Walter Hill é daqueles realizadores que fruto de nunca se
ter tornado numa das figuras de referência do cinema atual optou por se dedicar
ao longo da sua vasta carreira a um estilo de cinema que tem-se tornado menos
comum, concretamente os Western tradicionais com caçadores de recompensas entre
outros clichés. Este foi a sua aposta este ano, com todos os atributos típicos
desse tradicionalismo, que acabou por agradar a critica mas que acabou por não
convencer particularmente os espetadores com resultados de bilheteira quase
rudimentares.
O filme é daqueles western puros, quer em termos narrativos
quer em termos de cenários. E daqueles filmes com intriga, diversas
personagens, rivalidades, e luta, sem que isso resulte numa historia impactante
ou diferenciada, ficando sempre a sensação que as personagens são algo
simplistas demais.
Por seu lado os nos narrativos acabam por ter um impacto
moderado, as alianças que se vão criando acabam por ser algo previsíveis,
ficando acima de tudo a sensação que o filme não consegue ter a intensidade
para as nuances da historia que vao surgindo acabem por ter qualquer tipo de
impacto na forma como se vai comunicando com o espetador.
Ou seja um filme tradicional com pouca intensidade, e acima
de tudo num estilo que nos parece fora de forma. O bom cast que o filme acaba
por ter, acaba por não ser aproveitado numa narrativa algo simplista, mas mais
que tudo devido ao facto das personagens ficarem demasiado presas a um argumento
que pouco as potencie.
A historia segue um caçador de recompensar que tem um novo
serviço, mas acaba por ser ameaçado por um ex premio que sai da prisão com o
objetivo de procurar vingança.
Em termos de argumento é um filme com uma historia comum nas
dinâmicas mais tradicionais do cinema de western. Temos as lutas, as
rivalidades, os lados criminais mas a intriga assim é algo básica e nem sempre
potencia personagens que tem dificuldade a crescer na historia.
Water Hill é conhecido mais do que por ser um realizador
extraordinário, por ser um realizador dedicado a uma causa própria, neste caso
os Westerns. Denota-se que se sente à vontade no tipo de cenário e contexto, o
qual não sendo esteticamente irrepreensível e funcional.
No cast temos bons elementos, principalmente um Waltz que
esta numa fase com menos fulgor da carreira, mas que acaba por ser consistente
nas limitações da personagens. Um Dafoe sempre muito intenso, e Broshnan a
ganhar o seu próprio espaço no cinemam embora as personagens não permitam grandes
valorizações~
O melhor – Algum purismo dos Western
O pior – Em termos de impacto narrativo o filme tem
dificuldades de ter impacto
Avaliação – C-
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