Tuesday, August 30, 2022

Samaritan

 Numa altura em que as operadoras de streaming lançam os ultimos cartuchos sobre os projetos mais comerciais de verão que tinham em mão, sendo que a Amazon na sua chancela mais independente tinha este filme de super herois, com um Stallone numa idade avançado. Em termos criticos o filme acabou por ter uma mediania com tendência negativa, sendo que em termos comerciais será sempre um filme de visualização rápida e que será sempre procurado por os adeptos do cinema pipoca.

Sobre o filme o tipico filme de ação de Stallone, mais no capitulo do heroi cansado mas ainda apto para regressar, algo que o mesmo ja tinha feito noutros filmes e sagas que marcaram a sua carreira como Rocky e Rambo, agora numa especie de filmes de super herois de segunda linha que acaba por ser um filme de processos automatizados e pouco trabalhados, num filme previsivel onde nem o CGI na imagem de Stallone acaba por salvar um filme com muito pouco de realmente novo em termos de historia.

Temos os cliches todos dos filmes de super herois de segunda linha, o desaparecimento, o regresso, o vilão pouco ou nada trabalhado, sequencias de luta interminaveis e a ligação a uma criança. Tudo isto espelha bem a dificuldade que o filme acaba por ter em encontrar alguns pontos originais que o diferencie, fica mesmo a ideia que ja vimos tudo isto, muito melhor elaborado e com outros interpretes.

Ou seja um claro filme de pouco trabalho para os envolvidos, produzido por um Stallone que tenta adiar o seu desaparecimento enquanto heroi de ação e que vai criando projetos para si proprio, mesmo que em termos de novidade estes acabem por ser mais do mesmo, num terreno de filmes de segunda linha para desgaste rapido.

A historia segue um jovem fanatico por um super heroi desaparecido que acaba por descobrir ser um seu vizinho solitario. Este tem de regressar ao ativo quando um temivel lider de um gang acaba por tentar acabar o trabalho do antagonista deste heroi.

Em termos de argumento temos um filme previsivel, igual a muitos outros, sem personagens diferenciadas. Nao e um filme que tente responder a muitas questões, mas tenta ser um simples filmes de ação desprovido de grande conteudo, e isso enfraquece a força do proprio filme.

Na realizaçao deste projeto temos Avery e associado a um cinema de ação mais independente que acabou por ser o escolhido por Stallone para este projeto de low budget. A realizaçao e simplista, a utilização do CGI algo dividosa, e o resultado de pouco impacto para todos os envolvidos.

Sobre o cast eu confesso e percebo a tentativa de Stallone sobreviver no unico genero que lhe deu alguma luz. Com o passar da idade e a falta de recursos para personagens mais dramaticas sobra isto, mas tudo já soa a muito forçado. Asbaek nasceu para ser vilão, e aqui cumpre.


O melhor - Não e um filme que tente ser mais do que uma segunda linha dos filmes de ação.

O pior - Mas e uma segunda linha vazia e previsivel


Avaliação - D+



Monday, August 29, 2022

Me Time

 Se existe critica que ao longo dos anos tem sido a imagem da marca da Netflix enquanto produtora, e a aposta em filmes cuja base segue aquilo que foi sendo feito pelos seus interpretes, com pouco ou nenhum risco, em busca de um sucesso instantâneo de visualizações que alimenta com suporte financeiro a operadora, mesmo que para os seus interpretes estes filmes sejam verbos de encher. Esta comedia com um Kevin Hart e um Whalberg totalmente vocacionados para a comedia, foi um autentico desastre critico com avaliações pessimas. Comercialmente o acesso facil ao filme e os protagonistas tornarão certamente o filme um sucesso.

Sobre o filme temos a tipica comedia de Hart, centrada na sua personagem e nos seus atributos que conduzem para um humor fisico onde ele vai funcionando, embora o desgaste do conceito repetido ja se faça sentir, principalmente quando tudo a volta e desprovido de qualquer sentido, e ficamos com a sensação que ja chega esta abordagem e este facilitismo na carreira. O filme não trás nada de diferente, acabando por ainda ser menos interessante na curiosidade da historia, ficando a sensação que a base e sempre a mesma alterando so o seu parceiro ao longo do tempo.

Um dos problemas mais graves de uma comedia vazia e que a mesma depende em exclusivo da forma como esta funciona em termos de gargalhadas  e também aqui o filme não funciona porque a tentativa de construir  uma personagem fora da realidade, e o nivel de humor fisico atual de Whalberg esta longe de ser funcional nos dias de hoje, e o filme parece sempre mais estranho do que engraçado

Assim, temos neste filme muito do que é habitual na carreira descendente de humoristas, em que a repetição de conceitos começa a cansar e na falta de novidade nada sobra. Por ser lado Whalberg parece encaixar numa espiral negativo que provavelmente conduzira a uma carreira pautada por desastres criticos em que este acaba por ser mais um.

O filme fala sobre um dono de casa, que abrangido pelo excesso de funções no que diz respeito as lides diárias, acaba por tirar uns dias de ferias sozinhos, em que acaba por contactar com um seu amigo de infancia com o sindrome peter pan que o leva a muitas aventuras desastradas que coloca em causa tudo o que conquistou.

Em termos de argumento muito pouco, uma historia igual a muitas, um humor muito pouco apurado, baseado num estilo fisico e obsceno pouco ou nada funcional. personagens repetitivas e um vazio de ideias do primeiro ao ultimo minuto.

