Confesso que com a carreira muito aquem do esperado que foi tendo Kevin Smith que me fui esquecendo do quão me divertiu o primeiro e mesmo o segundo Clerks, quer pelas referencias cinematograficas constantes que preenchem qualquer amante de cinema, pelo caracter rebelde, pela quimica entre as duas personagens. Dai que foi com saudosismo e pouca esperança que vi o terceiro capitulo ser lançado. Criticamente ao contrario dos dois primeiros filmes as avaliações foram medianas, e em termos comerciais e se calhar muito relacionado pela pessima carreira que Smith foi tento os resultados foram tambem ele desoladores.
Sobre o filme eu confesso que no inicio percebi mais do que Smith fez entretanto do que a base comica mas ao mesmo tempo profunda que o filme conseguia ter. Temi pelo pior, temi pela destruiçao de um conceito que sempre gostei e que me fez gostar bastante dos primeiros anos de Smith, mas aos poucos e principalmente quando entre nas filmagens o filme reencontra a intensidade, rebeldia e carisma dos primeiros filmes quando pensei estar perdido, e os ultimos dez minutos tiveram a intensidade emocional que faz o filme resultar perante os fas da saga.
Claro que quem nao conhece Clerks nao sera neste filme que fica a gostar, ou mais que isso, nao se calhar nos nossos tempos que se aprende a gostar de Clerks ja que entretanto muitos outros filmes foram misturando a rebeldia de dialogos com personagens lineares. Mesmo para os fas e o pior filme da saga, mas o reencontro ao inicio estranho mas depois faz com que os quinze anos que se passaram desde o ultimo filme tenham sido ultrapassados e seja o reencontro final.
Clerks e a melhor obra de Kevin Smith e aqui mesmo numa fase pessima da sua carreira em que coleciona titulos sem qualquer qualidade ou assunto, consegue regressar ao terreno positivo com aquilo que melhor sempre soube fazer, conversar sobre cinema no cinema. A nostalgia esta la e ele conseguiu nos ultimos minutos ir buscar um lado emocional que poucos pensavam ser possivel.
Anos apos os ultimos acontecimentos de Clerks 2 surge a sequela, onde apos um ataque cardiaco de Randall surge a ideia de fazer um filme sobre este, onde Dante e uma mera referencia, mas onde vao pensar sobre os momentos mais importantes da vida de ambos.
No argumento Smith e confortavel nas sequencias cinematografias como se da propria critica dele se tratasse. Num filme dependente de dialogos ja o vimos fazer melhor principalmente com estas personagens, mas salva o filme com o drama final, inesperado e intenso.
Na realizaçao a carreira de Smith depois de Dogma foi um fracasso total, nao encontrou genero, nao encontrou estilo, nem a assinatura inicial se manteve, foi deambulando regressando aos seus personagens da juventude quando ja devia estar maduro. FIca a sensaçao que Clerks como objeto de arte desistiu no segundo filme, mas e a sua referencia.
No cast temos os desconhecidos mais conhecidos nos papeis de sempre. Fisicamente gastos, e que nao permite dar tanta credibilidade a rebeldia, ou pelo menos achando-a estranha. Fica a ideia que nunca percebemos o que valeria qualquer um dos protagonsitas fora desta roupagem porque nada significativo foi feito para alem disto.
O melhor - Os ultimos dez minutos.
O pior - Abaixo dos anteriores nas diades dos protagonistas
Avaliaçao - B-
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