Existe uma saga na vida
de Stallone que vai sempre ser aquela que lhe deu luz a uma carreira
marcada por filme de baixa qualidade, essa saga nasceu da sua
creatividade e chama-se Rocky, que lhe valeu oscar de melhor filme, e
que passados 39 anos continua a ser o escape de uma carreira. Neste
renascimento da saga com um novo protagonista, os resultados
comerciais e criticos foram muito bons de uma saga que ficara
certamente na historia como uma das mais miticas que o cinema já
viu, e isso é a marca que Stallone deixara com o cinema.
Rocky e um filme
simples que todos gostam, a historia do treino para superar os
limites, o detalhe dos combates, a capacidade fisica dos seus
interpretes. Pois bem Stallone aos setenta anos no ringue seria
completamente absurdo, entrar pelo seu filho seria expectavel, pois
bem nesta reinvenção da saga nada como pegar no filho do seu
rival/amigo e torna-lo no heroi, Rocky sai do palco para encenador, o
impacto emocional o mesmo, com o carisma amealhado nos filmes
anteriores a ser bem aproveitado, desde os locais ate a banda sonora.
Ou seja mais que uma recomeço parece estar clara a homenagem de um
filme que consegue ter o impacto do primeiro filme.
Contudo e sendo obvio
todas as virtudes acima descritas parece-nos que entretanto o cinema
teve diversos filmes de box, alguns com mais sucessos de que outros,
e neste ponto parece que Creed em termos narrativos não trás
qualquer novidade, ou seja a forma, o desenvolvimento narrativo é o
esperado, mesmo em termos de dialogos e relaçoes o filme e
extremamente superficial aproveitando todo o campo conceitual que os
filmes anteriores da saga amealharam, ou seja um filme que vale bem
mais por estar envolvido num todo do que propriamente por si
prorprio.
Mesmo assim um bom
filme de entertenimento, um bom heredeiro de Rocky, mesmo que
isoladamente já tenhamos visto filmes bem mais profundos e
surpreendentes de luta, como por exemplo the Fighter, contudo
concordamos que tudo e diferente com as escadas de Philadelphia e
principalmente com a musica de fundo.
A historia fala do
filho de Apollo Creed, que decide enverdar pela carreira de boxeur
pedindo ajuda a Rocky como treinador de forma a tentar ter sucesso no
mundo e fazer honra ao seu falecido pai que nunca conheceu.
Nenhum filme do Rocky
foi conhecido por ser um poço de creatividade e originalidade ou
seja sempre seguiu os pontos basicos de um filme de acçao
desportiva, emotivo, e pouco racional, aqui temos mais do mesmo, o
desenvolvimento da relaçao, os conflitos e o final é tudo By the
book, dai estar longe de ser um argumento de referencia.
Na realização
Stallone ficou de fora, para dar lugar a Ryan Coogler um jovem
realizador que chamou a atençao do mundo com o excelente Fruitvale
Station e que agora torna-se uma referencia com este filme, a
realizaçao e actual, carismatica e potencia tudo que Rocky e o seu
legado podiam potenciar, talvez o realizador Afro Americano mais
promissor dos ultimos anos.
Em termos de cast
existe dois pontos Jordan tem a disponibilidade fisica que o filme
necessita embora nos pareça que a sua carreira já teve um destino
melhor principalmente depois do que fez em Fruitvale Station tem
repartido demasiado a sua carreira entre acção e comedia e isso
pode-o tornar num actor de meio da tabela, aqui não tem espaço nem
o filme necessita. Stallone tem um bom papel, principalmente porque
preenche as suas limitaçoes obvias, com o pesar da idade, não tenta
ser forte, e joga com as suas debilidades e isso faz deste papel,
quase intuitivamente o papel da sua carreira, embora me pareça
exagerado o ruido em torno do mesmo.
O melhor – O carisma
natural da saga Rocky aproveitado ao maximo.
O pior – Um argumento
fiel mas limitado ao basico
Avaliação - B-
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