Na realizaçao Hamburg e um experiente realizador de comedias de gosto duvidoso, que pauta a sua carreira pouco fulgurante. Aqui mais do mesmo, tenta entrar num humor fisico que nunca funciona e num vazio de ideias semelhante a maior parte dos seus registos anteriores, que o fazem ser num constante mas quase anonimo realizador de comedia.

No cast Hart acaba por ser isto, nota-se algum desgaste de imagem pela forma continua e repetitiva dos seus personagens, sendo este mais um passo nesse caminho. Parece mais preocupante um Whalberg que parece ter desistido de projetos mais fortes, sendo que no humor e quase sempre mais estranho que engraçado.


O melhor - A curta apariçao de um desgastado Seal


O pior - A falta de graça de todo o filme


Avaliação - D



Saturday, August 27, 2022

Orphan: First Kill

 Treze anos depois de um peculiar filme de terror se ter tornado um sucesso comercial pela surpresa do seu final, embora com alguns apontamentos abertos que agora esta prequela tenta fechar, num filme lançado diretamente para a aplicaçao Paramount +, que apenas repete a pequena protagonista do primeiro filme, agora adulta, na repetiçao de uma das figuras que mais funcionou nos ultimos tempos em termos de terror. Este segundo capitulo como o primento nao foi propriamente um sucesso critico com avaliaçoes demasiado medianas. Comercialmente parece ser um dos valores que fara algumas aplicações de streaming ficarem mais fortes.

Sobre o filme desde logo existe uma implicação que condiciona muito daquilo que poderia ser a prodiução do filme que o facto da sua protagonista, e em grande parte a responsável pelo sucesso em termos de horror do filme, ja nao ser uma criança mas uma adulta, mas ter de dar a impressão que ainda o é. Essa dificuldade o filme tenta a todo nivel ultrapassar mas nunca consegue efetivamente e isso condiciona em muito aquilo que é a congruencia da sua historia.

Do ponto de vista narrativo o filme tem algumas oscilações que acabam por o diferenciar ligeiramente, ao nao colocar o tonico apenas no desajuste da personagem, mas tambem tentar encontrar o lado negro das outras personagens de forma a equilibrar os esforços, e nao termos o tipico filme dos bons contra a força terrivel, e nisso o filme e algo original, embora simplista como alias sao a grande parte dos filmes de terror dos dias de hoje.

Ou seja um filme que preenche algumas das lacunas do argumento do primeiro filme, treze anos depois, um filme que tenta ter a funcionalidade estetica do primeiro filme, a custa da interpretaçao estetica da entao jovem Isabelle Furham, mas que acaba por ter dificuldades em esteticamente fazer funcionar a premissa inicial do filme, embora narrativamente tente fugir ao habitual na parte do desenvolvimento central, acabando num medianissimo filme de terror.

A historia e previa ao primeiro filme e explica a chegada de Esther aos EUA depois de sair de uma clinica de saude mental e assumir a identidade de uma menor desaparecida de quem assume o lugar na familia contudo a historia do desaparecimento podera colocar em causa o seu disfarce.

No argumento o filme tenta contrariar algumas das lacunas evidentes do primeiro filme no que diz respeito a algumas explicações, colocado esse ponto de lado o filme acaba por ser algo simplista na premissa sem grande desenvolvimento das personagens, mas com um percurso diferente no que diz respeito aquilo que é o comum em franchsing de terror.

Na realizaçao a batuta foi entregue ao dedicado ao terror William Brent Bell que acaba por fazer o possivel embora dentro do tipo de cinema mais comercial de terror que tem feito. A estetica da personagem e o crescimento da actriz trazem dificuldades que tentam ser contornadas com truques de camara o que nem sempre e conseguido, e talvez explique o porque do realizador caminhar por este percurso comercial mas não de autor.

No cast apenas Furham repete a personagem que lhe deu fama, num trabalho mais dificil pela necessidade de infantilizar esteticamente algo que no primeiro filme nao era necessario ja que era a sua idade. A actriz esforça-se mas esteticamente nem sempre funciona. No restante um regresso de uma Stiles algo diferente do habitual com alguns momentos interessantes a tentar recuperar o fulgor de uma carreira desaparecida.


O melhor - O facto do filme nao cair na historia de sempre.


O pior - Esteticamente dificil, mas muitas vezes ninguem acredita nos 9 anos da personagem.


Avaliação - C



Friday, August 26, 2022

Mrs Harris Goes To Paris

 Este filme completamente multicultural passado entre uma inglaterra tradicional e uma frança glamurosa foi uma das grandes surpresas do verão, pelo mediatismo que foi tende, principalmente tendo em conta a sua falta de estrelas de primeira linha, onde acaba por ser a marca Dior que tinha mais valor comercial no âmbito deste mesmo projeto. O filme potenciado por uma boa receção critica acabou por ter alguma expansão que lhe permitiu consistentes resultados de bilheteira, tendo em conta os objetivos iniciais.~

Este filme e uma pequena e simples comedia britânica, de emoções fáceis, que acaba por juntar de uma forma simpática dois mundos antagónicos. No final surge um filme tão próximo das telenovelas, mas com valores tão simples e positivos que acaba por agradar à maioria dos espetadores, pelos valores de esperança e da valorização dos valores básicos humanos que transmite, com alguns dos apontamentos mais interessantes da comedia de costumes britanicos e dos filmes de alta costura.

Nao sendo um filme com uma historia muito elaborada, ou muito original, acaba por ser um filme de personagens, e onde a Mrs Harris acaba por ser uma especie de Forrest Gump dos nossos dias, na transmissão dos valores basicos que devem estar inerentes a qualquer estatuto. E nisso o filme funciona, devido a uma construção muito interessante de uma atriz com recursos como Manville e da forma como o filme consegue ir ao lado simplista das vilas britanicas ao glamour da alta costura Dior.

