Monday, March 29, 2021

The Father

 O ano de 2020 estava a ser um ano na sua genese algo adormecido em termos de propostas ambiciosas e de formas diferentes de ver cinema, contudo existiu um filme que no final de toda a corrida veio baralhar todas as contas com a sua rebeldia, com a sua forma particular de contar uma historia que acabou por ser reconhecido criticamente, intrometer-se de uma forma séria na corrida aos premios, e comercialmente conseguir a dimensão possivel na contingencia atual.

The Father parece na sua apresentaçao um daqueles filmes lineares entre pai e filha, baseada numa peça de teatro, que iria depender sempre da capacidade dramatica dos seus interpretes. Pois bem o filme é tudo isto mas acaba por ser muito mais, pois e uma autentica viagem a uma mente em demencia, uma baralho de episodios significativos e de prespetiva que é tão confuso, claustrofobico mas que acaba por ser exatamente essa sensação que o realizador que causar no espetador, conseguindo-o sempre.

Esta abordagem se um cinema diferenciado, de experiencia deve ser totalmente valorizada, mesmo que o espetador ao longo do filme nem sempre se sinta totalmente confortavel com aquilo que está a visualizar, fica a ideia que o filme consegue resistir bem a esses momentos porque cria impacto nas sensações do espetador, para um resultado esperado mas ao mesmo tempo, diferenciado.

The Father pode não ser o filme mais facil de ver do ano, poderá até em termos globais nao ser a obra mais unanime que vimos, mas e sem duvidas um dos filmes de maior impacto do ano, um dos filmes mais arrojados e diferenciados, e num ano em que o cinema adormeceu para historias simples, este risco sabe bem a quem gosta de um cinema de autor como este consegue ser.

A historia fala de um individuo idoso que a forma como o mesmo entra em disputa com a sua filha sobre os seus cuidados, e a assistencia necessária que necessita para sobreviver, quando a mente começa a perder faculdades de dia para dia.

O argumento do filme na sua base e uma historia de vida igual a muitas outras mas cuja a organização diferenciada a prespetiva que o filme aborda e totalmente original e diferenciada. Fica a ideia que o argumento consegue transformar uma historia corriqueira numa obra de referência e ai o filme merece tambem no argumento um reconhecimento de um trabalho distinto.

O jovem realizador frances Florian Zeller e uma das figuras e surpresas do ano cinematografico pela forma particular com que colocou a sua peça no cinema, com ritmo, com uma abordagem diferenciada, original e promenorizada. Pese embora tenha falhado a nomeaçao para melhor realizador, o que me parece injustiçado, ganhou o seu espaço proprio graças a um filme singular e com muita marca de autor, a deixar agua na boca para o que se poderá seguir.

No cast e incrivel o atuar ao desafio de um Hopkins ao mais alto nivel, com uma interpretaçao brutal, que lhe valeria certamente o oscar nao estivessemos no lado emocional da morte de Boseman. E intenso e versátil e vivo e tem em Coleman e pareceira ideial numa interpretaçao cheia de recursos que ambos deveriam ser exibidos em qualquer curso de aprendizagem de interpretaçao


O melhor - A diferenciaçao do filme.

O pior - Nao e um filme facil de unir peças


Avaliação - B+



Sunday, March 28, 2021

Six Minutes to Midnight

 Aos poucos algumas produções de menor dimensão que foram efetuadas previamente a pandemia vão vendo a sua estreia ocorrer, num contexto onde a atençao nos cinemas quase nao existe pela pouca dimensão dos projetos que tem arriscado estas estreias limitadas. No caso de um pequeno filme britanico como este se calhar a pandemia não altera muito o seu limitado percurso comercial ainda para mais quando criticamente foi votado a uma mediania quase indiferente.

Este e mais um pequeno filme circunstancial sobre um de muitos elementos particulares da II guerra mundial, com enfoque algo diferente ou seja debruçar-se sobre um conjunto de jovens nazis numa escola inglesa, o filme depois tenta ser sem grande ritmo um filme de espionagem que acaba por nunca ter particular intensidade para se tornar relevante em qualquer um dos aspetos que tenta tratar.

Temos um filme que segue o lado tipico mais tradicional britanico de ritmo lento, mas com detalhe na contextualizaçao espacial, e deixando que a presença de Dench lhe de a dimensao que o filme quer ter, mas que os outros elementos como personagens ou mesmo o trabalho da intriga não acabam por ajudar, tornando-se num simples filme, que preenche sem qualquer brilhantismo alguns dos seus propositos.

Ou seja um daqueles filmes que como obra e quase indiferente, mas que serve para nos dar a conhecer mais uma das vivencias da II grande guerra de um grupo de jovens em particular com um enfoque algo diferente daquilo que estamos habituados a ver, mas que e insifuciente para dar ao filme qualquer sublinhado particular que lhe retire demasiada mediania.

A historia fala de um professor que e contratado para lecionar uma escola de jovens nazis, mas que rapidamente se percebe estar num epicentro de guerra que pode fazer perigar as jovens mas cujas intençoes de cada um dos intervenientes pode ser algo diferente da parte educacional.

Em termos de argumento o filme é algo parco em intriga apesar de termos o lado da espionagem fica a ideia que o filme não consegue em momento algum adquirir um ritmo ou um interesse nas suas personagens ou dialogo que o leve para um nivel superior, sendo a sua maior dificuldade a forma como não consegue incutir ritmos diferenciados.

No que diz respeito à realizaçao Andy GOodard e um realizador britanico proximo de filmes pequenos de historias muito contextuais que não tem conseguido ganhar particular destaque. Aqui temos uma realização tipica inglesa, sem grande ritmo e com prevalencia de paisagens e pouco mais.

No cast temos um Izzard que tambem e argumentista do filme que nos parece ter dificuldade para alimentar com protagonismo um filme como este, uma Dench sempre competente, e por fim a suiça Carla Juni com alguma evidência pese embora nos pareça que a personagem poderia e deveria ser colocada mais a prova


O melhor - O lado dos cenarios do filme.


O pior - O baixo ritmo da intriga


AValiação - C



Saturday, March 27, 2021

The Seventh Day

 Numa altura em que o cinema parece ainda avaliar os riscos dos diferentes tipos de divulgação dos seus projetos tem sido lançados no cinema alguns produtos de series mais baixas, com alguns atores conhecidos sendo uma epoca de saldos ou de esgotamento de stock. Este e um daqueles filmes que foram produzidos em 2020 que dificilmente veria em circunstancias normais a luz do dia. Criticamente foi um desastre muito na senda que os filmes de terror de baixa produçao obtem e comercialmente nao me parece que seja um filme como este que consiga levar as pessoas ao cinema.

