Este pequeno filme de um dos realizadores mais diferentes do panorama indie americano, foi apresentado em Sundance como uma especie de Get Out deste ano, pese embora num contexto de personagens diferente. O resultado em Sundance ate foi positivo com avaliações essencialmente positivas mas insuficientes para levar o filme para patamares de excelencia. No que diz respeito ao resultado comercial, apenas no final do ano o filme conseguiu a luz da distribuiçao em muito poucos cinemas.
Sobre o filme Tyrel tem um principio tão comum e tão pouco trabalhado em termos de cinema que vale de imediato por isso mesmo. A forma como por vezes por intermedio de alguem surgimos num grupo ja constituido e todos querem que esta junção corra bem. O facto do filme nao ter lado bom e mau é um dos seus segredos para funcionar, temos a tentativa de tudo encaixar quer do lado do corpo estranho quer do grupo de amigos, mas as coisas são dificeis de combinar e essa inexistencia de razões para falhar acaba por ser o segredo para na minha otica o filme resultar na mensagem que nos quer dar.
Claro que podemos dizer que depois o filme e algo exagerado nos excessos de todas as personagens ou na falta de alguem que perceba aquilo que esta a acontecer, mas isso acaba por ser a assinatura de um realizador que gosta de filmar o absurdo e o pouco obvio mesmo que isso retire alguma força dramatica ao filme, tornando-o por isso mais pequeno.
Mas sem duvida que Tyrel e um dos interessantes filmes independentes deste ano, ja que a uma situação particularmente comum junta uma serie de pontos como politica e questão racial juntando num filme que adota sempre uma prespetiva positiva das pessoas mesmo quando nada esta a encaixar. Nao tem a profundidade ou a originalidade de Get OUt mas e sem duvida um filme que é a sua vertente normal.
A historia fala de um jovem afro americano que acompanha um amigo numa festa de aniversario de um seu amigo, deparando-se com um grupo de amigos formado e com uma queda para todos os exageros durante o fim de semana.
Em termos de argumento muito da mais valia do filme esta na ideia central e na forma como a mesma e algo comum em alguma parte da vida. A forma como introduz os temas e algo pouco preparada mas acaba por tocar em muitos temas sem nunca ir a fundo pois quer ter um teor mais descontraido.
Sebastian Silva e um realizador estranho de filmes descontraidos mas que rapidamente entram no absurdo, tem pelo menos no seu guiao aqui o seu filme mais interessante numa carreira marcada por algum non sense.
No cast o filme tem uma excelente interpretaçao de Jason Mitchell um dos bons actores da nova geração afro americana, o seu papel e uma surpresa pelas fases que passa ao longo do filme, bem coadjuvado pelo lado mais irreverente de Abbot e Landry Jones.
O melhor - A forma como o filme nos trás para uma situaçao que tantas vezes acontece.
O pior - O filme acaba por cair em exageros que lhe tira alguma maturidade
Avaliação - B
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