Tuesday, December 31, 2024

Lord of the Rings: The War of Rohirrim

 Depois do regresso da saga de senhor dos aneis na serie da Prime foi anunciado um regresso as salas do cinema, mas desta vez numa versão de animaçao, que deixou os fãs da serie com aguas na boca, ja que iria ser a adaptação das curtas historias de Tolkien novamente sob a batuta de Peter Jackson na produção. Apos as primeiras visulizações percebeu-se que o filme não iria agradas a maioria dos fãs, esse ponto associado a uma animaçao demasiado tradicional acabou por levar o filme a um rendimento muito aquem do esperado em termos comerciais.

Sobre o filme desde logo o primeiro apontamento que surge é como é possivel nos dias de hoje, com o desenvolvimento tecnlogico que tem que estar ao dispor das maiores produtoras, alguem tenha achado que este tipo de animaçao anos 90 poderia ser a melhor escolha para um impacto visual que normalmente um filme do senhor dos aneis tem que ter. Penso que isso, associado ao facto de termos um filme longuissimo para animaçao começam por ser os primeiros problemas do filme.

A  historia em si parece bem montada, o poder como uma forma de alterar as relações com os temas tipicos da saga como heroismo, ambiçao, dignidade, a questão e que tudo tem muito pouco do senhor dos aneis, para alem de alguns nomes de terras e o final, onde surge as personagens que conhecemos e pouco mais, este filme poderia ser um filme produzido pela asia de animaçao, ainda que com um estilo mais tradicional.

Por tudo isto parece que o dinheiro foi mais facil do que propriamente a capacidade de pegar na historia e fazer algo diferenciado. Não obstante deste vetor, e do erro total na roupagem produtiva que o filme quer ter, acaba por ser uma interessante historia de ação, sob conquistas e mundos, mas que fica a ideia que nada ou pelo menos pouco tem a ver com o que conhecemos de senhor dos aneis.

A historia segue uma jovem filha de um rei que percebe que o seu melhor amigo de infancia desenvolve uma rebilião de forma a colocar em causa a sua familia e o reinado do seu pai depois da morte do pai do mesmo.

O argumento e simples na base e talvez tenha dificuldade em alimentar um filme com mais de duas horas de duração. poucos elementos puros de senhor dos aneis, mas uma historia simples, razoavelmente montada, nao tivesse um carimbo de pese no nome.

No que diz respeito a realizaçao, Jackson ficou apenas na produçao, acabando o leme por ser entregue a Kamyiama um experiente realizador de animaçao japones que foi em busca do lado mais tradicional que nos parece redutor num filme com o tamanho e o nome deste. Esta escolha parece ter condicionado bastante a realizaçao comercial do filme.

No cast de vozes o filme trabalha bem, embora as personagens nao sejam propriamente muito dependentes dos seus interpretes, A imponencia de Brian Cox acaba por ser o aspeto mais sublinhado, mesmo que fique a sensação que outros atores de maior renome poderiam dar uma dimensão mais comercial ao filme.


O melhor - A historia em si, tem os elementos necessários para um filme competente

O Pior - A escolha pela animaçao tradicional


Avaliação - C

Monday, December 30, 2024

Sonic the Hedgehog 3

 Foi incrivel o que o cinema fez pela forma como a figura de Sonic se tornou num mito nos mais pequenos os quais seguem fielmente as personagens e as aventuras e que fizeram dos primeiros filmes sucessos de bilheteira. Em pleno natal e para os mais pequeninos surgiu o terceiro episodio com a mesma equipa dos primeiros filmes mas com algumas implementações como Keanu Reeves a dar voz a Shadow o novo ouriço do universo. Criticamente o filme foi de encontro ao que os anteriormente conseguiram sendo que comercialmente, mesmo apostando numa fase do ano onde a competição é feroz podemos dizer que os primeiros resultados voltam a tornar o filme um sucesso claro.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo procura rapidamente ir de encontro aos fas da saga com os temas comuns, com mais palco para a personagem de Eggman, com a introduçao inicial do novo ouriço, e depois entre um humor original nos momentos em que o filme quer ser engraçado e a ação clara, com muitas homenagens a filmes de espionagem em diversas localizações nao fosse o filme uma grande produçao de estudio.

E obvio que o filme nao e particularmente inovador no seu arco narrativo, como ja tinha acontecido no segundo filme rapidamente as personagens mudam de lado, e o filme segue com mais elementos. Fica a ideia que em termos produtivos o filme aposta mais mas o resultado final e eficaz para os mais pequenos sendo que os maiores tambem gostam de algumas piadas soltas do filme.

Por tudo isto Sonic e um bom franchising que dinamiza mais do que esperado aquilo que podemos ver do personagem dos videojogos e os seus amigos. O liveaction funciona porque encontrou em Carey a sua figura de proa, que acaba por ser o easteregg de todo o filme, que alimenta a curiosidade e tambem o entertenimento puro dos mais pequenos.

O filme segue o grupo criado no segundo filme, agora como antagonista um ouriçio com um passado pesado, com sede de vingança, junto de um antepassado conhecido. O filme faz com que o grupo tente desmobilizar os planos malevolos de tal dupla.

O argumento do filme acaba por ser capaz na sua capacidade de criar as dinamicas de açao, e funciona também na forma simples com que consegue ir buscar um humor original, com tiradas bem introduzidas a maior parte das quais bem transmitida por um sempre eficaz Carey.

Na realizaçao Jeff Fowler é o pai de Sonic, que para alem dos tres filmes ja nos trouxe uma serie. Ele sabe o que a populaçao quer do filme e gere isso bem. Depois de alguma dificuldade a acertar com o boneco surpreendeu pela sua capacidade de fazer eficazes filmes de açao e comicos, nao o conhecemos sem Sonic, mas e sem duvida um sucesso seu.

O cast de vozes nao é possivel ser aqui avaliado pelo facto de ter novamente visto a versão dobrada. No live action temos o habitual show de Carey que regressou da reforma para a sua ultima personagem mais iconica, onde volta a ser construida no seu encaixe, e desta vez em dose dupla.


O melhor - O humor solto do filme.

O pior - E um filme que tem uma historia demasiado proxima do segundo filme


Avaliação - C+

Sunday, December 29, 2024

Werewolves

 Num mês em que o cinema está em polvorosa a todos os niveis, não só comercialmente com os exitos de natal mas também criticamente com os filmes com ambições a premios, eis que surge um filme com objetivos longe dos dois planos, um claro serie B violento, protagonizado por um Frank Grillo que expressa este tipo de cinema atualmente. Do ponto de vista critico o filme atingiu a mediania provavelmente em face de uma expetativa naturalmente baixa para este tipo de registo. Comercialmente Grillo não é uma figura de primeira linha pelo que o resultado acima do milhão pode ser considerado no minimo consistente.

Sobre o filme podemos dizer que a base do filme é serie B e a sua execução se calhar nem nivel tem para esse parametro cinematografico. Tudo começa pela premissa que transforma humanos em lobisomens nas noites de lua completamente cheia. Depois todo o percurso de transformaçao em que o filme tenta dar algum espectro cientifico que rapidamente se percebe não ter qualquer cabimento para funcionar minimamente, e tudo isto leva a um filme mediocre, chegando a ser mau principalmente pelos pessimos efeitos especiais que tem.

A base e a esperada, um grupo de pessoas boas a tentar arranjar uma solução para um grande problema acabando com uma luta contra alguém com uma forma diferente de resolver os problemas. A questão e que o filme faz diversas tentativas de racionalizar um projeto que nunca o poderia ser. E para alem disse também tecnicamente o filme expõem demasiado a transformação, nunca conseguindo ser minimamente credivel.

Ou seja um mau filme de estudio pequeno, que aproveita algum conceito de Grillo como heroi de ação para uma distribuição mais wide, mas que o resultado e um serie B, sem grande ideia, executado com deficiencias, mas mais que tudo um filme para encher cartaz e pouco mais.

A historia segue um conjunto de cientistas apostado em impedir que a transformaçao de seres humanos em lobisomens ocorra, quando se aproxima mais uma lua cheia, que conduz a um estado de sitio um pouco por todo o mundo.

A ideia do argumento está longe de ser brilhante e a sua concretização tem o mesmo problema. O filme nao tem personagens, não tem particularmente ideias diferenciadas, e procura o lado mais violento já que o argumento não consegue impactar o seu lugar.

Na realizaçao temos Steven C Miller um realizador de filmes de segunda linha a maioria dos quais para aluguer direto que conseguiu aqui uma melhor distribuição, sem que isso consiga dar ao filme qualquer tipo de diferenciaçao ou assinatura, para alguém que nos parece criado para a base dos seus filmes anteriores.

No cast Grillo tornou-se isto, um ator musculado, para filmes agressivos e violentos e pouco mais. Aqui é mais do mesmo sem que o filme faça qualquer tipo de tentativa de ser minimamente diferente.


O melhor - A curta duração.

O pior - Os efeitos especiais

Avaliação - D

Saturday, December 28, 2024

Carry-On

 A Netflix apostou forte nesta epoca de natal num filme de ação, em contexto natalicio que tem como total inspiração a forma como Die Hard nos anos 80 se tornou num classico imediato de natal. Comercialmente o maior sucesso da aplicação, acima de tudo potenciado pela data de lançamento, criticamente as coisas tambem correram bem a este filme de ação rapida num contexto fechado, que se tornou no sucesso mais mediatico do ano da Netflix.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme de ação simples, um acontecimento, um espaço, e um heroi no sitio errado a hora errada. O problema do filme é que o seu protagonista nunca consegue ser minimamente um convincente heroi e o filme sente muito essa dificuldade. Para alem do mais muitas vezes conseguimos nutrir alguma maior simpatia e reação pelo temivel vilao mais do que pelo heroi o que demonstra que neste particular pelo menos o filme nao consegue balançar o lado emocional.