Ou seja um filme simples, quase primario naquilo que são os procedimentos da construção de um argumento, mas pela sua quase inocencia funciona, porque todos gostamos dos sentimentos que vao sendo transmitidos de uma forma continua ao longo do filme e pela ligeireza que o mesmo assume. Nao se fazem muitos filmes assim, e os que se fazem poucos conseguem comunicar tão bem como o espetador.

O filme fala de uma empregada de limpeza, que apos a morte do marido tem como sonho reunir todos os seus valores monetarios e adquirir um vestido Dior, onde acaba por entrar no mundo da marca e na ligação entre diversos intervenientes associado a prestigiada marca, com alguns contratempos para atingir o seu objetivo.

O argumento e simplista, quase de telenovela de inicio de tarde, mas a forma desprendida e simples com que tudo e construida acaba por comunicar bem como o espetador, e todos saem com a sensação que o filme é o que quer ser e isso agrada a maior parte dos espetadores.

Na realizaçao Fabian e um realizador de festivais menores de algum sucesso que tem aqui um projeto de maior dimensão que acaba por funcionar pela forma como consegue ir buscar a natureza dos seus proprios contextos e acaba por ser um bom trabalho desprendido que podera abrir outras portas.

No cast todos os louvores vao para Manville uma actriz multifacetada capaz de construir as personagens mais perigosas como as mais doceis, estando aqui com esta roupagem que constroi perfeitamente. A sua presença domina o filme do primeiro ao ultimo minuto, e quando assim é existe pouco espaço para os restantes.


O melhor - A construção de Manville desta apaixonante Mrs Harris


O pior - O historia e claramente demasiado simplista


av



aliação - B-

Charlotte

 O cinema de animação adulto é cada vez mais uma ferramenta utilizada por diversas produtoras de forma a diversificar o seu catalogo. Isso já acaba por ser uma presença não so na industria americana bem como noutros paises como neste caso o Canada que nos deu sob a forma de animação um biopic sobre uma pintora em pleno holocausto. Em termos criticos esta aposta arrojada não teve o resultado esperado com alguma mediania nas avaliações e o estilo demasiado serio para o filme acabou por também não conquistar o publico em geral.

Sobre o filme até conseguimos entender a escolha do cinema de animação pelo paralelismo entre a obra da pintora que acabou por publicar os momentos da sua familia em desenhos com um cunho muito proprio, e acaba por ser a homenagem de transmitir uma historia de desenhos nos próprios desenhos. Esta escolha parece-me interessante embora fique claramente a ideia que deveria existir muito mais paralelismo entre os estilos.

Após esta situação, surge um segundo ponto em que o filme é menos feliz, se a historia de vida pelo menos nas dinamicas familiares e interessante o filme é demasiado pausado limitando-se a ir fornecendo esses momentos sem grande arte, ou sem grande capacidade de potenciar a historia em si. O filme torna-se algo monotono, e a animação acaba por não ser tao diferenciada para tornar o filme uma obra de referência por si so.

Ou seja uma boa historia, que fica melhor contada de uma forma pausada em animaçao para adulto, com vozes competentes, que serve para o efeito sem deslumbrar. Fica sempre a questão que a opção da animaçao deve ser sempre uma mais valia que neste caso acaba por nem sempre ser. O filme cumpre sem grande brilho.

A historia segue uma jovem aspirante a pintora, que vai pintando os momentos menos bons da sua familia, marcada pelo sofrimento individual, mas que se torna mais claro quando o contexto de guerra entra das dinamicas de toda a familia.

Em termos de argumento uma historia simplista, de base, nem sempre muito dinamica, que parece demasiado cortada nos saltos temporais. A animação tenta fazer o filme mais artistico do que narrativo e isso torna o filme algo vazio em momentos em que fica a ideia que existe algo mais para contar. A historia em si e competente e merece atençao

Na realizaçao uma dupla de realizadores de cinema de animação a procura do filme de referencia, que tem aqui uma apontamento mais critica do que propriamente de sublinhado comercial. O filme tem um paralelismo interessante mas fica a ideia que devia existir uma congruencia maior de estilos que poderia fazer o filme mais dificil mas mais marcante.

O cast de vozes e competente, Kneightley encaixa perfeitamente nas caracteristicas da protagonista, e aos poucos vamos reconhecendo e fazendo associação dos titulares das vozes com as personagens e isso e sempre uma boa valorização do filme


O melhor - O paralelismo entre a arte do cinema e a arte da historia


O pior - Fica algo monotono pela falta de ritmo


Avaliação - C+



Monday, August 22, 2022

Secret Headquarters

 UMa das apostas de verão da Paramount + acabou por ser esta estranha produção de Jerry Buckheimer numa especie de filmes de super herois juvenis, com escolhas algo improvaveis ou baixo de forma para assumir o protagonismo. Este filme diretamente lançado na aplicação acabou por não passar com total mediania na critica, compreensivel pelo estilo de aventura juvenil que adota, sendo que comercialmente a Paramount + ainda esta a ganhar terreno pelo que nunca ira premitir grandes sucessos instantaneos.

Sobre o filme temos o típico filme de ficção cientifica com um grupo improvavel de jovens que em grupo acabam por se tornar heróis. E daqueles filmes previsíveis do primeiro ao ultimo minuto, com pouco, ou nenhuma novidade que acaba por recursos bastante limitados fazer um filme fraco, igual a muitos de super herois juvenis, na onda do Spy Kids, com todas as dificuldades iguais a todas as outras, principalmente no que diz respeito a evolução e ao estilo de filme.

