Tuesday, September 06, 2016

The Meddler

Susan Saradon é das actrizes americanas uma daquelas que acabou por ter um envelhecimento natural adoptando como registo comum a comedia, algo que é natural quando se chega a determinada idade. Este ano surgiu esta comedia dramatica sobre a perda que acabou por conseguir criticas interessantes, principalmente se tivermos em conta que se trata de uma comedia romantica. Comercialmente para um filme que não teve estreia wide podemos dizer que os resultados comerciais acabaram por ser consistentes.
Nem sempre é apetecivel fazer uma comedia romantica na terceira idade, ou colocar um filme para grande publico cuja protagonista central acaba por ser uma pessoa a entrar na terceira idade. Pois bem o filme tem esse risco, e consegue com que o filme gira sobre este conflito de ter o que fazer quando já não somos produtivos. O problema e que o filme para funcionar tem que ser exagerado e distanciar-se da realidade, oferendo a personagem central dinheiro interminavel e uma bonadade ainda maior, o que faz com que o filme tenha um conjunto de sequencias positivas que lhe tiram todo o realismo e por ligaçao toda a sua mensagem.
Para alem deste ponto tambem me parece um filme demasiado perdido nas suas linhagens narrativas, acabando, com excepçao da relaçao mae-filha de não dar a devida atençao a outras historias, desde as mais simples romanticas, ou mesmo aos conflitos mais individuais da personagem. Tudo corre bem a um ritmo de veleiro, sem grande intensidade e muito menos graça para o final feliz.
Muitos podem dizer e o lado positivo das coisas que torna o filme especial, pois bem na minha opiniao o filme tem muita falta de produtos que acabem por o tornar diferente, forte e maduro. Parece.me que necessitava de mais personagens não em número mas em conteudo. Precisava de algum toque de rebeldia, o que nunca tem, e mais que isso necessitava de não esquecer pontas soltas do guião como o estudante de direito que tem part time na loja da apple. Por tudo isto parece-me uma comedia com bastante falhas, não compreendendo as boas avaliaçoes que foi alvo.
A historia fala de uma viuva que sentido a falta do companheiro de toda a vida acaba por perseguir continuamente a sua filha, que vive uma depressao por um relacionamento falhado. Depois de um esgotar desta relação tem que procurar formas de ocupar o tempo, longe da filha.
O argumento é confuso parece querer abrir demasiadas pontas no inicio que depois vai abandonando para dar primazia a algumas. Nesse particular parece-me um filme com falta de objetividade e com um plano concreto. Tambem me parece , que com a excepçao da personagem central todas as outras faltam-lhe dimensões.
Em termos de realizaçao podemos dizer que o filme, tem uma realizadora já com alguns trabalhos no mundo da comedia romantica, mas que lhe falta um grande filme, uma obra que potencie alguns dos vaticinios que foi alvo. Neste filme é um realizaçao simples sem rasgo de autora.
No cast, todos concordamos que Saradon tem um papel interessante, principalmente nesta fase da vida, um dos melhores da sua carreira nos ultmos anos, potenciando ainda que ligeiramente o seu lado de comedia e dramatico, muito por força do seu carisma. O mal e que as outras personagens não dao espaço aos seus interpretes com particular destaque Simons e Bryne.

O melhor – A personagem central

O pior – As restantes


Avaliação - C-

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