A função de entertenimento é cumprida de forma simples, nao e daqueles filmes com grandes narrativas, dialogos ou mesmo com uma intriga por tras muito densa. SObre este aspeto fica a ideia que o filme desiste de a tentar explicar preferido que esta seja declaradamente indiferente do que propriamente permitir que o filme perca muito tempo neste aspeto.

Por tudo isto Carry On e um filme que ocupa espaço, que deixa o espetador minimamente associado a sua historia, mas esta longe de ser um grande filme em qualquer um das suas vertentes, mesmo quando comparado com blockbusters semelhantes. Fica a ideia que muitas das coisas sao impossiveis, e que principalmente na personagem central existe muita coisa que fica pelo caminho.

A historia segue a vida de um aeroporto e um desiludido guarda do espaço, que de repente vê-se envolvido numa ameaça global, em que ou compactua com as ambiçoes do terrorista ou tudo o que ama se perde.

O argumento do filme  um classico de açao, um espaço, um inimigo desconhecido com um controlo total do espaço, e uma corrida contra o tempo. O filme explica muito pouco as motivaçoes, o filme perde pouco tempo nas personagens e dialogos, isso da-lhe um caracter imediatista, mas tira-lhe dimensao.

Collet Serra e um realizador dedicado a este tipo de filmes que teve na colaboraçao frequente com Liam Neeson O filme tenta arriscar mais numa sequencia de estrada mas e pouco naquilo que tenta ser o cunho pessoal do realizador para o filme. Parece mais um tarefeiro de Hollywood do que outra coisa qualquer.

No cast Egerton parece ter perdido nos ultimos dois anos algum do conceito de ator do momento que teve ate então, e este filme exibe esse baixar de forma numa personagem, cinzenta, pouco empatica bem diferente do que ja tinha feito mesmo no genero. Bateman com vilao e arriscado, principalmente porque o associamos sempre a uma figura simpatica, dai que este balanço nao vai de encontro ao que o filme espera.


O melhor - A forma como o filme e imediato nos seus momentos.

O pior - As personagens


Avaliação - C

Friday, December 27, 2024

Red One

 Os grandes estudios gostam de apostar sempre na epoca natalicia com os mais diversos generos, e a MGM jogou forte este ano com um filme de ação natalicio, cuja estrategia de lançamento foi algo duvidosa, ja que nos pareceu demasiado grande para a estrategia inicial de ir diretamente para a Prime, sendo que a razoavel carreira comercial acabou por provar que a primeira instância era errada, não obstante de criticamente o filme ter sido um desastre.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme de ação adaptado com as figuras conhecidas do Natal, e facilmente se percebe que isso não combina e o filme acaba por nunca conseguir sobreviver a tantas diferenças de conteudo, mesmo com as roupagens que tenta dar aos elfos e ao pai natal, o filme é sempre mais um filme de açao de The Rock, e dos maus, do que propriamente outra coisa qualquer.

O filme ate começa bem, mesmo no que diz respeito ao efeito natalicio que se espera para todos os filmes com este tema. Fica mesmo a ideia que é este ponto que acaba por ser mais funcional neste tipo de registo. Mas rapidamente com o sequestro do pai natal tudo muda, acabando por ser mais um filme de monstros do que propriamente outra coisa qualquer.

Assim temos um filme de ação de bilheteira rapida mas que tem dificuldade em ser a comedia de açao que The Rock melhor encaixa, porque o filme basicamente não tenta sequer ser engraçado, mas também fica a ideia que a base do mesmo é extremamente estapafurdia para funcionar no registo de ação, e quando assim o é, o filme acaba por ficar a deriva numa mega produçao, onde tambem os efeitos poderiam, e deveriam ser mais realistas.

A historia fala de um burlão que acaba por estar envolvido sem perceber num esquema, que nada mais é do que a tentativa de sequestro do pai natal. Isso leva-o a um contacto com o chefe dos elfos e a sua ajuda para se resgatarem não só o pai natal mas a propria festividade.

O argumento não encaixa, um filme de ação com as personagens de natal, não é propriamente a fusão mais indicada ou que melhor potencia o espirito. Fica a sensação que um filme deste genero deveria ser mais leve, e não o consegue ser, essencialmente porque aposta pouco no lado comico e mais nas curiosidades.

Na realização Jake Kasdan, funcionou bem na revolução de Jumanji, depois de um inicio de carreira mais rebelde. Aqui temos um registo de produçao elevada, mas que nem os efeitos nem a propria abordagem acaba por ser minimamente diferenciada. Depois do que vimos em Jumanji esperariamos um objeto comercial mais trabalhado.

No cast o filme vai para a base dos seus interpretes, The Rock num papel mais silencioso, Evans como o rebelde tipico dos ultimos papeis, e Simmons como um pai natal fit, mas pouco mais do que isso,  e do aspeto visual que ambos entregam aos papeis.


O melhor - Os ultimos dez minutos onde o filme recupera algum espirito

O pior - Uma fusão de generos que não funciona


Avaliação - D+

Tuesday, December 24, 2024

The Six Triple Eight

 Numa colaboração cada vez mais frequente eis que Tyler Perry surge com a sua obra sequente, de uma carreira totalmente destinada as vivencias dos afro americanos nos EUA que conseguiu agora com a netflix ter um veiculo de chegada ainda mais proximo. Este e se calhar o filme mais arrojado do realizador principalmente pelo lançamento em plena temporada de premios mas acima de tudo por tentar entrar no sempre impactante tema da 2 guerra mundial. Criticamente as coisas ficaram pela mediania, mas comercialmente e principalmente nos EUA Perry tem sempre uma palavra a dizer.

Sobre o filme é facil perceber que Perry nao e um cineasta de primeira linha, que os seus filmes sãpo basicos e essencialmente traduzidos em frases curtas, cliches e personagens standartizadas, do qual este filme nao foge, nao obstante de ser um filme sobre elementos concretos de uma coorporação da 2 guerra mundial.

CLaro que o filme tem os esteriotipos todos, o facto de ser um grupo de mulheres, afro americanas, leva ao lado da antitese de personagens monocordicos, pouco trabalhados, e exagerados que acabam por ser aquilo que Perry é no cinema, desgaste rapido das suas historias e acima de tudo tudo pelo expectavel da novela da tarde do primeiro ao ultimo minuto.

Por tudo isto fica a clara ideia que temos algo de diferente, que temos um Perry mais arrojado nos seus projetos, principalmente numa ligaçao comercial que tem tirando alguns dividendos localizados a netflix, mas que em termos de concretização do cinema continua a ser pobre, nao obstante de mais meios e melhores atores ou temas mais impactantes.

A historia fala de um batalhao concreto presente na 2 guerra mundial, na armada americana que se traduziu num conjunto de mulheres afro americanas que tinha como objetivo direcionar milhoes de cartas enviadas pelos soldados em guerra para as suas respetivas familias.

O argumento tem como aspeto mais interessante a base factual do filme. Nao e propriamente o lado mais visivel, mas fica bem a homenagem, mesmo que ela tenha sido feita num filme recheado de cliches, previsivel e pouco original em todos os seus momentos.

Perry nao e claramente um realizador de primeira linha, tem um publico concreto e um estilo de filme que segue sempre, independentemente do tema ou do estilo. Temos tudo pelo basico, pouco risco, e acima de tudo uma novela longa, terreno onde cresceu como criador.

No cast temos atores mais conceituados ainda que alguns em simples cameos. Washington perdeu algum espaço na primeira linha e encontrou aqui, numa personagem com os seus tiques. Nas secundarias quase desconhecidas a espera do momento Perry ou de se tornarem comuns nestas colaboraçoes.


O melhor -  A homenagem em si.

O pior - Nao sair do registo Perry


Avaliação - C-

Blitz

Anunciado como o grande trunfo da Apple + para os Oscares este filme que reunia ao mesmo tempo alguns vetores da segunda guerra mundial, mas também uma questão racial, chamou a atenção durante a produção, desde logo por ter ao leme um realizador conceituado e um elenco de primeira linha. Apos as primeiras exibiçoes percebeu-se que apesar das boas avaliaçoes o filme poderia nao conseguir se impor na temporada de premios. Tambem a estrategia de lançamento imediato na aplicação nao foi a melhor para a carreira comercial do filme.

Sobre Blitz podemos dizer que o filme quer ser demasiadas coisas ao mesmo tempo para na essencia ser um conjunto de sequencias isoladas. Fica a ideia que muito fica por contar, nas personagens, na forma de reagir das mesmas no genero que quer assumir. A questão racial e musical e introduzida mas nunca e contextualizada parecendo mais clipes publicitarios do que propriamente um apontamento artistico do filme.

Por outro lado o filme funciona melhor na sobrevivencia do personagem e acima de tudo na parte final em que o filme ganha dimensao visual, porque ate la o ritmo lento e acima de tudo percebermos que o filme nos mostra quase tudo demasiado rapido do que vai ser soa a pouco, principalmente para um filme com um panfleto desta dimensão.

Blitz e por isso, para mim uma das desilusões do ano, fica a clara ideia que Mcqueen sobrepoem a questão da necessidade do apontamento politico racial como marca de agua de um filme que é mais global perdendo-se em apontamentos desajustados do filme, nos momentos em que talvez as personagens deviam se expor mais ao filme, acabando por ser uma obra lenta e acima de tudo que quando acorda ja estamos perto do fim.

