Sunday, February 26, 2012

Red Tails


E conhecido o facto de Janeiro não ser prodigo em estreias mediaticas, mas um filme que tenha a chancela de George Lucas e sempre objecto de alguma expectativa mesmo que este explique que esta sua ideia so teve a sua produçao porque nenhum estudio quis apostar num filme de pilotos de avioes negros em plena grande guerra. O resultado do filme foi misto se por um lado em termos criticos nao passou da mediania com tendencia negativa, as coisas correram melhor comercialmente onde os quase cinquenta milhoes de dolares ja amealhados sao consistentes para nao considerar esta aposta como perdida.
Red Tails e um filme facil, ou seja dentro do que ja vimos em disputas de cor, em diversos temas como escola futebol, a historia repete-se mas desta vez com pilotos de aviões e a sua forma de serem funcionais em plena grande guerra, pelo que a primeira avaliação que se pode fazer deste filme e que não é propriamente prodigo em creatividade e originalidade do tema.
Mesmo depois no desenvolvimento dos aspectos da sua narrativa fica sempre com a sensação de pouco trabalho e opção sempre pelo caminho mais facil e do prazer obvio, em vez de tentar condensar mais os propositos do filme, ou mesmo a forma como o contexto cultural poderia ser melhor trabalhado.
Red Tails fica sempre na sensação de nunca ser um filme que ambiciona ser de primeiro plano pela escassez de intensidade emocional, pese embora as circunstancias do filme assim o permitam e potencie, pela forma como os proprios efeitos especiais do filme sao diminuos ou seja daqueles filmes que parece sempre querer ir para um caminho facil sem grandes sobressaltos.
O filme fala de um grupo de negros que se encontram ao serviço dos EUA na segunda guerra mundial contudo pese embora sejam pilotos por decisao politica apenas fazem missoes de segunda esperando a oportunidade para terem o seu momento.
O argumento e basico, nao na forma como constroi a sua narrativa central mas em aspectos secundarios acaba por nao atingir qualquer tipo de profundidade e coerencia, as persoangens nao sao muito evoluidas, sendo o tipico filme de acçao com pouco condimento.
A realização nao tem os meios de outros filmes, mas a forma de filmar nem sempre facil, acaba por ter bons momentos principalmente na altura, contudo os efeitos acabam por condicionar uma tarefa ja de si dificil.
Para escolher um cast de afro americanos sem querer entrar nas figuras maiores acaba sempre por perder dimensao e o filme sofre isso, Cuba e Howard sao apenas figuras presenciais, sendo que os protagonistas sofrem falta de carisma no ecra. Ruah apresenta-se como figura meramente decorativa.

O melhor - A intenção do filme

O pior - Não querer e limitar a sua profundidade.

Avaliação - C

Saturday, February 25, 2012

The Muppets


Quando surgiu pela primeira vez o rumor que a Disney se preparava para revitalizar os Marretas, muitos colocaram duvidas principalmente pelo facto dos mesmos ja não estarem actuais na forma de fazer humor. Mesmo assim a poderosa produtora e muito ajudade pelo culto que Segel quis criar acabou por apostar no filme. Os resultados eram uma perfeita incognita mas depois do lançamento podemos dizer que o filme tornou-se um sucesso desde logo critico com a maioria das avaliações a ser muito positiva para este regresso. Comercialmente e apesar da maioria dos resultados terem sido positivos, ficaram talvez um pouquinho aquem das expectativas, muito pelo facto da populaçao alvo nao saber por completo quem sao estes bonequinhos.
Os Marretas e um regresso que pela primeira vez consegue trazer consigo o elemento saudisismo como talvez muitos poucos filmes que tentaram reanimar um produto realmente conseguiram, principalmente porque reage como se o sucesso ja fosse ultrapassado e trata sobre a tentativa de renovar o mesmo. e nisto o filme para alem de realismo introduz se em si mesmo. Outro dos pontos positivos do filme e o metafilme e a forma como as piadas sobre si proprio estao presentes que acabam por balançar melhor alguma falta de humor actual que a tradiçao dos marretas poderia ter para apostar num humor mais tradicional que acaba por funcionar e dar os melhores momentos comicos do filme.
Mesmo perante isto o filme tem uma dificuldade que e criar fas nos novos naqueles para quem as figuras foram a primeira aparição neste filme, ao basear se muito nos passados e no reviver memorias perde alguma força junto de possiveis novos fas e acima de tudo alcance de quem sabe um novo ressurgimento, assim mais parece ficar apenas uma homenagem localizada num espaço temporal a serie.
Contudo parece que este facto possa ter sido pensado por ja se denotar alguma falta de ligaçao das personagens com o nosso dia, o estilo variedades deixou de existir e com sequencia poderia ser um elemento estranho. Mesmo assim e uma homenagem forte bem efectuada e um filme registo para 2011.
A historia fala de um casal juntamente com um irmão marreta fã do show dos marretas resolvem ir até Los Angeles e na visita irem ao centro onde ocorria o espetaculo, observando que este esta prestes a desaparecer a equipa tenta se reunir para salvar o espaço deles.
O argumento e interessante principalmente pela forma com que consegue se contextualizar temporalmente, e isso acaba por ser o segredo do filme e fazer tudo o restante resultar com mais força. Nao e um filme de personagens pese embora consiga imprimir uma consciencia moratoria que sempre existiu nas figuras tradicionais.
A realiaçao tem como a sua maior virtude ser fiel aquilo que os marretas sao, e princiapalmente por traduzir esse mesmo espirito ao filme, e isso foi uma vitoria clara.
Por fim em termos de cast observamos que Segel ta de corpo e alma na personagem e no filme, um desafio ganho por um comediante a ganhar o seu espaço proprio num cinema exigente, munido de grandes companhias Adams e um espanto como actriz e forte em musical e Cooper uma agradavel surpesa pela sua força musical.

O melhor - O espirito saudosista do filme.

O pior - Alguma falta de actualidade.


