Friday, December 18, 2015

The Keeping Room

O Western foi um genero que nos ultimos dez anos ressurgiu, e o engraçado foi que não apenas nos grandes estudios com poucas escolhas mas certeiras, mas tambem no cinema mais independente como é o caso deste pequeno filme, de duas irmãs em plena guerra e na sobrevivencia pela ultrapassagem dos seus limites. Este e dos pequenos filmes que procorre os diferentes festivais com exito moderado, pese embora alguma ligeira simpatia critica mas que comercialmente mesmo com a presença de dois actores conhecidos do publico se torna um total vazio em termos de resultados.
Um Western para ser eficaz tem que ter alguns valores implicitos e fazer Western sem os mesmos e meio caminho para o insucesso, o protagonismo tem de estar acima de tudo em duas componentes, desde logo na honra e na vingança, pois bem este filme nada tem disso, alias o filme e tão descontextualizado que não percebemos em momento algum onde vêm as personagens e para onde querem ir, ou seja limitamo-nos a ter um jogo de sobrevivencia sem nunca percebermos bem porquê?
Alguns podem dizer e um genero do cinema aqui e agora, mas e obvio que qualquer filme que se revista desta caracteristica parte em obvia inferioridade relativamente a outros pela dificuldade do espetador conseguir se identificar com o filme, com os valores do filme e com as razões do filme, ainda para mais quando este e pequeno filmado a pouco ritmo emocional, e quase sem sequencias de acção.
Enfim um filme que apenas podemos considerar Western pelo seu contexto fisico e por um ou outro momento de frieza na forma como as execuçoes ou as consequencias as personagens ocorrem de uma forma imediata e espontanea, num filme com violencia não fisica mas acima de tudo na forma como as personagens, sejam elas qual for, se tratam entre si.
A historia fala de duas irmãs, agricultoras, que começam a ter de interiorizar a forma como a guerra influenciou a sua forma de viver, que vao ficar mais unidas no momento em que começam a ser vitimas da presença de dois estranhos com a pior das intençoes.
Em termos de argumento e uma historia sem grande conteudos, pouco contextualizada, poucos dialogos, quase nenhuma profundidade nas personagens que se limita a descrever uma situaçao de luta entre pessoas, e a tentativa delas sobreviverem, o que é manifestamente pouco para os dias de hoje.
Daniel Barber e um realizador que vem das curtas que tem aqui a sua primeira prova de fogo que acaba por ter pouco brilho, nunca consegue incutir no filme um ritmo desejado, deixando sempre o filme navegar na toada lenta dos filmes independentes pouco ambiciosos. Espera-se obras sequentes que irão definir o seu caminho.
No cast o protagonismo vai para a quase desconhecida Brit Marling que acaba por ter o papel mais exigente e conseguido do filme, a disponibilidade fisica e a versatilidade interpretativa da actriz sao o melhor do filme, deixando para segundo plano uma Steinfield de regresso ao genero que lhe deu a conhecer ao mundo, e um Worthington claramente num momento menos bom da sua carreira.

O melhor – Brit Marling

O pior – A falta de contexto de todo o filme


Avaliação - C-

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