
Sobre o filme, eu confesso quando observei o trailer, pensei que Fuqua iria efectuar
um filme para massas num bom balanço entre o lado de acção intenso com um lado mais cómico, o que acabou por não se concretizar, o filme é um objecto massudo repetitivo e raramente tem graça, sendo que as personagens são demasiado presas a uma ou duas características e as sequências de acção mesmo sendo longas não têm a chama que outros filmes de primeira linha conseguem, pelo que se trata de um filme algo cinzento.
Outro dos problemas do filme e o facto de mesmo com um cast rico e versátil não utiliza essas características para potenciar essa diversidade no filme que se torna repetitivo, apenas funcionando a espaços e essencialmente na fase de captação das personagens, onde muitas delas acabam por não ter antes, nem depois.
Por este mesmo facto e tendo em conta que se trata de um filme com mais de duas horas, parece-me que embora seja uma produção de grandes dimensões nem sempre as coisas são feitas com mestria, salva-se um bom vilão, alguns exercícios de estilo visual, principalmente na forma como os sete são captados em conjunto e uma ou outra graça isolada, que é pouco para um filme com esta expetativa.
A historia fala de sete indivíduos e assassinos contratados por uma pequena aldeia no sentido de ajudarem o povo da mesma a libertar-se da força e violência a que são submetidos por parte de um temível industrial que domina toda a cidade.
Em termos de argumento pensamos que tudo é demasiado repetitivo, as sequências de acção demasiado longas, e as personagens centrais são pouco introduzidas, chegamos ao fim e desconhecemos por completo o passado e o que realmente são, e nisso o filme falha na ligação entre espectador e personagens.
Fuqua teve um inicio brilhante no seu Dia de Treino, com o passar do tempo foi acumulando filmes menos conseguidos e algum do brilho inicial acabou por desaparecer, tornando-se mais num tarefeiro do que num autor. Aqui temos mesmo isso, com meios, falta chama ao filme, falta mesmo a capacidade de fazer um filme simples de massa, caindo no habitual dos seus filmes que é serem decepções.
No cast, o filme parecia reunir todos os elementos para funcionar Washington no carisma, Pratt no lado cómico, Bennet a actriz heroína e um bom vilão como Saarsgard. No meio de tudo isto só Saarsgard desempenha o seu papel, com uma personagem interessante, e bem desempenhada. Washington limita o seu papel a um ou dois tiques, sofrendo da pouca desenvoltura do personagem. Pratt tem os melhores momentos, mas dá pouco em termos de humor e o filme necessitava. Bennett tem um papel demasiado simples para qualquer ilação.
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