Avaliação - -B

Friday, February 24, 2012

This Means War



Logo no momento em que este filme começou a ser falado, agendado o seu lançamento para o inicio do presente ano que começou a ser abordado como um dos candidatos a receita comercial do inicio do ano, desde logo pela junçao de acção comercia e romantismo e acima de tudo por trazer um receita apreciada com dois dos actores do momento ou seja Pine e Hardy juntos a senhora comedia Witherspoon. Pese embora a estrategia fosse quase infalivel o certo e que o filme claudicou, inicialmente em termos criticos com uma recepção negativa, mas acima de tudo em termos comerciais onde teve longo do que esperariam de si.
Desde logo podemos dizer que como objecto de entertenimento estamos perante um filme muito completo desde logo porque nos tras acçao de cima abaixo, por outro lado porque quando quer e romantico, pese embora este ponto nao seja o centro do filme, por vezes politicamente incorrecto nas menções sexuais demasiado obvias que tem, mas acima de tudo e como comedia que o filme funciona na perfeiçao permitindo nao uma historia de encher o olho ou grande creatividade narrativa, mas um objecto que faz toda a gente durante hora e meia se divertir o que e realmente fundamental no cinema.
Claro que a critica tradicional tem muito a apontar ao filme, desde logo pela falta de logica quer na historia na base ou mesmo na forma como tudo se desenvolve, pela falta de profundidade narrativa numa historia de caça ao bandido paralela do mais pobre que se viu, bem como da fraqueza moratoria do filme, que por um lado acaba por ser evidente na sua escolha de final, mas acima de tudo no facto do filme padecer demasiado das suas escolhas por vezes erradas.
Pese embora estas fraquezas e indiscutivel que este e um objecto que deixa as pessoas bem dispostas e o cinema e isso mesmo, nao e so historias pesadas e densas e neste tipo de filme ele consegue concretizar-se de cima abaixo como poucos o conseguem com a mesma ambição.
O filme fala de dois espiões do CIA que demasiado presos as suas vidas activas decidem tentar encontrar o amor, um deles serio e introvertido o outro completamente o oposto lutam com todos os meios pela conquista da alegada namorada de ambos, que contudo ainda tem o problema de serem os melhores amigos e quase irmaos.
O argumento nao e rico em quase nenhum dos vectores normalmente analisados neste ponto, nas personagens, no desenvolvimento e riqueza creativa do argumento mas acima de tudo no pontos de vista comico o filme tem muitos bons momentos que o marcam como genero,
MgC e um realizador ligado a grandes titulos e normalmente filmes de estudio, estando ainda algo longe de ser um proprio autor, sempre ligado a Franchising nem sempre com grande sucesso, aqui tem uma realizaçao que nao necessita de muito pese embora os meios estejam la porque o segredo esta nos protagonistas.
E aqui temos um cast de luxo, Witherspoon entra bem no registo de pessoa algo perdida, e em comedia tem feito rotina no genero, por outro lado Pine funciona como galã sem grande esforço em termos interpretativos embora ja tenha provado valor no genero, mas a sensação é Hardy desde ja apostado como uma das figuras do ano, Hardy demonstra aqui um valor comico que nao era conhecido a um actor debaixo das luzes da ribalta, e que acaba por dominar o filme em plenitude num nivel de qualidade em todos os niveis acima de todos os outros.

O melhor - O valor comico do filme.

O Pior - Perder algum valor moral na parte fina e na conclusao.

Avaliação - B

The Grey


Muita expercativa existia em torno deste filme pelo mesmo marcar o regresso do grande Liam Neeson apos a morte repentina da sua esposa. E para regressar nada melhor do que um filme que conduz as personagens ao limite da sobrevivencia numa luta entre lobos e seres humanos. OS resultados deste cinzento Grey foram algo dispares se criticamente e um pouquinho pelo respeito pelo regresso do actor as coisas ate correram bem com criticas que pese embora nao fossem fora de serie foram na sua maior parte positivas, ao qual se juntou um resultado de bilheteira consistente e que permitira um resultado significativo ao filme sem tambem ele ser um brilharete.
The Grey e um filme de sobrevivencia e de acção de luta plena entre seres humanos e lobos num terreno oposto ao tipico de caça ou seja na casa dos animais e ainda para mais em pleno alaska cheio de neve, assim o filme da nos o limite de todas as personagens nao so em termos de medo mas tambem na forma como tem de resisitar ao frio e tudo que se possa pensar que e adverso. Este limite e bem conjugado num filme que contudo acaba por nunca dar esperança ao espectador do que para alem do desfecho obvio, nao e um filme simpativo ou com momentos de bom astral muito pelo contrario e um filme sobre personagens com o seu destino escolhido mas acima de tudo na forma de lidar com ele da forma mais digna possivel.
Acima de tudo tem a particularidade de nos dar uma intensidade emocional que nao pode ficar dissociada da tragica situação do seu protagonista sendo que muito do filme parece criado por ele como forma de homenagear Richardson a sua mais que tudo nos ultimos anos.
A historia fala de um grupo de sobreviventes de uma queda de um aviao que acabam por ficar soltos no alaska e acima de tudo num terreno de lobos que conduz a uma luta complicada pela sobrevivencia entre homens e lobos.
A realização de Carnham dá nos um realizador mais forte mais competente que arrisca melhor na forma com ele próprio quer fazer as suas próprias potencialidades tem bons momentos tecnicamente interessantes num terreno quase sempre complicado, ganhando algum folego que a sua tentativa de A team perdeu.
O cast nao e forte pede aos seus actores mais frescura fisica do que propriamente intensidade emocional, com excepçao de Neeson que esta num papel bastante forte para este inicio do ano, expressivo, revoltado forte, temos um Neeson proximo do seu melhor nivel e podera conduzir a novos papeis de um actor que por vezes anda demasiado tempo perdido em filmes menores.

O melhor - A sobrevivencia.

O Pior - Ser demasiado negativo

Avaliação - C+

Wednesday, February 22, 2012

Woman in Black



Muitos perguntaram que caminho seguiria Radclift apos a saga Harry Potter, muitos referiram que provavelmente nenhum por ficar extremamente colado a uma personagem com grande peso. Eis que logo no ano seguinte da finalizaçao da saga surge o primeiro filme com ele como protagonista um drama de terror com toques de filme de epoca. Os resultados foram divergentes se em termos comerciais observou se que a sua presença nada ou pouco interferiu em resultados ja em termos criticos as coisas correram bem com resultados bem melhor do que habitual para filmes de terror.



Woman in Black e antes de mais um bom exercicio de terror com todas as componentes que um filme precisa desde logo misterio, e uma boa conjugação estetica e de som que faz deste filme um dos interessantes filmes de terror dos ultimos anos, juntando a capacidade estetica de cenarios criados com tudo o que um filme de terror devera ter, nos seus elementos mais basicos.



E daqueles filmes que rapidamente gostamos mesmo que nao seja um poço de creatividade em termos do seu guiao mas que mesmo nos elemntos mais basicos trabalha os com excelencia de um bom filme.



Nao sendo um filme que tras muito de novo naquilo que muitos outros tem tentado fazer este filme consegue ser dos melhores utilizando o que todos utilizam mas com uma ferramente estetica e envolvencia que nem sempre sao muito consideradas quando alguem tenta fazer um filme como este.



A historia fala de um agente imobiliario que tem como ultima missao tentar vender uma casa que muitos dizem que esta assombrada, assim numa pequena vila com as apariçoes de um particular e assustador fantasma conduz a morte de uma criança, aqui começa a luta pelo desaparecimento de tal apariçao.



