Friday, January 16, 2015

Foxcatcher

Desde a sua consensual estreia no Festival de Cannes no inicio de 2014, que este filme foi imediatamente apontado como um dos favoritos ás nomeações aos oscares. E pese embora ter perdido algum fulgor nestes ultimos tempos o certo é que as cinco nomeações em categorias importantes pode ser considerado um sucesso para este filme, que comercialmente teve algumas dificuldades, mas sabe-se que esse terreno nunca seria a praia nem objectivo principal do filme.
Sobre o filme o que podemos dizer, desde logo para quem é apreciador do estilo pausado e silencioso de Mller este será um bom filme, porque vinca esta caractristica perfecionista do realizador. No meu caso, que não o sou, sublinho que o filme se torna exageradamente parado e longo, ja que grande parte da sua duração somos quase anestesiados com sequências de treino e mais que isso com olhares parados entre as persoangens.
Mas analisando fora do parametro Bennet Miller podemos observar algumas virtudes no filme, e aqui desde logo o desta que superior para a produção e o rigor do detalhe do mesmo, mas acima de tudo o nivel interpretativo do mesmo, que ajudado pela caracterizaçao leva os seus actores para alguns dos melhores registos das suas carreiras.
Mas conhecendo a historia e facil conhecer defeitos ao filme, em termos de rigor, a forma como o filme transmite os factos faz com que a conclusao seja colada a todos os outros acontecimentos quando na verdade existiram oito anos de interregno que seriam importantes abordar principalmente o facto da loucura de Du Pont ser historicamente considerada gradual algo que nao e bem trabalhado no filme.
 Por isso e minha ideia que o filme é sobrevalorizado como alias tudo o que Miller fez antes.
A historia fala na ligação do Wrestler Mark Schultz ao milionario John Du Pont na equipa deste Foxcatcher a preparação para os mundiais e jogos olimpicos e a forma como esta relação se torna claustrofobica para o primeiro e a forma como condiciona a relaçao do mesmo com o seu irmão Dave.
O argumento tem falhas desde logo na contextualização temporal, outro ponto e o facto de nos parecer que opções de factos nao presentes acabam por nao dar o impacto ou dar um impacto diferente do que realmente aconteceu, por outro lado tem valor na forma como as personagens sem grandes dialogos consegue atingir uma profundidade interessantissima.
Na realização eu confesso que observo detalhe e perfeccionismo em Miller que são qualidades interessantes como realizador, contudo parece obviamente um realizador cujo ritmo que emprega aos filmes é discutivel, principalmente porque ao detalhar muito os filmes estes perdem a intensidade que uma obra prima necessita. E obvio que existe entusiastas deste estilo só assim se compreende a força junto da academia mas eu reconheço nao ser um deles.
No cast todos os louros vao para a excelente interpretação de Carell, muitos dirão que o mesmo é muito ajudado pela caracterização e aparencia fisica ao qual se deve ressalvar que mesmo isso é parte da personagem, mas aqui resulta, a inquietação na sua presença é sempre clara, a desconfiança do que vem a seguir e observada no seu olhar, numa das melhores interpretações do ano. perde pelo facto de ser considerado principal, algo que e muito discutivel, ja que caso fosse secundario penso que o Oscar nao lhe fugiria. Mas sublinha-se também a excelente prestação de Tantum, no papel mais exigente da sua carreira, a falta de personalidade esta criada com muita força, num actor que aqui demonstra ser mais que um sex symbol para filmes simples.


O melhor - As interpretações.

O pior - A falta de intensidade e ritmo

Avaliação - C+

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