Apos o anuncio desta produçao e principalmente depois de se ter percebido que o filme iria ter a classificação tipica dos filmes pornograficos que a expetativa e a polemica em torno deste lançamento começou a ser evidente. Após a estreia nos festivais mais mediaticos, percebeu-se que a unanimidade não estava presente com avaliações muito diferentes uma da outra. Por sua vez, do ponto de vista comercial a curiosidade e acessibilidade Netflix deve ter resultado em alguns visionamentos mas o excesso de tempo do filme poderão ter afastado os menos resistentes.
Blonde e juntamente com Elvis os biopics mais badalados do ano, e acabam por ter algumas semelhanças, quer no excesso de duração, mas também por ser filmes muito mais impressionantes esteticamente e no conceito do que propriamente na historia que acabam por relatar. Blonde e um filme polémico e artistico, polemico porque assume os mitos urbanos de Marlyn como verdadeir,s artistico porque e um filme diferenciado, com muita atenção ao detalhe e as imagens e nisso o filme funciona muito bem.
Narrativamente o filme para quase três horas de duração acaba por quase não existir, saimos a saber que a figura carismatica era um alvo da atração sexual, algo que não lhe agradava mas parece muito pouco dimensional principalmente nos relacionamentos que teve, os quais são fotografados com pouco rigor. Fica a sensação que para três horas, narrativamente temos um filme vazio que necessitava obviamente de mais conteúdo e acima de tudo mais assunto.
Fica a polemica, de um filme que não caiu nas pressões, que se assumiu como polemico e o levou até ao fim, tal alimentou a curiosidade mas também as criticas e os defeitos e que existem num filme que quer chocar mais que comunicar, e que cai no erro de ter três horas de utilizar uma figura da forma que realmente querem denunciar que foi usado.
A historia segue Norma Jean e depois Marlyn Monroe ao longo das suas diferentes relações e na forma como a propria reagia as mesmas e de que forma pautou a sua carreira.
No que diz respeito ao argumento parece sempre um filme introspetivo de auto analise da personagem do que um biopic em que se relata acontecimentos. E um argumento dificil que tenta fugir a normalidade sem que isso consiga dar ritmo a quase três horas de filme em que fica a ideia que o filme teria de se encontrar de uma forma mais concreta.
Dominik e um realizador com carisma e conceito, que utiliza bem o seu estilo. O filme e esteticamente trabalhado e impactante, mas perde-se pela falta de cola. Tem assinatura de um realizador que não quer ser convencional mas sim ir de encontro ao que pensa e nisso temos de gabar pelo menos a coragem.
No cast a prestação pelo menos estetica de Ana de Armas é impressionante, num dos papeis que marca uma carreira. A actriz tem intensidade mas cai em alguns maneirismos em excesso. Não tem medo de se expor e isso tem de ser valorizado mas fica a ideia que o filme nem sempre aproveita o estilo que ela assume. Nos secundários estes sao quase desaproveitados numa atuação a solo.
O melhor- O nivel estético do filme.
O pior - Muito tempo para pouca historia
Avaliação - C
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