O argumento pese embora seja algo ligado ao que e comum neste tipo de filmes ganha pela direcçao que toma. Contudo e dos pontos mais fracos do filme nao so em guioes explicaçoes ou personagens para nao falar na pseudo conclusao que logo abre portas para o que a seguir sucede.



Em termos de realizaçao temos um filme de primeira linha a envolvencia e estetica criadas sao o segredo que conduzem o filme a um patamar que muitos filmes de terror ambicionam chegar e diferencia o filme em toda a linha.



O cast liderado por um Radcliff que apenas consegue ainda estar em forma devido a panoramica da personagem da sua vida sendo o elemento mais fraco e inconsistente de todo o filme, nao tem a força e o carisma para liderar uma figura adulta, ainda com demais tiques da sua personagem. Tudo o resto em termos de cast nao existe.






O melhor - A realização.






O pior - O protagonista









Avaliação - B-



Sunday, February 19, 2012

Jane Eyre

Desde o inicio do ano, a atenção em filmes de epoca lançados e imensa pois muitas vezes ate os filmes mais pequenos do genero podem chamar atençao aos olhos da critica mais tradicional, principalmente se trouxer consigo algumas das estrelas emergentes de um novo cinema. Assim e mesmo sem estrear em Wide este filme acabou por receber reconhecidas valorizações o que pese embora nao tenha conduzido a um reconhecimento comercial permitiu que o filme fosse mantendo algum mediatismo e surgisse com duas nomeações para os oscares em categorias tecnicas, reconhecendo o seu valor critico em deterimento do seu valor comercial.
Jane Eyre e um filme tradicionam embutido num espirito conhecido da BBC, ou seja um filme algo silencioso sobre personagens mais do que narrativas, sobre sofrimento e daqueles filmes com muita força sentimental e que reside em si a força que o filme tem, contudo como a maior parte os filmes ingleses perde por alguma perda de liberdade de movimentos pela forma como vai perdendo ritmo ao longo da sua duracção tornando se mesmo aborrecido na sua parte final.
POr outro lado a falta de intensidade nao poe em causa a boa narrativa que o filme tem consigo num formato muito utilizado em filme de culto e com algum primor independente o grande problema do filme acaba por ser a determinada altura nao conseguir mesmo nos momentos surpreendentes ganhar entusiasmo sem impulsionado para outro tipo de filme ou vivencia com maior profundidade.
Outro dos pontos que poderia ser mais potenciado e os seus blocos temporais serem por vezes demasiado longos o que faz perder as pontas soltas dos ja abordados anteriormente. Mas mesmo assim estamos perante um bom filme, bem filmado, bem interpretado com uma narrativa sobre liberdade e amor com a intensidade necessario, onde apenas uma montagem demasiado e enigmatica faz perder a intensidade que poderia ter.
O argumento tem como a sua grande força as suas personagens centrais principalmente o par romantico e a intensidade que a relação vai assumindo, tem valores fortes na forma de cinema e isso acaba por ser forte na propria força da historia do filme, nao e um poço de novas coisas mas e uma historia com uma dinamica literaria intensa.
Em termos de realização e mais um produto BBC com a rigidez e riqueza produtiva que e conhecida, tem momentos de uma estetica profunda mas ao mesmo tempo parece sempre preso de maior alcance. E daqueles filmes que enquadra o ja feito no mesmo registo.
Em termos de cast temos duas das melhores prestacçoes do ano Mia mostra ser uma actriz adulta que deseja assumir um papel de relevo como nunca assumiu num papel dificil e intenso, mas Fassambander e tambem daqueles actores que depois de um ano como este sera difici perder espaço, e mesmo que a injustiça da nao nomeaçao depois de tantos papeis fortes exista e com filmes como este que constriu uma carreira para voos superiores.

O melhor - As interpretaçoes centrais

O pior - O ritmo lento britanico.

Avaliação - B-

Journey 2: The Mysterious Island



Pois bem depois do sucesso de Viagem ao Centro da Terra que conseguiu conduzir a mais um passo no mundo do 3D neste inicio de ano surgiu uma peculiar sequela com algumas bases da primeira mas baseado na tentativa de traduzir numa vertente juvenil uma saga muito ao de leve dos livros de Julio Verne. Pois bem da primeira equipa so ficou Hutcherson mais adulto mas com a mesma sede de aventura, sendo que desta vez a adaptaçao foi para Ilha Misteriosa, com o mesmo formato. Os resultados contudo ficaram aquem do primeiro filme, nao em termos criticos onde os resultados medianos foram semelhantes ao seu antecessor mas em termos de bilheteira onde a aposta no dias dos namorados para lançamento saiu forado pela opçao natural de filmes com outro tipo de contexto.



Desde logo na minha opiniao salvaguardo que estamos perante um filme bem mais comercial do que o primeiro e agradavel em todos os sentidos desde logo por uma toada com mais humor o que retira alguma rigidez do primeiro filme. Por outro lado ao ser num espaço aberto da ao filme uma força visual que o primeiro acaba por ter alguma dificuldade em criar e depois pois com a maturidade das personagens em termos de idade existe mais força de lhe dar uma dinamica mais diferente e forte do que o primeiro filme queria.



Assim temos um interessante filme comercial de acçao que tem em The Rock e Caine as apariçoes que dao um novo folgo principalmente comico a uma saga que de comico tinha muito pouco, esta reinvenção parece ganha pese embora alguns dos pontos discutidos do primeiro filme se mantenham desde logo a forma pouco madura com que tratam a obra literaria do autor, por outro lado a falta de ambiçao de fazer um filme mais completo e quem sabe a adaptaçao que os livros provavelmente nunca tiveram, ou mesmo a possibilidade de tecnicamente e com tantos meios efectuar um filme mais forte em termos esteticos e de produção.



Mesmo assim e um filme agradavem principalmente para uma população mais jovem que me parece conseguir melhor funcionar naquilo que o filme lhes quer dar, sendo mais completo em diversas vertentes que o seu antecessor.



O filme fala da mesma personagem que recebe do seu avo a mensagem encriptada que encontrou a Ilha Misteriosa assim o jovem na companhia do seu padrasto e de dois auxiliares embarca na aventura numa ilha cheia de misterio e simbolismo.



O argumento apesar de ser pequeno e quase sempre facil, tem um ponto interessante que e conjugar um filme completamente diferente com aquilo que o livro de Verne nos dá. Pese embora este facto o filme acaba tambem por colocar de lado profundidade para ser um filme facil de ver e para uma população mais pequena.



