David Mckenzie teve em 2016 uma das grandes surpresas do ano na forma como conseguiu construir um western num genero actual ainda que tenha tido a colaboração no argumento brilhante de Taylor Sheridan. Surpeendeu portanto que o filme sequente do realizador tenha sido uma aposta da Netflix num genero de epoca. Os resultados criticos nao foram brilhantes e afastaram-no completamente da luta pelos premios. Em termos comerciais pese embora se tenha tornado num dos filmes mais vistos do formato Netflix nao nos parece que seja facil quantificar que resultado teria numa bilheteira normal.
SObre a historia em si e facil perceber que ao entrar no detalhe historico de Bravehart ou pelo menos na sua sequencia seria dificil o filme ter pelo menos tanto carisma como este, e o certo é que nao o tem, que em termos de argumento o filme não é propriamente muito preenchido, ou se preocupe em demasiado em nos dar personagens dimensionais, ou uma intriga forte em termos do desenvolvimento das personagens.
Mas alguma debilidade que o filme possa ter em termos de argumento e completamente ultrapassado por um filme cru, realizado com um realismo e uma violência pouco vista, e que nos dão algumas das mais intensas e brilhantemente realizadas sequencias de batalha dos ultimos anos talvez so ultrapassadas por aquilo que se tem feito em alguns episodios de Guerra dos Tronos. E esse valor estetico e sem duvida o grande realismo das sequencias que fazem deste filme um filme acima da média.
Ou seja um filme que consegue ter dimensão suficiente para ser um dos bons filmes de batalha com marca e assinatura de um realizador competente, mas que por vezes cai em alguns facilitismos historicos. Percebe-se que o filme sabe onde é mais forte e potencia ao maximo essa sua valencia, e isso deve ser de louvar.
A historia fala de um filho de um rei da escocia que depois da morte do seu pai, decide ir por um caminho diferente de luta clara contra o poder de inglaterra ainda para mais porque percebe que essa e a vontade do seu povo.
Em termos de argumento o filme não e forte principalmente na forma algo simples com que nos da as relações entre personagens. Depois temos o comum nos filmes de guerra como honra, coragem e pouco mais num argumento com algumas falhas principalmente por cair demasiadas vezes no ja visto em termos de promenores.
Mckenzie teve em Hell or High Water o filme que muitos procuram numa carreira para dar o salto, e confeço que esse filme é uma boa continuação de carreira, num genero exigente e completamente diferente, mas que demonstra uma capacidade de nos dar sequencia de guerra com uma força que tinha estado ausente nos ultimos anos. Pena a critica nao ter valorizado este aspeto pois acho que McKenzie e um dos bons realizadores da atualidade.
No cast o realizador apostou por um velho conhecido como Pine, eu sinceramente reconheco demasiadas fragilidades de Pine para o papel, principalmente porque nao e um actor com grandes recursos dramaticos o que faz a personagem ficar demasiado monocordica, e perder todas as sequencias para o seu vilão Billyt Howle um actor em clara ascenção, jovem e que tem neste filme uma interpretação que merecia mais visibilidade essencialmente pela visibilidade. A estar atento no futuro a este nome.
O melhor - A realizaçao
O pior - Um argumento que cai demasiadas veses em truques usados e repetidos
Avaliação - B
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