Susan Saradon é das
actrizes americanas uma daquelas que acabou por ter um envelhecimento
natural adoptando como registo comum a comedia, algo que é natural
quando se chega a determinada idade. Este ano surgiu esta comedia
dramatica sobre a perda que acabou por conseguir criticas
interessantes, principalmente se tivermos em conta que se trata de
uma comedia romantica. Comercialmente para um filme que não teve
estreia wide podemos dizer que os resultados comerciais acabaram por
ser consistentes.
Nem sempre é
apetecivel fazer uma comedia romantica na terceira idade, ou colocar
um filme para grande publico cuja protagonista central acaba por ser
uma pessoa a entrar na terceira idade. Pois bem o filme tem esse
risco, e consegue com que o filme gira sobre este conflito de ter o
que fazer quando já não somos produtivos. O problema e que o filme
para funcionar tem que ser exagerado e distanciar-se da realidade,
oferendo a personagem central dinheiro interminavel e uma bonadade
ainda maior, o que faz com que o filme tenha um conjunto de
sequencias positivas que lhe tiram todo o realismo e por ligaçao
toda a sua mensagem.
Para alem deste ponto
tambem me parece um filme demasiado perdido nas suas linhagens
narrativas, acabando, com excepçao da relaçao mae-filha de não dar
a devida atençao a outras historias, desde as mais simples
romanticas, ou mesmo aos conflitos mais individuais da personagem.
Tudo corre bem a um ritmo de veleiro, sem grande intensidade e muito
menos graça para o final feliz.
Muitos podem dizer e o
lado positivo das coisas que torna o filme especial, pois bem na
minha opiniao o filme tem muita falta de produtos que acabem por o
tornar diferente, forte e maduro. Parece.me que necessitava de mais
personagens não em número mas em conteudo. Precisava de algum toque
de rebeldia, o que nunca tem, e mais que isso necessitava de não
esquecer pontas soltas do guião como o estudante de direito que tem
part time na loja da apple. Por tudo isto parece-me uma comedia com
bastante falhas, não compreendendo as boas avaliaçoes que foi alvo.
A historia fala de uma
viuva que sentido a falta do companheiro de toda a vida acaba por
perseguir continuamente a sua filha, que vive uma depressao por um
relacionamento falhado. Depois de um esgotar desta relação tem que
procurar formas de ocupar o tempo, longe da filha.
O argumento é confuso
parece querer abrir demasiadas pontas no inicio que depois vai
abandonando para dar primazia a algumas. Nesse particular parece-me
um filme com falta de objetividade e com um plano concreto. Tambem me
parece , que com a excepçao da personagem central todas as outras
faltam-lhe dimensões.
Em termos de realizaçao
podemos dizer que o filme, tem uma realizadora já com alguns
trabalhos no mundo da comedia romantica, mas que lhe falta um grande
filme, uma obra que potencie alguns dos vaticinios que foi alvo.
Neste filme é um realizaçao simples sem rasgo de autora.
No cast, todos
concordamos que Saradon tem um papel interessante, principalmente
nesta fase da vida, um dos melhores da sua carreira nos ultmos anos,
potenciando ainda que ligeiramente o seu lado de comedia e dramatico,
muito por força do seu carisma. O mal e que as outras personagens
não dao espaço aos seus interpretes com particular destaque Simons
e Bryne.
O melhor – A
personagem central
O pior – As restantes
Avaliação - C-
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