O filme e um tipico filme de serie b de terror, ligado aos exorcismos e a possessão mas que que neste caso com uma historia tão básica e ma trabalhada e com as sequencias de terror de um nivel produtivo baixissimo que nos questionamos porque razão ainda filmes como estes sao lançados ao grande publico.

Fica a ideia que o exorcismo continua a dar a sua descendencia que sempre foi piorando, parece facil quando ideias faltam e se tenta rentabilizar ou preencher algum espaço com algum projeto de terror este e o caminho facil, onde a maior parte dos filmes fica aquem do seu resultado e mais que isso tudo parece indicar que o filme rapidamente desaparecera do imaginario de quem o viu, ou ficara marcado pela negativa.

Ou seja um disparate produtivo e narrativo, que nos faz questionar o momento de carreira de alguem como Guy Pearce e nem o twist final que surpreende consegue minimamente capacitar um filme demasiado pobre para obter qualquer tipo de resultado.

A historia fala de um jovem padre que começa a carreira de exorcisar que rapidamente se ve associado a um caso de resoluçao dificil com a ajuda de um veterano e experiente exorcista que vai tentar leva-lo ao sucesso e a acreditar nas suas capacidades.

O argumento e pobre a todos os niveis, podemos começar desde logo pela forma rudimentar com que a historia e uma copia de quase todos os filmes do genero, pela forma como as personagens basicamente nao sao construidas, e o suspiro do twist final nao apaga nada de mal que o filme constroi anteriormente.

Na realizaçao Justin P Lange e um desconhecido realizador de serie c de terror que aqui tem mais um projeto semelhante a outros que foi tendo, que acaba por dar a perceber que a sua carreira sera na essencia o que aqui vimos.

No cast e extremamente triste ver alguem como Guy Pearce num projeto tao pobre como este a todos os niveis. Nem os seus recursos sao utilizados para a personagem nem em momento algum parece significar que ele aqui esta para fugir a um desemprego preocupante.


O melhor - O twist final e o unico suspiro do filme

O pior - Mas o filme esta morto desde a nascença


Avaliação - D-



Friday, March 26, 2021

The United States Vs Billie Holiday

 Os biopics musicais tem nos ultimos anos se tornado tão comuns que quase sao poucos os artistas relevantes que ja não tiveram direito ao seu filme, muitos dos quais afro americanos que lutaram pelos direitos e igualdade racial. Este ano sob a mão de um ativista como Lee Daniels surgiu esta especie de biopic de Billie Holiday que acaba por ser bem mais uma reflexao sobre a sua personalidade e vicios do que propriamente pela sua obra. Este filme lançado em cima da meta para concorrer aos premios nao passou da mediania critica qu e resultou apenas na nomeaçao de Day para os Oscares. Comercialmente a Hulu ainda demonstra alguma dificuldade na partiha das suas obras e o filme teve essa barreira.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de um biopic com algumas caracteristicas ligeiramente diferentes das que estamos habituados sem que isso queira dizer que o filme tira beneficios dessa diferenciaçao. Nao e um filme que fala muito da obra, mas mais da personalidade da sua historia e dos seus conflitos, espaçando com um lado mais musical que serve apenas de pano de fundo e nunca quer ser ele proprio o protagonista, o que torna o filme algo lento no seu desenvolvimento.

E obvio que o filme tem um lado politico na ordem do dia que acaba por lhe dar alguma pertensão, mas que depois acaba por limitar o desenvolvimento ou pelo menos a homenagem que a obra poderia ter. Este aspeto tem sido muito comum em biopic de musicos afro americanos que conduzem a que muitas vezes fique mais o lado politico do que artistico de alguem de primeira linha.

E assim um biopic de segunda linha, com objetivos bem definidos mas que nunca conseguem fazer propriamente do filme uma grande referência. A forma pouco comprometida com que trata alguns aspetos pessoais da pessoa em deterimento sempre de uma politização da obra parece-me sempre um erro, ja que nos parece que existe sempre espaço para as duas vertentes sem se comrpometerem.

A historia fala de Billie Holiday e a forma como a mesma teve de lutar contra um sistema que queria silenciar a sua musica de referência numa personagem contorbada por um passado marcado por miseria e abusos.

Em termos de argumento penso que o filme tinha espaço para debruçar de uma forma mais equilibrado os diferentes segmentos da personagem o que acaba por ter sempre alguma dificuldade em o fazer. Isso torna o filme demasiado politico e essa nao me parece nem sempre ser a melhor homenagem de homenagear uma obra.

Em termos de realizaçao Daniels tem sido mais que um realizador um ativista nas causas afro americanas e uma das suas referencias. Depois de um  inicio brilhante nos ultimos tempos tem tido alguma dificuldade em vincar os seus filmes, e este acaba por ser um trabalho mais intimista e menos impactante que outros que foi tendo.

No cast Day tem a tarefa dificil de encarnar Holiday e acaba por ser o melhor aspeto e o mais significativo do filme. Tem carisma, presença e vai de encontro as necessidades variadas da personagem. Ao seu lado um Rodes que ainda procura o seu espaço e um conjunto de atores que deixam o espaço correto para a protagonista brilhar.


O melhor - Andra Day

O pior - A forma como a obra ou a afirmaçao da mesma ficou num segundo plano


Avaliação - C



Saturday, March 20, 2021

Cherry

 Apresentado com pompa e circunstancia como a grande aposta da Apple + para a entrada na primavera e estreada ainda no cinema com alguma ambiçao de oscares este filme sobre a juventude americana aos olhos de um anonimo comum nascido nos finais do seculo passado, teve um embate forte numa critica demasiado pesada que aniquilou qualquer expetativa de premios que o filme dos irmãs Russo podia ter, sendo que comercialmente parece ainda claro que o impacto da Apple + ainda e pequeno.

Sobre o filme temos um filme grande, ambicioso, sobre diversos momentos da vida de um jovem americano com as suas vicicitudes do seu tempo, com a necessidade de ambarcar na guerra, e o põs, num contexto cada vez mais inserido de drogas, o filme e competente no impacto e na ligação que da a cada um nas oscilações da personagem numa montanha russa ideologica, mas que o filme consegue fazer funcionar com o merito de ser original em muitas das abordagens.

No resultado final nao me parece no entanto que as partes sejam totalmente equilibradas, um bom inicio que acaba por ter o seu epicentro em vinte minutos de treino militar muito proximos do que vimos em Full Metal Jacket, numa homenagem clara, e num filme mais catastrofico na parte final, mas que consegue sempre dar ao filme a intensidade que o mesmo quer dar.

