Depois das primeiras
aparições em Sundance que este filme que conseguiu o prémio de
melhor realizador chamou a atenção pelo seu peculiar argumento, e
acima de tudo pela sua ideia pouco comum. Pese embora o premio em
Sundance os resultados criticos foram positivos mas não
entusiasmantes talvez por isso o filme tenha estreado muito cedo na
competiçao aos oscares, ficando desde logo fora da corrida.
Comercialmente para um filme que estreou em poucos cinemas podemos
facilmente considerar o resultado como competente.
Sobre o filme, e
indiscutivel que a abordagem do filme é extremamente original e que
o mesmo tem momentos de cinema unicos, como o cinema, como o festival
de marionetes que acaba por ser o filme, mas por outro lado o filme
tem um claro problema de objtividade a determinada altura o filme
desiste de fazer sentido como um todo e acaba por ser mais peculiar
do que interessante, no final ficamos marcados mais por pequenos
momentos do filme do claramente pelo seu resultado final, ou seja é
um filme que tinha muito para funcionar mas acaba por entrar num
emaranhado narrativo impossivel de sair, a tarefa não seria facil
mas era esta resoluçao que o poderia conduzir para altos voos.
Mesmo com este defeitos
existe determinados valores que me parecem ser bastante funcionais no
filme, o risco de um guião diferente, mesmo que muitas vezes sem
sentido, um realizaçao muito competente e excelentes interpretaçoes,
o problema e que o prato ao ser demasiado elaborado tinha que ter um
sabor final especial e nesse particular o filme acaba por ser sempre
diferente mas nem sempre saboroso.
O mal de muitos filmes
sustentados em ideias diferentes e a dificuldade de o tornar no
veiculo de uma mensagem, de algo concreto e nisso o filme passa por
claras dificuldades, muitos podem dizer que a determinada altura o
filme tinha de ser uma fabula imaginaria, mas alguma coesão interna
era mais necessaria para fazer este objeto estranho mesmo assim
funcionar.
A historia fala de um
jovem que cansado de estar sozinho numa ilha deserta no momento em
que tenta se suicidar acaba por encontrar um cadaver com quem cria
uma relação que o faz deixar de se sentir sozinho, tentando o
trazer a vida.
EM termos de argumento
a ideia de base é dificil de assimilar e dificil de concretizar e
nem sempre o filme consegue ser isso, a ideia e muitas vezes
imperceptivel, e parece muitas vezes adoptar o caminho mais dificil,
a ideia era arriscada e o resultado esteve longe de ser perfeito.
A dupla de realizadores
tem um trabalho interessante e dificil conseguem momentos de cinema
bonito mesmo com um cadaver a mistura, temos risco, temos uma
abordagem diferente e nisso devemos valorizar esta dupla a dar os
primeiros passos, mas que nos parecem ser sustentados.
Mas e no cast que o
filme tem as suas mais valias, se Dano é normalmente consistente em
tudo o que faz, e em Radcliffe que acaba por estar o maior destaque
numa interpretação excelente, dificil, de impacto, de um actor que
me parece principalmente no ultimo ano estar a construir uma carreira
muito consistente. Claramente me parece que tem sublinhado de oscar
esta intepretação pelo menos se ainda alguem se lembrar dela la
para Dezembro.
O melhor – O cast
O pior – Uma ideia
demasiado recambolesca para resultar a 100
Avaliação - C+
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