A historia fala de um jovem negro que tem que se separar da mae em pleno ataque nazi a inglaterra de forma a preservar a sua segurança, mas o mesmo acaba por fugir do comboio tentando reencontrar a sua mae em claro clima de guerra.

O argumento do filme fica a ideia que tinha muito mais para dar sobre as personagens e mesmo sobre o contexto global das mesmas. Existe demasiados momentos do filme em que temos interludios musicais que acabam por interromper uma historia ja de si algo denunciada.

Mcqueen e um bom realizador que perde neste filme por tentar juntar coisas cuja ligaçao nao e a maior tirando impacto de ambos os momentos. Fica também a sensação clara que quando acorda para o lado visual mais impactante o filme esta demasiado perto do final, mas nao deixa de ter esses momentos.

O elenco dominado pela sempre forte Ronan parece ter colocado algumas barreiras ao crescimento da sua personagem, embora seja o elemento dominante do flilme. O pequeno Elliot Heffernan e introduzido com qualidade embora fique sempre a ideia que a personagem poderia ter sido mais potenciada.


O melhor - Visualmente os ultimos dez minutos.

O pior - Demasiadas misturas para o impacto desejado


Avaliação - C

 

Friday, December 20, 2024

Flow


 Num ano em que as grandes produtoras de animação surpreenderam com o regresso a bons filmes, existe um pequeno filme europeu de animaçao, silencioso que se intrometeu nesta luta. Falo deste pequeno Flow estreado no festival de Cannes com excelentes criticas e que agora disputa os premios de melhor filme de animaçao do ano com autenticos blockbusters. Comercialmente sem um filme curioso os resultados foram competentes pese embora seja um pequeno filme sem dialogo.

Sobre o filme podemos começar por analisar o projeto, a animaçao é diferente sem que o realismo seja um dos pontos maiores do filme, mas acaba por dar ao filme o impacto emocional que ele quer ter, principalmente quando associado a um bom som e acima de tudo uma boa produçao artistica. Fica a sensação que o filme consegue ser mais emotivo do que propriamente uma historia diferenciada.

Eu sinceramente tenho muita dificuldade em elogiar em demasia um filme sem grande historia, que funciona mais na empatia e na sensação do que propriamente num filme que conta algo. Parece favorecer o territorio critico do filme o seu estilo, a sua origem mais do que propriamente o seu resultado.

Assim e mesmo considerando que estamos perante um filme de animação no seu estilo diferente, num filme que premia o silencio ou pelo menos o deixa comunicar, fica a ideia que num ano tao forte de animação este filme e claramente inferior na maior parte dos niveis, contudo existe sempre quem goste de projetos mais pequenos e o filme acaba por o ser.

A historia segue um gato que começa presseguido por uma matilha de cães mas que acaba por iniciar uma jornada com diferentes animais por sitios surpreendentes e com diversos obstaculos a sobrevivencia, mas mais que tudo ao companheirismo.

O argumento e simples, nao tem uma historia para alem da jornada e da forma como os personagens começam a interagir entre si. Nao tem dialogos sendo que a narrativa e o plano acaba por ser a direção que o filme quer ter para si.

A realizaçao a cargo do letão Zibalodis, acaba por ter um caracter estetico muito proprio, nao e propriamente muito diferenciado mas tem o seu estilo. Depois do sucesso do seu primeiro filme acaba aqui por ter o seu sucesso mor e o reconhecimento pode colocar este autor de cinema de animaçao das entrelinhas do cinema global

Uma vez que e um filme sem voz nada podera ser analisado no que diz respeito ao seu cast


O melhor - O som do filme.

O pior - Pode ser demasiado by the line


Avaliação - C+

The Seed of the Sacred Fig


 Numa altura em que os principais candidatos a melhor filme internacional começam a prefilar-se com estreias e acima de tudo aproveitando os bons desempenhos nos maiores festivais, este filme alemão, mas claramente uma produçao iraniana tem ganho algum protagonismo pelas boas criticas, mas acima de tudo pelo misterio do seu realizador o qual se encontra de momento em parte incerta para fugir a lei do seu pais. Comercialmente o filme nao foi particularmente feliz nos EUA, mas no resto do mundo as coisas ficaram mais compostas.

Sobre o filme podemos começar por dizer que temos um filme que conhece a realidade do irão, não querendo ser o filme sobre o fundamentalismo religioso, começando por dar uma perceçao de liberdade que vai caindo com o filme e com a dinamica narrativa, a qual acaba por ser na maior parte das vezes algo lenta sem que a historia em si consiga aguentar as quase três horas de duração.

O ponto que melhor funciona acaba por ser um aspeto aparentemente secundario na organização do filme que é a diferença da geração sobre o poder, na forma como as diferentes mulheres reagem ao poder e as regras sistematizadas. O filme trabalha bem isso, e os dilemas e exageros da personagem central. Funciona bem pior porque tem alguma dificuldade em organizar as personagens.

Por tudo isto e tendo em conta que o filme aparece mencionado como um dos favoritos, e importante dizer que nos ultimos anos temos visto filmes muito mais competentes nesta competiçao. Parece curto que a ideia que o filme tem de trabalhar o lado mais atual de uma sociedade fechada consiga por si so valorizar um filme longo de ritmo algo lento.

A historia segue um delegado da policia iraniano, contratado para impor uma ditadura politica e a forma como o mesmo tenta conjugar a sua vida profissional com a familia consituida por mulheres onde as mais novas lutam pela sua liberdade, tudo se intensifica quando a sua arma e objeto de honra desaparece.

O argumento não é brilhante, é um filme quase sempre monocordico, mesmo nas discussões fica a ideia que o filme distancia demasiado as personagens o que nao o faz até então. E claramente um filme com um vinculo politico interessante mas não e uma abordagem que se diferencia de forma positiva do que ja foi feito.

A realizaçao esta a cargo de Rasoulof um foragido politico pessoa non grata no Irão que conhece a sua origem, e sabe a trabalhar para ter o impacto desejado. Reconhecido em festivais maiores sublinha-se pela sua componente politica mais que artistica.

No cast um conjunto de atores locais que encaixam naquilo que o filme lhes pede. A melhor interpretaçao acaba por recair na dualidade de Akhshi uma total desconhecida que da ao filme o realismo que ele quer


O melhor - O testemunho politico


O pior - A forma como o tempo e demasiado longo para uma narrativa tao comum


Avaliação - C+

Tuesday, December 17, 2024

Dear Santa

 Aproximando-se a altura de natal, ficou a sensação que a Paramount, essencialmente na sua aplicação Paramount + quis entrar na onda com um filme sobre um pai natal peculiar num filme rebelde sobre o natal. O resultado comercial da aplicação é ainda curto e não me parece que um filme como este consiga ser propriamente ancora. No que diz respeito a receção critica os resultados foram bastante negativos o que também não ajudou o que o filme poderia valer do ponto de vista comercial.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme juvenil, que começa bem pela fisionomia e pelo realismo que os personagens menores acabam por dar ao lado menos adaptado da adolescencia, mas que depois temos apenas Black a ser Black, um humor fisico, preso a duas ou três caretas do ator, que acaba por um fim idilico sem qualquer tipo de sentido.

Mas o grande problema do filme acaba por nem ser a narrativa tipica de rebeldia carinhosa para ser o humor, o filme essencialmente não tem graça. E se Black ganhou algum impacto no seu Bowser, esteticamente é so estranho, ja que os seus movimentos, ou mesmo as suas caras acabam por ser mais asustadores do que comicas, sendo a ida ao inferno um apontamento ainda pior para aquilo que o filme quer ser.

Enfim um projeto juvenil de natal de pouca qualidade que se calhar tem que ser pensado, e bem, pela Paramount, no sentido de ser analisado se a forma que a produtora tem tido de escolher os filmes para a sua aplicação tem sido a melhor. Temos um filme sem grande sentido, sem graça, que as opçoes para fazer o lado emocional funcional, sem exageradas, e onde apenas o lado comercial acaba por ser mais trabalhado, com a aposta em Post Malone no proprio filme.

A historia segue um jovem com dislexia, marcado pela tragica morte de um irmão, que acaba por se enganar a escrever o nome do pai natal, evocando Satanas na sua carta. Eis que ele aparece concedendo tres desejos ao menor.

O argumento do filme não tem sentido, mas mais preocupante que tudo isso é que não tem qualquer graça do primeiro ao ultimo minuto, temos quase sempre um filme que se procura humor fisico, um filme que mesmo no que diz respeito a riqueza moratoria, e pouco trabalhado, ou seja um mau filme que começa neste ponto.

Na realizaçao Bobby Farrely foi quem mais sofreu depois da separação do irmão com comedias que falharam que levaram a televisão. Fica a sensação que o filme do ponto de vista estetico arrisca zero, deixando Black funcionar, mas isso e curto principalmente para alguem que tem no curriculo alguns dos melhores filmes comicos das ultimas duas decadas.

No cast Black e caras e movimentos, sem que isso comicamente seja de grande funcionalidade, ganhou alguns pontos recentemente na voz qué acaba por ser o que mais expressivo ainda vai tendo. nos secundarios jovens com papeis muito definidos mais nada mais,


O melhor - Trabalhar a dislexia num filme

O pior - A forma como o filme se perde nos maneirismos de Black


Avaliação - D+

Sunday, December 15, 2024

Conclave

 Desde o primeiro momento em que foi anunciado, e mesmo após as primeiras visualizações rapidamente este drama sobre a decisão sobre o novo Papa tornou-se num favorito a temporada de premios, quer pelo tema, pelo realizador e acima de tudo pelo magnifico cast reunido. Depois da estreia e pese embora as criticas muito favoraveis ficou a ideia que as nomeaçoes poderão ser o melhor que o filme podera conseguir, mesmo que comercialmente o filme ate tenha obtido resultados razoaveis.

