A meio do ano existiu o
anuncio que a aposta da Paramount para os oscares seria este drama
financeiro, algo que muitos anunciaram como uma jogada de desespero
de uma produtora sem outros produtos. Mesmo as primeiras avaliações
foram pequenas para o exito critico que o filme se tornou e que
demonstrou que a Paramount apostou em cheio. Comercialmente o filme
começa a dar alguma luz o que o tornou uma presença confirmada na
noite dos oscares e uma das suas principais figuras.
Eu sempre fui
apologista que o cinema deve ter uma função, creativa, denunciante
politica, é isso que tornam os filmes um marco no tempo ou no
presente. The Big Short tem isso em grande impacto, na função que
assume de tentar da forma mais simples possivel (o que não é facil)
explicar as pessoas a razão do dinheiro que desapareceu e da palavra
crise, e o melhor de tudo é que se não consegue explicar tudo
porque é dificil consegue pelo menos fazer um desenho. E nesta
tarefa muito dificil o filme tem o seu impacto a sua marca a sua
força.
Mas se já era muito
esta valor claro do filme, ainda mais é quando o filme consegue
juntar a isso um tom ligeiro de satira que nos faz rir muito mais que
em maioria das comedias in solo, consegue ter um argumento onde cada
dialogo e absolutamente forte, rico, engraçado e natural, e consegue
ter uma abordagem actual e creativa.
Por tudo isto The Big
Short pode não vencer os oscares mas e provavelmente o maior e
melhor filme do ano, porque tem tudo para o ser, já que era um filme
que já seria brilhante se não tivesse qualquer paralelismo com a
realidade e com os problemas das pessoas, ainda para mais quando de
uma forma clara não só esclarece, como satiriza com tudo que
conduziu a forma como hoje vivemos com pior expetativo de que há dez
anos atrás, enfim uma obra de referencia não sei se para sempre,
porque o que denuncia e o agora, mas provavelmente englobado no seu
tempo e sem duvida alguma uma obra prima.
A historia fala de
quatro investidores em associaçoes diferentes que prepetivando a
existencia de um erro de calculo no sistema bancario aposta contra, e
o mal dos outros torna-se o seu bem.
O argumento e brilhante
não so nos seus elementos basicos como construçoes e caracterizaçao
de personagens e profundidade, creatividade dos dialogos, mas tambem
na abordagem a forma como opta por esclarecer ou tentar definir
linguagem economica em traços gerais e de mestre num argumento para
servir de base a forma como se deve escrever.
Eu confesso que nunca
fui fã de Mckay achei sempre um jeitoso realizador de comedia mas
que provavelmente nunca seria um figura de proa no cinema. Pois bem
enganei-me, a forma como nos da a sua visao deste mundo de Wall
Street a forma como adereça o filme e de mais que grande realizador
e um grande cineasta e claramente o filme que vai mudar a forma como
todo o cinema olha para ele.
Sobre o cast este filme
foi noticia por reunir alguns dos actores mais apreciados do cinema,
Bale, Gosling, Pitt e Carell todos no mesmo filme era destaque por si
só. O filme conseguir tirar o melhor de todos eles, é uma garantia
de sucesso. O maior louvor vai para Bale, a forma como constroi cada
cena é claramente elevar os parametros de actuaçao ao maior nivel.
Sou um adepto da sua forma de interpretar e posso dizer que Bale tem
aqui um dos seus melhores registos. Gosling e Carrel tem também
personagens e interpretações muito vistosas mais proximas do que
habitualmente fazem mas com carisma e poderia receber mais atençao.
Pitt mais simples, numa personagem mais eloquente mas tambem a um bom
nivel o que não ocorria há diversos anos.
O melhor – A forma
como denuncia algo tão grave com um sorriso nos lábios.
O pior – Mesmo a
realidade que transmite
Avaliação - A
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