A realizaçao pese embora tenha bons momentos e meios acima da média, não consegue nunca adquirir uma estetica chamativa, principalmente por alguma falta de creatividade na realização que parece sempre tendo em conta a tematica do filme ir bem mais alem do que realmente foi.



O cast e explorado para funcionarm em termos comerciais e funciona neste registo Hutcherson podera ser um actor de futuro em termos de acção ja demonstrou isso, The Rock e Caine tem na comedia um bom acento a carreiras muito diferentes e Hudgens da a suavidade feminina que o filme precisa.






O melhor - Ser um filme bem direcionado para um publico juvenil.






O pior - A realização e estetica podiam ir bem mais longe.






Avaliação - C+

Joyfull Noise



Muitos podem ter ficado surpreendidos sobre como e que um musical de Gospel que tem nas suas figuras maiores quer a secundarissima Latifah e a já mitica Parton poderia ter honras de estreia Wide. Muitas destas duvidas podem ser explicadas pelo facto de se tratar de um filme lançado em Janeiro onde normalmente nao existe muita ambição nos filmes que sao lançados, quase como exprimentar o sabor da bilheteira. Pois bem os resultados foram os mais esperados possiveis desde logo em termos de bilheteira onde os resultados foram parcos e tambem em termos criticos onde as avaliações foram bastante negativas.



E obvio que o Gospel e um dos pontos mais importantes da cultura afro americana alias isso ja foi traduzido em inumeros filmes quase sempre com a mesma formula e o mesmo objectivo, pois bem este filme e apenas mais um que lança num grupo de coro uma serie de disputas pessoais e dramas familiares que são resolvidos de uma forma muito suave num filme de domingo a tarde com muito pouco condimento a nao ser uma ou outra vivencia musical. Pois bem em termos de desenvolvimento narrativo estamos perante um filme muito limitado em termos de alcance ou mesmo em termos de creatividade ou espontaneadade quase sempre o filme impera num caracter basico pouco trabalhado, numa especie de comedia afro americana que fez escola mas que ultimamente ja tem perdido muito espaço.



E daqueles filmes que ao tentar abraçar tantos generos com tao pouco conteudo em si, nao consegue quase nada, nao sendo uma comedia com graça um musical com bons momentos e nao tem intensidade dramativa.



Enfim um filme pequeno que rapidamente vai sair do imaginario de quem o viu, pois a sua força interna nao permitira uma perpetuaçao temporal.



O filme fala de dois jovens de familias opostas num coro de gosspel e acima de tudo com alguma dificuldade familiar que se apaixonam e sera no coro que ambos fazem parte que encontrarao a melhor expressao do amor deles.



Em termos de argumento temos um filme mais que limitado não so na pouca construção de personagens mas acima de tudo na forma com que nao se consegue diferenciar em si como comedia quase sempre sem graça. E daqueles filmes que é um completo deserto de ideias novas e que vive do que já rentabilizou.



A realização a cargo de um novato que apostou em filmes passados na arteria afro americano, e daqueles que nada traz de novo mesmo as sequencias musicais fica sempre com sabor a que poderiam ir mais longe, mesmo assim nao e por aqui que o filme fica comprometido.



Em termos de cast podemos dizer que este filme e o desespero total se por um lado Latifah ainda se encontra rodada o certo e que o seu esteriotipo de personagem se vem tornado repetitivo ate a exaustao parecendo ja nao existir espaço para mais igualdade nas mesmas, e por outro lado Parton ja há muito que desapareceu no cinema numa arte sem espaço para cliches sem tempo.






O melhor - O momento musical Maybe i'm amazed.






O pior - A falta de interesse natural do filme.






Avaliação - D

Saturday, February 18, 2012

The Iron Lady



Desde que este filme foi anunciado em produção que começaram a surgir forças claras que poderia ser um dos grandes candidatos aos oscares nao so por trazer na personagem de uma das maiores politicas do mundo moderno talvez a melhor actriz da historia mas acima de tudo porque assumia um papel de biopic inovador como poucos ousaram tentar fazer de uma figura tao rigida como Tatcher. Pese embora a expectativa nas primeiras avaliaçoes logo se observou que a unica força que poderia resistir no combate era mesmo a sua figura de proa muito bem avaliada ao contrario do filme com maior dificuldades em se impor. Por outro lado tambem comercial um terreno onde filme obiviamente nao seria tao apetecivel o filme passou quase sem grande alarido.



O que se pode dizer deste filme e que nunca seria um filme facil ao falar de alguem tao cinzento e conservador como a figura da dama de ferro nunca poderiamos ter um filme muito activo, e isso acaba por se tornar no grande calcanhar de aquiles do filme sou seja ser demasiado parado demasiado debate de ideias num filme folgado em termos de linhagem temporal que acaba por ser o proprio limite de um filme estudado mas sem margem de manobra.



Pese embora este facto o filme acaba por ter boas ideias que contudo tem muita dificuldade em vigorar desde logo na forma com que tenta marcar a diferença na recordaçoes da propria personagem principal e depois na dose exagerada de loucura que impregam a uma personagem ainda viva.



Mas o grande problema do filme e mesmo querer dar o maximo da vida da figura no minimo de tempo possivel e faz com que os episodios fossem redizidos a escassos minutos sem o enfoque merecido, mostrando que mesmo uma vida preenchida pode ser quase nada. Isto so se explica pela forma demasiado conservadora que a vida podia ser tratada.



O filme fala da vida e luta politica de Tatcher em balanco com algum desprezo da sua vida pessoal, da nos as diferentes vertentes de alguem enigmatico mas uma lider de natureza.



O argumento nao e facil, mas acima de tudo cai em erros principais ao tentar dar uma vertente leve perde intensidade e profundidade moral, o que faz com que o filme nunca evolua em si proprio. Mesmo as personagens centrais sao sempre construidas com base em ideias preconcebidas sem construir grande risco.



A realizaçao pese embora se denote dificuldades em fazer o filme esteticamente interessante e mais grandioso tem bons momentos de ligaçao de imagens reais com as produzidas para o filme embora se denote claramente a diferença entre ambas. nao e uma realizaçao de primeira linha mas tambem nao e das piores.



