O Western foi um genero
que nos ultimos dez anos ressurgiu, e o engraçado foi que não
apenas nos grandes estudios com poucas escolhas mas certeiras, mas
tambem no cinema mais independente como é o caso deste pequeno
filme, de duas irmãs em plena guerra e na sobrevivencia pela
ultrapassagem dos seus limites. Este e dos pequenos filmes que
procorre os diferentes festivais com exito moderado, pese embora
alguma ligeira simpatia critica mas que comercialmente mesmo com a
presença de dois actores conhecidos do publico se torna um total
vazio em termos de resultados.
Um Western para ser
eficaz tem que ter alguns valores implicitos e fazer Western sem os
mesmos e meio caminho para o insucesso, o protagonismo tem de estar
acima de tudo em duas componentes, desde logo na honra e na vingança,
pois bem este filme nada tem disso, alias o filme e tão
descontextualizado que não percebemos em momento algum onde vêm as
personagens e para onde querem ir, ou seja limitamo-nos a ter um jogo
de sobrevivencia sem nunca percebermos bem porquê?
Alguns podem dizer e um
genero do cinema aqui e agora, mas e obvio que qualquer filme que se
revista desta caracteristica parte em obvia inferioridade
relativamente a outros pela dificuldade do espetador conseguir se
identificar com o filme, com os valores do filme e com as razões do
filme, ainda para mais quando este e pequeno filmado a pouco ritmo
emocional, e quase sem sequencias de acção.
Enfim um filme que
apenas podemos considerar Western pelo seu contexto fisico e por um
ou outro momento de frieza na forma como as execuçoes ou as
consequencias as personagens ocorrem de uma forma imediata e
espontanea, num filme com violencia não fisica mas acima de tudo na
forma como as personagens, sejam elas qual for, se tratam entre si.
A historia fala de duas
irmãs, agricultoras, que começam a ter de interiorizar a forma como
a guerra influenciou a sua forma de viver, que vao ficar mais unidas
no momento em que começam a ser vitimas da presença de dois
estranhos com a pior das intençoes.
Em termos de argumento
e uma historia sem grande conteudos, pouco contextualizada, poucos
dialogos, quase nenhuma profundidade nas personagens que se limita a
descrever uma situaçao de luta entre pessoas, e a tentativa delas
sobreviverem, o que é manifestamente pouco para os dias de hoje.
Daniel Barber e um
realizador que vem das curtas que tem aqui a sua primeira prova de
fogo que acaba por ter pouco brilho, nunca consegue incutir no filme
um ritmo desejado, deixando sempre o filme navegar na toada lenta dos
filmes independentes pouco ambiciosos. Espera-se obras sequentes que
irão definir o seu caminho.
No cast o protagonismo
vai para a quase desconhecida Brit Marling que acaba por ter o papel
mais exigente e conseguido do filme, a disponibilidade fisica e a
versatilidade interpretativa da actriz sao o melhor do filme,
deixando para segundo plano uma Steinfield de regresso ao genero que
lhe deu a conhecer ao mundo, e um Worthington claramente num momento
menos bom da sua carreira.
O melhor – Brit
Marling
O pior – A falta de
contexto de todo o filme
Avaliação - C-
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