Um filme que junte
Zemeckis na realização, Steven Knight no argumento e Brad Pitt como
interprete tem tudo para ser um acontecimento cinematografico,
principalmente quando a estreia é colocada no final do ano,
presumindo-se como um natural candidato aos premios. Mas desde o
momento em que a alegada relação entre Pitt e Cotillard foi
ventilada como a razão da separação do mitico casal Brangelina,
tudo de imediato se percebeu que a atenção do filme estaria em
outros motivos, que criticamente podem ter condicionado o filme com
criticas demasiado medianas, comercialmente, o filme ganhou quem sabe
maior visibilidade trantando-se de um filme claramente menos
ambicioso do ponto de vista comercial.
Sobre o filme podemos
desde logo dizer que o filme enquadra-se numa homenagem a grandes
classicos dos anos 50 de amor, com a junçao da guerra, e do lado
dramático que durante anos preencheu o imaginaior e foi o genero
maior do cinema. E nisso o filme e interessante, muito bem realizado,
com simplicidade poetico e um filme quase sempre bonito, quase sempre
inspirado em grandes filmes da historia e esteticamente e por vezes
narrativamente o filme consegue atingir um nivel bastante elevado.
Mas falta-lhe alguns
pontos para ser uma obra prima, em dois objetos bem grandes, o
primeiro dos quais o equilibrio do filme, a intriga apenas surge na
segunda hora do filme, sendo que a introdução e extendida por quase
metade do filme, sem que algo de realmente substantico acabe por
existir, mesmo na construçao do romance não sei se esta opçao
acaba por dar o impacto que a mesma necessitava, ou pelo menos parece
descuidar a intriga principal do filme, que para resultar em
plenitude necessitava de mais uma hora e tornaria o filme longo e
algo aborrecido.
Mas e no segundo ponto
que o filme sofre mais dano, que é com o desiquilibrio entre o duo
de protagonistas que por um lado penso que nem sempre tem qumica
juntos, o que era fundamental como em qualquer historia de amor,
muito por culpa de momentos de carreira bem diferentes e que abaixo
serao mais debruçado.
A historia fala de dois
espiões que se conhecem num ataque concertado dos aliados para matar
um embaixador alemão em marrocos, mas que transforma uma relação
de circunstancia num casamento entre duas pessoas, mas a realidade
pode ser bem distinta.
Em termos de argumento
o filme funciona principalmente na segunda linha, quando a intriga
toma conta do filme temos muitos momentos em que não sabemos o que
realmente está a acontecer, levando o climax a pontos elevados e
nisso o filme e inteligente e emotivo. Perde-se quem sabe demasiado
na sua fase introdutoria o que faz com que o filme perca algum tempo
a acelerar.
Na realizaçao Zemeckis
e um dos mais experientes e versateis realizadores, já o vimos fazer
de tudo e sempre com inovação, com beleza. Podera ser um realizador
sem assinatura propria mas e um perfecionista em tudo o que faz, e
mesmo na parte final da sua carreira continua a abraçar os projetos
com uma clara ambiçao que se traduz em resultado.
E no cast que o filme
falha, se Pitt nos anos mais aureos já não era na minha opinião um
excelente actor, a idade e principalmente as intervenções
cirurgicas à face tirou-lhe algo fundamental para um actor,
interpretaçao e naturalidade, por momentos parece um boneco de cera
em movimento tiranto toda a intensidade as suas cenas, quem perde com
isso e Collitard, com um papel intenso, dificil, e que poderia ter
mais visibilidade caso o seu companheiro e a sua forma manequim não
lhe tirasse toda a quimica ao filme.
O melhor - A
realização
O pior – Brad Pitt de
cera.
Avaliação - B-
No comments:
Post a Comment