O cast tem Streep numa grande interpretaçao e dificil em todos os niveis quer linguistico quer de intensidade dramatica e acima de tudo de disponibilidade fisica, e uma interpretaçao mais que oscarizavel da figura maior do cinema actual, ninguem no filme se aproxima pese embora a boa prestacção de Broadbent






O melhor - O espetaculo Streep






O pior - A rigidez do filme






Avaliação - C

Thursday, February 16, 2012

Safe House


Se existe filme no inicio deste ano que pelo seu elenco pode chamar a si a atenção e maior mediatismo foi estre thriller policial quase politico envolvedo duas das figuras principais do cinema da actualidade por um lado o sempre carismatico Washington acompanhado por mais um jovem desta vez Rynolds a procura do seu espaço concreto em Hollywood. O resultado foi mediano se criticamente a pouca valorizaçao do filme e alguma indiferença ate pode ser considerada como normal uma vez que estamos perante um filme de ação tipico em termos comerciais o filme conseguiu bons resultados numa semana interessante para o cinema onde fica apenas a magoa de nao ter conquistado o box office em competiçao directa com The Vow.
A primeira coisa que se pode dizer do filme e que integra na prefeição aquilo que ja se pode designar o genero de filmes do Denzel, ou seja um jovem bem intencionado quase maçarico na arte, e por outro lado o misterioso mais velho que de alguma forma nao se sabe muito bem quais as suas intenções, o filme desenvolve se todo sobre esse lado mais sombrio da personagem sendo que a maior parte das vezes observamos que Denzel ate e um tipo porreiro e que a razão ate esta do lado dele.
Este filme e mais uma vez isso com uma intriga politica de baixa qualidade um sem numero de presseguições de bom ritmo mas uma intriga demasiado obvia e linear muito abaixo do que se exige num filme deste genero onde a complexidade e o desenvolvimento creativo de determinados pontos tem que ser bem mais vincado.
A determinada altura do filme ele caminha de uma forma tao denunciada para o seu final que ja sabemos o que o filme realmente vai nos dar, mesmo que em termos temporais o filme se alongue em sequencias algumas delas quase intermiinaveis de tiros e correria.
O grande foco de interesse acaba por residir no contexto escolhido para o filme fora dos EUA e concretamente numa intrigante e desenvolvida cidade do cabo, o que acaba por ser o ingrediente novo num filme ja por demais vezes efectuado ou pelo menos com parentes muito proximos.
O filme fala de um jovem cujo o trabalho e guardar uma casa para o CIA naquela cidade africana que de repente observa o espiao mais procurado entrar na mesma para interrogatorio e sair de la apenas na sua companhia ja que existe uma carinificina o filme e a fuga e a tentativa de entregar este individuo e nao o perder, mas o perigo nem sempre parece vir deste mesmo lado.
O argumento e bem intencionado na tentativa de fazer um jogo do toca e foge ou gato e rato mas o certo e que o desenvolvimento da propria historia nunca consegue acompanhar o ritmo que um filme com esta tematica exige, tenta sempre ser demasiado directo e nao engomar um filme cujas pontas soltas pedem mesmo isso.
A realizaçao nao e brilhante e sempre dificil filmar em contextos fortes e quentes como uma cidade africana mas por vezes a estetica do filme perde e mesmo a produçao e isso faz o filme nem sempre ser um filme bom tecnicamente.
Por fim em termos de cast se pensarmos no numero de vezes que Washington intepretou este papel de certeza absoluta que concluimos que nao pode existir nada que encaixe como uma luva como este alias que lhe valeu o oscar na primeira tentativa mas que com o passar do tempo tornou-se cansativamente repetitivo. O problema neste filmes e que Rynolds tenta quase sempre ser o mesmo mas sem o misterio principalmente nas sequencias de maior entrega fisica caindo por vezes num overacting exagerado.

O melhor - Cidade do cabo algo desocnhecida

O pior - O filme não ir alem do estritamente obvio

Avaliação - C

Friday, February 10, 2012

Hugo



Muitos ficaram supreendidos quando Scrocese acunciou que o seu filme seguinte seria uma especie de filmes para crianças em formato 3d, quase como se uma fabula de natal se tratasse. De imediato poucos o apontaram como favorito na listagem a nomeações tentando descreditar o realizador num modelo que não estava habituado. Contudo logo apos a visualização do filme tudo mudou, as criticas renderam-se por completo a obra do realizador quer em termos produtivos quer em termos narrativos, conseguindo importantes premios e colocando-se numa linha inicial na luta pelos premios. Mesmo assim isto nao fez o filme ter uma explosao comercial, como alias normalmente Scrocese nao tem, pese embora este facto os resultados sao consistentes.



A analise que se pode fazer deste filme tem que começar pelo seu primor tecnico se dissermos que e uma das obras mais completas e deslumbrantes do pontos de vista tecnico nao estamos a ser exagerados, surpreendente de cima abaixo parece uma obra de arte visual como raramente foi visto no cinema, com uma utilizaçao perfeita do 3d e daqueles filmes que ficara como um marco historico no cinema pela sua dimensao e qualidade imaginativa das suas imagens.



Se isto não bastasse para todo o peso que o filme tem em si, mais dois pontos positivos o filme tras desde logo uma ternura emocional impressionante nas suas personagens perdidas em busca do seu proprio concerto como se de um relogio se tratasse, alias este comparaçao metaforica e mesmo o grande simbolismo moratorio de um filme riquissimo neste tipo de conteudo. O ultimo ponto interessante e extremamente bem conseguido no filme e o documento historico em termos de cinema, este filme vive e transpira cinema em todo o seu mundo, num objecto que rapidamente se tornara num pilar do cinema moderno glorificando os seus pioneiros.



O unico senao do filme e demorar demasiado tempo a arrancar em se tornar magico a introduçao das personagens e demasiado longa e o filme algo lento que nao compactua com a qualidade estetica que desde inicio ele tem consigo, mas no final pouco ou quase ninguem se recorda deste mesmo ponto.



O filme fala de um jovem orfão que aos poucos quer reconstruir um boneco deixado pelo seu pai, e que segundo ele lhe tras uma mensagem, aos poucos esta descoberta conduz ate a um particular dono de uma loja de brinquedos com muito por tras de si.



O argumento e interessantissimo em diversos pontos nao so do ponto de vista documental, mas mesmo na construçao das personagens, da demasiado espaço a estas o que faz o filme por vezes perder ritmo mas ganha na sua consistencia interna que e vector fundamental de grandes obras,.



A realizaçao de Scorcese e brilhante em todos os niveis na conjugaçao do moderno e antigo, na forma estetica que da ao filme tem a realizaçao do ano e uma das melhores dos ultimos vinte e anos, demonstra a maturidade que talvez poucos realizadores consegue imprimir, fazer um filme simples sem a diferença de uma toada seria e coerente, e sempre madura.



O cast e brilhante desde logo nos mais pequenos dois actores do melhor que a geraçao parece trazer dominam o filme de inicio a fim sem espaço para mais não, Kingsley e o secundario de luxo num filme que contudo fica marcado por tudo o resto e coloca as excelentes prestaçoes ainda assim num segundo plano.






O melhor - O cinema moderno ao seu maximo.






