Seria dificil perceber que rumo teria a carreira de Peter Jackson como realizador e criador depois do termino das duas sagas relacionadas com a obra de Tolkien. Pois bem a resposta saiu este ano com a adaptação ao cinema dos livros Mortal Engines. Em mais uma grande produçao o resultado desta vez esteve longe do sucesso para o produtor que nao assumiu aqui o papel de realizador. Criticamente umas avaliações pouco interessantes nao potenciaram o filme que pela falta de estrelas de primeira linha acabou por rapidamente se tornar num floop comercial significativo.
SObre o filme a ideia futurista de base em cidades motoras que combatem umas com as outras acaba por ser interessante e dar-nos um impacto visual interessante inicial. O problema do filme e que quando esta novidade termina e somos remetidos para a narrativa do filme em si, temos uma historia muito limitada, de vingança com seres estranhos e mais que isso um caminho demasiado previsivel para um final no mesmo contexto. Nota-se a percepçao do filme que pode ser o inicio aqui de um franchising e isso parece tirar alguma atençao da forma como este filme em si poderia resultar.
Tecnicamente temos um filme trabalhado com todo o rigor que normalmente as produçoes de Peter Jackson conseguem dar aos seus filmes, fica a ideia contudo que em termos da passagem da historia ao cinema perde-se muito da essencia dos livros principalmente na forma como as personagens sao muito piores concretizadas e mesmo narrativamente existe a tendencia natural de simplificar o que nao seria para o fazer, e isso acaba por tornar o filme demasiado obvio e pouco trabalhado.
Ou seja fica a sensação que o projeto no final nao resulta e que saimos da sala com a sensação de um espetaculo visual de grande produtora e pouco mais, sente-se muito o facto de nao termos figuras carismaticas na primeira linha de interpretaçao nao conseguem alavancar o filme para mais altos voos.
A historia fala de uma jovem que na sua infancia acabou por assistir a morte da sua mae que tenta-se vingar no assassino da sua mãe e mais que isso impedir os planos maiores do mesmo para dominar todo o universo.
Em termos de argumento se ja a historia de base e mais do mesmo em filmes de açao, parece-nos que a originalidade esta apenas na formula inicial e que depois na concretização de argumento o filme nunca consegue encontrar outra vez essa veia criativa.
Na realizaçao Jackson deu o lugar CHristian Rivers que ja o tinha ajudado na realização e produçao da saga de Hobbit, o filme tem um estilo proprio, com efeitos de primeira dimensão bem trabalhados, mas a abordagem no final acaba por ser algo convencional. Para inicio de carreira parece ter-lhe sido entregue um produto demasiado grande.
No cast o filme arriscou num elenco sem grandes figuras de primeira linha e falhou por isso, Hera Hilmar é uma actriz praticamente desconhecida e foi escolhida para encabeçar um projeto de 100 milhoes o que nao e algo usual e parece que a actriz falta-lhe tempo de ecra para conseguir funcionar num papel exigente em termos de carisma. Funciona melhor tudo com o seu colega de ecra, que embora nas mesmas circunstancias Robert Shehaan parece estar mais proximo daquilo que o filme necessitava.
O melhor - Os efeitos especiais
O pior - Uma narrativa central demasiado comum e pouco trabalhada
Avaliação - C-
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