Mas o que funciona mesmo muito pouco no filme são as suas escolhas, eu sei que o orçamento do filme não era elevado e que provavelmente a intenção era o tornar mais comico do que propriamente de ação, mas quer Wilson quer Pena não tem idade nem caracteristicas para se enfrentarem em grandes filmes de ação e isso soa sempre a penoso, e nunca a engraçado, ficando muitas vezes o filme refem dessas escolhas.

Por tudo isto um filme de clara serie b, como uma serie de pontos basilares igual a tantos outros que nunca convence nem como comedia juvenil, ja que efetivamente nunca consegue ser minimamente engraçado, nem no filme de ação, já que os efeitos reduzidos e os atores escolhidos nunca encaixam no estilo, ou pelo menos nos momentos em que o filme os chamam a si.

A historia segue uma descoberta por parte de um individuo, que acaba por se tornar o guardião de uma descoberta e ganhar poderes. Tudo fica pior quando um grupo tenta recuperar este poder e acaba por nesse momento o filho de tal individuo e os amigos descobrirem esta faceta do pai.

Em termos de argumento o filme e pobre do primeiro ao ultimo minuto, quer no total preenchimento da historia com os cliches tipicos dos filmes juvenis de açao. Mas principalmente por nunca encontrar o minimo ritmo de filme de ação e muito menos de filme comico, e aqui a culpa e da historia e os seus elementos de base.

Na realizaçao uma dupla que ja esteve associada a filmes mais adultos, mas sempre de ação, que tem aqui alguns meios, fruto do produtor que patrocina o projeto, mas nunca conseguem que esses vetores sejam potenciados na realização, e que talvez explique a passagem por diferentes estilos sempre com resultados curtos.

No cast nem Wilson, nem Pena se sentem confortavel no lado mais de ação do filme, e ele acaba por exigir. Em esforço o filme tenta encaixar no lado mais comico e mais habitual de cada um dos seus interpretes mas isso soa a forçado, demonstrando que nenhum dos dois está num momento particularmente feliz.


O melhor - O lado juvenil é repetido mas pouco arriscado


O pior - A luta entre Wilson e Pena, sem sentido


Avaliação - D



Ressurection

 Nos últimos anos Rebecca Hall tornou-se numa das mais constantes e intensas atrizes de thrillers psicológicos que a tornaram numa atriz bem próxima da critica, neste ambiente mais dark, explorando as suas expressões faciais. Este ano surgiu este peculiar thriller que acabou por ser bem recebido pela critica o que lhe permitiu alguma visibilidade em termos de expansão comercial. Neste particular os resultados foram modestos ja que a atriz funciona bem melhor no que diz respeito a forma de ser em termos críticos do que comercial.

Sobre o filme podemos dizer que é mais um estranho filme sobre saúde mental, igual a muitos outros que são lançados que criam a constante duvida entre a realidade das ações com a saude mental e a prespetiva da doença. O filme acaba por ser suficientemente claustrofobico na sua definição de relações abusivas e isso da lhe uma intensidade interessante, que vai oferecendo palco a uma interpretaçao forte de Hall, mas sobra pouco, e o exagero de alguns momentos levam o filme para um lado demasiado horrorifico sem que isso por si so seja suficiente para potenciar uma mais valia para o filme.

No que diz respeito as diferentes dinâmicas do filme, também me parece que aqui o filme é algo partido. Se o lado do ciclo da agressão e da escalada e bem montada, embora o filme ao entrar muito na dinâmica exagerada da agressão perca esse norte, acaba por ser dos apontamentos onde o filme é mais funcional e de maior impacto. Podemos perceber que por vezes o filme se perde em tentar chegar a demasiados pontos e isso tire-lhe alguma força em alguns momentos.

Ou seja um thriller de segunda linha, que acaba por ter na construção e nos recursos de Hall na interpretação dramatica como mais valia. A oscilação entre a realidade e a perceção nem sempre me parece ser conduzida da melhor maneira, tornando em alguns momento o filme confuso. No final fica a sensação clara que o filme cumpre de forma simples os objetivos mas sem entusiasmar, e que o exagero de algumas opções era a todos os niveis descenessários.

A historia fala de uma mãe e bem sucedida mulher que começa a revisitar o seu passado abusivo, no momento em que reencontra um seu antigo namorado que a conduziu a uma experiência de abusos continuos com capacidade de marcar para uma vida inteira.

O argumento tem alguns elementos bem interessantes que acabam por ser algo desprediçados pelo facto do filme os agrupar em demasiado. Sublinha-se o lado ciclico da agressão entre personagens que o filme trabalha bem. Individualmente em cada relação o filme e menos feliz na abordagem.

Na realizaçao Andrew Semans surge com o seu filme mais visivel, que lhe da o lado negro necessário mas sem grande arte na forma como condimenta. E um filme de segunda linha produtiva que se assume como tal, e que na sua ideia nunca tenta ser um filme para todos.

Em termos de cast Hall e intensa e esta num bom momento de forma e o filme beneficia muito disso. Ja Roth parece mais gasto neste tipo de registo, de um ator que prometeu bem mais do que posteriormente acabou por dar.


O melhor - A intensidade de Rebecca Hall

O pior - O filme torna-se exagerado em alguns momentos


Avaliação - C+



Saturday, August 20, 2022

Luck

 Depois de ter sido a primeira aplicação de streaming a obter numa produçao propria o oscar de melhor filme, com o comovente CODA; eis que a Apple + dá mais vigor a sua aplicação com o lançamento do seu primeiro grande projeto de animaçao com a produção de alguns dos mais famosos criadores do passado da Pixar. Este Luck, que fala sobre a sorte e o azar acabou por ser lançado mas a resposta critica esteve longe do ideal com avaliações algo dispares nao obtendo o consenso critico. Isso e ainda a pouca divulgaçao da Apple + enquanto plataforma poderão conduzir a pouca visibilidade de um projeto arrojado.