Se calhar a critica e demasiado acesa a um sistema, se calhar o filme e demasiado ambicioso com premissas muito proximas da que por exemplio Oliver Stone deu anos antes com Nascido a 4 de JUlho, mas o filme funciona, tem impacto, tem boas interpretaçoes e arrisca numa roupagem rebelde que lhe acenta. Nao e uma obra prima, mas parece- me um filme competente.

A historia segue um jovem que depois de se apaixonar no liceu abandona os seus sonhos para se casar e acaba posteriormente por embarcar para a guerra. Quando regressa traumatizado pelo mundo que viu acaba por embarcar ao maximo do declinio humano e a tentativa de recuperar.

O argumento e pesado, com uma clara vertende ideologica de denuncia politica, mas e um filme que nos seus momentos e bem escrito, embora melhor em alguns segmentos do que outros o filme e normalmente impactante e consegue dar a sua personagem central os momentos para detalhar os seus momentos.

Os irmaos Russo tem ganho nos ultimos tempos, principalmente depois da inclusao no mundo da Marvel, muito conceito, embora aindas lhe falte a obra de referencia fora do mundo da açao, eles tentam neste filme, mas parece sempre que a assinatura em um conjunto de referenvias, mas a rebeldia demonstra serem mais que tarefeiros.

O cast tem um Holland a querer crescer, e arriscar num papel que tinha tudo para brilhar mas a ma receção do filme dificultou uma tarefa que parecia obvia em face das exigencias da personagem. Mesmo assim e nossa convicção que o jovem tem todas as virtudes para ser uma estrela maior, e o futuro o provara. E um filme de personagem e apenas a jovem Bravo tem alguns momentos interessantes mas ofuscada por um filme para Holland e o seu "CHerry".


O melhor - A historia e o significado social da mesma

O pior - Nem sempre e equilbibrado entre segmentos


AValiação - B



Friday, March 19, 2021

Last Call

 Numa altura em que tudo ainda está muito receoso em termos de lançamento e numa semana onde o cinema e mesmo o streaming nao teve particularmente ativo, este pequneno filme foi um dos lançamentos da semana, sem propriamente figuras de primeira linha. Este pequeno filme acabou por estar longe de ser bem recebido e comercialmente parece destinado a ser uma obra incognita sem grande referencia.

SObre o filme temos uma tentativa de uma comedia rebelde, que tenta acima de tudo potenciar alguns cliches relacionados com o reencontro com o passado num bairro particular, mas acaba por ser um filme que nunca consegue ter elementos que chamem a atençao do espetador que acaba por nunca ficar associado a uma comedia sem graça cuja a orientaçao do argumento e quase inexistente e onde fica o revivalismo do reencontro.

O filme e pequeno em todas as vertentes, percebe-se mesmo que o filme tenta encontrar um registo proximo daquilo que foi a carreira de Piven enquanto ator mas que nunca encontra esse registo acaba por ser um pouco um conjunto de atos falhados pouco ou nada elaborados num filme de baixa produçao e de baixa qualidade que apenas consegue ter alguma antena tendo em conta a pouca oferta

OU seja um dos filmes que rapidamente vai sair da nossa recordação e pouco mais o filme conseguira chamar a atençao para alem da sua duraçao, e perceber-se-a a razão pela qual muitos ficaram cada vez menos reconhecidos neste estilo de filme.

A historia fala de um individuo que acaba por regressar ao seu bairro de nascença tentando recuperar um negocio de familia em perigo na mesma altura que acaba por encontrar os seus amigos e a sua paixao numa tentativa de reencontro com a origens.

O filme em termos de argumento esta longe de ser interessante uma historia de base pouco ou nada intetressente associada a um estilo de humor que nao funciona e personagens totalmente desinteressantes.

EM termos de realizaçao Paolo Pilladdi e um desconhecido  com uma carreira desconhecido e que neste filme que tambem sera desconhecido vai provar toda a sua carreira ou falta dela.

No cast Piven tem aquela imagem de rebelde continuo que o filme tenta ir buscar mas a personagem acaba por ser tao inexistente que apenas aproveita o seu conceito e nada mais. Nos secundarios pouco ou nada de registo significativo.


O melhor - A forma como o filme rapidamente vai passar ao lado incognito

O pior - O desaproveitar de mais de hora e meia


Avaliação - D-



Thursday, March 18, 2021

Yes Day

 Todos os anos por alturas da aproximação da primavera foi comum alguns estudios lançarem as suas comedias familiares com um humor simples, muitas vezes fisico que acaba por ter um objetivo imediatista. Este ano e na ausencia de cinemas foi a netflix a ter esta tarefa com esta comedia que acabou por obter a mediania esperada em termos criticos, sendo que comercialmente tem tudo para ser um dos produtos muito vistos da aplicação.

Yes Day e um filme simples de procedimentos basicos, apostado na gargalhada facil de humor fisico, nem sempre bem trabalhada, com a boa mensagem de união entre pais e filhos, mas que ao mesmo tempo tem muito pouco de novidade ou algo de particularmente diferenciado. Alias parece mesmo que o excesso de humor fisico acaba por ser uma opção que nem sempre da elementos qualitativos ao filme.

Yes Day e um filme tambem pouco ambicioso, claro que trabalha bem os personagens infantis no misto de rebeldia e ternura, mas depois parece demasiado formatado para o ridiculo nas personagens adultas o que o torna um filme algo tonto, e pouco direcionado para uma mensagem positiva que o filme tem e que consegue assumir na sua ideologia.

Por tudo isto Yes Day e mais uma comedia igual a muitas outras , algumas das quais com Jennifer Garner de humor simplista e destrutivo que pode fornecer uma hora de entertenimento pela familia mas que rapidamente se esquece devido a sua insignificância, fica o valor moral da familia que nunca e demais potenciar nos filmes.

A historia fala de uma mãe exigente e um pai flexivel que percebendo a forma nociva em que se esta a transformar a relação dos filhos com mãe decidem dar aos menores um dia do sim, em que estes podem fazer tudo o que querem.

Em termos do argumento a base e algo repetitiva quando comparada com outros filmes com os mesmos objetivos que temos visto. Nao e propriamente um filme brilhante no humor ou diferenciado na mensagem mas acaba por conseguir passá-la ainda que de uma forma facil.

Arteta e um realizador que nos ultimos anos se tem dedicado com algum sucesso ao genero. Aqui parece conseguir potenciar o humor fisico, mas tambem nos parece um genero pouco arriscado e no qual alguem consiga construir uma carreira de referencia.