Conclave é um filme que começa bem em todos os detalhes tradicionais da morte de um papa e o inicio de todo o processo, é detalhado, é muito forte do ponto de vista estetico e de promenor, colocando o lume certo para aquilo que vem em seguida que é a intriga da decisão. Aqui o filme nao começa com um ritmo elevado, percebe-se dia a apos dia que o filme vai adquirindo ritmo, e a escolha de tornar mesmo o espetador externo ao que se passa no exterior acaba por ser uma opção inteligente de um filme competente.

O problema do filme é o exagero do seu final, que o torna completamente invermosivel, quer na decisão, mas acima de tudo na parte final de um apontamento que acaba por ser irrelevante naquilo que o filme quer, a nao ser um surpresa final, mas que no final pouco ou nada tras para o desenvolvimento do filme. E obvio que o filme e bem trabalhado em quase todos os seus elementos, como interpretaçao, realização e banda sonora, mas fica a ideia que quer o final, e mesmo o ritmo algo lento do inicio do filme nao o tornam uma obra singular.

Por tudo isto, e sendo praticamente adquirido que Conclave sera um filme chave nas nomeaçoes para premios, fica a ideia de um bom filme que nunca consegue ser excelente tirando a interpretaçao central, do sempre competente Fiennes. A intriga parece sempre mais de um filme compercial do que propriamente de um filme com ambiçao a premios, onde o final nao permite o impacto que se calhar todos pensaram que poderia ter.

A historia do filme e bastante facil de sumariar, apos a morte de um papa, os cardeais juntam-se para tentar escolher um novo, no processo tipico de conclave e todas as jogadas e promenores associados a essa mesma escolha.

O argumento do filme demonstra trabalho no estudo de como tudo ocorre ao promenor. Na intriga politica central, ja vimos melhor embora o filme seja competente no problema e acima de tudo na forma como as personagens os encaram. O final parece despropositado porque acima de tudo torna-se quase so uma surpresa sem grande impacto.

Berger tinha surpreendido o mundo do cinema no seu filme anterior. O realizador alemão que tinha surpreendido esteticamente num filme de guerra volta a ter essa cautela e qualidade estetica neste filme, num dos prismas que melhor funciona no filme. Provavelmente vai conseguir novamente muitas nomeaçoes para premios numa carreira ate ao momento muito interessante 

No cast temos uma excelente construção de Fiennes o qual se apresenta num momento de forma brutal que se calhar ja justificaria um premio que lhe foge há diversos anos, pese embora nao seja o seu melhor papel. O cast é eficaz embora seja sempre Fiennes que o domine.


O melhor - Entrar no sempre misterio do conclave

O pior - O final torna o filme pouco ou nada realista


Avaliação - B

Saturday, December 14, 2024

We Live in Time

 Em pleno outono eis que pela mão do Studio Canal surgiu o filme romantico do ano, com uma dupla de atores em boa forma, o filme surgiu para uma vertente comercial embora com disfarçadas aspiraçoes criticas tendo em conta o momento em que estreou. Comercialmente o filme ficou-se pela mediania que impediu grandes ambiçoes na temporada de premios, sendo que por sua vez comercialmente os resultados tambem nao foram brilhantes principalmente tendo em conta o bom momento mediatico de ambos os protagonistas.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme romantico sobre personagens e sobre a perda. E um drama emotivo que acaba por cometer o mesmo erro que ultimamente tem sido sistematico que é o fracionar temporalmente com avançoes e recuos na linhagem temporal, sem que isso seja particularmente bem contextualizado, levando o espetador a ter que pensar sempre onde está em vez de reagir emocionalmente aquilo que o filme lhe quer proporcionar.

A historia e simples no plano romantico, proximo do que muitos outros filmes ja fizeram, deixando algumas despesas aquilo que fosse a quimica entre a dupla de protagonistas. Esta acaba por ser satisfatória sem ser explosiva, mas neste ponto o lado rebelde de Pough sempre presente pode nao ter ajudado o impacto da dupla. Em determinados momentos o filme toca em opçoes interessantes embora não procure muito esse debate nas personagens.

POr tudo isto temos um mediano filme romantico, que no final nao nos da particularmente nada de novo, a nao ser a indecisões de quem ve o fim de vida proximo, mas mesmo neste plano o filme acaba por o deixar para um segundo plano, talvez com a sensação que o pudesse tornar muito pesado. Assim temos um filme romantico simples, dramatico, com atores de primeira linha mas que tem dificuldade em se diferenciar do que ja foi feito.

O filme fala de dois jovens, um recem divorciado e uma rebelde chefe de cozinha e a relaçáo que começa a existir entre eles com avanços e recuos e com o marco de uma doença oncologica que os faz colocar questões sobre as suas decisoes de vida.

O argumento do filme e conhecido, nao tem na sua concretização nada de particularmente diferente. Fica a ideia que o filme tenta fracionar-se temporalmente para nao ser tao dramatico, mas tambem fica ideia que existia espaço para mais originalidade nos dialogos ou mesmo naquilo que são os momentos das personagens e os seus debates.

Crowley foi um realizador que surpreendeu o cinema com a beleza de Brooklyn mas que depois falhou em toda a linha com Pintassilgo. Aqui e depois de uma passagem pela televisao tenta ganhar novamente a atençao no terreno onde funciona melhor, ou seja no lado romantico, embora o filme nao seja propriamente muito trabalhado na componente estetica.

SObre os interpretes ambos sao muito presos aos seus maneirismos, que funcionam se a personagem se encaixar no estilo, mas que os torna quase sempre parecidos, sendo claramente mais vincada essa rigidez em Garfield. Pough tem mais intensidade mas o papel merecia alguem mais suave para encaixar melhor na dupla.

O melhor - As questoes que coloca sobre como reagir a doença

O pior - A fraçao temporal em moda nem sempre nos parece funcionar


Avaliação - C+

Friday, December 13, 2024

Here

 Tom Hanks e Robin Wright dirigidos por Robert Zemeckis, são por si só motivo de elevar a expetativa ja que a ultima vez que tiveram juntos surgiu um dos filmes mais originais e brilhantes da historia do cinema, e pelo trailer o experiente realizador apostava fazer novamente algo diferente, num filme que tinha como principal protagonista um espaço concreto de uma sala. A critica no entanto não foi particularmente convencida com este peculiar filme e abordagem conduzindo a avaliaçoes distintas. Esta falta de fulgor critico acabou por condicionar tambem o percurso comercial do filme que se tornou num claro floop de bilheteira.

A primeira coisa que me faz sentir o filme, é que a ideia, a realizaçao e os presentes fazem com que o espetador tenha muita vontade de gostar do filme, mas rapidamente se percebe que algo nao vai correr bem. A decisao que pior funciona no filme e que acaba por ter impacto do primeiro ao ultimo minuto acaba por ser a confusao temporal, de avançoes e recuos, eu compreendo que Zemeckis na maquete tivesse o ponto de uniao entre as cenas mas isso está longe de se tornar evidente no filme e isso torna-o quase sempre estranho e difuso, mais do que eficaz.

Apenas na parte final e com a continuidade das personagens e com um caracter mais temporal o filme consegue ser mais funcional, mas emotivo, consegue ir buscar a beleza que efetivamente tem na realizaçao e na originalidade da ideia, mas isso não consegue ultrapassar a mais de uma hora de um cinema desligado, com bons atores, com as tecnicas digitais que tao bem, desde cedo Zemeckis usou, mas o coração chega demasiado tarde a um filme que se calhar se fosse mais simples teria certamente mais impacto.

Por tudo isto Here não sendo um mau filme, devendo premiar-se a originalidade e a beleza da realizaçao, e um filme que sabe a pouco, é um filme que desprediça muito da sua força numa confusao temporal que avança e recua, sem que isso acabe por ter grande significado. Para alguem tao experiente como Zemeckis por vezes a simplicidade poderia fazer força, mas ele sempre gostou de saltos narrativos entre o tempo, mas este nao foi propriamente eficaz.

A historia centra-se numa casa, mais concretamente numa sala e nos diversos eventos que por ela passaram ao longo do tempo, com diferentes gerações, momentos e festas, sempre no conceito de familia.

A ideia central do argumento é muito interessante e original, a questão acaba por ser que a historia em si não é propriamente significativa e a forma como foi partilhada deixa que o filme seja quase sempre clips insignificantes. No fim ganha algum coraçao quando pausa a consistencia das sequencias mas pouco mais.

Zemeckis e um dos melhores realizadores da historia com um percurso e uma originalidade fora do comum, que aqui nota-se ter as ideias inovadoras de sempre mas falha na sua concretização. mesmo assim uma ideia como esta nao esta ao alcance de qualquer um.

No cast temos um Hanks e Wright em papeis pouco trabalhados, e um filme de conceito mais do que personagens, sendo que a presença é mais iconica pelo passado juntos do que pelo que eles acabam por entregar ao filme. Acaba por ser Bettany que tem mais destaque no filme em si, mas este nao é, nem nunca tentou ser um filme de personagens.


O melhor - A ideia, a beleza da realizaçao.