Sobre o filme podemos dizer que os primeiros dez minutos são interessantes desde os temas que aborda como a institucionalização, a adoção e o depois, o filme acaba por ser ao mesmo tempo neste período comovente, engraçado e impactante, fazendo prever que o filme iria seguir os traços mais adultos dos melhores projetos da disney. Contudo a determinada altura tudo muda e entramos em mundos fantasticos da sorte e do azar, e para azar do filme tudo muda e o filme e um confuso jogo de superstições e um humor fisico nem sempre bem conseguido, nunca se tornando minimamente no bom projeto que o inicio prometia.

A questao dos mundos fantasticos nos filmes de animaçao, ou quando nos transportamos para esse tipo de filme e a capacidade de ser congruente sem ser exagerado de forma a que tudo faça sentido e permita o desenvolvimento do guião. Neste caso não consegue, o filme perde-se em personagens, em seres, no caracter estetico e dual de ambos os mundos, com muita cor mas coloca de lado o guião e as questões iniciais tornando-se claramente num filme menor, mesmo aborrecido ja que demora quase duas horas.

Por tudo isto fica a ideia que Luck desaproveita o que constroi nos primeiros minutos, se calhar se continuasse com esse estilo seria um filme aborrecido para os mais pequenos, que exigem sempre o lado comico e mesmo imaginario, mas o excesso de protagonismo que estes dois elementos adquirem no resto do filme ainda para mais num mundo infindavel e algo confuso nao e claramente a melhor opção que o filme pode tomar.

A historia segue uma jovem que apos concluir 18 anos sem conseguir arranjar familia, durante o periodo em que esteve institucionalizada, começa a sua vida independente, contudo quer o melhor para uma amiga que ficou no colegio, e necessita da sorte que lhe foge desde que nasceu, embarcando com um gato para o mundo da sorte.

Em termos de argumento os primeiros dez minutos sao prometedores naquilo que seria a abordagem de temas pertinentes a um ritmo interessante. Com a entrada no fantastico tudo se esbate, os temas, a moral, e mesmo as personagens esvaziam para a luz e o nivel tecnico do mundo construido. Claramente uma ma opçao.

Na realizaçao do projeto Peggy HOlmes que ja esteve associada a Disney mas com filmes menores, aqui com o seu primeiro grande projeto deixa-se levar pelas possibilidades de um mundo bonito, colorido, mas fica a clara noçao que a atençao a esses detalhes esvaziou a historia.

No que diz respeito ao cast de vozes, destaque para Pegg como o gato da sorte, que encaixa bem no estilo que o filme quer dar a personagem. E uma serie de atores mais veteranos e algo afastados do grande ecra com mais tempo, que encaixam nas caracteristicas que o filme quer dar a cada um deles.


O melhor - Os primeiros dez minutos

O pior - A forma como o filme desaproveita esse tempo


Avaliação - C



Friday, August 19, 2022

Thirteen Lives

 Uma das grandes apostas da Amazon para este verão, era esta grande produção dirigida por um Ron Howard numa fase mesmo impressionante da sua carreira, sobre uma das historias veridicas que mais apaixonou, concretamente o resgate na gruta de uma equipa de futebol na tailandia. Este filme que surpreendentemente foi diretamente para streaming, algo estranho acabou por ser bem recebida pela critica, sem grande enstusiasmo no entanto, mas que acabou por ter o impacto esperado comercialmente.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem os atributos que mais são reconhecidos a Howard, que é a capacidade de fazer filmes metodicos, com metodos de realização detalhados, conseguindo transmitir a claustrofobia, a dificuldade de toda a missão, e acima de tudo o estado animico que se foi alterando ao longo de toda a operação. Em termos tecnicos o filme é competente e isso faz com que seja mais proximo do espetador.

O lado mais negativo do filme acaba por ser as personagens. Para um filme que tem quase duas horas e meia de duração, e interessante o facto de todos ficarem com a impressão que o filme é demasiado rapido em todos os processos, deixando de lado o acidente, a sobrevivencia, centrando-se na dificuldade do processo de resgate, sendo que mesmo aqui não temos muito sobre as personagens, como se conhecem, quem são, limitando-se a dois ou três traços de personalidade que sabem a pouco.

Ou seja um filme particular, que nos parece competente, principalmente na sua tecnicidade, que consegue com alguns apontamentos isolados ser descontraido, mas que ao mesmo tempo fica a sensação que poderia naquele tempo ter mais intriga, dar mais dos intervenientes, que são quase maquinas de um processo, onde o protagonista e as sequencias baixo de agua, em que Howard acaba por apostar forte. Mesmo assim um filme competente e profissional para um feito que merecia um filme relevante.

A historia segue acima de tudo todo o processo de resgate dos jovens e treinador tailandeses que acabaram por ficar presos numa gruta, e que envolveu uma exigente operação de resgate com diversos mergulhadores e que resultou no sucesso pleno de toda a intervenção.

Em termos de argumento o filme não é propriamente muito elaborado. Sente-se que trabalha pouco os momentos, e acima de tudo as personagens. Fica a ideia que isso podia ter sido tudo mais detalhado e aprofundado, mas se ja assim o filme tem mais de duas horas essa opção tiraria o realismo das sequencias de resgate e poderia tornar o filme menor.