No cast Garner e uma habitue neste registo que encaixa no seu perfil, contudo parece-me extramamente redundante na sua carreira. Ramirez entrega uma faceta comica que ainda nao tinhamos visto mas que nao parece propriamente encaixar no seu estilo. Os jovens conseguem encaixar naquilo que o filme quer deles, ou seja o lado rebelde e ternurento em simultaneo.


O melhor - A mensagem

O pior - A pouca originalidade


Avaliação - C

Wednesday, March 17, 2021

Coming 2 America

 33 anos depois de Eddie Murphy e Arsenio Hall se terem reunido numa das comedias mais amadas da historia do cinema que tem aqui a sua sequela fruto de uma exigencia cada vez mais comum de projetos de sucesso do passado sejam revisitados na atualidade com os seus actores de base mas mais velhos. Este projeto que acabou por fruto da pandemia ser lançada diretamente na AMazon Prime o resultado critico foi mediano, mas ai parece que seguiu o que o primeiro filme ja o tinha sido. Em termos comerciais obviamente que o facto de ser lançado numa plataforma de streaming diminuiu o impacto comercial que acredito que um filme como este poderia ter.

Eu confesso que o primeiro filme e para mim uma comedia muito particular e preencheu o historico das comedias do final do seculo passado. Com o tempo Eddie Murphy tornou-se numa comediante menos reconhecido, e Arsenio Hall desapareceu e temos um estilo de umor que se alterou bastante. O filme tenta acompanhar o tempo com a introduçao de novas personagens mas ao mesmo tempo quer ir buscar o que funcionou no primeiro filme 33 anos atras, e ai parece-me que o filme nao sendo brilhante e estando em toda a linha longe do primeiro consegue pelo menos homenagear.

Em termos do restante o filme nao consegue sair propriamente de um estilo de humor tipico dos filmes de serie b afro americanos, com o lado fisico que muitas vezes funciona a custa do humor fisico que deu carreira a Eddie Murphy, quando o filme tenta ser mais retro no estilo como e obvio a actualidade do estilo faz com que o impacto perca algum sentido de humor, mas no global o filme consegue funcionar no estilo humoristico.

Parece e que na historia de base o filme e demasiado limitado e algo preguiçoso, parece que a historia segue um esquema demasiado simplista que de alguma forma nao o permite ir para alem da homenagem e pouco ou nada trata ao primeiro filme, ou trara para o conceito da historia.

A historia segue o princepe Akeem e a forma como ele tem de preparar a sua descendencia depois de apenas ter filhas. AI percebe que tem em Nova iorque um filho bastardo e terá que o tentar convencer em o acompanhar e prepara-lo para o reinado que se segue..

Em termos de argumento e um trabalho simplista, pouco original, com uma mistura de estilos de humor que alguns momentos funciona outra apenas homenagia. Em termos da historia de base fica a faltar alguma capacidade de marcar a saga mas penso que isso seria facil de perceber que naos iria acontecer.

Em termos de realizaçao Craig Brewer associado no passado a alguns projetos ambiciosos mas que acaaram por nao ter o seguimento consequente capaz de potenciar uma carreira da primeira linha dai que acabe como um tarefeiro sem grande brilho.

No cast Murphy esta longe do ritmo que ja teve principalmente no primeiro filme o que aqui e percetivel. Hall esta enferrujado e as novas aquisiçoes nao tem peso nem personagem para vincar no filme.


O melhor - A homenagem

O pior - A falta de capacidade de dar alguma coisa de novo a saga


Avaliação - C



Monday, March 15, 2021

The Mauritanian

 QUando foi anunciado que este filme seria um dos projetos que ainda veria luz nesta competiçao pelos premios obviamente que as atençoes se centraram num filme com um tema muito particular como as prisões em guantanamo, mas tambem pelo incrivel cast e crew que o filme trazia consigo. Contudo num tema sempre bastante polemico e discutivel eis que em termos criticos as coisas nao correram pelo melhor com avaliações demasiado medianas, sendo que comercialmente o filme até conseguiu alguma visibilidade fruto de um tema sempre bastante vivo.

Sobre o filme parece-me claro que o tema pela sua insjutiça e pela facilidade que tudo foi feito é mediatico e forte e o filme consegue dar esse impacto principalmente pela longevidade e por algumas cenas na fase final, mas parece quase sempre um filme demasiado circular na relação entre preso e defensoras, na reação do preso, em alguns pontos que vao sendo escondidos para um suspense que nunca existe e uma forma de assinatura que o realizador encontra para o passado que nem sempre e funcional.

OU seja num tema que terá sempre impacto em filmes mais ou menos competentes, e este acaba por ter as suas mais valias, mas que ao mesmo tempo e mais do mesmo e tem menos poder de reflexão do que outros que foram mais longe na reflexão sobre o significado. Temos a auto critica normal pos guerra mas que muitas vezes e quase inexistente no presente e nisso temos um pouco de cinismo americano.

Ou seja uma historia impactante que nos faz pensar um pouco da forma como as guerras vao sendo geridas e as prespetivas que nos vao sendo transmitidas todos os dias, mas que cai no erro de uma circularidade e mais que isso enquanto filme tinha que ter outros atributos mais funcionais para se tornar numa obra de referencia numa tematica que ja teve outros projetos bem mais impactantes.

A historia fala da prisão de um preso associado a guantanamo em pleno pos 11/09 e da forma como mesmo ao longo de mais de catorze anos se encontrou detido da ilha sem qualquer tipo de acusação baseado num diz que disse até que entra em cena uma equipa de advogados apostado em perceber todo o tranmito legal da detenção.

O argumento do filme e talvez o ponto menos trabalhado do filme, em termos de personagem mas mesmo em termos de investigação e passos legais e o filme e quase sempre demasiado pobre. Salva alguns apontamentos da personagem principal que definem a personagem e pouco mais.

Kevin McDonald e um realizador que procura regressar ao sucesso que obteve em o Ultimo Rei da Escocia, mas que nao tem tido um trabalho particularmente facil ao longo do tempo colecionando projetos de sucesso muito moderado. Neste filme temos uma tentativa de dar alguma assinatura que nem sempre funciona mas temos claramente uma melhoria comparado com os seus filmes mais recentes.

