Saturday, November 29, 2014

Magic in Moonlight

Estes ultimos anos tem sido sem margem para discussão os anos mais activos da vida de Woody Allen não so como argumentista mas tambem como realizador. Com a periodicidade anual tem surgido titulos com recepçao critica diferente mas sempre com o seu estilo e forma de lançamento. Este ano surgiu esta comedia romantica com magia a mistura, que contudo não foi dos filmes bem recebidos de Allen com criticas dispares o filme não conseguiu a unanimidade que tantas vezes Allen obteve, comercialmente o filme reflectiu-se desse ponto com resultados modestos mas que Allen por outras vezes já obteve.
Sobre o filme podemos dizer que durante o inicio e na sua evolução temos o lado de Allen mais simples de cinema ligeiro, mesmo os dialogos nunca conseguem ter a força metaforica que o argumentista gosta de adornar os seus filmes, e dai que pensamos facilmente estarmos numa obra menor em todos os sentidos do realizador, ainda para mais que como historia romantica o filme tambem não consegue ter essa intensidade.
Mas uma das qualidades do filme e que vai do menor para o mais, aos poucos Allen reencontra o seu estilo e o significado das imagens por si so, e consegue surpreender no argumento algo em termos de fio condutor algo que não e muito usual no seu tipo de cinema mas que já em outros filmes como Match Point tinha conseguido com mestria, e apenas nos ultimos dois minutos consegue incutir algo de verdadeiramente Allen no sentimento do filme, que pese embora seja de impacto e insuficiente para colmatar a falha do mesmo ao longo do filme.
Enfim um filme que facilmente considerado um Allen menor pela falta de imponencia não so da historia mas principalmente na falta de algum detalhe tao importante para Allen mas que apesar de tudo tem bons momentos e principalmente e um filme ligeiro com que Allen costuma balançar com as suas melhores obras dos ultimos anos.
A historia fala de uma magico que tenta desmarcaram uma jovem medium, contudo com o aproximar de ambos não so começa a acreditar nos poderes desta como num poder mais elevado que e o amor.
O argumento e mais forte em termos de corpo do que propriamente no detalhe e nas especificações algo que não e comum em Allen que opta normalmente pelo oposto, mesmo assim Allen e um argumentista de eleiçao e mesmo não sendo o seu melhor filme muitas das suas virtudes sao sublinhadas no argumento.
Como realizador não sou tao fa de Woody Allen a aposta em pouca tecnologia e num registo quase televisivo dos anos 80 e a banda sonora tipicamente Allen que independentemente do filme e repetitiva, aqui temos o seu registo habitual que adorna muitos fas mas não convence outros como eu.
No cast parece obvio a clara falha na constituiçao do par romantico, desde logo porque Firth e claramente mais velho do que Stone e a sua personagem não consegue ter quimica ainda para mais com esta distinçao fisica e isso acaba por comprometer as prestaçoes de ambos, Firth porque não sai da rigidez habitual, um regresso depois de surpreender meio mundo em Discurso do Rei e Stone porque não tem o aspecto mais interessante em si que e a espontaneadade.


O melhor – Os ultimos quinze minutos de filme.

O pior – O inicio do filme sem interesse e sem Allen


Avaliação - C+

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