Sunday, January 26, 2020

The Good Liar

Quando este thriller de Bill Condon foi anunciado de imediato se percebeu que poderia ser o regresso do realizador ao seu género preferido e principalmente com um elenco marcado pela experiencia e pelo reconhecimento critico. De imediato apontado para os prémios rapidamente se percebeu que o filme não tinha essas ambições ao ser um thriller que muitas vezes tem dificuldade em constar da lista de premiados, ainda para mais quando criticamente o filme não passou da mediania. Em termos comerciais a surpreendente boa distribuição acabou por defraudar os resultados comerciais sempre distantes de um filme com dois idosos a interpretar.
SObre o filme podemos dizer que começa bem na introdução das personagens e principalmente na forma como nos da o lado duplo de uma delas. Aqui o filme consegue ser ligeiro mas também conduzir a personagem masculina para o lado dual que lhe interessa, escondendo a sua verdade. Aos pouco o filme torna-se previsível, ficando a ideia que poderia trabalhar melhor a dualidade e algum conflito ainda que induzido na mesma, e aqui o filme vai-se adormecendo.
Na segunda parte no jogo do gato e do rato o filme começa a ser competente e mais que isso tem um final interessante, num filme que claramente dependente do impacto da sua resolução. Aqui o filme começa a lançar outros atributos, principalmente naquilo que é a competente interpretação dos seus dois protagonistas.
Ou seja um filme policial, que não sendo, nem querendo ser uma referencia no género, acaba por ser um razoável objeto de entretenimento, sem grandes efeitos, mas acima de tudo pensado num argumento competente e com diversas linhas narrativas. Fica a ideia que o filme depende do seu final, que não sendo totalmente surpreendente acaba por permitir um impacto maior do filme.
A historia fala de um burlão que de forma a tentar ganhar algum dinheiro começa a relacionar-se com uma viúva com alguns bens, fazendo-se passar pelo um honesto homem em final de vida, que mais não e do que uma forma de ganhar a compaixão do seu alvo.
No argumento não sendo obviamente um filme totalmente original ou com um impacto diferenciador, nos seus fundamentos é um filme competente, com bom ritmo e intriga e principalmente consegue surpreender algo no filme.
Na realização Condon já esteve mais perto do olimpo, principalmente depois de algum sucesso em Kinsey. Com o tempo deixou de ter essa aura, principalmente com a passagem por Twilight, dai que teve de voltar as suas origens e principalmente com Mr HOlmes conseguiu a força que neste filme nunca consegue ter.
NO cast Mckellen e Mirren são dois dos melhores atores da geração de ambos e aqui conseguem boas interpretações , principalmente a de Mckellen que é intensa, versátil e nos momentos finais físicas, que nos parece que com mais atenção ao filme poderia estar na luta por prémios.

O melhor - As interpretações dos dois protagonistas

O pior -Pode ser algo previsível

Avaliação - B-

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