Sunday, December 20, 2015

Miss You Already

Catherine Hedrwick desde o momento em que tomou conta com sucesso da adaptação de Twilight ao cinema ganhou um outro protagonismo, num cinema que tem a emoçao como sua assinatura. Este ano e novamente num projecto independente veio este drama no feminino, mais vocacionado para a critica do que para o valor comercial, o filme acabou por não resultar em nenhuma destas componentes, desde logo comercialmente, onde a pouca expansao do filme diminui as suas chances de resultado, mas também criticamente onde o resultado foi tambem ele curto e não permitindo qualquer ambiçao do filme em termos de premios.
Sobre o filme, desde logo estas historias e que usualmente retratam os ultimos dias de uma doente oncologica ou a sua batalha contra a doença, sao normalmente filmes pesados, emotivamente intensos e que deixam sempre uma assinatura clara perante o espetador, pelo que nesta orientaçao o filme resulta, é pesado mesmo tentando fazer o balanço com um inicio ligeiro, ou com o lado positivo e louco da personagem reagir à doença, mas no final é aquilo que podia ser e isso acaba por dar ao filme essa mesma roupagem.
Mas por outro lado o filme quase não tem elementos diferenciadores que lhe deem qualquer tipo de diferença relativamente a outros filmes sobre a mesma tematica, quer em termos estruturais quer mesmo em termos de conteudos, e daqueles filmes que parece sempre demasiado preso a emotividade, pese embora a consiga no seu balanço conduzir sempre para os seus objectivos.
Assim, não sendo uma obra de arte creativa, e mais um filme emotivo, sobre a forma como se chega ao fim com uma doença a forma como se reage ou não e essa noticia cada vez mais comum, e um filme lamechas, mas sabe que o é, e jogo nesse facto como sendo o seu proprio objectivo dai que se possa dizer que resulta.
A historia fala de duas amigas inseparaveis em momentos diferentes da vida, uma acaba de engravidar depois de diversas tentativas enquanto a outra acaba por ter conhecimento que sofre de cancro da mama, em momentos de felicidade diferentes a relaçao é posta a prova com tamanhas adversidades.
O argumento e simples em tudo no seguimento narrativo obvio sem grandes explosoes, nas personagens que servem o interesse emocional do filme, mas acima de tudo nos dialogos sempre muito vaticinado para o sentimentalismo simples. Nao sendo uma obra, e um filme eficaz.
Hardwicke e uma realizadora experiente, pese embora os seus filmes não sejam obras tecnicas de referencia, sabe realizar bem expressoes emocionais dos personagens e aqui tem o melhor que o filme pede, sem arte, sem poesia, simples e cru.
No cast duas actrizes com exigencias diferentes e que resulta diferentemente em cada uma delas, o filme tem um brilho, a interpretaçao de Tony Colette é claramente uma das melhores do ano, de uma actriz que ao longo do ano tem sido cada vez mais eficiente na sua forma de actuar. Muitas outras actrizes foram reconhecidas pelo menos com nomeaçoes com papeis e filmes piores. Drew Barrymore tem um papel em toda a linha mais simples, mas que dá todo o relevo a quem tem de dar.

O melhor – Collette.

O pior – O lado comico não conseguir em momento algum contornar o lado dramático.


Avaliação - C+

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