Sunday, December 27, 2015

Creed

Existe uma saga na vida de Stallone que vai sempre ser aquela que lhe deu luz a uma carreira marcada por filme de baixa qualidade, essa saga nasceu da sua creatividade e chama-se Rocky, que lhe valeu oscar de melhor filme, e que passados 39 anos continua a ser o escape de uma carreira. Neste renascimento da saga com um novo protagonista, os resultados comerciais e criticos foram muito bons de uma saga que ficara certamente na historia como uma das mais miticas que o cinema já viu, e isso é a marca que Stallone deixara com o cinema.
Rocky e um filme simples que todos gostam, a historia do treino para superar os limites, o detalhe dos combates, a capacidade fisica dos seus interpretes. Pois bem Stallone aos setenta anos no ringue seria completamente absurdo, entrar pelo seu filho seria expectavel, pois bem nesta reinvenção da saga nada como pegar no filho do seu rival/amigo e torna-lo no heroi, Rocky sai do palco para encenador, o impacto emocional o mesmo, com o carisma amealhado nos filmes anteriores a ser bem aproveitado, desde os locais ate a banda sonora. Ou seja mais que uma recomeço parece estar clara a homenagem de um filme que consegue ter o impacto do primeiro filme.
Contudo e sendo obvio todas as virtudes acima descritas parece-nos que entretanto o cinema teve diversos filmes de box, alguns com mais sucessos de que outros, e neste ponto parece que Creed em termos narrativos não trás qualquer novidade, ou seja a forma, o desenvolvimento narrativo é o esperado, mesmo em termos de dialogos e relaçoes o filme e extremamente superficial aproveitando todo o campo conceitual que os filmes anteriores da saga amealharam, ou seja um filme que vale bem mais por estar envolvido num todo do que propriamente por si prorprio.
Mesmo assim um bom filme de entertenimento, um bom heredeiro de Rocky, mesmo que isoladamente já tenhamos visto filmes bem mais profundos e surpreendentes de luta, como por exemplo the Fighter, contudo concordamos que tudo e diferente com as escadas de Philadelphia e principalmente com a musica de fundo.
A historia fala do filho de Apollo Creed, que decide enverdar pela carreira de boxeur pedindo ajuda a Rocky como treinador de forma a tentar ter sucesso no mundo e fazer honra ao seu falecido pai que nunca conheceu.
Nenhum filme do Rocky foi conhecido por ser um poço de creatividade e originalidade ou seja sempre seguiu os pontos basicos de um filme de acçao desportiva, emotivo, e pouco racional, aqui temos mais do mesmo, o desenvolvimento da relaçao, os conflitos e o final é tudo By the book, dai estar longe de ser um argumento de referencia.
Na realização Stallone ficou de fora, para dar lugar a Ryan Coogler um jovem realizador que chamou a atençao do mundo com o excelente Fruitvale Station e que agora torna-se uma referencia com este filme, a realizaçao e actual, carismatica e potencia tudo que Rocky e o seu legado podiam potenciar, talvez o realizador Afro Americano mais promissor dos ultimos anos.
Em termos de cast existe dois pontos Jordan tem a disponibilidade fisica que o filme necessita embora nos pareça que a sua carreira já teve um destino melhor principalmente depois do que fez em Fruitvale Station tem repartido demasiado a sua carreira entre acção e comedia e isso pode-o tornar num actor de meio da tabela, aqui não tem espaço nem o filme necessita. Stallone tem um bom papel, principalmente porque preenche as suas limitaçoes obvias, com o pesar da idade, não tenta ser forte, e joga com as suas debilidades e isso faz deste papel, quase intuitivamente o papel da sua carreira, embora me pareça exagerado o ruido em torno do mesmo.

O melhor – O carisma natural da saga Rocky aproveitado ao maximo.

O pior – Um argumento fiel mas limitado ao basico


Avaliação - B-

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