Desde o inicio de 2019 que a maior parte dos criticos colocou elevadas as expetativas em torno deste filme apontando-o de imediato como um candidato natural aos premios. Contudo apos as primeiras visualizações se percebeu que pese embora o filme tivesse sido bem avaliado, tal seria insuficiente para entrar na real luta pelos premios, sobrando apenas a questão interpretativa. Em termos comerciais para um filme com uma distribuição reduzida os resultados até foram competentes mas insuficientes para lhe permitir dar o grande salto.
Sobre o filme sem sombra de duvida que o drama que o filme retrata não só é fiel ao sofrimento de muitas familias ao longo de uma vida. O filme tem picos em que consegue transmitir esse sofrimento principalmente na forma como nos da os ciclos de recaida tratamento. O problema do filme é contudo um outro a forma como está montado temporalmente com avanços e retrocessos temporais é uma confusão total, que tem como objetivo de ser mais intimista mas acaba por ser uma confusão total.
Por tudo isto parece-me não ser um filme coeso que funciona como um todo, intercalando sequencias bem realizadas de interação entre personagens com outras em que fica a ideia que o filme não tem um corpo comum, perdendo muito do sofrimento da personagem num equilibrio entre as mesmas que nunca é feito e que tal acaba por danificar a força do filme.
Beautiful Boy e daqueles filmes que mesmo não sendo mau, é um filme que deveria ser muito melhor, pelo impacto do que nos dá, e por aquilo que representa, fica a ideia que por vezes a tentativa de uma abordagem diferenciadora quando pouco trabalhada e justificada porde danificar o resultado final de um filme e aqui isso aconteceu. Num filme que tem muito bons detalhes e um menos interessante resultado final.
A historia fala de um escritor que acaba por ver o seu filho enverdar pelo caminho das drogas, disponibilizando-se a estudar tudo relacionado com o consumo do mesmo de forma a tentar salvá-lo do caminho da morte.
Em termos de argumento a base do filme é interessante ainda que seja um lugar comum, parece-me que as personagens principalmente as centrais tem conteudo, pese embora os dialogos sejam algo previsiveis. Nao penso que o dialogo seja o que danifica o resultado final de uma historia de impacto.
Na realizaçao Van Goreningen é um realizador belga, que parece ter nas maos um trabalho demasiado grande para as suas capacidades e na forma como idealiza temporalmente o filme, acaba por ser um desastre. Fica a ideia que tudo com um realizador mais eficaz teria outro impacto.
No cast o filme e denomindado por um Chalamet que esta nesta fase a entregar as suas personagens uma intensidade que pode ser uma assinatura interessante no seu crescimento como actor. Temos nervo e carisma num actor jovem mas com muitos atributos interpretativos. Carell parece algo apagado numa personagem em sofrimento. Fica a ideia que o filme deveria dar mais dele.
O melhor - A historia tão comum
O pior - A montagem do filme.
Avaliação - C+
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