Existem todos os anos pequenos filmes que acabam por se tornar em autenticos fenomenos na temporada de premios, muitas vezes por culpa de transformaçoes de conteitos de atores. Podemos dizer que este foi o ano em que Melissa McCarthy acabou por sair da sua vertente comica, para protagonizar este biopic sob a forma de drama. Criticamente este pequeno filme foi um dos amores platonicos da critica com avaliaçoes muito positivas e que resultou em tres nomeaços para os oscares. POr sua vez comercialmente para um filme que me parece que tinha objetivos curtos em termos comerciais o lado ativo na temporada de premios acabou por potenciar resultados aceitaveis.
Este e daqueles filmes que tem uma abordagem simples, sem grandes truqes de camara, mas cuja a historia sustentada em interpretaçoes de primeira linha fazem do filme um bom filme e mais que isso uma obra que merece ser vista, principalmente tendo em conta o realismo da mesma. Nao e um conto de fadas, e uma tentativa de ajuste ao mundo e nisso o filme é mestre como nos da o pior e melhor da personagem de segundo para segundo.
E um filme que sabe perfeitamente o que pode ser potenciado e fá-lo bem, alavancando o filme na caracterizaçao das duas personagens centrais e enriquecendo o dialogo e a quimica entre a mesma, para lhe dar um tom mais suave, quase de comedia, mesmo que a historia em si seja um drama de desadaptados as exigencias do mundo. Esta formula do filme, principalmente no tipo de argumento criado e o grande trunfo do filme.
Ou seja um daqueles filmes cuja a base poderia facilmente cair num filme de segunda linha de hollywood que estreia em alguns cinemas mas que as interpretações e mais que isso os dialogos deram-lhe visibilidade tal que consegue ter tres importantes nomeaçoes para os Oscares. Nao e o melhor filme do ano, nem nada que se assemelhe a isso, mas um dos que melhor rentabilizou aquilo que tinha como base.
A historia fala de uma escritora de biografias, que depois de esquecida pela sua editora, acaba por ganhar dinheiro falsificando alegadas cartas de personagens famosas, com o apoio de um excentrico amigo.
E no argumento que reside os maiores trunfos do filme, principalmente nos dois pontos mais centrais, que é a caracterizaçao e desenvolvimento das personagens e a forma como as mesmas potenciam dialogos de primeira linha. E um dos maiores trunfos do filme.
Na realizaçao Marielle Heller tem uma realização simples sem grandes truques deixando o brilha para os aspetos onde o filme e realmente forte. Nao e um trabalho de ponta mas podemos dizer que o estilo intimista serve os objetivos do filme, de uma realizador a seguir.
No cast a transformaçao de estilo de McCarthy funciona, mesmo nao sendo um papel de exigencia maxima, a sua caracterização ajuda tudo que o filme nos quer transmitir sobre a personagem num papel de risco da actriz que lhe conduziu a uma segunda nomeaçao para oscar, a primeira em drama. Mas o dominio do filme em termos de interpretaçao e Grant. Um actor que nem sempre e assiduo nos filmes, tem aqui um dos melhores papeis secundarios do ano, e um serio candidato aos premios maiores, porque quando entra as cenas sao todas suas.
O melhor - E Grant
O pior - A base do filme não é propriamente extraordinaria
Avaliação - B
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