Friday, January 23, 2015

My Old Lady

É conhecida a herança e a tradição da BBC Filmes em adaptar peças de teatro ao cinema com o seu estilo proprio, este ano com o encenador à frente deste projecto surgiu este particular filme centrado em pleno Paris. Os resultados criticos foram discretos com uma mediania que quase transforma tudo em indiferença. Comercialmente o registo foi bem mais agradavel com um resultado sustentado principalmente nos EUA, onde normalmente este tipo de registo tem bem mais dificuldades.
Sobre o filme, e interessante a união do teatro ao cinema principalmente porque os filmes se centram quase em exclusivo nas personagens e é isto que o filme, é uma descoberta constante dos segredos das personagens e aqui o filme tem um foco de interesse muito intenso pois e daqueles filmes em que as personagens vao crescendo a maneira que o filme tambem o vai.
Contudo um filme baseado numa peça de teatro tera sempre dificuldades obvias como um contexto, se bem que aqui Paris acaba por dar uma roupagem interessante ao filme, mas no que diz respeito a tudo o resto o filme parece limitado no seu alcance, nos detalhes que quase não tem e principalmente por vezes entrar numa comedia tonta tao tipica de Klein quando o filme poderia ser mais serio em si proprio.
Do lado negativo claramente o ambiguo final, por vezes o deixar em aberto num filme todo ele cru pode ser uma opção que valoriza a propria obra, num cinema tradicional as coisas podem ser mais complicadas principalmente quando o valor moral do filme esta em causa na forma como o mesmo se concluiu.
A historia fala de um americano que desloca-se a Paris de forma a tomar conhecimento de um apartamento que lhe foi deixado em herança por um pai ausente. Chegados a este local dá conta que o mesmo é habitado por uma idosa, e pela filha deste que vai perceber estar bem mais relacioadas com a vida do mesmo do que alguma vez este chegou a pensar
O argumento e interessante na forma como vai crescendo nas metaforas dos dialogos sempre tao utilizada em teatro e que e uma realidade tambem neste filme, os argumentos teatrais sao sempre ricos em persoangens e dialogos e este é tambem.
Na realização simplicidade e deixar Paris fluir o que é sempre uma escolha oportuna de realização, denota-se que nao e uma realização de primeira linha mas dentro de um algum tradicionalismo nao deixa de ser competente.
No que diz respeito as interpretações o filme, todo o destaque vai para a forma como Maggie Smith ja com idade avançada consegue ser tao versatil percorrendo todos os caminhos do humor a intensidade emocional facilmente, num papel tipico da sua carreira e que lhe conduziu a varios meritos, Klein esta na sua zona de conforto principalmente no lado mais descontraido da sua personagem, Thomas tem obviamente um papel menor.

O melhor - Os dialogos e intensidade dos mesmos

O pior - O estranho final


Avaliação - C+

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