Catherine Hedrwick
desde o momento em que tomou conta com sucesso da adaptação de
Twilight ao cinema ganhou um outro protagonismo, num cinema que tem a
emoçao como sua assinatura. Este ano e novamente num projecto
independente veio este drama no feminino, mais vocacionado para a
critica do que para o valor comercial, o filme acabou por não
resultar em nenhuma destas componentes, desde logo comercialmente,
onde a pouca expansao do filme diminui as suas chances de resultado,
mas também criticamente onde o resultado foi tambem ele curto e não
permitindo qualquer ambiçao do filme em termos de premios.
Sobre o filme, desde
logo estas historias e que usualmente retratam os ultimos dias de uma
doente oncologica ou a sua batalha contra a doença, sao normalmente
filmes pesados, emotivamente intensos e que deixam sempre uma
assinatura clara perante o espetador, pelo que nesta orientaçao o
filme resulta, é pesado mesmo tentando fazer o balanço com um
inicio ligeiro, ou com o lado positivo e louco da personagem reagir à
doença, mas no final é aquilo que podia ser e isso acaba por dar ao
filme essa mesma roupagem.
Mas por outro lado o
filme quase não tem elementos diferenciadores que lhe deem qualquer
tipo de diferença relativamente a outros filmes sobre a mesma
tematica, quer em termos estruturais quer mesmo em termos de
conteudos, e daqueles filmes que parece sempre demasiado preso a
emotividade, pese embora a consiga no seu balanço conduzir sempre
para os seus objectivos.
Assim, não sendo uma
obra de arte creativa, e mais um filme emotivo, sobre a forma como se
chega ao fim com uma doença a forma como se reage ou não e essa
noticia cada vez mais comum, e um filme lamechas, mas sabe que o é,
e jogo nesse facto como sendo o seu proprio objectivo dai que se
possa dizer que resulta.
A historia fala de duas
amigas inseparaveis em momentos diferentes da vida, uma acaba de
engravidar depois de diversas tentativas enquanto a outra acaba por
ter conhecimento que sofre de cancro da mama, em momentos de
felicidade diferentes a relaçao é posta a prova com tamanhas
adversidades.
O argumento e simples
em tudo no seguimento narrativo obvio sem grandes explosoes, nas
personagens que servem o interesse emocional do filme, mas acima de
tudo nos dialogos sempre muito vaticinado para o sentimentalismo
simples. Nao sendo uma obra, e um filme eficaz.
Hardwicke e uma
realizadora experiente, pese embora os seus filmes não sejam obras
tecnicas de referencia, sabe realizar bem expressoes emocionais dos
personagens e aqui tem o melhor que o filme pede, sem arte, sem
poesia, simples e cru.
No cast duas actrizes
com exigencias diferentes e que resulta diferentemente em cada uma
delas, o filme tem um brilho, a interpretaçao de Tony Colette é
claramente uma das melhores do ano, de uma actriz que ao longo do ano
tem sido cada vez mais eficiente na sua forma de actuar. Muitas
outras actrizes foram reconhecidas pelo menos com nomeaçoes com
papeis e filmes piores. Drew Barrymore tem um papel em toda a linha
mais simples, mas que dá todo o relevo a quem tem de dar.
O melhor – Collette.
O pior – O lado
comico não conseguir em momento algum contornar o lado dramático.
Avaliação - C+
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