A Netflix tem sido nos ultimos tempos um dos maiores vetores da divulgação de cinema de autor, tendo em conta a aposta que esta formato tem feito nos diferentes tipos de filme. Nenhum contudo até à presente data tinha resultado tão bem junto dos utilizadores como Bird Box, que se tornou rapidamente num sucesso instantaneo, e um fenomeno de redes sociais, sendo estimado que mais de um terço dos utilizadores da plataforma ja o viram. Em termos criticos as coisas estiveram longe de ser brilhantes com avaliações medianas.
Sobre o filme podemos dizer desde logo que se trata de um particular filme pos apocalipse que contudo vai para alem do usual pelo facto de nunca conseguirmos ver quem se trata o inimigo e mais que isso pela forma como consegue criar uma atomesfera de claustrofobia principalmente nos espaços exteriores. E neste contexto de luta entre personagens o filme tem a sua maior valencia na forma como a mesma cria uma dimensão de luta e imprevisibilidade que torna o filme intenso.
E obvio que é um filme redutor em termos do que realmente significa, um filme de terror, ou quanto muito um thriller intenso que acaba por saber funcionar naquilo que facilmente transmite ao espetador. Fica a sensação que poderia dar mais sobre o que transforma as pessoas, mas esse misterio acaba por alimentar algum carisma no filme, que acaba tambem por funcionar na sua interessante conclusao.
Por tudo isto acho que Bird Box, estando longe de ser um grande filme, é um filme eficaz algo que a Netflix principalmente em generos mais comerciais tinha tido dificuldade de o fazer até então. Uma produçao grande em termos de realizadores e actores que acaba por no final ser um filme interessante dentro dos seus proprios parametros.
Sobre o filme o mesmo conta a historia de um virus que faz com que as pessoas que sejam expostas ao mesmo acabem por se suicidar, a unica forma de conseguir suster o virus e estar em casa ou fechar os olhos no exterior, ao mesmo tempo que observamos a luta pela sobrevivencia de uma mulher e duas crianças.
Em termos de argumento o filme não sendo um poço de inovação sabe potenciar ao maximo uma ideia, criando o misterior do desconhecido como a sua maior força. E um filme que mais do que grandes dialogos ou personagens sabe criar intensidade nas sequencias e isso num filme de terror e essenciar.
Susanne Bier é uma realizadora de segundo plano em Hollywood que recentemente com a mini serie The Night Manager ganhou protagonismo.Aqui aparece com um trabalho interessante principalmente na intensidade que consegue transmitir, mesmo sem grandes truques ou arte ou efeitos, mas todos sabemos que é o desconhecido que pode potenciar o maior terror. NUma carreira sem grandes passagens pelo terror fica o sublinhado de um bom trabalho.
No cast o filme nao exige dos seus protagonistas grande trabalho, Bullock tem a exigencia fisica do papel, algo que normalmente a actriz consegue ultrapassar bem, e no seguinte personagens simples, num filme dominado por outros aspetos.
O melhor - A capacidade do filme transmitir panico aos espetadores.
O pior - Poderia nos dar mais do desconhecido
Avaliação - B-
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