Howard mais que um excelente criador, e um eficaz realizador e mais uma vez demonstra estar ao nivel dos filmes mais exigentes em termos produtivos. Sem grande sublinhado de autor, prima pelo realismo das sequencias de resgate de execução dificil, mas que fruto da sua experiencia executa com qualidade, e impressionando principalmente nesse particular.

No cast para alem das escolhas nativas que funcionam mais pelo lado cultural, o filme entrega a dupla Farrel e Mortensen o protagonismo. As personagens sao muito centradas em alguns apontamentos muito concretos das personalidades das pessoas que interpretam, e isso acaba por limitar os papeis, para alem da disponibilidade fisica necessária. Nao e os melhores papeis de ambos mas acabam por dar a dimensão aos interpretes que faz sempre falta a qualquer filme.


O melhor - O realismo de toda a sequencia de resgate.


O pior - As personagens são pouco potenciadas no filme, tudo parece demasiado rápido.

Avaliação - B-



Tuesday, August 16, 2022

Day Shift

 Foi mais uma aposta da Netflix para este verão, um filme de zombies, ação plena e um Jamie Foxx em versão super heroi, num filme simples de muita violência e pouco argumento. Em mais uma produção de alguma dimensão da Netflix, criticamente mais uma mediania pouco assinalável, algo que já tem se tornado tradição nas produções maioritarias da saga. Do ponto de vista comercial, tem tudo para ser um produto muito visto, tendo em conta as férias e a simplicidade de processos.

Sobre o filme podemos dizer que é daqueles filmes que no trailer quase que exibe tudo. Um filme que aposta tudo na vioência e no movimento das ações quase inesgotaveis de ação ou mais concretamente de morte de vampiros, com violência e alguns efeitos especiais, sendo totalmente desprovido de aspetos como lógica ou sentido, sendo apenas sequencias longas de luta que vão tornando um filme sem grande historia como tendo quase duas horas de duração.

Posteriormente temos um filme que do ponto de vista de linhagem central narrativa, é totalmente basico, com uma premissa simples e por diversas vezes utilizado do individuo que necessita do trabalho dificil em prol da familia. O filme consegue ter os efeitos mais relevantes em termos humoristicos com a presença de um franco que consegue com o estilo nerd da sua personagem arrancar algumas gargalhadas, para alem do aspeto presença de Snoop.

Ou seja um filme vazio, de desgaste rapido, ou não fosse um filme de vampiros igual a todos os outros de produção rapida, que tem como objetivo unico preencher duas horas de uma noite de verão. Fica claramente a ideia que o filme como não tem muitos elementos a potenciar do ponto de vista de guião, opta por tornar os momentos de exploração e de luta maiores com mais apelativos, mas não parece que isso seja suficiente para resgatar o filme.

A historia segue um caçador de vampiros que de forma a permanecer proximo da sua familia, tem que caçar um casal temivel que esta a organizar uma revolução daqueles seres que pode colocar em causa a humanidade ao seu lado vai ter apenas um rato de secretaria com pouco ou nenhum jeito para luta.

Em termos de argumento a historia e igual a maioria dos filmes que vimos deste genero, na base narrativa. Apesar de ser no humor da personagem de Franco que o filme consegue resultar, mesmo essa abordagem está longe de ser original em projetos com este tema, e mesmo na carreira do ator. E claramente aqui que começam os problemas do filme.

Na realizaçao JJ Perry é um coordenador de duplos de alguns filmes de primeira linha que tem aqui a estreia na realização, sendo a sua origem o aspeto onde o filme melhor funciona ou seja nos bons momentos de luta contra vampiros. De resto algo basico num filme de estudio mas com pouca ou nenhuma arte.

No cast temos um Foxx proximo do seu lado de ação que acaba por ser o menos brilhante ou apelativo na sua carreira, mas que ele tem apostado. Ao seu lado um Franco comico também repetitivo no conceito dos filmes que nos trás.


O melhor - Algumas sequencias de luta

O pior - O argumento


Avaaliação - C-



Sunday, August 14, 2022

Prey

 Numa altura em que depois da televisão a aplicação Hulu vai ganhando maior dimensão tambem no cinema principalmente pelo facto dos seus produtos acabarem por estar disponiveis pelo mundo fora na aplicação Disney +, eis que surge uma das suas grandes apostas deste verão, nada mais nada menos do que uma prequela de Predator, o filme de terror de sucesso ao longo de gerações. Este inicio, acabou por ser uma aposta totalmente ganha da produtora, que apostou num filme naturalmente falado em camache, mas pensado também na versão inglesa. O filme conquistou a critica com avaliações positivas e também comercialmente tornando-se no filme mais visto de sempre da hulu, feito brilhante ainda para mais porque o filme não tem qualquer ator conhecido.

Sobre o filme na base temos mais um filme sobre o predador e as suas capacidades ilimitadas, que percorrem toda a duração do filme. A inovação do filme passa pelo contexto passado, que lhe da um lado mais cru e naturalmente agressivo que acaba por potenciar aquilo onde o filme melhor funciona que é a riqueza estetica das sequencias de ação de um realismo impressionante e um filme bem produzido do primeiro ao ultimo minuto.

As mais valias do filme são claramente na tradução de imagens, já que fica a ideia clara que no que diz respeito a historia, temos mais do mesmo, ou seja predador contra o mundo, e alguem capaz de pensar a frente e lhe fazer frente. Mas esteticamente o filme é bem preparado e realizado e surge a clara ideia que os seus movimentos funcionam bem, tornando-se não num filme de autor mas num competente filme de estudio.

