Desde a sua apresentação em Canne que este peculiar filme a preto e branco se tornou numa das sensações criticas do ano, sendo mesmo apontado em algumas litas de premios, principalmente as mais proximas da critica especializada. Este impulso acabou por permitir ao filme um excelente registo de bilheteira, tendo em conta a pouca expansão do mesmo.
Sobre o filme podemos dizer desde logo que temos um conceito estético origina e subliminarmente competente. Alias ao longo do delirio de quase duas horas é a imagem que catapulta as interpretações para o nivel de excelencia, sendo estas que acabam por ser o cartão de visita do filme, e o que de mais sedutor tem uma história estetica, mas algo dificil de observar.
Em termos de historia pese embora a ambição do filme torna-se tudo demasiado estranha, ficando por vezes a ideia de uma diferenciação demasiado obsessiva que torna o argumento algo dificil de acompanhar. Fica também a ideia que por alguns momentos o norte do filme acaba por desaparecer em alguns momentos, algo que não permite que o filme tenha sempre um bom ritmo, ou seja indiscutivel.
Perante isto é facil assumir que se trata de um filme concetualmente diferente, e uma abordagem que merece desta ao longo do ano. Isso contudo não significa que o filme seja brilhante, e que o resultado final seja absolutamente irrepreensivel. Fica mesmo a ideia que o filme tinha ingredientes para valer algo mais.
A historia fala de dois homens com posições hierarquicas diferentes que se dirigem para uma pequena ilha de forma a gerir um farol. Com o passar do tempo a loucura da solidão começa a tomar conta de ambos, e a ser o protagonista maior da vivencia de ambos.
O argumento do filme parece ser o parente pobre do filme. Se a ideia tinha tudo para funcionar, a expressão da loucura e mesmo a relação entre personagens poderia e deveria ser mais eficaz e proporcionar pelo menos dialogos de qualidade mais elevada.
Robert Eggers ja tinha chamado a atençãp da critica no seu filme anterior, de nome The Witch, contudo aqui teve mais palco, por culpa de uma realização de excelencia que aproveita muito bem uma das melhores fotografias do ano. A utilização da tecnica preto e branco acaba por ser uma aposta de sucesso, ja que torna as cenas muito mais grotescas e ajuda os atores nas grandes interpretações.
O cast do filme é outro dos elementos que brilham no filme. Dafoe e Pattinson têm duas das mais intensas e eficazes interpretações do ano, que funcionam melhor individualmente do que se complementam. Este filme demonstra o bom momento da carreira de ambos, sendo que surpreendentemente nenhum parece estar no caminho dos premios.
O melhor - A realização e interpretações
O pior - Argumento demasiado estranhoi
Avaliação - B-
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