Saturday, January 09, 2016

45 Years

Todos os anos surgem filmes fora do circuito de Holywood que ganham destaque no que diz respeito á luta pelos galardões, este ano dois filmes europeus tomaram as redeas deste destaque, por um lado Son of Saul da hungria e por outro lado este britanico 45 years, ambos os filmes impulsionados por bons registos em festivais europeus. Criticamente este 45 years foi um sucesso com avaliaçoes muito entusiasmantes comercialmente como qualquer filme europeu tem as suas limitaçoes de visibilidade e por isso comercialmente pouco mais consegue ser do que residual.
45 years como muitos outros filmes europeus que seguem uma disciplina tradicional do velho continuente e muito mais estetico do que emotivo, a ideia de que as emoçoes não se falam, e o facto dos filmes europeus precisarem de um espetador colaborante não e para mim uma vantagem e tornam os filmes demasiado iguais e na maior parte das vezes aborrecidos mesmo quando tem apenas 95 minutos, este e um problema claro deste filme, que dá primazia ao sentido estetico quando tinha um argumento e uma narrativa que podia dar mais frutos do que um filme no final demasiado cinzento.
E obvio que temos um filme esteticamente brilhante e realizado, cada imagem e a procura por o contexto natural perfeito a tudo que o filme quer dar. Mas isso acaba tambem com esta obsessão pelo rigor por ser um filme demasiado parado, que ao mexer com emoçoes e sentimentos tao fortes necessitava de ser mais expressivo, quase como que as personagens deambulando no proprio sofriemento.
Apenas na descoberta do passado conseguimos perceber algum impacto no filme, apenas ai o filme nos faz sentir alguma coisa, o que me parece claramente pouco. E daqueles filmes que para os tradicionalistas e entusiastas do cinema europeu sera um bom panfleto mas para a generalidade do publico sera obviamente um filme bastante limitado no seu alcance e naquilo que nos da.
A historia fala de um casal na semana que antecede uma festa de comemoração dos seus 45 anos de casamento em que o homem da diade recebe uma mensagem que o seu primeiro grande amor foi encontrado com o cadaver preservado. Nesse ponto a mulher começa a perceber que sempre foi uma segunda escolha.
O tema em si poderia sempre ser interessante emotivo, forte, o amor longo e normalmente um tema de impacto emocional no cinema como foi em Amour, mas aqui falta sumo, falta especiaria, falta emoçao, num filme demasiado parado para o tema em si.
E um dos problemas do filme e ser demasiado preocupado com a estetica com a realizaçãoAndrew Haigh e a figura do filme pela forma como consegue efetuar em cada cena um quadro natural, de um jovem realizador com clara escola europeia. Pena e que se antecipe ao argumento e faça o filme ser apenas bonito.
No cast muitos louros tem sido dados a Rampling, pois bem eu penso que tem um papel sensivel, presnte mas esta longe de ser um papel dificil, alias grande parte das interaçoes penso que Courtnay acaba por ser mais intenso ao filme, mas como sabemos e mais facil destacar alguem quando preenche todas as cenas do filme, as expetativas de oscar parecem-me na minha avaliaçao exagerados.

O melhor – Os quadros do contexto natural de cada cena

O pior – O vazio narrativo que o filme se torna em termos de emoçao e intensidade


Avaliação - C

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