Todos os anos surgem
filmes fora do circuito de Holywood que ganham destaque no que diz
respeito á luta pelos galardões, este ano dois filmes europeus
tomaram as redeas deste destaque, por um lado Son of Saul da hungria
e por outro lado este britanico 45 years, ambos os filmes
impulsionados por bons registos em festivais europeus. Criticamente
este 45 years foi um sucesso com avaliaçoes muito entusiasmantes
comercialmente como qualquer filme europeu tem as suas limitaçoes de
visibilidade e por isso comercialmente pouco mais consegue ser do que
residual.
45 years como muitos
outros filmes europeus que seguem uma disciplina tradicional do velho
continuente e muito mais estetico do que emotivo, a ideia de que as
emoçoes não se falam, e o facto dos filmes europeus precisarem de
um espetador colaborante não e para mim uma vantagem e tornam os
filmes demasiado iguais e na maior parte das vezes aborrecidos mesmo
quando tem apenas 95 minutos, este e um problema claro deste filme,
que dá primazia ao sentido estetico quando tinha um argumento e uma
narrativa que podia dar mais frutos do que um filme no final
demasiado cinzento.
E obvio que temos um
filme esteticamente brilhante e realizado, cada imagem e a procura
por o contexto natural perfeito a tudo que o filme quer dar. Mas isso
acaba tambem com esta obsessão pelo rigor por ser um filme demasiado
parado, que ao mexer com emoçoes e sentimentos tao fortes
necessitava de ser mais expressivo, quase como que as personagens
deambulando no proprio sofriemento.
Apenas na descoberta do
passado conseguimos perceber algum impacto no filme, apenas ai o
filme nos faz sentir alguma coisa, o que me parece claramente pouco.
E daqueles filmes que para os tradicionalistas e entusiastas do
cinema europeu sera um bom panfleto mas para a generalidade do
publico sera obviamente um filme bastante limitado no seu alcance e
naquilo que nos da.
A historia fala de um
casal na semana que antecede uma festa de comemoração dos seus 45
anos de casamento em que o homem da diade recebe uma mensagem que o
seu primeiro grande amor foi encontrado com o cadaver preservado.
Nesse ponto a mulher começa a perceber que sempre foi uma segunda
escolha.
O tema em si poderia
sempre ser interessante emotivo, forte, o amor longo e normalmente um
tema de impacto emocional no cinema como foi em Amour, mas aqui falta
sumo, falta especiaria, falta emoçao, num filme demasiado parado
para o tema em si.
E um dos problemas do
filme e ser demasiado preocupado com a estetica com a
realizaçãoAndrew Haigh e a figura do filme pela forma como consegue
efetuar em cada cena um quadro natural, de um jovem realizador com
clara escola europeia. Pena e que se antecipe ao argumento e faça o
filme ser apenas bonito.
No cast muitos louros
tem sido dados a Rampling, pois bem eu penso que tem um papel
sensivel, presnte mas esta longe de ser um papel dificil, alias
grande parte das interaçoes penso que Courtnay acaba por ser mais
intenso ao filme, mas como sabemos e mais facil destacar alguem
quando preenche todas as cenas do filme, as expetativas de oscar
parecem-me na minha avaliaçao exagerados.
O melhor – Os quadros
do contexto natural de cada cena
O pior – O vazio
narrativo que o filme se torna em termos de emoçao e intensidade
Avaliação - C
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