Existem pequenos filmes
que surgem relacionados com uma critica negativa que pelo trailer nos
parecem projectos ambiciosos que não resultam. Um desses filmes foi
este peculiar Hector and the Search for Happiness, que após ser
destruido totalmente pela critica que o conduziu para uma estreia
limitada, acabou por tendo em conta este facto ultrapassar o um
milhao de euros nos EUA a barreira do razoavel quando já ninguem o
fazia prever depois do desastre que foi criticamente.
Sobre o filme começo
por dizer que em face das criticas negativas e de uma premissa tão
ambiciosa pensei de imediato que iria observar um tonto filme que
apenas utilza a forma de fazer humor de Pegg com um conteudo vazio. E
o que posso dizer é que falhei por completo. Desde logo porque o
humor e o lado mais Pegg termina nos primeiros quinze minutos do
filme e são o contexto do filme bem realizado com satira e exagero
mas que lança bem o outro restante do filme, numa toada mais calma,
com mais risco no argumento principalmente na forma como bem consegue
conciliar o que ocorre com os manuscritos do actor principal, e um
fundamento interessante de que a felicidade é extremamente relativa.
Dai que tenha achado
este filme uma agradavel surpresa, com um tom ligeiro aborda um tema
sério, real e com originalidade, é obvio que algumas das criticas
sejam fundadas como o esteriotipo racial presente em cada uma das
passagens da persoangem por lados diferentes do mundo, pelo facto dos
actores secundarios deixarem muitas pontas soltas que o filme nunca
consegue ultrapassar e pelo final ser um pouco ao lado daquilo que o
filme realmente vinha a indiciar, mas em tudo o resto temos um filme
interessante, centrado num argumento original que pese embora os seus
buracos arrisca e com alguma qualidade.
Pena é que todos os
filmes que surgem desta forma sejam aniquilados por uma critica que
por vezes parece demasiado proxima de temas serios ou de um humor
incorreto, pois filmes simples mesmo com metodos pouco ortodoxos como
Walter Mitty e este filme acabam por ser destruidos sem grande razão
por uma critica, quando nos parece existirem aqui valores no filme
que deviam ser vistos por mais gente.
O filme fala de um
psiquiatrico com uma vida formatada que apos achar que não é feliz
faz uma volta ao mundo de forma a tentar perceber o que é na
realidade a felicidade.
O argumento tem um bom
principio, original, narrativamente e emocionalmente interessante
cujo caminho nem sempre e feito com maturação e coesão, oscilando
entre bons momentos como os ocorridos na China com outros mais
superficiais como em Africa, mas que deixa alguns buracos o que é
mau para um argumento mas que não retira o brilho da ideia original.
Analisando a carriera
de Chelsom ligado a comedias de serie B ou menos podemos dizer que
aqui tem de longe o melhor filme da sua carreira numa realização
com risco, original, com lado artistico, pena e que a critica não
lhe tenha dado a chance com o filme pois acho que aqui demonstrou
qualidade para outros voos.
No cast Simon Pegg tem
aqui o papel mais dificil da sua vida onde teve de conjugar o seu
lado humoristico que já funciona em piloto automatico com
disponibilidade fisica e mais que isso um lado emocional, e podemos
dizer que cumpre positivamente num papel que vale mais do que a
qualidade do actor mas que demonstra mais competencia no mesmo do que
expectavel. Pike tem aqui um complemento diferente ao seu excelente
papel em Gone Girl numa das actrizes com melhor registo este ano e
podemos dizer que este papel tambem se encontra a um bom nivel.
O melhor – A ideia
simples, forte e emotiva do filme.
O pior – Algumas
pontas soltas no argumento
Avaliação - B-
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