O pior - Perder ritmo para ganhar consistencia






Avaliação - A-

Thursday, February 09, 2012

Chico & Rita


Juntamente com A Cat in Paris existiu outra surpresa na nomeação para os oscares da academia, concretamente este pequeno filme espanhol, de um grande cineasta apostado em dedicar-se a animação, filmado dentro de Cuba e que passou quase despercebido no cinema internacional mas que esta nomeação para o oscar acabou por lhe dar o mediatismo que poderia ter sido obtido por outro lado. Em termos criticos pese embora as avaliações sejam maioritariamente positivas o certo e que o filme nao foi uma explosao critica. Tambem em termos comerciais as coisas nao foram particularmente intensas com resultados modestos em todos os mercados.
A primeira coisa que desde ja temos de premiar no filme e a sua qualidade tecnica e grafica conjugando uma componente estetica de primeira linha um filme com uma estetica propria interessante trazendo uma imagem animada de uma Havana e Nova iorque como poucos sequer tentariam arriscar. Contudo dizer que o filme vale muito mais tecnicamente do que propriamente em si proprio e na sua narrativa e tambem certo e um facto ou seja o estilo musical e acima de tudo amoroso da sua toada perde sempre pelo encruzilhar intenso de novos elementos que nada trazem de benefico aquilo que o filme quer na realidade ser. Mesmo assim temos bons momentos principalmente quando o filme se centra na dinamica relacional central e mesmo na paixao pela musica, ou seja estamos mais do que tudo numa especie de animaçao europeia musical.
Talvez por tantos ingredientes pouco comuns podemos dizer que a nomeação e mais que justa para aquilo que o filme quer e acima de tudo para os novos parametros daquilo que o filme tras mais do pontos de vista estetico premiando aqueles que ainda arriscam uma forma clara de ser.
O filme fala de dois jovens cubanos que perdidos numa Havana algo descriminativa mas com o amor pela musica encontram o amor em ambos contudo vidas turbulentas e carreiras diferentes leva a que a procura de um pelo o outro passe para o outro lado para Nova iorque ate ao reencontro final.
O argumento e bem escrito como romance na sua dinamica relacional pese embora este facto perde se em elementos secundarios diversas vezes e isso faz o filme ser por vezes demasiado solto, mesmo assim o filme tem bons momentos e acima de tudo uma boa contextualizaçao temporal.
Em termos de realizaçao Trueba tem um trabalho fantastico em todos os niveis principalmente no estetico e na animaçao que pese embora seja em 2d acaba por trazer consigo tudo aquilo que a evolução nos pode dar.

O melhor - A animaçao com caracter.

O pior - A densidade narrativa demasiada entrelaçada

Avaliação - C+

Wednesday, February 08, 2012

A cat in Paris


No momento em que sairam as nomeações para os oscares existiu uma categoria que reuniu em si algumas das maiores supresas do evento, ou seja a categoria de melhor filme de animação quase sempre dominado pelos grandes estudios. Pois bem este ano entre os cinco existiam duas nomeações europeias como ja o ano passado tinha acontecido. Um deles foi este thriller de acção frances numa animação primaria, de pouca duração, que pouco ou nada tinha sido visto não so em termos comerciais mas acima de tudo em termos criticos.
A primeira analise que podemos fazer a este filme e a surpresa pela nomeação desde logo porque quer do ponto de vista estetico de criaçao artistico e acima de tudo na simplicidade e linearidade do guiao nao conseguimos encontrar qualquer tipo de o vector que o caracterize ou que marque qualquer diferença pela positiva. Desde logo a sua forma precoce do ponto de vista tecnico demasiado rudimentar ao qual se junta uma historia de base policial pouco criativa e obvia, com um conteudo moral pouco interessante, tendo sempre muito mais uma toada de comedia policial do que animaçao, nao se percebendo a razao do filme ser neste formato.
Contudo e se do ponto de vista narrativo ate se pode compreender alguma forma de ser da sua historia com a tentativa de ser um filme para toda a gente este ponto e mais dificil de perceber na forma estetica do filme, so na parte final e com o englobar na historia da catedral de notre dame conseguimos encontral algum ponto concreto de paris que poderia ser bem mais explorado no filme, principalmente tendo em conta o seu titulo.
Enfim so se consegue perceber esta nomeaçao pelo facto de incentivar a produçao de animaçao no cinema europeu, caso contrario e obvio que hollywood pelo menos teve filmes bem melhore do que este que nada conseguiram por exemplo Timtim.
O filme fala de um gato domesticado por uma familia liderada por uma mae que perdeu o seu marido numa investigação policial fruto de ter sido morto por um bandido, e um outro ladrao que a noite com a ajuda do gato acaba por efectuar diversos assaltos, a luta contra o mesmo bandido o gato e depois a filha da policia vai levar a uniao nos momentos mais complicados.
O argumento e pobrezinho nao so em termos da construçao da historia mas acima de tudo na forma como esta se desenvolve, dialogo e acima de tudo o desenvolvimento do proprio filme muito pouco para um filme que deveria ambicionar um cadito mais.
Tambem em termos de produçao nao temos um filme de primeira linha com uma estetica e uma animaçao 2d rudimental com algum estilo proprio e certo nao prima pela beleza e muito menos pela forma original, ou seja merecia muito mais para a nomeaçao.

O melhor - Ser diferente na actualidade.

O pior - Mesmo neste campo existir bem melhor pelo mundo fora.

Avaliação - C

Sunday, February 05, 2012

Footloose


A falta de creatividade de novos titulos em Hollywood tem conduzido ao boom de remakes de filmes que marcaram sucesso em gerações anteriores com algumas alteraçoes de forma a contextualiza-los na actualidade um dos filmes que mereceu este tipo de adaptaçao no ano passado foi Footloose o mitico filme de dança com bacon, desta vez trazendo ao ecra um conjunto de jovens desconhecidos. O resultado contudo foi mediano, se criticamente os remakes na maior parte das vezes nao entusiasmam qualquer pessoa tambem em termos comerciais o filme este longe de ser entusiasmante com resultados medianos nos EUA ao qual se ligaram pessimos resultados em torno do globo.
Um dos grandes problemas dos remakes que sao lançados numa outra epoca e a tentativa de os contextualizar na actualidade sem perder a envolvencia e o segredo dos seus originais, pois bem e neste ponto que o filme falha em quase toda a linha, ou seja a incapacidade que tem em si de parecer alguma coisa, quando na verdade o filme e passado nos nossos dias numa comunidade impossivel de existir nos nossos tempos.
Outro ponto de footloose que se perde completamente e alguma inocencia da maior parte das personagens,a dança deixa de existir em si proprio e vem ao filme apenas como metodo de sedução criando antagonismos com toda a frieza e a forma fechada com que a propria sociedade descrita acaba por ser apresentada.
Pese embora todos estes factos o filme tem bons momentos dançantes e e fiel ao seu antecessor, principalmente na forma como os momentos musicais acabam por ser blinadados e acima de tudo na frescura que tras num filme sem mas intençoes apenas conduzido a um filme de adolescentes basico sem grandes ambiçoes em nenhum tipo de contexto.
O filme fala de um jovem que apos a morte da mae vem viver para uma pequena cidade dos EUA onde apos a morte de cinco jovens e proibido concentraçoes para dançar, pois bem como este individuo tem a dança no sangue algo vai começar a mudar e a musica começa novamente a atacar.
O argumento e o mais basico e fiel ao primeiro filme pese embora as tentatives de reajustes em termos temproais no meu entender saia quase sempre furado para um filme que depois apenas insiste em limites minimos de dialogo e acima de tudo de envolvencia e conteudo das personagens.
Em termos de realizaçao estamos perante um filme com bons momentos de dança sempre com a camara atenta ao movimento de pes que e a força da saga, nao e uma realizaçao esteticamente empolgante mas nao e por aqui que o filme perde qualidade.
A escola para o cast dois jovens com caracteristicas parecidas ou seja bons dançantes mas com muito para evoluirem como actores dificilmente conseguem atingir o carisma ou a simpatia natural do publico e isso pode ser nefasto para um filme como este.

