Em 2015 existiu um
filme que chamou a atençao do festival de Cannes por reunir um quase
desconhecido realizador grego com um elenco recheado de pessoas com
carreira em Hollywood, pese embora não tenha saido vencedor do
certame o certo é que as suas boas avaliações acabaram por lhe dar
o impulso critico necessário. Pese embora não tenha sido grande
aposta em termos de premios, e ter observado a sua estreia ser adiada
para Março do proximo ano onde se podera observar o pouco valor que
o filme tem, e claro que criticamente o filme foi bem recebido.
Sempre me fascinou
filmes que teorizam sobre modelos de sociedade futurista, e este e um
dos filmes mais originais, mais completos sobre uma dessas sociedades
e modelos reguladores. O filme consegue não so criar uma sociedade
tão perto da nossa com regras tao bem definidas como ter um valor
metaforico unico que o torna mais que um grande filme com um grande
significado uma excelente obra metaforica com excelentes inspirações
em outras obras.
O signficados de todas
as leis do filme é incrivel, o filme debruça por diversos momentos,
mas acima de tudo a tentativa de encontrarmos alguem a nos quando
provavelmente vamos ter sempre sentimentos de atração pelo oposto,
a definiçao de uma sociedade de regras onde todos tem que seguir,
bem como o desfecho pre definido sao tratados de forma magistral do
filme, que e dividido em dois segmentos inicialmente introduz as
regras para depois as quebras, numa das mais naturais historias de
amor do ano. Num filme que quer definir o que deve ser o amor a forma
como tudo se quebra acaba por ser o lado mais interessante do filme.
Do lado negativo uma
banda sonora irritante que segue o filme todo, sei que e uma forma
muito europeia de fazer cinema e que já tinha estado presente em
Youth mas penso que o filme tem uma forma de realizar muito
tradicionalista, que cabe bem com o objecto do filme mas que acaba
por tornar o filme algo excentrico e retirar-lhe das massas que um
filme como este deveria ter.
A historia fala de um
homem que depois de ficar sozinho tem de se deslocar por imposição
para um hotel onde interage com outras pessoas solteiras, e na qual
tem 45 dias para encontrar uma cara metade se não o fizer e
transformado num animal, no caso dele uma lagosta.
O argumento e mais que
criativo, mais que um filme totalmente rico em termos morais e
mensagem uma obra literaria completa, a imaginação a ligaçao, a
criação de um mundo tao diferente e tao igual ao nosso é
inacreditavel, com personagens bem montadas naquele contexto permite
mais que bons dialogos bons momentos, num dos melhores argumentos do
ano.
E na realizaçao que eu
encontro pessoalmente uma maior distancia dos meus gostos, tem bons
momentos, estudados, creativos, com sentido estetico, mas por vezes
principalmente na utilizaçao do som, exagera com instrumentais,
quando noutros momentos parece que a musica poderia ter um outro
valor e acaba por ser pano de muito fundo, mesmo assim não e um
trabalho que baixe a qualidade do filme.
Em termos de
interpretação Farrel tem talvez o papel mais diferente e conseguido
dos ultimos anos da sua carreira, a sua presença a sua inquietação
é algo que so esta ao alcance dos melhores, não e uma interpretação
que chame a atençao mas e muito dificil com o silencio dar uma
personagem tao complexa, que se torna mais facil na segunda fase com
o lado sempre eficaz e feminino de Rachel Weisz.
O melhor – A
originalidade do argumento
O pior – A banda
sonora
Avaliação - B+
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