Tuesday, December 25, 2018

Roma

Desde os primeiros festivais do ano percebeu-se que finalmente a Netflix tinha conseguido produzir um candidato claro aos Oscares. O novo filme e intimista de Alfonso Cuaron com a sua simplicidade e uma unanimidade critica que ja nao se via à muito tempo acabou por quebrar todas as barreiras ideologicas e colocar este Roma entre os melhores filmes criticos do ano (se nao mesmo o melhor). Comercialmente parece claramente secundario para aquilo que realmente a Netflix queria com roma.
A primeira coisa que se pode dizer do filme é que dificilmente num período tão proximo se consiga ver uma realizaçao tão forte, tão completa e artistica como esta. A forma como Cuaron preenche o ecra em cada segmento entrando por completo em todas as sequencias, sem nunca ter receio do filme primeiro ser a preto e branco mas acima de tudo um filme que consegue ir buscar a definiçao maxima mesmo com este tipo de registo.
Passando a parte tecnica que parece-nos ate ao momento incomparavel com qualquer outro filme que viu a luz do dia durante o presente ano, temos a historia. Muitos poderão dizer que nºao se passa nada ao longo duas horas e quinze do filme que nao seja rotineiro. Pois bem temos de concordar que o filme nao tem climax ou uma intriga muito desenvolvida limitando-se a nos dar as vivencias de uma personagem particular. So que este lume brando de alguma parte do filme permite que o impacto sequente das cenas chaves seja completamente explosivo de um realismo absolutamente brigalhnte que torna o filme uma referencia tecnica mas acima de tudo emotiva.
Claro que nos parece que nao temos um argumento absolutamente genial ou surpreendente. Que alguns poderão dizer que é um filme sobre uma historia que quase nao e historia de ligaçao entre personagens, mas e isso mesmo que cria o impacto emocional subtil que o filme acaba por ter espelhado nas sequencias finais.
A historia fala de uma empregada domestica de uma familia de alta sociedade mexicana que acaba por estar em conflito, sendo a ligaçao desta mulher a familia a principalmente base do filme.
O argumento e claramente o ponto menos forte do filme, nao temos personagens muito trabalhadas nem dialogos de grande profundidade mas isso serve por completo o que o filme quer ser uma obra tecncia e mais que isso um filme que explode pela surpresa com a força emocional.
A realizaçao de Cuaron e das mais brilhantes que me lembro de ver no cinema, a preto e branco, com uma preenchimento de ecra completo, faz em todas as cenas aquilo que Cooper faz nas de palco em The Star is Born que dar ao espetador a entrada completa do filme. De longe ate ao momento a melhor realizaçao do ano.
No cast Aparicio tem tido muitas boas criticas muito por culpa de uma personagem que parece nao existir no filme todo mesmo estando sempre la, explodindo em termos emotivos na parte final. Uma grande interpretaçao que merece atençao mesmo que seja dos destaques menos sublinhados do filme.

O melhor - A realizaçao

O pior - Poderá ser um filme sobre pouco que se torna muito

Avaliação - A-

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