O melhor - Alguns poucos momentos musicais

O pior - A actualizaçao temporal

Avaliação - C

Friday, February 03, 2012

The Descendants


Desde os ultimos anos que muita gente esperava o novo filme de Alexander Payne depois de a alguns anos atras quase ter conseguido vencer os oscares numa pequena comedia sobre vinhos que salientou a forma muito correcta e concreta com que o realizador mas tambem argumentista consegue escrever. Para este regresso nada melhor do que pegar no senhor hollywood de momento, ou seja Clooney e fazer um drama familiar, a maneira que a critica mais tradicional gosta. Os resultados incriveis nao so em termos criticos terreno prodigo para o autor, mas tambem em termos comerciais o filme chamou a atençao de si, depois de vencer diversos premios como os globos de ouro e estar perfilado na corrida aos oscares.
O primeiro ponto que devemos dizer deste filme e que e de longe o melhor filme do realizador pela primeira vez ele conseguiu pegar num drama concreto de personagens e com o seu estilo simples e solto conseguir aligeirar com promenores e situaçoes irrisorias sem tirar a intensidade que o filme lhe merece. E daqueles filmes que por muito pouco que tenha a sua volta e feito com uma perfeiçao e pensado em tanto pormenor que se torna grande em si mesmo, principalmente na forma como e escrito e na forma como deixa as personagens se crescerem em si propria.
E uma obra singular, quase perfeita de um cinema básico sobre pessoas efectuado por alguem que as estuda bem e as gosta de filmas da forma que elas realmente sao, mesmo que os contextos nem sempre sejam os mais generalistas.
Alias o grande erro do filme no meu entender reside no contexto demasiado soft e pouco interessante do Havai o filme poder-se-ia passar em qualquer lugar, podendo mais dar alguma intensidade narrativa que o filme ja tem que basta, e acima de tudo lhe retirava a banda sonora que a determinada altura ja e impossivel de ouvir.
E dos melhores filmes do ano indiscutivelmente parece talvez sem o alcance para ser o filme do ano, mas figurara sempre nas listas de 2011.
O filme fala de um pai que se ve sozinho com as suas filhas depois de a sua mulher ter um acidente que a deixa em coma, assim tem que preparar a familia para a morte da mãe, enquanto descobre que esta nos ultimos momentos de vida o traira.
O argumento e o ponto forte em toda a linha do filme, nao so pela historia e desenvolvimento da mesma, mas acima de tudo no balanço de argumento com dialogos e situaçoes dificeis e acima de tudo numa excelente construçao de personagens o verdadeiro sonho e mais valia do filme.
Dizer que a realizaçao de Payne e brilhante e exagerado alias nunca um filme dele valeu especialmente pela sua forma de filmar, mas sempre mais pela sua forma de contar historia, neste caso teve sorte que o filme foi demasiado bem amado, para lhe permitir a nomeaçao que parecia continuamente lhe escapar.
Em termos de cast a escolha de Clooney parece a melhor nao so na dimensao que quer dar ao filme, mas no protagonismo critico que o filme quer. O senhor Hollywood corresponde com o melhor possivel, com uma das suas melhores interpretações embora continuo a dizer que e um actor limitado a alguns tiques embora em desenvolvimento, contudo neste filme esta mais fraco, mais perto da humanidade, sendo que as suas expressoes faciais e principalmente a sequencia da despedida lhe podem valer o oscar num ano menor em interpretações masculinas, onde apenas Dujarin lhe podera roubar protagonismo. O restante cast ao nivel de todo o filme ou seja muito bom.

O melhor - A facilidade de um argumento abarcar tantas emoções distintas

O pior - A banda sonora

Avaliação - B+

Underworld - Awakning



Muitos poucos alguma vez pensaram que o franchising de Underworld conseguisse ser revitalizado depois de no terceiro episodio já não ter contado com a sua protagonista. Contudo como a carreira de Beckinsale ja teve melhores dias eis que a actriz decide regressar à sua personagem mais conhecida, para mais um episodio, marcado pela estreia em pleno janeiro como a maior parte de saga. Os resultados foram praticamente os mesmos que os seus antecessores, por um lado em termos criticos o que ja tinha ocorrido nos outros filmes ou seja criticas maioritariamente negativas, e comercialmente mesmo sem ser explosivo ter resultados minimamente consistentes, se bem que coloco a duvida se suficientes para um novo capitulo.



A historia e conhecida, a formula o mesmo se bem que desta vez sem a sua companhia dos dois primeiros filmes, concretamente Speedman que dava uma certa intensidade amorosa ao filme, e daqueles filmes que passado cinco segundo ja sabemos concretamente o que ele nos vai trazer, ou seja acção, figuras de honra e muito pouco que falar e ainda menos que contar depois de ver o filme. Nao digo que seja uma surpresa negativa este registo alias todos os filmes da saga sao vincados por este tipo de estilo discutivel mas que e certo que reuniu adeptos à sua volta.



Não e daqueles filmes com uma acção intensa mas sabe perfeitamente onde quer chegar explorando ao maximo aquilo que tem realmente para nos dar, a determinada altura pensamos que o filme mais do que uma linhagem narrativa e um exercicio de estilo para a protagonista que consegue estar neste particular melhor que nunca.



O filme fala do acordar da vampira principal que depois de ser colocada num centro de investigação consegue fugir percebendo que a realidade e completamente diferente e que os seus demais e rivais estao mais fortes do que nunca.



