Nos últimos anos o
cinema australiano tem estado em franca evolução, sendo que as suas
produções para além de lançarem os novos produtos de hollywood já
conseguem por si so ir buscar algumas das estrelas mundiais para os
seus filmes. E o caso deste filme, que foi um dos grandes vencedores
dos premios australianos de cinema em 2015, e da sua protagonista
Kate Winslet. Pese embora os excelentes resultados criticos e
comerciais naquele pais, em termos globais as coisas foram bem mais
modestas, criticamente com avaliações bem mais medianas, mas também
em termos comerciais, estreando muito tempo depois e em poucos
cinemas.
Quanto ao filme, eu
sempre achei os filmes australianos demasiado crus e nem sempre muito
objetivos nos seus propositos, e nisto o filme tem um bocadinho deste
problema, principalmente por nunca conseguir encontrar o seu tom, o
filme vacila demasiado entre uma comedia de costumes, quase uma
satira teatral, com um drama mais violento quase western, onde as
armas são substituidas por maquinas de costura, e este é o
principal problema do filme, sendo que funciona muito melhor no
segundo registo do que no primeiro.
E o que funciona mal no
primeiro, a existência de personagens apenas com este objetivo que
acabam por nada dar ao filme, principalmente pelo exagero de tiques
com valor humoristico, e depois porque o filme é muito mais rebelde
na questão da vingança e na questão mais crua, mesmo que o estilo
funcione do que propriamente na primeira vertente.
E em face desta mistura
e não sendo uma obra prima em nenhum dos dois, é um filme que vai
do menos ao mais, quando se torna mais objetivo naquilo que quer para
si, consegue potenciar melhor as suas ideias e fazer tudo funcionar
de uma forma mais declarada, tornando-se num melhor western do que
num filme satirico de epoca. Percebe-se que o cinema australiano esta
em clara ascenção embora nos pareça que ainda falte o filme que o
potencie para o primeiro patamar.
O filme fala de uma
costureira que regressa a sua aldeia de origem de onde foi expulsa
alegadamente por matar um jovem de quem sofria bullying aqui vai ter
que rever os fantasmas do passado e acima de tudo lidar com uma
progenitora decadente com tudo o que aconteceu.
Em termos de argumento
PJ Hogan regressa depois de algum tempo afastado da primeira linha,
pese embora alguma dificuldade em encontrar o tom, embora ache que
tal se deve mais a uma realização menos definida, o filme vai do
menos ao mais, e torna-se numa interessante historia de vingança que
nunca necessita de grande originalidade ou tirar coelhos da cartola
Assim como Hogan
Moorhouse regressa depois de muitos anos de fora para cuidar dos seus
dois filhos autistas novamente num filme no feminino algo que foi
comum nos anos mais fulgurantes da sua carreira, tem uma boa dimensão
espacial, o ritmo spaghetti funciona, a caracterização demasiado
satira teatral nem sempre me parece o melhor tom, mesmo assim um
regresso interessante.
No cast ter Winslet
normalmente e sinonimo de competencia, e assim resulta, mesmo não
sendo dos seus papeis mais imponentes, Winslet da sempre intensidade
e recursos as suas persoangens, deixando espaço para Davis brilhar
mais, num filme tambem mais potenciado para a sua personagem. Weaving
num papel que embora diferente penso que é demasiado pensado para os
creditos e um Hemsworth que pouco mais consegue do que o basico.
O melhor – O final de
Western Spaghetti
O pior – Personagens
demasiado comicas para um filme cujo esse elemento era dispensavel
Avaliação - C+
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