O pior - O coração do filme apenas surgir nos ultimos minutos


Avaliação - C+

 

Thursday, December 12, 2024

Lee

 Produzido em 2023, mas apenas lançado em 2024 este biopic sobre Lee Miller a fotojornalista mais conhecida no seculo XX, a qual ganhou ainda mais notoriedade com a expansão do seu trabalho e com os contornos da sua coragem apos o lançamento da sua biografia. Em termos criticos o filme passou com avaliações positivas embora com pouco entusiasmo que conduziu a que o filme optasse comercialmente por uma abordagem mais europeia onde o filme foi produzido. Comercialmente o filme falhou nos EUA, mas em termos europeus o filme resultou, poderá o resultado ter mais impacto depois da nomeaçao de Kate Winslet para melhor atriz nos globos de ouro.

Sobre o filme temos um biopic tipico, não podemos dizer que temos muito da personagem, ja que a conhecemos ja com o seu processo como modelo ter terminado e na passagem para a sua ambiçao como jornalista. Depois o filme tenta relatar os melhores momentos, as suas relações e os perigos a um ritmo agradavel, mas sem o filme ser propriamente diferenciado.

Onde o filme surpreende e na estrategia que tem para contar a historia, numa especie de entrevista com perguntas e com um entrevistador proprio que acaba por ser o twist do filme, mas que pouco ou nada significa naquilo que o filme quer transmitir relativamente a uma personagem iconica que o filme nao sendo brilhante trata com respeito.

Numa altura em que os biopic tornaram-se cada vez mais sucessivos, este e competente nunca sendo brilhante. Resume os melhores momentos de uma carreira, os seus feitos, as suas relaçoes, mas fica a ideia que o filme arrisca pouco na abordagem, conseguindo sempre a funçao de mostrar um pouco mais o trabalho de Lee.

O filme fala de Lee Miller uma ex modelo que insiste numa carreira como fotografa e fotojornalista em plena 2 guerra mundial, num conjunto de aventuras e perigos que conduziu a uma carreira com momentos marcantes, reconhecidos muitos anos depois.

Em termos de argumentos o filme acenta no trabalho conhecido da fotografa, e a sua originalidade maior e na forma de contar a historia. Essa formula nao tem particular continuidade na forma como a historia de basica e filmada, que apesar de competente parece faltar alguma originalidade.

Na realizaçao temos no leme Ellen Kuras uma cinematografa com alguns projetos muito interessantes com uma carreira na realizaçao essencialmente em projetos de televisao que tem aqui um trabalho simples, sem grandes truques que talvez tornem o filme algo pequeno para aquilo que o mesmo poderia ser. Esperamos mais para perceber a sua real valia nesta tarefa.

No cast WInslet e intensa e entrega-se a este tipo de personagens como poucas atrizes o fazem. Nao sendo propriamente um papel muito vincado na sua carreira e competente e demonstra bem a sua qualidade. Acaba por ter secundarios com alguma surpresa nos personagens, mas o filme e dominado por WInslet

O melhor - O twist da narraçao

O pior - Em termos de historia o filme segue uma linhagem demasiado simplista


Avaliação - C+

Tuesday, December 10, 2024

Saturday Night

 Saturday Night Live é sem sombra de duvida o programa de maior sucesso do entertenimento norte americano, colencionado dezenas de comediantes que acabaram por ter uma carreira brutal no cinema e em todas outras linhas. Pois bem este filme acaba por ser o retrato do primeiro episodio, com personagens reais e a forma como o sonho de uma pessoa modificou por completo a historia da televisao americana. O filme conseguiu reunir criticas interessantes contudo comercialmente as coisas nao foram brilhantes talvez porque acima de tudo Saturday Night acaba por ser um produto essencial da cultura americana.

Sobre o filme podemos dizer que funciona em quase todos os segmentos, nas personagens e em escolhas muito felizes para interpretar figuras conhecidas, por outro lado o humor nos segmentos sempre mordaz da forma como conhecemos ainda hoje o formato e a confusão que dao ao filme e ao sucesso do programa aquele caracter de caos organizado que foi o sucesso nao so do filme mas da serie.

O que falha, o caos, demasiado, ao ser um filme em tempo real, fica sempre a ideia que tudo era impossivel acontecer em tão pouco tempo, fica a ideia que tudo e demasiado embelezado pela negativa para o final ter um impacto maior, mas sendo um filme com base real soa a algo novelesco demais.

Embora o filme consiga ir buscar as caracteristicas da maior parte dos seus interpretes, a maior parte deles conhecidos com carreiras longas, fica a ideia que em alguns deles, limita-se ao conhecido e ao boneco simples que conhecemos. Mesmo assim um filme com merito para inaltecer aquele que foi o programa revolução da transmissão, ainda para mais em direto.

A historia segue a hora e meia que antecedeu a primeira transmissão do primeiro programa pela mão da visão de um produtor, onde todo o caos parece conduzir tudo para a falha global, na indifinição da transmisssão ao vivo ou gravada.

O argumento tem o lado de conseguir dar ao espetador o lado comico de cada um dos seus interpretes. Por outro lado ao tornar o caos interminavel exagera naquilo que seja o registo factual do que aconteceu sendo mais uma fabulo do que o registo. A homenagem existe o documento menos.

No que diz respeito a realizaçao Reitman foi uma boa escolha principalmente porque o seu pai acabou por patrocinar algumas carreiras que dali sairam. Consegue ser fiel ao estilo principalmente narrativo, numa realizaçao cuidada que brilha essencialmente no cast e nas semelhanças.

No cast o filme tras Labelle um jovem ator que conseguiu nos dois papeis ate hoje ser Spilberg e Lorne Michaels, novamente consegue encaixar no registo desesperado mas fica um pouco proximo do que ja tinha feito antes. E nos secundarios que penso que o filme melhor funciona principalmente em registos curtos como o de JK Simons, Lamorne Morris, Matt Wood e principalmente Michael Smith.


O melhor - O cast

o Pior - A confusao e o caos exagerado ter tirado a escolha do tempo real como eficaz


Avaliação - B-

Monday, December 09, 2024

Mary

Aproveitando a chegada de Natal a Netflix apostou num filme mais liturgico sobre a personagem que deu à luz Jesus Cristo, num filme sobre Maria, uma das personagens religiosas que poucos sabem de onde veio, apenas conhecendo o facto de ter dado a luz Jesus Cristo. Neste filme de estudio a critica e o publico foram indiferentes a um filme com um proposito unico. COmercialmente a Netflix responde nesta quadra a uma franja populacional que ainda liga o Natal a religiao catolica.
SObre o filme para quem viu diversos filmes religiosos este é mais um, pouco dialogo, pouca personagem, limita-se essencialmente aos apontamentos que conhecemos e alguns derivados, zero riscos. Uma das bases do filme é centrar o filme no lado perfido de Herodes mais do que entrar propriamente nas caracteristicas, para alem da bondade extrema da personagem, e quando assim é ficam muitas perguntas por fazer.
No que diz respeito ao lado estetico do filme percebe-se que sendo um filme de estudio, os recursos ou a criatividade nao estavam em grande forma ja que segue o que foi feito, em telefilmes de segunda linha ou mesmo nos filmes de estudio que sao lançados todos os anos com temas próximos. Assim acaba por ser um filme previsivel.
Por tudo isto um filme para os fanáticos religiosos que todos os anos questionam o Natal da forma como hoje o vivemos em detrimento da festividade religiosa que esteve na sua origem, mas o filme arrisca pouco em todos os niveis, narrativo, personagem e de significado, sendo apenas mais um filme para ser visto na catequese sem qualquer contraditorio.
O filme fala de Maria um pouco mais cedo do que conhecemos dela, ou seja, o seu nascimento a forma como conheceu José ate ao momento em que acaba por ficar gravida do messias, isso enquanto Herodes tenta combater os fieis.
O argumento do filme e curto, uma serie de conhecimentos biblicos, umas simples adaptações, pouco dialogo, pouco risco, e um filme que todos sabemos como ia acabar, mas o caminho até la poderia ser no minimo mais trabalhado.
Na realizaçao Caruso ja foi um realizador com algum destaque na açao de estudio que foi perdendo, mas nao deixa de ser surpreendente a sua aposta por um genero normalmente usado para tarefeiros e pouco mais. AInda para mais quando o filme nao consegue ter qualquer ponto diferenciador significativo.
No cast estranha-se a presença de Hopkins ainda para mais depois de um oscar, fica a ideia que é um colaboraçao por amizade, num papel sem rasgo e carisma, que denota-se apenas o avançar da idade. Nos mais novos simples desconhecidos que provavelmente continuaram nesse registo.

O melhor - O lado religioso de base do natal.
O pior - O filme arriscar zero

Avaliação - C-

Juror #2

 Com uma produção sem grande mediatismo eis que de forma silenciosa surgiu o novo filme de Clint Eastwood como realizador, aquele que alguns apontam como o seu ultimo filme. Pensado inicialemente como uma aposta direta da Max, depois de algumas boas avaliações nos testes o filme acabou por estrear em poucos cinemas norte americanos, sendo mais expandido fora do territorio. Por isso comercialmente foi quase residual, mesmo que a critica tenha gostado da abordagem.

Sobre o filme podemos dizer que na base temos um tipico filme de tribunal, sobre um homicida e sobre a incidências dos jurados, isso da-nos uma versão diferente do que estamos habituados a ver, nas analises e discussões embora o filme tenha uma intriga diferente com a intervenção direta de um deles e sobre os dilemas. A forma realista que o filme gere esses dilemas acaba por ser a sua mais valia, quase como se um dilema moral colocasse em toda a linha ao espetador, uma das ambições maiores do filme.