No cast o filme Rahim direciona o filme do primeiro ao ultimo minuto com uma interpretação de primeira linha que num filme mais completo poderia conduzir a um reconhecimento superior. Foster encaixa bem na personagem da advogada mas fica a ideia que as personagens sao algo limitadas pelo alcance de um argumento algo preso


O melhor- O impacto do acontecimento


O pior - Demasiado circular


AValiação - C+



Sunday, March 14, 2021

Moxie

 NUma altura em que a igualdade seja ela em que qualquer circunstancia se encontra na clara ordem do dia eis que a Netflix lança um filme de adolescentes sobre essa tematica bem cimentada numa longa metragem da artista Amy Pohler como realizadora e actriz. Esta especie de comedia e drama na adolescencia acabou por estrear sem grande revelancia pela Netflix com criticas demasiado medianas para algum significado e tambem em termos comerciais parece claro que a produtora tem filmes bem mais vincados para resultar junto do grande publico.

Que a igualdade deve ser tratada desde pequenino isso e claro e acente e cabe ao cinema enquanto veiculo de transporte de mensagens potenciar isso dai que nos pareça meritorio o filme tratar assuntos tao atuais num clima tao propio como a adolescencia e o liceu. Nesse particular parece-me que o filme tem uma boa ideia e uma boa mensagem de transporte mesmo que em termos de resultado as coisas nao funcionem tao bem.

O que parece funcionar melhor no filme acaba por ser o veiculo de comunicaçao inicialmente em surdina mas que depois se percebe ser comum a ,muitos. O problema do filme e o excesso de ruido ou seja quando se calhar as coisas funcionariam melhor num tema apenas o filme tenta condensar varios sem nunca ir ao cerne da questão em nennum e isso acaba por condicionar o impacto imediato que o filme tem dos temas em si.

Ou seja um filme de adolescente tipico que toca alguns assuntos pela rama, com personagens pouco trabalhadas mas onde se regista a tentativa de sublinhar temas junto da população mais jovem. Existem momentos onde o cinema tem de ter uma funçao social e este filme funciona bem melhor neste vertente do que em qualquer outra.

A historia fala de um grupo de jovens estudantes do liceu que vivem numa cultura de primazia dos rapazes onde e permitido qualquer tipo de comentarios. COntudo a entrada de uma aluna disposta a lutar por esse desfazamento de direitos acaba por lançar um movimento de resposta inicialmente de forma anonima e mais tarde bem assumido.

 O argumento do filme funciona bem melhor em termos de valores morais implicitos do que propriamente na historia de personagens, narrativa e desenvolvimento da historia. O objetivo e conseguido e e nobre em termos de filme as dificuldades sao patentes.

AMy Pohler e uma actriz muito conceituada que paulatinamente tem tentado dar alguns passos em termos de realizaçao que tem sido simples e sem grandes foguetes. Aqui temos um trabalho simples sem grandes riscos deixando a mensagem fluir. Parece-me que dificilmente sera uma realizadora de opo embora exista alguma evolução nos temas que tem tratado.

No cast um conjunto de jovens quase desconhecidos encabeça esta historia com personagens simples, com objetivos bem definidos que nao da propriamente espaço a grandes sublinhados. Hadley Robinson tem o maior peso de uma actriz que vinha de alguns projetos criticamente interessante que e competente no papel mais dificil sem deslumbrar.


O melhor - A moratoria e a fase em que a tenta aplicar.

O pior - Nao consegue ultrapassar o estilo de filme simples de adolescente


Avaliação - C



Thursday, March 11, 2021

My Salinger Year

 JD Salinger e dos autores literários dos EUA aquele que nos últimos anos tem tido alguma atenção de diversos projetos cinematograficos que tem trabalhado o lado misterioso e iconico do autor. Neste ano e apresentado na ultima montra de Berlim surgiu este filme sobre uma jovem autora e a forma como começou a carreira escrevendo aos fas do autor, foi um pequeno filme que no entanto não reuniu grande consenso critico com avaliações muito medianas. Comercialmente seria sempre um filme com pouco impacto o que acabou por ser uma realidade.

Sobre o filme temos o tipico pequeno filme literário de crescimento de uma personagem nos seus atributos com a mensagem tipica do sonho é possivel. O filme vende o mito do autor com o seu lado excentrico, enigmatico e o seu objetivo de descrição, e perde pouco tempo na personagem ancora do filme o que faz o filme muitas vezes cair num plano pouco existêncial que acaba por lhe tirar ritmo.

Claro e que a historia ainda para mais baseada em factos veridicos e principalmente mostrando o aspeto creativo da personagem central acaba por ter o seu lado interessante, mais do que propriamente uma abordagem absolutamente diferenciada. Fica na retina um filme quase sempre demasiado simplista nos seus processos para se fazer vincar adormecendo-se continuamente.

Ou seja mais um filme que toca em JD Salinger sempre com os mesmos problemas de ritmo que os outros tiveram. Fica a ideia que a descriçao que o ator procurava e mais facilmente encontrada nos filmes sobre si do que propriamente na obra e na sua personalidade.

A historia fala de uma jovem aspirante a escritora que acaba por ser contratada por um editora de forma a responder de uma forma seca as cartas endereçadas ao autor, acabando por construir ali o espaço ao crescimento da sua personagelidade enquanto autora individual.

Em termos de argumento sendo uma historia de crescimento de talento interessante o filme acaba por ser muitas vezes pouco ritmado e demasiado simplista quer nas personagens quer no alcance dos seus desenvolvimentos embora seja clara a sua mensagem positiva.

Na realizaçao Phillipe  Falardeau temos um canadiano que ja teve alguns filmes com alguma visibilidade mas que aqui parece apaixonar-se demasiado pelo culto mais do que propriamente trazer algum elemento diferenciador a sua carreira que parece algo adormecida e que nao sera propriamente acordada por este filme.

No cast penso que a jovem Qualley pode ser um futuro valor vincado de Hollywood ja que me parece ter atributos e carisma para liderar um projeto. Uma jovem que arrisca que aqui nos da um papel mais simples e menos vistoso, mas que marca presença o que e importante para se fazer notar. Weaver tem sempre o seu impacto mesmo em papeis simples como este.


O melhor - A mensagem de esperança

O pior  - A forma como o filme adormece


Avaliação - C



Wednesday, March 10, 2021

Land

 Num ano em que rapidamente se percebeu que em termos de premios existiriam menos candidatos do que estamos habituados, existiram alguns actores de hollywood que se tentaram posicionar como realizadores actores com os seus projetos em busca de fama. Robin Wright e este Land foi uma delas, num filme intimista sobre ligação e sofrimento de personagens que conseguiu uma boa receção ainda que moderada, mas que tornou insuficiente a força do filme para a luta por premios. Ao contrário do esperado o filme acabou por funcionar melhor em termos mundiais em termos comerciais, contudo temos sempre de ver este sucesso no contexto pandemico atual.

