecia

O pior - Ser um filme completament by the book de inicio ao fim


Avaliação - C-

Saturday, October 12, 2024

The Wild Rotbot

 Nos ultimos anos a Disney e a Dreamworks andaram separados do sucesso no mundo de animaçao o que fez aparecer outro tipo de projetos que foram ganhando a sua dimensão. Contudo este ano marca o regresso das duas grandes produtoras aos grandes filmes, e se Inside Out 2 parecia fazer pender a balança para a Disney esta resposta da Dreamworks surpreendeu toda a comunidade de cinema com um resultado criticpo avassalador e um registo comercial que começou a medo, mas com o passa a palavra começa a ganhar dimensão, sendo sem duvida um dos filmes melhores avaliados do ano.

Sobre o filme podemos dizer que o primeiro ponto em que este consegue entusiasmar o publico e na realizaçao e na produçao as sequencias iniciais, debaixo e por cima de agua, o movimento, o rigor, a capacidade de encaixar a musica a perceito fazem de imediato percebermos que estamos perante um filme de primeira linha de uma Dreamworks algo separada do sucesso nos ultimos anos, mas o que vimos depois sustem ainda mais a confirmaçao que estamos perante a melhor obra da produtora.

E tudo começa na simplicidade da emoçao, na facilidade com que o filme atinge uma capacidade de transmitir emoçoes unicas em cada personagem, na forma como consegue ser subtilmente engraçado sem nunca ser exagerado, na forma como consegue encaixar todos os seus elementos num filme que quer passar as melhores emoçoes possiveis e o faz da melhor maneira que vimos recentemente num filme de animaçao.

Se a historia for justa com este filme temos um classico estantaneo que podera ser vencedor dos Oscar da categoria porque e um filme que roça a perfeiçao na maior parte dos seus elementos. Podera no inicio ser algo parado o que para os mais pequenos pode ter um arranque dificil, mas depois e um filme que encontra a perfeita toada de comunicar simplesmente emoçoes e isso nao viamos a muito em cinema de animaçao.

A historia fala de um robot que acaba por ser perder na selva acabando por interagir com os diferentes animais, completamente opostos a sua natureza ate ao momento em que o mesmo acaba por começar a criar um ganso, com quem cria uma ligaçao unica na companhia de uma rapoza.

O argumento e tudo aquilo que quer ser nos objetivos e na força moral que o guia ao longo de toda a duração. Nao e particularmente um filme original na sua abordagem ou no seu desenvolvimento mas encontra a forma quase perfeita de comunicar os seus valores e isso normalmente e o segredo do sucesso.

Na realizaçao Sanders tem sido a estrela da Dreamworks sendo os seus projetos de base o que melhores resultados tem trazido a produtora e agora volta a repetir num trabalho tecnico impressionante que demonstra que a animaçao ainda pode crescer. Fica a sensação que a DIsney depois de Lillo e Stich nao percebeu que poderia ter aqui o seu grande pensador da fase seguinte, perdendo-a para a sua rival

No cast de vozes em virtude de ter visto a versão portuguesa nada poderei opinar sobre as escolhas de base.


O melhor - Os valores e emoçoes que transmite

O pior - Pode ser muito pelo livro para quem espera mais inovaçao


Avaliação- B+

Apartment 7A

 Decadas depois de Roman Polanski ter lançado o seu Rosemary's Baby um dos classicos de terror do cinema eis que a Paramount, diretamente para a sua aplicação trouxe uma especie de sequela, prequela ou spin off consoante o gosto, que estranhou essencialmente o facto de ser lançado na aplicação de pouco alcance. Criticamente as coisas nao foram brilhantes para o projeto com avaliações medianas, por sua vez comercialmente a Paramount + ainda nao tem a abrangencia para conduzir qualquer projeto a sucesso imediato.

Sobre o filme podemos dizer que começa com um ritmo interessante, na apresentação de personagens na densidade do acontecimento ate ao momento em que tudo se revela e ai o filme cai nos esteriotipos tipicos deste filme de posse deminiaca, onde apenas se salva determinados momentos do casal protagonista que ja tinha sido o segredo do primeiro filme, ja que tudo o resto segue a linha demasiado obvia..

O hiato temporal entre o filme original e este podera conduzir a que este nao seja totalmente presente, o filme nao necessita particularmente disto para alem da curiosidade ja que se cria por si so. Nao e propriamente um filme com grande novidade e risco, principalmente no que diz respeito a abordagem estetica onde fica claramente a ideia que em face do historico da historia poderiamos ter mais risco neste particular.