O argumento e aquilo que ja vimos nos filmes anteriores ou seja directo ao seu propósito, pouco denso em termos de personagens e acima de tudo de dialogos, mas e aquilo que ja vimos nos outros filmes, como filme solto podera ter algumas deficiencias como seguimento podemos dizer que a linhagem e continuada na perfeição.



A realização de um filme em 3d tem bons momentos, primcipalmente na forma natural como joga com a escuridao das imagens e obvio que com os efeitos e facil fazer um filme completo e forte neste particular, contudo nem sempre parece ter primor estetico.



Por fim o cast Beckinsale joga perfeitamente nesta personagem pois consegue ser enigmatica ter estilo e acima de tudo consegue aquilo que pouco gente consegue em figuras femininas de acção ser carismatica, talvez aqui reuna o maior segredo do exito do filme, ja que pouco mais tem mesmo em termo de intepretações.






O melhor - O carisma no papel de Beckinsale






O pior - A falta de profundidade da saga.






Avaliação - C-

Thursday, February 02, 2012

The Devil Inside



E conhecida já a tradição de no mês de Janeiro serem lançados diversos filmes de terror normalmente com actores desconhecidos apostado a preencher o vazio que existe nos primeiros meses do ano, altura pouco prodiga para apostas mais arriscadas. O primeiro filme a estrear este ano foi este este pequeno filme baseado em obras anteriores como Blair Withc ou mesmo Paranormal Activity. Os resultados foram dicotomicos se por um lado comercialmente este pequeno filme conseguiu resultados importantes, em termos criticos os pontos foram completamente contrários com avaliações completamente negativas.



Devil inside é daqueles filmes que pouco ou nada trás ao genero, filmado sob a forma de documentário e da busca de opinioes sobre exorcismos em pleno centro de estudos o filme decorre a um ritmo forte querendo rapidamente chegar ao seu segredo que acaba por ser mesmo a forma como termina, pouco ou nada tras de novo a um cinema ja gasto com ideias reduzidas cujo o unico envolvimento e ganhar o proprio dinheiro.



Nao direi que é um filme horrivel ou um insulto para o cinema muito pelo contrario penso que e daqueles filmes que tem no seu valor interior uma força propria, muito pelas sequencias fortes de exorcismo, mas limitar um projecto a um conjunto de actuaçoes e no minimo redutor para aquilo que o filme quer de si proprio.



O filme fala de uma jovem que após a sua mãe ter assassinado tres pessoas num ritual de exorcismo tenta perceber o que lhe ocorreu e todo o fenomeno conduzindo posteriormente a propria luta pela fuga da possessão.



Um filme com este tipo de genero nao e normalmente um filme com um argumento muito completo, muito pelo contrario quase sempre e um filme de pontas soltas pouco trabalhado em termos de dialogo e personagens o que acontece tambem no presente caso.



Por fim em termos de realizaçao temos tambem um filme sofrivel mesmo na tentativa de dar realismo aos movimentos da camara que torna um filme menor mesmo num genero com poucas obras de qualidade.



Por ultimo em termos de cast o filme tem muito pouco de revelante a unica coisa que o filme pede e gritos e medo e o filme tem isso, contudo sem interpretaçoes dignas de registo.




o melhor - Os exorcismos com efeitos de primeira






O pior - Ser repetitivo no tema






Avaliação - D+

Wednesday, February 01, 2012

J. Edgar




Nos ultimos anos sempre que Clin Eastwood lança um projecto os holofotes de Hollywood fixam-se para perceber que tipo de filme vão ter perante si, pois bem, numa cadencia de filmes nunca antes vista eis que surge o novo filme, novamente um biopic, desta vez do mitico fundador do FBI, com a chancela do argumento do consagrado e jovem Blake, que ja anteriormente fizera a homenagem a Harvey Milk, tendo inclusive ganho o oscar para melhor argumento. A uniao prometia mas desde as primeiras criticas começaram a surgir os assobios para um filme que muito prometia e que conduziu a criticas demasiado variadas para um filme que podia sonhar com algo elevado. E como estas criticas nunca inidiciam bom resultado comercial o filme batalhou muitas vezes sem glorias nem resultados em resultados demasiado simples e modestos para um filme com tantos condimentos.




Desde logo podemos dizer que a opção de homenagear tal figura nos parece certa, pela dimensao dos feitos pela personalidade e pelo objecto de interesse que poderia ter, contudo penso que o filme passa no que realmente fez a vida de Edgar demasiado rapido para se centrar em demasia na sua ambivalencia sexual, demasiado explorada e sem resultado pratico para aquilo que o filme quer ser, mesmo tenha escondido uma moratoria bem personificada o valor do que quer transmitir nao e necessario para o filme lhe dedicar tanta atençao colocando em segundo lugar pontos talvez mais fundamentais na personagem.




Outro dos pontos tambem nos parece mais executados no filme e a fracção temporal e a montagem que faz com que os cortes temporais sejam tambem eles cortes exagerados no raciocinio dos espectador, pensando sempre que este tem o filme decorado o que nem sempre acontece muito devido a uma falta de ritmo na sua fase inicial.




Pese embora estes defeitos estamos perante um filme forte, intenso, que da a conhecer todos os lados de uma personalidade ambigua e quer lo fazer dessa forma, não cai em facilitismo e isso acaba por ser importante em alguma imponencia que o filme atinge. Nao e um filme de grandes linhas mas a intensidade dos feitos acaba por se reflectir na força da personagem central.




O filme fala da subida e queda ao longo do tempo do fundador do FBI na criaçao de um estilo de novas formas de investigaçao do seu valor para o que se faz hoje, mas tambem as suas formas mais humanas e os seus conflitos continuos.




O argumento pese embora permita a intensidade e construa bem a personagem central e daqueles que perde na diferença de enfoque estando mais focado no superficial do que realmente o filme deveria tratar, e isso acaba por tornar o filme algo tendencioso e pouco profundo em determinados aspectos.




Eastwood e talves dos melhores realizadores a filmar personagens e os seus sentimentos e a força do seu olhar e aqui a forma como filma a personagem central na sua ambivalencia e brilhante nem sempre o filme acompanha este nivel e isso acaba por tirar alguma intensidade tambem ao seu trabalho.




Em termos de cast Di Caprio tem naturalmente um grande papel, dificil exigente e quase sempre levado a intensidade maxima que o poderia conduzir facilmente a uma nova nomeaçao caso o filme acompanhasse o seu nivel. Pena e que nem sempre os seus parceiros acompanhassem a sua interpretação inclusive Harmer em boas graças mas que demonstra aqui ainda ser pouco mais do que uma boa aparencia.








O melhor - O mito da personagem








O pior - Dificuldades de enfoque no essencial








Avaliação - B-