Sobre o filme podemos dizer que 2020 e um ano de introspeçao de diversos autores em termos de cinema, talvez pela escassez de meios ou por a aposta em projetos menos arriscados, mas assistimos a diversos filmes pequenos sobre sofrimento ou expressoes concretas de personagens uns com mais sucesso do que outros. Este Land e mais uma tentativa de nos dar alguem no limite e a forma como se ergue.

O filme apesar de curto tem um ritmo algo lento para fazer com que se consiga diferenciar. E inequivoco que o filme busca uma prestação de primeira linha de Wright mas essa obsessão acaba por limitar os outros pontos de um filme ja de si pequeno e que nao o deixa prorpiamente crescer na exploração entre outras coisas do contexto que vemos.

Certo e que no seu pequeno objetivo o filme funciona, nao so na mensagem dramatica mas positiva que quer transmitir, mas tambem na intensidade da persoangem central que permite a Wright uma boa e intensa interpretaçao, mesmo num filme competente mas algo cinzento.

A historia fala de uma mulher em plena depressão que acaba por ser salva por um estranho individuo que assume a tarefa de ajuda-la a erguer com um proposito pouco claro, mas que leva a criaçao de um laço forte entre ambos em fases contrarias.

O argumento do filme tem um bom fundo, funciona a espaços no lado emocional, pese embora não seja muito recheado ou elaborado. E um filme pequeno de uma historia pequena mas que consegue marcar pontos nos curtos objetivos que tem.

Wright tem aqui o seu projeto mais intimista e a sua estreia nas longas metragens, numa realizaçao simples e silenciosa, que demonstra um lado mais dramatico e bucolico dela enquanto realizadora. As influencias estao bem assinadas mas fica a faltar uma assinatura pessoal que so no futuro poderemos perceber se consegue criar.

Na interpretação a personagem tem ambições, Wright tem tamanho para a exigencia mas fica muito claro que se trata de uma candidatura demasiado denunciada o que normalmente fica pelo caminho. Birch e um bom suporte mas fica a ideia que as preocupações com a personagem e a interpretação possa ter esvaziado o resto do filme.


O melhor - A interpretação


O pior - O filme esvaziar-se um pouco em torno da mesma


Avaliação - C+



Crisis

 A questão do poder do trafico de droga e da industria farmaceutica e mais que tudo a união entre esses mundos é algo que há muito e debatido mas não e propriamente um terreno onde existam diversos filmes a debruçar mesmo que em ficção sobre esta materia. Este filme com um elenco de primeira linha com esta tematica passou totalmente desprecebido o que ainda mais demonstra algum desinteresse pelo tema. Certo é que o facto do filme não ter sido propriamente bem recebido pela critica com avaliações modestas não ajuda, contudo pelo cast em questão parece-me que o filme poderia ter valido mais em termos comerciais.

Sobre o filme podemos dizer que o impacto da sua tematica ou o poder denunciante que o filme quer ter deverá ser considerado facilmente como meritório pela sua capacidade de tentar unir pontas que muitos teimam em não querer ver. Mas fora isto o filme tem claras debilidades que o tornam talvez num mau veiculo de comunicação a este respeito, pela confusão e o amaranhado que se torna todas as historias ou por nao ter personagens suficientemente convincentes para o argumento em questão.

E por fim isso acaba por nos dar um filme com alguns meios de intepretes mas cujo o argumento nunca se encontra e resulta num filme pouco ou nada interessante, confuso, que tenta transmitir um ponto em concreto mas que escolhe um mau caminho para o fazer e o resultado e muito ineficaz, dai que isto possa esclarecer quem nao compreende como e que um filme com tamanho elenco tenha chegado a lado nenhum.

A historia segue basicamente três historias distintas, de um policia infiltrado, de um cientista alvo de uma tentativa de branquear o resultado de um medicamento e uma mãe que acaba por perder um filme num esquema de tráfico que se juntam num mesmo espectro maior que qualquer um deles.

Em termos de argumento a ambição e os objetivos do filme são muito maiores que uma historia tão pouco trabalhada e mesmo formalmente deficitaria consegue fazer funcionar. O grande problema do filme e que as personagens nunca são dotadas de tamanho para ter o impacto que o filme quer ter e isso condiciona todo o processo.

Na realizaçao Jareki e alguem que já teve alguns projetos com algum resultado mas que aqui nunca consegue desatar propriamente os nos que cria e isso condiciona o efeito pratico do filme. As dificuldades que exibe neste filme podem ajudar a perceber algumas das suas dificuldades em se assumir no cinema de primeira linha.

No cast um bom elenco nem sempre e um sinonimo de bons desempenhos e este e um caso em que isso não acontece. Armer, Oldman, Lilly, Kinnear poderiam ser uma garantia para o filme apostar em personagens de excelencia mas essa falta condiciona muito o desempenho mediocre de cada um deles.


O melhor - A Ambição de um tema ainda tabu.


O pior - A forma como o filme se enrola sem capacidade de desatar os seus nos


Avaliação - C-



Sunday, March 07, 2021

Raya and Last Dragon

 Se existe produtora que ficou refem do confinamento foi a Disney e os seus projetos para ganhar biliões que teve de reajustar estrategias quer potenciando a sua plataforma de streaming ou por outro lado tentar rentabilizar o carissimo serviço de VOD. Este filme que era uma das apostas da produtora para assaltar o mercado em 2021, optou pela segunda estrategia seguindo o que ja tinha sido efetuado com Mulan. Numa altura em que ainda e muito cedo para se avaliar o real alcance comercial do filme, podemos dizer que a vitoria critica do filme foi conseguida com avaliaçoes muito positivas que a coloca ja na prespetiva dos oscares do proximo ano quando o deste ano ainda nem sequer foi atribuido.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme de aventuras com todos os atributos que estamos habituados a ver na disney ainda para mais num filme com um grau de produçao do melhor que estamaos habituados a ver da maior produtora de animaçao. O filme tem os elementos todos que fazem os filmes da disney funcionar, uma mensagem muito positiva e educativa, humor e personagens interessantes, o unico ponto que neste filme e deixado de parte e o lado musicar quem sabe para dar mais protagonismo ao lado aventureiro.

Por tudo isto este e mais um filme bem conseguido e que pode marcar o inicio de uma saga da disney, a diferenciaçao entre segmentos e populaçoes diferenciadas o facto de ser um filme de equipa com caracteristicas muito proprias e ser um ritmado filme de açao parece contribuir para que o filme possa ser um interessante filme de futuro nas suas continuaçoes dependendo e claro do resultado que o filme obtenha num contexto comercial totalmente diferente do que ja observamos.