Por outro lado o filme é algo curto no tribunal e nas sequencias de analise. Tudo e analisado pela rama o que se torna dificil de perceber num caso tão grande, se calhar o filme quer esse balanço como critica a um estilo estadartizado de investigação, mas a primeira meia hora de tribunal esta longe de ser brilhante. Percebe-se que o filme quer atalhar para ir para o seu ponto, mas poderia trabalhar um pouco mais.

Assim surge um filme interessante, num tipo de filme em que normalmente Eastwood sempre funcionou sobre investigação, avanços e dilemas morais. Nota-se que ja nao existe a capacidade para fazer os filmes grandes produções de primeira linha mas isso nao retira a capacidade do filme em fazer o espetador pensar sobre como reagia dentro da sua moralidade.

A historia segue um ex-alcoolico que prestes a ser pai e escolhido para o juri de um caso de homicidio que rapidamente percebe poder estar relacionado consigo, entrando no dilema de poder condenar alguem inocente, ou tentar por em causa a sua felicidade.

O argumento funciona principalmente nas questões eticas e morais que coloca e como as coloca. Do ponto de vista de detalhe tinha espaço para mais, nos dialogos e principalmente na forma como todo o julgamento decorre no minimo. Mesmo assim e com um final interessante o filme sabe qual e o seu foco narrativo.

Na realizaçao Eastwood tem uma idade avançada, já não é capaz de grandes truques, deixando o filme fluir para os personagens, dialogos e algum espaço para a montagem. Foi um realizador de primeira linha que este filme, caso seja o ultimo, nao defrauda o que ele criou.

No cast temos um Hoult a ganhar algum espaço em Hollywood com um bom papel, sem ser brilhante, parece um ator com recursos que não tem conseguido sempre encontrar os papeis certos. Ao seu lado temos a sempre competente Collette e Simons, mas o filme acaba por dar mais destaque ao seu protagonista.


O melhor - O dilema moral colocado

O pior - As sequencias de tribunal


Avaliação - B

Sunday, December 08, 2024

Between the Temples

 Estreado no ultimo festival de Sundance com boas criticas, este filme conseguiu a luz do dia com uma distribuição curta e muito direcionada para a população judaica. Agora no final do ano e com o aparecimento da temporada de premios, nos mais pequenos e independentes tem-se percebido a presença de Carol Kane em algumas listas. Comercialmente o filme não tinha objetivos propriamente fortes e isso acabou por conduzir a um resultado essencialmente curto.

Sobre o filme podemos dizer que tem um estilo totalmente independente na forma de filmar, atuar e nos dialogos a maior parte dos mesmos sem grande sentido, mas apostados essencialmente em criar alguns momentos diferentes. O estilo do filme acaba por nao lhe permitir dar a dimensão emocional que em determinados momentos o filme pensa que pode ter na fase final, e que acaba por surgir sem esse impacto.

Eu confesso que nao gosto particularmente deste tipo de filmes, não porque o cinema não consiga os objetivos que se propoem, mas esta procura pela diferença por si só, e muitas vezes pelo non sense, se nao tiver atras de si uma mensagem subliminar forte parece apenas um exercicio de estilo sem grande porquê, e o filme acaba por passar muito essa dimensão.

Ou seja um filme que tem alguns valores, principalmente para quem gosta do cinema mais implementado na vertente das tradições judaicas, as quais parecem bem longe. Talvez o mundo esteja um pouco distante delas atualmente devido aos acontecimentos entretantos passados, e o filme sofra tambem por essa falta de empatia atualmente presente.

A historia segue um cantor judaico que nao consegue fazer a sua arte depois da morte da sua esposa, que acaba por conhecer a sua antiga professora de musica e os quais começam a formalizar uma ligaçao proxima.

O argumento tem muitos apontamentos culturais mas o seu estilo disperso demasiado independente não ajuda o filme a tornar-se empatico com o espetador. Fica a sensação em muitos momentos do filme que o mesmo quer ser mais estranho do que eficaz.

Na realizaçao Nathan SIlver é alguem que gosta de cinema associado a um maior judaismo e as suas diferentes componentes. Nota-se em muitos momentos que o filme quer ser estranho e ter o proprio ritmo, mas isso muitas vezes torna-se non sense. E deliberado mas na minha opinião não e funcional.

No que diz respeito ao cast Schartzman e um habitue neste tipo de filme e personagem que parece criada para ele. Kane e uma atriz de quarta linha, com alguns filmes mas pouca fama, que tem aqui a sua construção talvez mais meritoria.


O melhor - Alguns apontamentos culturais do judaismo

O pior - A forma como o filme acaba por deambular por lado nenhum


Avaliação - C-

Saturday, December 07, 2024

Gladiator II

 VInte e quatro anos depois de Ridley Scott ter conseguido colocar o mundo aos seus pes com um epico romano, e depois de muitas ameaças em trazer de novo a historia, eis que já numa fase final da sua carreira o filme surgiu com pompa e circunstancia, com um elenco cheio de figuras atuais e uma expetativa elevada. Em termos criticos o filme conseguiu os propositos sem ser brilhante. Os entusiastas do primeiro filme naturalmente criticaram e comercialmente o filme teve bons resultados sem ser impressionante, principalmente tendo em conta o que o primeiro filme acabou por ser.

A primeira analise simples que podemos dizer é que tendo gostado bastante do primeiro filme, nao sai defraudado com o segundo, e isso nem sempre era facil. Scott conseguiu tornar o filme grandioso com efeitos de ponta, com um realismo impressionante, onde se calhar so os macacos mutantes deveriam ficar de fora, porque de resto o filme e todo ele incrivel, apresentando toda a capacidade produtiva de um filme de grande estudio nos dias de hoje.

Orfão claro dos personagens do primeiro filme, Scott pegou nas que teve e conseguiu potenciar, mas ao mesmo tempo dar novas personagens, onde claramente se torna bastante impactante os irmãos imperadores ainda que demasiado colados ao vilao do primeiro filme, mas acima de tudo Macrinus, um vilão diferente, astuto, que leva o filme tambem para uma narrativa de ação de twis e trações que torna o filme ritmado, competente e nos momentos de ação epico.

Não tendo uma historia brilhante, ainda que com alguns apontamentos politicos bem presentes nos dias de hoje, o filme consegue ser muito funcional essencialmente nas interpretações, onde se percebe bem a escolha promenorizada deScott para fazer o filme funcionar. O filme e um objeto de entertenimento puro, como o primeiro ja tinha sido, pode nao ser tao supreendente porque e uma sequela mas o impacto da historia e da produçao e incrivel.

A historia segue Roma depois da batalha de Maximus, agora liderada por dois loucos, e continuamente associado aos jogos. O filme apresenta-nos um misterioso combatente de uma terra conquistada, virado gladiador e sedento de vingança contra roma e o seu exercito.

O argumento e o possivel, faz ligaçoes simples ao primeiro filme, trabalha bem a intriga neste segundo ponto sem ser propriamente original, bastantes referencias a literatura romana, e o final esperado. Nao e um poço de criatividade mas funciona.

Scott e um experiente realizador que criou aqui o mundo romano da forma mais perfeita que o cinema viu, fez em 2000 e faz novamente. Tecnicamente o filme e impressionante ainda para mais para um realizador tao veterano. Estas obras ficaram na primeira fila do seu longo curriculo.

No cast a aposta de Mescal poderia surpreender ao ser um ator oriundo de um cinema mais independente, mas funciona. O ator tem uma capacidade ate agora escondida de ser heroi de ação, tem carisma, e apenas perde as cenas quando Washington aparece ao seu mais alto nivel, num dos melhores papeis do ano. Boa presença também de Joseph QUinn no seu ano de afirmação. Mais apagado Pedro Pascal que padece de uma personagem menos forte.


O melhor - O elenco e a produçao

O pior - O saudosismo das personagens do primeiro


Avaliação - B+

Friday, December 06, 2024

That Christmas

 Se existe plano onde a Netflix mais rapidamente conseguiu imperar o seu cinema foi na animação, desde o europeu Klaus ainda no natal, mas outros projetos originais que ao longo do tempo foi tornando a Netflix uma boa produtora e distribuidora de filmes de animaçao. Este ano e num curto espaço de tempo temos dois projetos distintos, um Spellbound que convenceu a critica e este filme de Natal, baseado nas historias de Richard Curtis um dos argumentistas mais ligados ao Natal. O filme tem tudo para preencher alguns serões dos mais pequenos neste dezembro, ainda para mais com o veiculo Netflix.

Sobre o filme podemos dizer que temos um simples filmes de natal, numa pequena cidade inglesa sendo que o filme acaba por incidir num conjunto de adolescentes e os seus desejos. O filme funciona essencialmente porque consegue ter o espirito, a luz, e as conduiçoes corretas para ser um interessantes filme de natal para os mais pequenos, pelo lado juvenil das personagens, mas acima de tudo pela cor dos seus momentos.

Claro que nao e propriamente um filme com muita dimensáo moral, ou daqueles filmes de açao que vivem por esse lado. E um declarado filme de natal com um proposito temporal muito concreto, de dinamicas simples, um humor familiar que cumpre os seus apontamentos sem nunca ser propriamente um filme totalmente diferenciado. A nivel de produção acaba por tambem ter essa simplicidade com muita cor e elementos natalicios.

Por tudo isto um filme instantaneo de natal igual a muitos que surgiram ao longo das ultimas semanas nas mais diversas aplicações, é pensado para os mais pequenos e isso denota-se no tipo de animação. CUmpre a parte de incutir o espirito natalicio, jogando bem com as dinamicas de datas, embora sem o lado maduro de tocar em temas mais fortes.