Ou seja um bom inicio ou um bom recomeço para a uma saga com mais três decadas, que foi alimentando sempre algum carisma potenciado pela força do seu personagem alianisna central. Não e um filme que consiga no entanto imprimir muita diferenciação ou dar muita novidade ao que ja conhecemos, mas o filme é essencialmente competente nos pontos que quer dar ao publico.

A historia segue ate ao passado a um tribo comache que vive da caça que de repente começa a perceber a existencia se um ser com potencialidade completamente sobre naturais que o torna num caçador de eleição, o que leva a luta entre uma jovem que ambiciona ser caçadora contra o conhecido ser da saga.

Em termos de argumento o filme não é muito diferenciado quando comparado com aquilo que os filmes anteriores trouxeram. Tirando o contexto temporal e espacial temos pouco de novo, num filme que está longe de ter no argumento o seu lado mais forte.

Na realizaçao Tratchenberg é um jovem realizador que conseguiu grande sucesso no segundo filme de cloverfield mas que surpreendentemente depois disso voltou-se para a televisão e para series de primeira linha, regressando agora para um filme de grande estudio em que consegue recolher frutos pelo realismo e por algumas sequencias de ação de alto nivel, que talvez o entregara de vez as longas metragens.

O filme e totalmente protagonizado por atores originarios da tribo onde o filme se passa, perfeitos desconhecidos do grande publico, sendo que o filme exige apenas distreza fisica para as sequencias de ação ja que pouco ou nada trabalha nas dimensões dramaticas. Acaba por ser um cast que cumpre essencialmente pelo facto de ser original do local onde o filme passa.


O melhor - O realismo de algumas sequencias de açao.

O pior - O argumento e mais do mesmo


Avaliação - C+



Saturday, August 13, 2022

Jurassic World Dominion

 Desde a sua mais recente reinvenção que o franchising de mundo jurassico voltou a ser um dos mais rentaveis produtos de bilheteira, dai que tenham surgido diversos filmes ao longo do tempo de forma a capitalizar em dolares esse novo fulgor. Neste 2022 surgiu mais um filme desta vez com o ingrediente maior a ser o regresso da dupla de protagonistas do primeiro filme. Se em termos comerciais o dominio continuou a ser vincado com resultados de bilheteira impressionantes, do ponto de vista critico o resultado foi bastante negativo com a critica a dar avaliações ,muito negativas a esta nova aventura.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de mais do mesmo, com a diferença que os proprios atores desta nova parte da saga parecem desconfortaveis com aquilo que o filme lhes pede e que acima de tudo não é mais do que lutas interminaveis contra serem gigantescos, perdendo o lado humoristico que alimentou em termos de entertenimento os filmes anteriores, mas acima de tudo acaba também por falhar o lado narrativo onde o filme opta pela opçao facil do malevolo industrial farmaceutico, que ja vimos em diversos filmes de nivel produtivo menor.

Outro ponto que o filme parece não conseguiu funcionar e encaixar aquilo que ja conheciamos em termos de personagens desta nova saga com os primeiros, certo que Jess Goldblum ja tinha surgido no filme anterior, mas aquilo que já tinha sido algo estranho neste filme tornou-se ainda mais claro neste segundo, onde parece que o filme tenta seguir duas linhas narrativas paralelas mas cuja união está longe de ser brilhante.

Ou seja um filme com muitos efeitos especiais de primeira linha, mas que abandona por completo quer a historia, com uma linhagem narrativa muito pobre, quer as personagens que ficam apenas destinados aos confrontos tipicos com personagens jurassicas cada vez maiores e com mais institintos de sobrevivencia, sem que isso seja uma mais valia para aquilo que nos ultimos anos tem sido um primorar dos blockbusters enquanto filmes.

A historia segue os elementos dos filmes anteriores, apostados em proteger Maisie, mas que de repente percebem que um industrial acaba por ter objetivos diferentes para os dinossauros e para aquela de forma a obter rentabilidade economica, e que vai despertar a ira dos animais que poderá colocar em causa a sobrevivencia da humanidade.

Em termos de argumento o filme e muito pobre, a historia de base é igual a tantas outras, acabando o filme por abandonar alguma qualidade e dimensão que as personagens iam obtendo nos filmes anteriores. A opção de um regresso ao passado com as personagens e mais mitica do que eficaz ja que o filme nao sabe muito o que fazer com elas para alem de as juntas ao grupo.

Na realizaçao Colin Trevorrow volta a realização depois de ter ficado apenas no argumento no filme anterior. O filme e uma tarefa, tem grandes efeitos especiais, bem utilizados, ou não fosse uma grande aposta de um grande estudio, mas e totalmente desprovido de assinatura, e isso normalmente diz algo sobre uma carreira menos mediatica de um realizador que pegou num projeto de Spilberg.

No cast os atores preenchem as personagens do passado, com as mesmas caracteristicas embora mais reduzidas nas suas dimensões, o que faz com que pareçam mais desconfortáveis. Isso torna-se mais evidente em Pratt e Howard, enquanto Neil e Dern acabam por sentir-se mais presentes, não me parecendo que a dificuldade exista, acaba por ser presenças apenas simbolicas de todos.