Ou seja nao sendo uma das obras primas de referencia da disney, longe disso, e um eficaz filme que demonstra que a Disney nos seus maiores projetos raramente falha nos elementos centrais. Aqui temos ainda mais uma vez uma cultura oriental bem pensada percebendo bem qual e atualmente um dos publicos preferidos do cinema.

O filme fala de uma jovem que apos ver o seu mundo separado e a joia que o protegia quebrada e dividade tenta embarcar numa aventura para encontrar o unico dragao vivo do passado e tentar reunir as peças que possa devolver a unidade ao mundo onde vive.

Em termos de argumento o filme nao sendo propriamente nada de novo na sua formula, tem os elementos fundamentais para um filme de entertenimento infantil funcionar, desde logo o seu caracter comico, passando pela aventura, e pelo lado moratorio muito vincado.

Na realizaçao deste projeto um conjunto de realizadores que ja tinha estado nos sucessos de Moana e Big Hero Six a conseguir construir de genese mais um bom filme com todos os meios de elite da DIsney e que demosntram que nas suas produçoes poucos conseguem este patamar.

No cast de vozes pouco ou nenhum destaque para alem de uma akwafina que nos da um dragão muito particular e extrovertido encaixando bem no estilo da atriz. Nao e um filme de grandes dotes vocais e mais um filme de historia e entertenimento.


O melhor - A capacidade da disney fazer sempre filmes faceis de ver.


O pior - Nao e uma das obras de referencia


Avaliação - B



The World to Come

 Estreado o ano passado no peculiar e interativo festival de veneza este pequeno filme, uma especie de western acabou por reunir um interessante cast numa especie de brockback mountain do sexo feminino. A formula extremamente parecida com o filme de Ang Lee reuniu aplausos junto da critica mais especializada embora nao tenha propriamente sido um filme de impacto imediato junto do grande publico. Comercialmente o filme acaba por ter marcas residuais expectaveis tendo em conta o tipo de filme em questão.

Sobre o filme temos um tipico filme europeu com actores mais associados a hollywood, temos um filme com poucas personagens, paisagens solitarias, e muitas reflexoes por parte dos protagonistas que acabam por dar ao filme um caracter muito lento que faz principalmente desaparecer as personagens secundarias. E um filme com uma toada amargurada que perdura do primeiro ao ultimo minuto.

O unico ponto onde me parece que o filme funciona melhor e na relaçao central, os silencios, os toques o desenvolvimento da relaçao e bem trabalhada usufruindo do silencio do restante para fazer vincar a sua formula. Mesmo assim tambem neste particular pensamos que a relação deveria ter mais intensidade, mais explosao, algo que nunca tem e continua a nao contribuir particularmente para que o filme adquira algum ritmo.

OU seja um filme pausado sobre a dor, o luto e a forma como o contornar, a diferença entre o sentimento e a vivencia, que o filme acaba por fazer funcionar quase sempre mais em termos de mensagem do que no seu desenvolvimento demasiado parado para o impacto que o filme deseja ter.

A historia fala de dois casais que se encontram numa remota aldeia, dedicando-se a agricultura, ate que se começa a criar uma quimica entre os dois elementos femininos que acabam por contornar a dor passada e a monotonia das relações de ambas.

EM termos de argumento e uma historia de personagem os seus pensamentos, os seus conflitos e as suas reflexoes, fica a ideia que o filme nunca e escrito para grande ritmo e sofre muito com isso mas por outro lado encaixa no estilo de cinema que quer ser.

Na realizaçao Fastvold e mais das realizadoras nordicas a ganhar o seu espaço no cinema global com um elenco de primeira linha. O filme tem uma boa escolha de paisagem para fortalecer ainda mais a mensagem de solidão, depois e realizada com esses atributos na sua mensagem. E uma realizaçao algo simplista e nem sempre com boa gestao de ritmo mas penso que isso e uma opçao.

O excelente cast com alguns dos bons atores desta geração acaba por permitir boas intererpretaçoes principalmente de Waterston, que ainda procura o seu espaço no cinema americano depois de alguns blockbusters, uma Kirby em boa forma, e o apoio de um Affleck sempre intensdo e um Abbot a crescer.


O melhor - A forma como a paisagem trabalha ainda mais a dor das persoangens.


O pior - O seu ritmo quase inexistente


Avaliação - C



Saturday, March 06, 2021

Boss Level

 Estreado em 2020 nos mercados de cinema que ainda resistiram ainda que sem grande visibilidade e agora lançado na maior parte dos mercados com o apoio da Hulu este trepidante thriller de repetiçao de dia acabou por ser criticamente um filme recebido com alguma mediania, e comercialmente as circunstancias limitarem em muito o seu resultado que apenas agora com o Streaming vamos poder perceber o seu impacto.

Sobre o filme podemos dizer que apesar de ser uma ideia gasta., a mesma e bem trabalhada na proximidade ao video jogo, as referências ao arcade, o humor, o estilo, faz com que pelo menos na sua introduçao e abordagem o filme seja uma interessante lufada de ar fresco que acaba por prender o estetador a sua forma e aos seus personagens proporcionando alguma expetativa e tao bem algumas boas gargalhadas.

Depois de entrarmos no estilo e na forma do filme, que sao muito interessante o filme tem muitas dificuldades na sua narrativa em explicar-se a si proprio, nao por ser dificil, mas acima de tudo porque nao ter arte para dar uma argumento interessante ou diferenciado, deixando tudo para as interminaveis repetiçoes, pela incorreçao da sua graça mais propriamente do que pela sua historia.

Mesmo assim numa altura em que nao temos propriamente tido grande acesso a filmes mais diferenciados, resulta aqui um filme diferente, que nos proporciona bons momentos, com uma boa formula, mas com uma deficitaria historia de base que nos serve para animar.

A historia fala de um individuo que acaba por acordar sucessivamente no mesmo dia, seguido por dezenas de assassinos prontos a porem fim a sua vida, sendo que diariamente tudo se repete contudo o mesmo lembra-se de tudo e tem de arranjar uma formula de sobreviver a esse dia.

Em termos de argumento o filme funciona na sua formula e ideologia, mas muito pouco na sua concretização. A explicaçao para tudo o que assistimos e o porquê e muito deficitaria e faz resultar menos um argumento engraçado em termos de forma e acima de tudo do lado rebelde dos seus dialogos.

