Thursday, January 31, 2019

A Private War

Este ano ficará sem duvida associada aos Biopics, cada vez o caminho mais atalhado para o sucesso de premios, foram diversas as abordagens e mais que isso as historias que foram contadas ao longo do ano. Daquelas que nos parece mais heroica foi traduzida neste pequeno filme, com um cenario de guerra sempre presente que conquistou a critica, tendo obtido inclusivamente duas nomeaçoes para os globos de ouro. COmercialmente para um filme sem grandes estrelas de fundo e com pouca expansao os resultados até foram positivos.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem uma historia interessantissima. Dos biopics deste ano poucos tem uma historia de vida e luta tão intensa como a de Marie Colvin, jornalista de cenario de guerra. Confesso que a historia em si, principalmente pelos cenarios onde esteve e mais rica do que o filme poderá traduzir, ja que este adquire um caracter circular de circunstancias que o torna algo repetitivo, mesmo que o lado da vida da mesma acabe sempre por lhe dar mais ritmo.
Mas o que sobressai em clara evidencia no filme é a excelente interpretação de Pike, que nos dá os diferentes lados de uma personagem do primeiro ao ultimo minuto. Temos impacto visual nos cenarios de guerra, e temos acima de tudo o impacto emocional dos ultimos minutos do filme, ainda para mais quando se trata de uma historia real, que poderá ainda estar presente na memoria dos mais atentos, num filme que nos da em pleno destaque o risco de uma profissao que tem como objetivo nos dar a realidade.
Ou seja mesmo sendo um filme com algumas dificuldades no ritmo, muito por culpa das sequencias serem naturalmente muito repetitivas, a historia que filme nos dá merece o sublinhado de um filme que merece ser destacado assim como a sua protagonista. Ao contrario de outros biopics nao se fica pelo lado bom da moeada, nao tendo receio dos outros conflitos mais pessoas da personagem.
A historia fala-nos de Marie Colvin jornalista enviada para cenarios de guerra, as suas reportagens mais famosas nos cenarios mais complicados sem nunca esquecer a sua vida pessoal e os seus defeitos.
No argumento temos um filme circular que confesso que seria dificil de fugir a esta particularidade já que se trata de uma vida também ela circular. Poderia ser um filme mais balançado entre o trabalho e o lado pessoal, mas parece que a determinada altura o segundo deixou de existir.
Na realizaçao este filme marca a estreia de Heineman, num trabalho que vale acima de tudo pelas circunstancias de guerra, com a camara a entrar no proprio cenario. E uma boa estreia num filme de risco para um realizador a ter sobre vigilancia no futuro.
Penso que e no cast que o filme tem o seu melhor elemento, a construçao interpretativa de Pike e brilhante com uma entrega emocional e fisica que merecia mais destaque na temporada de premios. Talvez perde por o filme ser demasiado pequeno pois na minha opiniao nao vi muitas interpretações femininas como esta ao longo do ano. Destaque tambem para a melhor interpretaçao de Dorman, que demonstra poder ser mais que um icon da moda.

O melhor - Pike

O pior - O filme nao consegue fugir ao ser caracter demasiado circular.

Avaliação - B-

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