O melhor - Os efeitos especiais


O pior - O filme perder alguns dos atributos que fez dos anteriores medianos filmes de entertenimento


Avaliação - D+



Saturday, August 06, 2022

Minions: The Rise of Gru

 Minions desde o primeiro Despicable Me foram as personagens que mais chamaram à atenção pelo seu caracter fofinho que se aproximou da maioria das crianças. Tal foi tão fundamental que rapidamente a sua produtora, não so os assumiu como o seu produto comerciai mais prioritario como acabou por tornar o franchising da saga associado ao seu nome. Neste verão de 2022 mais um filme sobre a base da ligação entre os Minions e o Gru. Criticamente o filme obteve uma mediania tipica do franchising o qual nunca foi propriamente um excelente produto critico, mas comercialmente voltou a imperar a sua ordem com resultados excelentes.

sobre o filme podemos dizer que a base da historia, e tudo menos pedagogica, tentando demonstrar uma forma de crianças tornarem-se vilões de primeira linha. Ultrapassando este ponto o qual esteve sempre vincado na saga, temos um filme que e mais do mesmo, quer na relação do vilão com os estranhos seres, quer nas apostas de outros vilões ainda mais malvados, quer a nivel produtivo. Pouco ou nenhum risco de um filme que procura essencialmente os dolares faceis.

Eu confesso que nunca fui fa da saga principalmente desde os momentos em que os Minions assumiram a lideraça.  O estilo de humor fisico pouco pensado, nao encaixa perfeitamente no estilo de humor que eu mais gosto, e nesse particular fica a ideia que o filme poderia ter mais risco ou mais originalidade quer na abordagem humoristica ou mesmo na narrativa. Mas isso normalmente da trabalho suplementar que o filme passa.

Ou seja mais uma saga dos Minions, apostado no dinheiro que o filme e o markting associado conseguiria ter para si. E daqueles filmes que rapidamente conseguimos englobar nos franchising geral sem nunca ter a possibilidade de fazer com que o mesmo acabe por ter alguma existència propria significativa, e nesse particular e mais do mesmo.

A historia segue o Gru, e os seus minions, indo ao final do primeiro filme dos minions, onde os mesmos acabaram por entrar no alcance do grupo de viloes mais procurado do mundo, e gru acaba por se associar e receber os ensinamentos de um veterano e abandonado elemento do grupo.

Em termos de argumento mais do mesmo, quer na narrativa, na formula basica das personagens, na opção por um humor fisico na maior parte das vezes sem grande sentido. Fica claramente a ideia que e um filme com pouco trabalho e que procura essencialmente dinheiro para quem ja gostou dos primeiros filmes.

Na realizaçao de este projeto de primeira linha da Ilumination temos o trio de realizadores que se foram associando ao projeto. Os mesmos sabem perfeitamente como utilizar o humor dos personagens, numa realizaçao de grande estudio, simples, de tarefa, que não arrisca em momento algum na sua arte concetual que ja vinha dos filmes anteriores.

No cast de vozes, Carell encaixa perfeitamente na personagem de Gru a qual foi sempre sendo criada conforme as caracteristicas da sua voz. No grupo de viloes, escolhas mais miticas do que competentes, algumas das quais, quase sem grandes minutos de filme.

O melhor - Os minions tem momentos engraçados.


O pior - Mas são poucos, o humor parece-me ultrapassado


Avaliação - C-



Thursday, August 04, 2022

DC: League of Super Pets

 A grande aposta de animação da Warner para este ano marcava a reunião de super herois bem conhecidos da DC com uma serie de animais apostados em fazerem eles proprios a sua liga da justiça. Este projeto arriscado mas ao mesmo tempo ambicioso falhou na critica com avaliações demasiado medianas na critica especializada mas que o publico parece ter gostado. Comercialmente os resultados ficaram muito aquem do tamanho da produção e tudo aponta para que se torne num dos floops de verão.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de uma clara mega produçao com o lado simplista da historia com o paralelismo e os valores morais que muitos outros foram tendo ao longo do tempo. Em termos de humor o filme arrisca em alguns comentarios non sense, mas fica a clara ideia que o filme é demasiado cliche e demasiado obvio, tendo em conta que são lançados diversos filmes de animaçao por ano, este deveria ter ingredientes mais substantivos.

A diferença entre os filmes Disney e todos os outros e que todos os outros seguem quase sempre os mesmos parametros, e isso acaba por tornar os filmes demasiados óbvios principalmente em termos narrativos. O filme pode tornar-se tecnicamente interessante ou nao fosse uma grande aposta da DC Warner, e um daqueles filmes que ate chegamos a constatar algumas curiosidades dos super herois, mas que fica a saber a pouco principalmente porque percebemos sempre onde o filme quer ir.

Por tudo isto sobra uma forma simplista de ganhar dinheiro, sem grande originalidade, com grandes meios, tentando reunir mais uma vez os super herois aos mais pequenos, o que por si so parecia ser um sinonimo de sucesso. Fica a clara noção que o filme e algo simplista, e a ideia com que entramos no filme e claramente aquele com que saimos com todos os pros e contras.

A historia segue o cão do super homem, que veio com ele para a terra, que tem de ser ele a tentar recuperar o grupo de super herois quando estes sáo aprisionados por um porquinho da india com poderes anormais.

Em termos de argumento todo o filme e demasiado obvio, quer nas personagens, mas essencialmente no desenvolvimento narrativo. Fica a ideia que o filme tem alguma dificuldade em inovar ou surpreender, tendo os valores morais tipicos de um filme serie b de animaçao.

Na realizaçao do projeto a estreia em realizaçao de uma dupla que ja esteve associada ao argumento e produçao de alguns filmes de primeira linha. Tecnicamente o filme e forte, mas fica a ideia que em determinados momentos tinha espaço para mais creatividade e assinatura de autor. Fica a sensação que o projeto poderia ser demasiado grande para uma dupla de estreia.

No cast de vozes em virtude de ter visto o filme na dobragem portuguesa, nao permitiu avaliação das escolhas originais.


O melhor - Alguns momentos de humor.

O pior - Tudo e algo previsivel


Avaliação - C