Carnahan e um realizador que se pensou a determinada altura que ganharia um protagonismo bem maior do que conseguiu. Mesmo assim o seu lado rebelde proximo de Guy Ritchie esta bem patente neste filme, num filme com assinatura propria, que nao sendo propriamente brilhante acaba por ser algo refrescante.

Em termos de cast nao e um filme de personagens muito elaboradas, o lado bruto e rebelde de Grillo encaixam perfeitamente no estilo que o filme quer para a personagem. Ao seu lado parece que Gibson e Watts sao desaproveitados em personagens quase inexistentes, por culpa de um guião que decide ser para o seu interprete.


O melhor - A formula e o humor

O pior - A explicação


Avaliação - B-



Tom and Jerry

 Apostado em tentar reanimar os seus produtos em filmes que tentam abordar por um lado o lado iconico dos seus desenhos animados mas por outro lado tentando implementar o lado tecnologico da evoluçao eis que surge entre outros o liveaction de Tom and Jerry, quer dizer parcialmente liveaction ja que as conhecidas persoangens acabam animadas como sempre as conhecemos. Em termos criticos este projeto que devido a pandemia teve de organizar o seu lançamento nao foi particularmente feliz e comercialmente num momento em que o cinema ainda esta parado os resultados ate que nao foram pessimos.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de um objeto estranho, nao que ja nao tenhamos visto filmes felizes que juntam o mundo real e a animaçao, mas a aposta por ir a estetica original dos bonecos e de todos os animais soa demasiado estranho e encaixa muito pouco no realismo que o filme quer dar.

Por outro lado o fundamento da guerra interminavel entre Tom and Jerry pode funcionar bem em clipes pequenos mas agora alimentar um filme com mais de hora e meia com uma unica premissa, a qual nao e acrescentando para alem de um contexto disparatado e um hotel de luxo e muito pouco nos dias que correm para fazer qualquer projeto com o minimo de ambição funcionar, parecendo apenas uma tentativa de com o minimo gasto tirar algum rendimento.

Assim temos um filme sobre tom and jerry que provavelmente nada acrescenta de significativo a saga. SObra as sequencias tipicas entre ambos e um argumento disparatado com actores com carreiras algo perdidas a procura de algum tempo de antena. Desculpem mas com este fundamento mais vale nao reanimar nada.

A historia segue a luta de Tom and Jerry os quais acabam por se hospedar um luxuoso hotel que se encontra a organizar uma megalomana festa de casamento do casal do momento, mas onde ambos acabam por ir "ajudar" uma nova amiga que se infiltrou como funcionaria de tal unidade.

EM termos de argumento se a premissa da serie por si so e limitada ao maximo de forma a potenciar o humor fisico, no filme nao temos muito mais. O que acrescenta e pouco e quase sempre mal trabalhado e estruturado. O que adiciona para alem do que conhecemos e completamente irrelevante.

Na realizaçao Tim Story e um realizador que teve alguns projetos apreciados em termos de comedia, mas que no momento em que teve para si projetos com mais meios nunca foi propriamente brilhante em termos de resultado, e aqui demonstra mais uma vez essa dificuldade. A escolha de conciliar animaçao simplista e live action nunca e feliz.

NO cast o filme vai buscar alguns atores de uma segunda linha com algumas dificuldades em termos de conseguir algum tempo de antena em filmes mais qualitativos, e que tem papeis simples para um humor facil, que acaba por nada acrescentar a carreira de nenhum dos envolvidos.


O melhor - No final TOm and Jerry


O pior - A ideia nunca resulta


Avaliação - D+



Friday, March 05, 2021

Our Friend

 Existem filmes que tudo aponta para uma boa premissa e um resultado comercial interessante que acabam no arquivo de algumas das maiores produtoras e acabam lançados no meio de muitos. DOis anos depois da sua produçao este filme sobre a perda e sobre a amizade teve a luz do dia sob uma modesta candidatura a premios que nunca se vai concretizar ja que em termos criticos o filme esteve longe de ser bem recebido com resultados muito medianos. Do ponto de vista comercial os resultados foram modestos mas condizente com o plano de remedio que foi o seu lançamento.

Sobre o filme podemos dizer que este e o tipico filme que da forma como explora o sentimento e as emoçoes ao maximo e sempre um tipo de projeto que funciona muito melhor junto do grande publico do que da critica, que podera se queixar de um exagero de cena a cena para potenciar a emoçao facil das suas personagens, contudo devemos sublinhar que o filme consegue essa intensidade num filme sobre um tema sempre dificil como o cancro.

O filme acaba por ser um filme com uma mensagem muito interessante de amizade, redenção e de proximidade de um casal com os seus problemas. Onde o filme parece falhar e quando complica na organizaçao temporal da historia com avanços e recuos e isso muito por culpa de uma nao caracterizaçao das personagens que se mantem quase imutaveis no aspecto e que tira algum realismo ou mesmo alguma objetividade naquilo que e transmitido a cada momento.

Por tudo isto temos um filme que nap sendo uma obra prima e que acima de tudo preocupa-se muito mais em criar emoçao no espetador do que propriamente por o surpreender, mas que consegue ter esse impacto, ainda que com alguma previsbilidade. E um filme com defeitos e objetivos nem sempre muito exigentes mas que os acaba por cumprir.

A historia segue a dinamica de um casal ao longo dos anos e a relação que os elementos vao tendo com um amigo, que se torna o pilar da familia quando a trajedia da doença entre dentro daquela dinamica.

Em termos de argumento e um filme com uma bonita historia baseada em factos reais que o filme aproveita para lhe dar a maior dimensao emocional possivel. Em termos de originalidade e mais do mesmo, um filme mais escrito com o coraçao do que com a cabeça.

Na realizaçao Cowpertwhite tem aqui o seu segundo filme, e o resultado tem o lado feminino da emoçao mas perde-se muito na opçao pelos constantes saltos temporais que a realizaçao nao lhe consegue dar a objetividade perfeita. Isso pode ser um erro de falta de experiencia mas so o futuro podera dizer que tipo de grau atingira a realizadora no cinema, aqui parece ser a parente pobre.

O filme reune um cast interessante que encaixa bem uns nos outros, parece-me que o maior destaque vai para um Aflleck que funciona como poucos no drama puro e a sua personagem e muito bem conseguida, num actor com muita qualidade mas ainda com poucos filmes. Ao seu lado uma Dakota que poderia brihar mais pois o papel pede isso, e que nem sempre consegue aproveitar, e um Segel demasiado preso a comedia, que funciona apenas em alguns espaços, ja que noutros exigia mais competencia dramatica.


O melhor - O filme consegue comunicar sentimentos com o espetador.


O pior - os saltos temporais


Avaliação - B-