Wednesday, November 28, 2018

22 July

PaulGreengrass é um conhecido realizador que nos ultimos anos tem tido como assinatura a tentativa fiel de recriar momentos de panico relacionado com ataques terroristas sem recurso a atores de primeira linha, e no qual tem conseguido alguma unanimidade critica. Este ano e com a chancela da Netflix surgiu a sua recriação do ataque na Noruega a uma colonia de ferias de uma juventude partidaria. Os resultados criticos do filme pese embora positivos nao foram tão entusiasmantes como outros filmes do realizador, sendo que comercialmente ao ser um produto streaming e sempre mais dificil avaliar o seu real impacto.
Sobre o filme a escolha de actores de origem do local, pouco conhecidos acaba por ser uma opção que o realizador escolhe para tentar dar mais realismo aos seus projetos. Pois bem parece-me que neste caso o filme é algo obvio seguindo sem grande promenor o antes do ataque, mas situando-se acima de tudo no depois do ataque, quer na relação de Breivik com o advogado e as dificuldades de uma das vitimas em recuperar da experiencia que vivenciou.
Em termos emotivos e um filme forte principalmente no seguimento da historia do sobrevivente, é um filme de rotura, mas que no grosso modo acaba por nos dar quase um documentario daquilo que fomos sendo informados pela noticia, o que ao ser um acontecimento recente acaba por ser longe de ser novidade e o filme perde um pouco de impacto por isso.
Contudo Greengrass e rigoroso na sua forma de detalhar historias e mais uma vez o faz, num filme algo longo para a intensidade que tem, parece-me claro que se trata de um filme bem executado e que nao sendo propriamente em momento algum uma novidade acaba por fazer o destaque a uma situação que nos conhecemos bem e transpo-la com a tentativa do maximo de fidelidade para o ecra.
A historia fala do ataque de Breivik numa ilha de ferias mais concretamente a sua estrategia de defesa posterior na batalha legal acompanhando tambem a forma como um dos sobreviventes tentou recuperar dos acontecimentos.
Em termos de argumento e um filme algo simples, recupera ao maximo a informação conhecida do acontecimento e dá-lhe um filme, sem grandes truques dialogos ou riscos e isso acaba por dar um filme eficaz.
Greengrass tem a capacidade de realizar bem no local, nao se preocupa em dar a historia condimentos que ela nao tem e isso e a sua maior virtude. Novamente tenta com a escolha de actores desconhecidos dar ao filme o realismo que por momentos tem. Nao e o seu filme mais brilhante mas e uma assinatura a tipologia.
O cast completamente recheado de actores noruegueses desconhecidos acaba por ser um risco para o filme mas que acaba por funcionar, nem tanto na construção de Danielson Lie como Breivik mas acima de tudo sStrand Gravili como vitima sobrevivente onde penso ter uma interpretação de primeira linha.

O melhor - A tentativa de dar um filme o mais proximo da realidade

O pior - A forma como o filme tem alguma dificuldade em ter algo diferenciador

Avaliação - B-

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