Sunday, January 20, 2019

Suspiria

2018 sera para sempre um ano relacionado com Remakes de filmes conhecidos com abordagens de autor. Este suspiria marca a visão de um realizador em grande forma em Hollywood como Luca Guagadino da historia de horror de Argento. Os resultados criticos pese embora tenham sido positivos estiveram algo distantes do sucesso que conseguiu nos seus filmes anteriores. Comercialmente pese embora a expetativa que existia em torno do filme os resultados foram a todos os niveis escassos.
Sobre o filme temos claramente que o dividir em dois apontamentos, desde logo o seu caracter estetico onde Guagadino consegue dar impacto visual interessante, acompanhado por uma banda sonora de ponta liderada por Thom Yorke, que cria o clima ideal para um filme de terror de primeira linha. COntudo o filme tem um problema o terror mitologico so funciona se for objetivo e neste filme temos demasiadas coisas implicitas para o terror funcionar, e turno acaba por se tornar demasiado proximo da comedia, o que nos parece nunca ter sido a intençao do filme.
Com o falhar do objetivo central e nos pequenos apontamentos que temos aqui alguma curiosidade em torno do filme, principalmente pelas construçoes de Swinton em diversas personagens do filme, que em termos de argumento não e propriamente interessante mas acaba por ser um apontamento original que os filmes raramente usuam. Outro dos pontos e a riqueza visual da sequencias mais violentas, mas elas nao tem continuidade no resto do filme.
Ou seja um filme de terror mitologico em alguns apontamentos proximos do que Aronofsky fez com Mother, com um resultado final proximo. Uma ideia rebuscada num filme demasiado longo e que nao consegue prender o espetador, sobrando apenas o lado estetico de um filme pensado para ser maior.
A historia fala de uma bailarina norte americana que inicia a carreira numa escola na alemanha federal que acaba por perceber ser bem mais do que um espaço para apreender dança, sendo mais que isso um espaço de exercicio de poder sobrenatural.
Em termos de argumento o filme e confuso, e principalmente pelo facto de densificar mais as cenas torna tudo ainda mais confuso nao deixando grande espaço para personagens e para desenvolvimento narrativo. Pode ser metaforicamente rico mas no restante esta longe de ser sequer funcional.
Guagadino surpreendeu meio mundo o ano passado com a beleza do seu Call Me By Your Name, e este ano volta a surpreender num genero diferente, mas que novamente consegue dotar de riqueza estetica que demonstra uma versatilidade de autor que nem sempre e facil de encontrar.
No cast o destaque vai para Swinton, com tantos papeis e de alguma dificuldade ainda que facilitado pela caracterizaçao, temos um espetaculo pessoal, principalmente pela exigencia de tres papeis. Tudo contudo e mais curioso do que brilhante. Johnson tenta encontrar o seu melhor lugar e fugir do selo comercial de sombras de Grey e parece estar a escolher pelo menos papeis fortes.

O melhor - O nivel estetico do filme.

O pior- A confusao do argumento

Avaliação - C

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