Thursday, October 27, 2022

Dead for a Dollar

 


Walter Hill é daqueles realizadores que fruto de nunca se ter tornado numa das figuras de referência do cinema atual optou por se dedicar ao longo da sua vasta carreira a um estilo de cinema que tem-se tornado menos comum, concretamente os Western tradicionais com caçadores de recompensas entre outros clichés. Este foi a sua aposta este ano, com todos os atributos típicos desse tradicionalismo, que acabou por agradar a critica mas que acabou por não convencer particularmente os espetadores com resultados de bilheteira quase rudimentares.

O filme é daqueles western puros, quer em termos narrativos quer em termos de cenários. E daqueles filmes com intriga, diversas personagens, rivalidades, e luta, sem que isso resulte numa historia impactante ou diferenciada, ficando sempre a sensação que as personagens são algo simplistas demais.

Por seu lado os nos narrativos acabam por ter um impacto moderado, as alianças que se vão criando acabam por ser algo previsíveis, ficando acima de tudo a sensação que o filme não consegue ter a intensidade para as nuances da historia que vao surgindo acabem por ter qualquer tipo de impacto na forma como se vai comunicando com o espetador.

Ou seja um filme tradicional com pouca intensidade, e acima de tudo num estilo que nos parece fora de forma. O bom cast que o filme acaba por ter, acaba por não ser aproveitado numa narrativa algo simplista, mas mais que tudo devido ao facto das personagens ficarem demasiado presas a um argumento que pouco as potencie.

A historia segue um caçador de recompensar que tem um novo serviço, mas acaba por ser ameaçado por um ex premio que sai da prisão com o objetivo de procurar vingança.

Em termos de argumento é um filme com uma historia comum nas dinâmicas mais tradicionais do cinema de western. Temos as lutas, as rivalidades, os lados criminais mas a intriga assim é algo básica e nem sempre potencia personagens que tem dificuldade a crescer na historia.

Water Hill é conhecido mais do que por ser um realizador extraordinário, por ser um realizador dedicado a uma causa própria, neste caso os Westerns. Denota-se que se sente à vontade no tipo de cenário e contexto, o qual não sendo esteticamente irrepreensível e funcional.

No cast temos bons elementos, principalmente um Waltz que esta numa fase com menos fulgor da carreira, mas que acaba por ser consistente nas limitações da personagens. Um Dafoe sempre muito intenso, e Broshnan a ganhar o seu próprio espaço no cinemam embora as personagens não permitam grandes valorizações~

O melhor – Algum purismo dos Western

 

O pior – Em termos de impacto narrativo o filme tem dificuldades de ter impacto

 

Avaliação – C-

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