O festival de SUndance é um autentico expositor de novos realizadores e mais que isso de novos conceitos do cinema independente, razão pela qual de lá nasceram alguns dos realizadores mais proeminentes da atualidade como Damien Chazelle entre outros. Na competiçao deste ano o premio de melhor filme dramático acabou por ser atribuido a este filme, que pese embora esteja longe da unanimidade critica que outros vencedores de Sundance ja tiveram acabou por ser aquele que recolheu maior consenço. Contudo não tendo impulso suficiente para a temporada de premios acabou por estrear a meio do ano sem grande alarido o que acabou por manifestar algumas dificuldades no boxoffice.
Sobre o filme desde logo temos um tema forte como a homossexualidade adolescente em comunidades rigidas em termos religiosos. Este tema e principalmente o facto do filme se debruçar na pessoa em si e nao em filosofias baratas de aceitação acaba por ser o maior segredo do filme, pese embora o torne algo intimista e sem o impacto que outros filmes com o mesmo tema mais duros podem ter principalmente junto do grande publico.
Alias a forma como o filme não divide tudo em bons e maus, mas em prepetivas diferentes relativamente a este assunto acaba por ser adulta e madura, mas em termos de cinema podera tirar algum peso que a tirania do contexto onde esta colocados poderia ter. Nisso estamos perante um filme amadurecido sobre um tema forte, e que rapidamente se torna num filme onde pessoas na mesma situação partilham espaço e experiencias.
Um filme interessante sem o impacto para grandes voos, e longe de ser um grande filme porque nunca parece ter essa ambição. Um filme marcadamente independente com o intimismo da personagem central, não tendo problema em abandonar os aspetos que deixam de ser relevantes para a vivencia da mesma.
A historia fala de uma adolescente que é descoberta a manter atos sexuais com uma colega e que acaba por ser enviada para um grupo de tratamento à homossexualidade com bases religiosas, onde vai encontrar outras pessoas da mesma idade na mesma situação.
Em termos de argumento não sendo um intriga brilhante, acaba por debruçar a problemática da não aceitação de uma forma intimista, da forma como se vai sentindo a personagem e quem a rodeia na mesma situação. O filme acaba por ser assumidamente mais intimo mas funciona neste objetivo.
Na realização Desiree Akhavan é uma ainda jovem realizadora que tem marcado o seu trabalho pelo tema da homossexualidade. Aqui tem uma realizaçao simples, inimista, sem grandes truques. Parece claramente que o filme chama a sua atençao mais pelo argumento do que pela sua forma. Ganhar Sundance é sempre um bom cartão de visita.
O cast temos uma Grace Moretz a procura de um cinema mais independente que dê a base para a sua carreira enquanto adulta. O filme vale mais que a sua interpretaçao que poderia na minha opinião ter mais chama, isso denota-se quando acaba por perder grande parte das cenas para os seus colegas de cast.
O melhor - A forma como nos dá uma abordagem diferente de um assunto cada vez mais cinematografico
O pior - Fica a sensação que Moretz devia dar mais ao filme.
Avaliação - B-
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