Friday, January 25, 2019

The Seagull

Adaptar obras literarias de referencia acaba por ser muito comum, principalmente em cineastas mais tradicionais que tentam ganhar algum espaço em projetos mais pequenos. Em 2018 chegou as salas de cinema esta adaptação da obra de Chekhov, com um elenco bem representado mas que acabou por nao resultar num grande sucesso critico do filme, com avaliações essencialmente medianas. Comercialmente ao ser um filme de epoca tradicionalista o resultado foi mediano impulsionado positivamente pelo bom momento de alguns dos seus interpretes.
SObre o filme podemos dizer que é um filme demasiado obvio e demasiado preso ao que habitualmente se faz ao teatro sem em momento algum ter qualquer elemento significativo que o diferencie do que seria a representação tradicional do filme. A historia em si esta longe de ser das mais fortes do autor, e o filme perde por isso, por nao ter uma historia particularmente forte.
Na fase inicial ate entramos numa dinamica de especie de comedia, potenciada acima de tudo pela personagem de Benning mas cujo emaranhado relacional do filme vai tornando tudo muito difuso acabando ai o filme por se tornar aborrecido e monotono e longe de ser um objeto de prazer perante o espetador.
Resulta entao um tradicional filme de epoca, com muitos tiques de filme teatral, com uma historia pouco forte, cujo argumento em si tambem nao a torna melhor, e acaba por ser uma obra menor, monotona pese embora a sua curta duraçao. Fica a ideia que com um cast tao rico o filme deveria ser bem melhor.
A historia fala de um conjunto de pessoas num contexto expecifico com particular destaque de uma jovem aspirante a actriz que começa um relaçao com um conhecido autor, deixando para tras um jovem sonhador de chegar ao topo da escrita.
Seagull esta longe na minha opiniao de ser uma das maiores obras de Chekhov e o filme torna a historia ainda mais confusa e pouco objetiva. Fica como principal problema a incapacidade de potenciar as personagens para as mesmas segurarem o filme ate ao final.
Na realizaçao Michael Mayer um experiente realizador mas com poucos filmes que parece-nos demasiado tradicionalista na abordagem ao filme nao permitindo que outros aspetos cresçam, mesmo tendo ao seu dispor grandes actores. Explica quem sabe uma carreira quase inexistente para alguem proximo dos 60 anos.
No cast o filme tem alguns actores em grande forma de gerações diferentes que acabam por ter o seu trabalho pouco potenciado quando comparado com outros filmes que os mesmos participaram recentemente. A culpa e de um argumento que nunca os coloca realmente a prova.

O melhor - O elenco

O pior - Uma historia ja de si modesta que o argumento encolhe mais

Avaliação - C-

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