A historia fala de uma pequena cidade inglesa e de um conjunto de amigos e as suas particularidades no natal, isto com a ajuda de um pai natal que acaba por incidir a ultima viagem para aquela localidade.

O argumento do filme e simples, quer em termos de narrativa central e especifica das personagens, dialogos humoristicos familiares, pouco risco, mas eficacia nos elementos que quer ter, embora nao seja um daqueles filmes com impacto moratorio.

Na realizaçao Simon Otto tem aqui a sua estreia em termos de cinema de longa duração embora ja fizesse parte dos departamentos de criaçao de alguns sucessos da dreamworks. O filme nao e propriamnete muito rico tecnicamente embora a cor de natal funciona.

No cast de vozes novamente ao ter visto a versao portuguesa dificulta a analise do que realmente foi escolhido na base do filme.


O melhor - O espirito de natal aparece

O pior - UM filme com um prazo de validade muito proprio


Avaliação - C+

Megalopolis

 Depois de diversos anos fora do mercado, um dos maiores realizadores da historia do cinema regressou ao ativo e logo com o seu projeto de diversos anos que nunca conseguiu ver a luz do dia. Quase totalmente fincanciado por ele, e com toda a liberdade criativa, Cannes assistiu em primeira mão a obra de Copolla e o resultado teve longe de ser o melhor. A Critica dividiu-se com um pendor negativo, e o publico em geral considerou o filme uma excentricidade sem qualquer proposito, e aquele seria o sonho de Copolla transformou-se num dos seus maiores fiascos.

Sobre o filme podemos dizer que nota-se perfeitamente que Copolla estava pouco interessado em fazer o filme resultar para o publico, mas acima de tudo queria que o que tinha em mente fosse o que passou ao ecra, e isso denota-se na falta de qualquer ligaçao entre momentos, na preoupação estetica acima de qualquer sentido narrativo, que faz com que no final o espetador se sinta totalmente perdido no filme e isso e do pior que pode acontecer.

Claro que Copolla sabe realizar e o filme e dotado de imagens iconicas, claro que escolheu bons atores, porque a maioria quer trabalhar com ele, ate podemos chegar ao paralelismo da historia, mas o procedimento com que chegamos ate la parece uma opera desunida na maior parte do tempo absurda e quase nunca impactante.

Assim MEgalopolis parece um filme tao grande que nao se consegue organizar, uma das maiores criticas que se pode dizer ao filme e que parece uma obra de um Copolla qualquer que não Francis ou mesmo Sofia, porque a irreverencia e o protagonista, tirando espaço ao sentido e a mensagem e sera dificil, tendo em conta a expetativa que o filme nao seja uma desilusao.

O filme fala numa cidade criada onde um apaixonado arquiteto com a capacidade de fazer parar o tempo vive uma rivalidade com o mayor da cidade ate que se apaixona pela filha deste e entra numa dualidade entre o amor e o projeto.

O argumento do filme tem um paralelismo dos nossos dias com a roma antiga, ate pode ter algumas mensagens implicitas em algumas personagens, mas e essencialmente nos dialogos e nas escolhas narrativas que o filme se perde. Para uma obra tao grande facilmente se percebe que era assim que COpolla queria o filme, mas sinceramente e no argumento que reside os maiores problemas do filme.

Na realizaçao o filme é grande, mesmo quando utiliza o CGI em excesso e com algum absurdo tem o caracter estetico sempre presente e funcional. Fica a clara ideia que o realizador sabe fazer filmes grandes e bonitos, e com a historia bem montada é quase unico, mas aqui nunca apareceu.

O cast passou por diversas escolhas e o resultado final ficou longe do que se chamou a prespetivar. Driver funciona, e multifacetado, intenso e isso encaixa bem no seu Cesar. Exposito ja parece uma escolha mais de recurso como Emmanuel. Fica a sensação que as melhores escolhas são de Plaza e Lebeuf que acabam por ser os atores rebelder que o filme quer ter.


O melhor - A estetica

O pior - A confusao da historia


AValiação - C-

Thursday, December 05, 2024

Elevation

 No meio de tantos lançamentos para a temporada de premios e mesmo filmes com dimensão comercial, existiu um filme de estudio lançado no meio de tanta azafama que quase ninguem deu por ele, que foi este filme de ação sobre extraterestres com poucos objetivos criticos. Por este mesmo motivo podemos dizer que a mediania na resposta foi a esperada. Comercialmente o filme nao tinha propriamente um elenco ancora, embora com figuras conhecidas dai que o seu resultado tenha sido uma desilusão, ficando a clara ideia que o filme valeria muito mais numa aposta direta em streaming

Este e um filme tradicional de açao igual a tantos outros com extraterrestres em contexto apocalitico. A estrutura e a de sempre. A apresentação da razão pela qual as personagens se encontram naquele ponto, depois uma luta para tentar chegar a um objetivo e acima de tudo a formula para desaparecer. O filme acaba por ser uma road trip das personagens com um plano, sequencias de fuga e pouco mais num filme demasiado basico para qualquer sublinhado.

O filme entra na mediania e foge da mediocridade porque escolhe atores que se sentem confortaveis no registo, porque arrisca pouco em termos de efeitos especiais, acabando por ser o simples CGI na construçao de personagens. Parece apenas demasiado ambicioso, se calhar fora de qualquer tom a mid credits scene se calhar na esperança que o filme se tornasse num obvio sucesso global que sempre se percebeu nao ter atributos minimos para o ser.

Por tudo isto um filme para ocupar espaço nas salas de cinema, sem atributos suficientes para ser significativo mas tambem sem grandes erros para ser odiado. Fica a ideia que no momento em que estamos este tipo de abordagem pode ser justificavel num streaming a meio do ano mas pouco num momento em que o cinema lança as suas cartadas criticas e comerciais.

A historia segue um pai que necessita de ir a uma cidade preenchida por aliens de forma a tentar encontrar baterias para a maquina de oxigenio do filho, sendo que segue com uma lutadora que esteve na origem da morte da sua mulher e da sua melhor amiga, numa missão com pouca probabilidade de sucesso.

O argumento do filme é essencialmente uma road trip de sobrevivencia com um proposito que e criado no inicio. O contexto das personagens e explicado em ligeiros flashbacks e o filme nao quer responder a maior parte das questões ficando-se pelo lado simples da açao.

No que diz respeito a realizaçao Nolfi é um argumentista de filmes de ação que teve um primeiro filme mas cuja filmiografia acabou por nunca ter o sucesso comercial que foi tendo como argumentista. Aqui temos um filme simples, que mesmo sendo de açao nada aposta, e isso acaba por o tornar algo simplista para qualquer sublinhado para o realizador.

No cast Mckie e um bom ator de açao, razão pela qual sera o novo capitao america e uma figura de destaque no que ai vem da Marvel. Aqui cumpre com os seus atributos basicos, tendo companhia de Baccarin uma atriz que tambem funciona em açao, num filme que nada mais exige.


O melhor - Não entrar em explicações quando nao as tem

O pior - Ficar a ideia que este tipo de filmes apenas so faz sentido num streaming pouco ambicioso


Avaliação - C

Wednesday, December 04, 2024

Average Joe

 Numa tradiçao tão recente de filmes sobre fé e conquistas, eis que surgiu mais um titulo por parte de um dos seus percursores, concretamente Harold Cronk realizador e criador da saga God's Not Dead. Com o aparecimento dos seus descendentes alguns da Angel com atores de maior sucesso e mais investimento eis que seja natural que a produtora de base va perdendo a chama principalmente comercial já que em termos criticos as coisas nunca foram minimamente famosas.

Sobre este novo filme mais do mesmo, uma vida dificil, uma redençao, e os valores tipicos dos filmes sobre fe como familia, amor e redençao. O filme ate começa com alguns apontamentos originais nos dialogos que vao sendo tidos em conta entre o filme dentro do filme e o espetador, que dao um caracter pelo menos diferente a monotonia que sao este tipo de filmes.

Mas se pensamos que isso iria conduzir a outras diferenças mais significativas na forma como tudo o resto se acaba por desenvolver, tal não acontece. O filme vai deixando cada vez mais espaçado esses momentos mais diferentes para se tornar o tipico filme do genero, com um guiao cheio de frases feitas, e tudo a encaminhar-se para o feito do protagonista, num conjunto de maus dialogos, atores e realizaçao.

Mas acima de tudo o apontamento que se tornou cada vez mais comum neste tipo de filme e que nao existe paciencia alguma é a moratoria final pelo homenageado, como se uma homilia religiosa se tratasse. E um tipo de cinema que ja percebemos que veio para ficar, vamos e aguardando que os insucessos comerciais comecem a fazer desaparecer a moda mais de modos do que de arte.

A historia fala de Joe, um jovem adotado e dirsuptivo e a sua dificil vida pessoal e amorosa ate se tornar num treinador de futebol com praticas associadas a fé com o objetivo de fazer crescer o clube desportivamente e os seus atletas como pessoas.

O argumento ate tem alguns momentos iniciais em que pensamos que vai ser diferente pela abordagem, mesmo que seria obvio que o filme na essencia ia ser o basico e o mediocre dos restantes. O problema e que essa rebeldia iniciar na abordagem e abandonada ficando so a parte ma.

Cronk e um veterano realizador sem grande historia mas que conseguiu colocar este tipo de filmes mediocres como sucessos pela forma como chega a populaçao mais pobre a espera de historias que as faça sonhar. Como realizador quase nada para alem do telefilmes e todos percebemos que vai ser assim ate ao fim da carreira.

