Tuesday, December 15, 2015

Life

E conhecido o fascinio do realizador holandês Anton Corbijn por historias de mitos, depois de ter passado ao ecra o lado mais intimista de Ian Curtis, eis que este ano surge mais um mito que morreu cedo concretamente um filme que aborda a relação do mito James Dean com um fotografo, que da a conhecer o seu lado mais pessoal. Aparentemente um filme com algumas ambiçoes que rapidamente foram derrotadas por uma critica demasiado mediana, que nao deu o impulso necessario para o filme funcionar em termos comerciais.
Life e um filme mais do que James Dean um filme sobre a relaçao do mesmo com um fotografo e sobre duas pessoas muita antes de qualquer coisa. Contudo nesta relação acaba por surgir uma anamnese da figura de James Dean, das razoes da sua rebeldia, nao e um filme documental mas um filme sobre a forma dele reagir, e assim mesmo nao sendo uma obra prima nem nada que se pareça e um filme funcional numa abordagem diferente e contextualizada de um biopic.
Muitos poderao dizer que e demasiado simpatica ou daquelas abordagens pouco realistas na forma como caracteriza tao concreta personagem, e penso que sim, a ideia de que casa e melhor que tudo que o filme transmite e bonita, ser isso a razao de James Dean ter sido simplesmente um rebelde ja me parece uma dedução do filme para o fazer funcionar, e nisso o realismo perde.
Enfim um filme curioso que nem sempre tem o ritmo interessante ou mesmo e forte em contextualizaçao temporal. E um filme sobre personagens e é assim que quer ser, e uma abordagem sobre um ponto de vista muito proprio sobre um mito como james Dean e a forma como este nunca encaixou naquilo que a arte queria dele.
A historia fala de um fotografo que ve em James Dean o simbolo de uma geraçao apostando em tentar fotografar o mesmo como icon da popular revista Life como forma de ambos darem um salta nas carreiras.
O argumento tem bons momentos principalmente no paralelo que da entre as fotografias reais e a forma como estas são contextualizadas no cinema, parece ser demasiado enigmatico na personagem de Dean mais preocupado em dar o carisma a mesma do que propriamente em torná-la humana, e isso tira alguma profundidade ao filme.
A realizaçao do filme e simples algo que e comum no realizador de pouco risco, que se preocupa acima de tudo com o contexto e aqui temos um bom filme promonorizado, trabalhado ao qual falta apenas o toque artistico.
No que diz respeito ao cast a escolha de Pattinson leva-me a pensar no que Hollywood vê num actor que nao consegue ser concreto que se serve de dois ou tres tiques para tornar os seus papeis estranhos, numa papel que exigia alguma maior frieza, nao convence. Por outro lado De Haan um actor com parecenças muito grandes com Dean, tem um melhor papel embora a preocupaçao em nao quebrar mitos como a forma de falar de Dean torne o papel cansativo.

O melhor - A forma como explica a rebeldia de Dean num aspecto tao natural como saudades de casa.

O pior - Pattinson nao pode ser protagonista de um filme com ambiçoes

Avaliação  - C+

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