É comum Setembro ser
um mês de viragem no que diz ao tipo de estreias nos cinemas, sendo
que os blockbusters neste mês costumam dar lugar aos primeiros
trunfos para os oscares, mesmo que normalmente seja filmes com menos
força, o certo é que os primeiros candidatos normalmente vem a luz
do dia nesta fase. E é obvio que isso é claro quando falamos do
novo filme de Clint Eastwood com Tom Hanks e uma historia da vida
real. Os resultados criticos foram interessantes com avaliações
positivas, e comercialmente os primeiros resultados tambem parecem
ser consistentes. Se chegará para os oscares já tenho as minhas
duvidas.
Nos ultimos anos Clint
Eastwood apostou em homenagear feitos dos americanos com toda a
produçao e detalhe, e sempre com o objetivo de homenagear a pessoa,
como um heroi ser farda, foi assim em American Sniper, pode ser assim
neste filme. Confesso que este estilo de filmes de Eastwood esta
longe de me deslumbrar, porque o torna aquilo que ele não é, um
Michael Bay, com melhor produçao e detalhe, mas com um grau de
lamechice e de abordagem que mais parece de um tarefeiro do que
propriamente de um realizador conceituado, e pois bem mais uma vez
temos isso, mais que um filme adulto sobre um acontecimento temos um
acontecimento transformado numa novel das nove principalmente na
forma como o filme procura o sentimento barato.
Mesmo pensando que o
filme deveria ter uma hora mais e abordar mais a pessoa, penso que o
filme tem alguns detalhes muito interessantes, desde logo todo o
detalhe do acontecimento, passo a passo, a forma brilhante como o
mesmo está realizado, o in loco que o filme faz, só está ao
alcance de alguem muito rigoroso que trabalhe os filmes de principio
a fim, o problema são as personagens, quer a secundarias que sao o
veiculo da emoçao fácil, quer a pouca complexidade de tudo o resto,
quase tornado o personagem como um santo.
Assim e mesmo pensando
que é um filme muito novelado, e muito longe da capacidade de
intensidade que Eastwood já mostrou na sua fase da carreira, temos
um filme interessante de emoção e sentimentos faceis, pouco
surpreendente, mas produtivamente de excelencia. Parece-me muitos
simples para os oscares, ou pouco inovador, mas com Eastwood e o seu
patriotismo barato dos ultimos anos já lhe valeu nomeaçao por um
filme bem pior.
A historia conta um
feito muito interessante do comandante Sully que em 2009 apos avaria
nos dois motores do aviao acabou por o aterrar em pleno Rio Hudson
salvando a vida de toda a gente que seguia a bordo do mesmo.
Em termos de argumento
temos duas vertentes com resultados completamente diferentes, em
termos de detalhe do acontecimento, muito estudo, promenor e rigor
tecnico, em termos da historia envolvente, parece demasiado
novelesco, demasiado tempo em busca da emoçao fácil, num filme que
em termos gerais nunca consegue ser verdadeiramente surpreendente.
Em termos de realização
é obvio que Estawood já não tem a frescura de outros tempos, mesmo
assim temos uma realização mais competente do que brilhante. Com
muitos meios, bem utilizados, o filme tem momentos de realismo
interessantes, mesmo que falte algum cunho que outros filmes já
tiveram.
Por fim no cast, ter
Tom Hanks como interprete de um filme é a garantia maxima que o
filme vai ser forte nas suas interetações. Intenso, com a
serenidade que o papel requer, mais uma vez percebemos que Hanks faz
o que quer quando quer e sempre bem. Ainda para mais ajuda Eckhart a
regressar a bom plano depois de alguns filmes menos conseguidos. Pese
embora a qualidade apenas num ano mediocre tais interpretações
podem merecer atençao de premios.
O melhor – O feito
que o filme aborda.
O pior – Eastwood
procurar tantas vezes a emoçao facil
Avaliação - B-
1 comment:
Faz muito tempo que não via um filme com uma produção tão boa quanto Sully O Heroi Do Rio Hudson, o que mais me impressionou foram todos os dados que encontrei do filme, acho que é uma boa oportunidade para vê novamente. Se ainda não a viram, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.
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