Fica o seguimento de um filme que parece que a maior parte das pessoas ira esquecer, quer pela mediania exagerada do filme mas essencialmente porque o veiculo de transmissão do mesmo nao permitiu a dimensao comercial que o deixasse ser significativo, sendo que em face do resultado mesmo com outra estrategia o desfecho dificilmente seria outro.

A historia segue uma aspirante a atriz de musical, que depois de uma lesao acaba por ser albergada por um casal simpatico, num apartamento onde tudo começa a correr bem, mas em troca de um segredo bem mais forte do que a mesma poderia em algum momento imaginar.

O argumento do filme e proximo da historia de base alias, a base e a mesma. O filme funciona bem na caracterizaçao e presença do casal protagonista, menor naquilo que e a intriga central que acaba sempre por ir ter ao lado mais simplista deste tipo de abordagens.

Para realizar o filme foi a tarefa entregue a Erika James uma jovem realizadora essencialmente de curtas que tinha a tarefa de tentar se aproximar ao trabalho de Polanski, sem o conseguir, O filme tenta ser musical, intrigante mas acaba por ser demasiado claro para o que quer ser, se calhar porque a fasquia pudesse estar demasiado elevada.

O cast e competente, Garner como todos conhecemos sem essa intensidade que o papel necessita mas acaba por ser em Wiest e Mcnailly que o filme tem os seus principais recursos na dualidade que se quer da personagem. Strugges funciona pior num ator que muitos ja pensaram que teria uma carreira bem mais promissora.


O melhor - O casal de protagonistas

O pior - Com o peso de um passado, o filme teria de ter muito mais impacto


Avaliação - C

Friday, October 11, 2024

Caddo Lake

 Depois de diversos meses sem qualquer movimento em termos de cinema nao deixa de ser surpreendente o facto da Max em duas semanas lançar dois projetos distintos, este produzido por M Night Shylaman com um elenco de jovens atores de uma segunda linha, mas que chamou a atençao por ter os twist tipicos do realizador. Criticamente o filme ficou pela mediania, resta saber se tara a capacidade, sem figuras de primeira linha para se fazer render do ponto de vista comercial.

O filme começa com um ritmo demasiado lento para o que quer transmitir, apresenta as duas personagens centrais, mas rapidamente percebemos que o protagonista maior e o lago. Com o espoletar do acontecimento central do filme, acabamos por ser conduzido para uma procura de respostas onde entra o que de melhor Shylaman consegue fazer que sao twist, neste caso e surpreendente embora confuso que conduza a um final possivel mas nao totalmente satisfatorio.

O problema do filme começa principalmente pelo baixo ritmo inicial, quando o filme arranca para as revelaçoes o publico esta adormecido e o impacto acaba por nao ser o esperado, embora esforçado na ideia. Para quem viu Dark podemos dizer que a base e proxima, mas quem teve dificuldade em entender a famosa serie alema nao vai ter a vida facilitada neste.

Por tudo isto e um filme arriscado que deixa sabores duais, nao e propriamente um filme que funciona nos seus ambiciosos objetivos mas tambem nao podemos deixar de reconhecer o esforço, mesmo que o caminho preocorrido ate aos mesmos devesse ser mais potenciado em termos de personagens, ação para dar mais força as suas revelaçoes.

A historia segue uma jovem que zangada com a familia ve a sua irmã desaparecida, aparentmente no lago quando foi a sua procura e um jovem que procura respostas para o desapareciemento da mae, duas historias ligadas a um lago que podem ter uniao.

O argumento tem uma base distante mas no final fica um argumento ambicioso, dificil e arriscado. Nao podemos dizer que sai tudo bem, porque esta longe disso, mas deve-se louvar o merito de se afastar do lado mais convencional. Fica a ideia que no mais facil, na introduçao deveria ser melhor potenciado.

Na realizaçao Shylaman entregou a batuta a uma dupla desconhecida com alguns projetos razoaveis para televisao, para um filme com o mesmo objetivo. Nao temos muito trabalho de camara nem muita arte deixando o argumento fluir e nisso acaba por ser uma opçao sensata.

No cast O Bryan foi um ator que durante muito tempo se pensou que pudesse ser uma estrela emergente que nunca concretizou, aos poucos tem aparecido em filmes menos ambiciosos, mas fica-se com a ideia que alguns atributos que podem funcionar para alem do heroi juvenil, ao seu lado Scanlen tambem ja esteve mais proxima do reconhecimento critico embora demonstre aqui competencias para ser uma atriz a seguir.


O melhor - A revelaçao

O pior - A introduçao demasiado lenta


Avaliação - C+