No cast embora estes filmes ja chamem alguns atores mais desesperados aqui temos um conjunto de desconhecidos com personagens unidimensionais que nada potenciam as carreiras a nao ser algum tempo de ecra e algum, ainda que neste caso curto mediatismo.

O melhor - O filme tenta no inicio uma rebeldia pelo menos diferente


O pior - ABandona para ser o ritmo de sempre


Avaliação - D+

Sweethearts

 Numa altura em que a maior parte das produtoras e distribuidoras de streaming apostam tudo na fase do natal, a Max abordou esta temporada de forma diferente com um filme de adolescentes sobre ação de graças, com um leque de jovens quase desconhecidos ou oriundos de series para esta fase do ano. Criticamente as coisas nao foram brilhantes para este tipo de comedia romantica adolescente mas certamente do ponto de vista comercial em face de nao ter propriamente um elenco de primeira linha o filme acabara por ser rentavel.

O filme é um conjunto de cliches nas personagens e no tipico filme de passagem do liceu para a universidade, com festas, colegas de quarto e até republicas com nomes gregos. Onde o filme começa por fugir um pouco ao esteriotipo, se calhar a um nivel exagerado e pelo nivel de piadas sexualizadas que faz o filme ser um pouco demasiado sexualizado, ainda para mais quando a maior parte das tentativas não e humoristicamente brilhante.

De resto o filme vai pelos passos tipicos do filme de adolescentes muito em voga na passagem do milenio e patrocinados pela MTV, os cliches do amigo homossexual os namorados na terra natal, tudo conduz a um final que nos tras a unica surpresa na sua resolução, a qual acaba por ser um pouco diferente do esperado, mas da ao filme o seu ponto diferenciador, nem que isso seja por si so incapaz de o tirar da mediocridade.

Por tudo isto uma aposta da Max de preencher com um filme de consumo rapido, um filme para adolescentes que os adultos não vao propriamente gostar, porque falta alguma coisa, quimica, personagens humor, fica sempre a ideia que o filme nao consegue cumprir os seus pressupostos basicos, mesmo sendo um filme inofensivo de adolescentes.

A historia segue um casal de melhores amigos, no primeiro ano da universidade tendo de se adaptar a nova realidade mas presos pelas paixoes que deixaram na terra natal, e que planeiam terminar no regresso a casa na ação de graças.

O argumento do filme e na base e nos promenores essencialmente um conjunto de cliches mediocremente tratados. O filme arrisca um pouco mais que o habitual no humor mais sexualizado, mas que nao funciona e no seu final, onde acaba por ser o aspeto mais diferenciador.

Na realizaçao temos Jordan Weiss uma jovem realizadora desconhecida que teve a aposta da Max para esta proposta com algum grau de impacto comercial. O filme e o tipico filme de adolescentes sem nenhum risco, ou seja um proposta sem grande tipo de capacidade de impressionar.

No cast o filme trás-nos uma dupla de jovens protagonistas ainda associados essencialmente a televisao adolescente Shipka é uma das teenagers da televisao, numa personagem semelhante as que foi construndo a sua carreira, embora ja com algumas tentativas no cinema, ao seu lado Haraga vai tentando conslidar uma carreira ainda no inicio, mas fica a ideia que este filme da mais minutos do que atributos.


O melhor - O final pouco habitual

O pior - A tentativa de um humor adulto que na maior parte do tempo nunca funciona.


Avaliação - C-

Monday, December 02, 2024

Nutcrackers

 Numa altura em que se aproxima o Natal, uma das epocas mais comerciais a todos os niveis, eis que as aplicações de Streaming estão lançando os seus trunfos, com a hulu, pela porta da Disney + a lançar o seu filme de Natal, que marca o regresso de Stiller ao protagonismo despois de sete anos afastado. Criticamente este regressou não foi particularmente entusiasmante com uma mediania que pouco ou nada altera o percurso esperado. Comercialmente o filme ainda recentemente foi lançado dai que ainda não se percebeu o impacto real que o mesmo vai ter.

Sobre o filme podemos dizer que no inicio o filme caminha a longo curso para mais um filme tipico de comedia de Ben Stiller em que tudo acontece com o extremismo total de todas as situações, um genero proprio que o ator consolidou ao longo dos anos. Mas com o passar do filme começamos a sentir alguma empatia pelos mais pequenos e pelas suas travessuras, mesmo que tudo seja denunciado, acaba por ser nos atores mais pequenos que o filme vai-se resgatando atraves da emoçao simples.

E obvio que nao estamos propriamente parante um filme rico em novidade, e que nao se percebe rapidamente onde tudo vai ir. Claro que podemos facilmente dizer que o cinema deveria ter evoluido para uma maior originalidade de historias, mas mesmo com essas limitações que o filme tem, acaba por ser um filme facil de ver, com alguns bons momentos de um lado cómico subtil, onde apenas fica a ideia que esperamos sempre o Stiller como martir, e que isso acaba por esconder as melhores valias do filme.

Nao sendo um filme muito natalico, o filme consegue tocar nesse ponto, nao sendo um filme de humor total, tem momentos em que consegue ser engraçado, é um filme emocionalmente com alguns recurso, mesmo que a previsibilidade nos conduza do primeiro ao ultimo minuto para um caminho totalmente obvio.

A historia segue um tio de quatro orfãos, que dedica a vida ao trabalho que tem de se deslocar a uma pequena cidade para ser tutor dos quatro menores, com problemas de comportamento graves, quando se aproxima uma apresentação fundamental para a sua carreira.

Em termos de argumento o filme é do mais previsivel no seu corpo central que me recordo, rapidamente conseguimos perceber tudo o que vamos ver. Isso não invalida que comicamente o filme tenha algumas situações, principalmente dialogos entre o protagonista e os menores que funcionem, ou que o filme consiga em alguns momentos transmir as emoçoes que quer.

No que diz respeito à realização David Gordon Green, é alguem da comedia emocional de autor que ao longo do tempo acabou por passar para o terror, nem sempre com sucesso principalmente no seu exorcista. Aqui nota-se que se sente mais confortavel na america profunda e no cinema mais independente. Um regresso as origens onde se sente melhor.

O regresso de Stiller tras a personagem de sempre, sem grandes mudanças daquilo que foi a carreira standart do mesmo. O filme tem maior destaque nos irmãos Janson que dominam o filme nos ritmos de humor e emoção. Nao sei quantos vao ter realmente uma carreira, mas o filme sem acima de tudo a assinatura deles.


O melhor - Os irmãos Janson.

O pior - Pode ser um simples filmes de Stiller


Avaliação - C+

Sunday, December 01, 2024

Emilia Perez

 Desde o momento em que foi estreado com muito sucesso no ultimo Festival de Cannes que este filme francês falado em espanhol ficou no olho do falcão para a temporada de premios devido ao seu caracter original de ser um filme de carteis musical com transformação de genero, uma serie de temas normalmente ausentes em conjugação que Audiard juntou aparentemente com sucesso ja que criticamente o filme funcionou ao ponto de estar em quase todas as listas de apostas de premios. Comercialmente sera o representante da NEflix nos premios embora a produtora tenha optado por estrear o filme nos cinemas em alguns paises concretos.

Emilia Perez e um filme singular, pela forma como consegue conjugar um musical atual do ponto de vista melodico com um tipo de filme completamente diferente e o resultado é intenso e forte. Um dos pontos que melhor parece funcionar e a entrega do seu interpreta, transexual que acaba por dar os seus dois lados em personagens bem distintas, e esse processo acaba por ser impressionante naquilo que o filme faz com ele.

Outro dos pontos em que o filme se leva para excelência e no musical atual, nao e um filme que introduz melodias, e um filme cru onde as melodias surge, sendo impressionante a capacidade de Saldana a trabalhar as cenas, num filme esteticamente e na abordagem original que funciona em plenitude como um dos melhores filmes do ano sem qualquer duvida.

A irreverência e originalidade quando funcionam dao filmes de excelencia e o realizador consegue bem isso neste filme, porque temos um filme diferente, impactante, bem escrito e original que acaba por ser uma obra de referência num ano adormecido até aqui. Os temos ajudam mas a abodagem atual e surpreendente sao os eu segredo maior.

O filme fala de uma jovem advogada que acaba por ser contratada por um barão da droga para um pedido estranho, o mesmo quer com rapidez um processo de mudança de genero, que conduz a um antes e depois na vida do mesmo.

O argumento do filme é original desde logo pela quantidade de temas diversificados que quer ter e com sucesso. O argumento na intriga tem bons momentos indo a essencia das pessoas e não do seu fisico, a sua conclusão sentimental acaba por ser uma boa metafora de redençao.

Audiard e um realizador francês com experiencia internacional que acaba por ter aqui o seu projeto mais arriscado e de autor que funciona, o filme nao é cuidado esteticamente mas e atual e funcional. Para um realizador experiente sabe os sinais do tempo como poucos e tará aqui o seu maior reconhecimento ate ao momento.

 Tambem no cast o filme é impressionante a construção a dois momentos de Karla Sofia Gascon é impressionante, mesmo podendo ter por base a historia real do ator. Para alguem que tornou mulher e incrivel a sua construçao masculina. Mas acaba por ser Saldana que tem os melhores momentos principalmente musicais e ao concorrer numa categoria secundaria pode conduzir a um sucesso da atria. Selena Gomez tambem sai da sua zona de conforto com sucesso, na tentativa de construçao de uma carreira meritoria na 7 arte.


O melhor - A originalidade de toda a abordagem.

O pior - Fica a sensação a espaços que a fase final poderia ser mais intensa


Avaliação - B+