Estes ultimos anos tem
sido sem margem para discussão os anos mais activos da vida de Woody
Allen não so como argumentista mas tambem como realizador. Com a
periodicidade anual tem surgido titulos com recepçao critica
diferente mas sempre com o seu estilo e forma de lançamento. Este
ano surgiu esta comedia romantica com magia a mistura, que contudo
não foi dos filmes bem recebidos de Allen com criticas dispares o
filme não conseguiu a unanimidade que tantas vezes Allen obteve,
comercialmente o filme reflectiu-se desse ponto com resultados
modestos mas que Allen por outras vezes já obteve.
Sobre o filme podemos
dizer que durante o inicio e na sua evolução temos o lado de Allen
mais simples de cinema ligeiro, mesmo os dialogos nunca conseguem ter
a força metaforica que o argumentista gosta de adornar os seus
filmes, e dai que pensamos facilmente estarmos numa obra menor em
todos os sentidos do realizador, ainda para mais que como historia
romantica o filme tambem não consegue ter essa intensidade.
Mas uma das qualidades
do filme e que vai do menor para o mais, aos poucos Allen reencontra
o seu estilo e o significado das imagens por si so, e consegue
surpreender no argumento algo em termos de fio condutor algo que não
e muito usual no seu tipo de cinema mas que já em outros filmes como
Match Point tinha conseguido com mestria, e apenas nos ultimos dois
minutos consegue incutir algo de verdadeiramente Allen no sentimento
do filme, que pese embora seja de impacto e insuficiente para
colmatar a falha do mesmo ao longo do filme.
Enfim um filme que
facilmente considerado um Allen menor pela falta de imponencia não
so da historia mas principalmente na falta de algum detalhe tao
importante para Allen mas que apesar de tudo tem bons momentos e
principalmente e um filme ligeiro com que Allen costuma balançar com
as suas melhores obras dos ultimos anos.
A historia fala de uma
magico que tenta desmarcaram uma jovem medium, contudo com o
aproximar de ambos não so começa a acreditar nos poderes desta como
num poder mais elevado que e o amor.
O argumento e mais
forte em termos de corpo do que propriamente no detalhe e nas
especificações algo que não e comum em Allen que opta normalmente
pelo oposto, mesmo assim Allen e um argumentista de eleiçao e mesmo
não sendo o seu melhor filme muitas das suas virtudes sao
sublinhadas no argumento.
Como realizador não
sou tao fa de Woody Allen a aposta em pouca tecnologia e num registo
quase televisivo dos anos 80 e a banda sonora tipicamente Allen que
independentemente do filme e repetitiva, aqui temos o seu registo
habitual que adorna muitos fas mas não convence outros como eu.
No cast parece obvio a
clara falha na constituiçao do par romantico, desde logo porque
Firth e claramente mais velho do que Stone e a sua personagem não
consegue ter quimica ainda para mais com esta distinçao fisica e
isso acaba por comprometer as prestaçoes de ambos, Firth porque não
sai da rigidez habitual, um regresso depois de surpreender meio mundo
em Discurso do Rei e Stone porque não tem o aspecto mais
interessante em si que e a espontaneadade.
O melhor – Os ultimos
quinze minutos de filme.
O pior – O inicio do
filme sem interesse e sem Allen
Avaliação - C+
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