Todos os anos, a altura da Páscoa acaba por ficar marcada por mais uma história que nos relata periodos da vida de jesus, ou um filme claramente dedicado á fé catolica. Normalmente são filmes sem grandes figuras de proa e por isso mesmo filmes com pouca dimensão comercial, quase circunscrita a semana que antecede a pascoa. Este ano surgiu este filme sobre o lado mais desconhecido da vida de Jesus ou seja a sua infância. O resultado do filme foi o esperado criticamente com muitas dificuldades, com avaliações essencialmente negativas e comercialmente os tipicos seis milhoes de uma semana de resultados.
E obvio que consistencia interna e algo que nao se procura num filme sobre religião, mas sim um apelo natural e obvio a crença de cada um. Dai o que sera interessante para um catolico normalmente distante do lado mais normal do seu messias, para os outros e um filme claramente com dificuldades pouco explicado, pouco trabalhado com os receios tipicos de quem tem medo de ir alem num filme sobre figura tao proeminente.
Mas penso que e aqui que surge a limitação natural destes filmes, tudo e óbvio, tudo e esperado, tudo decorre de uma forma demasiado conhecida para ter qualquer tipo de impacto no espetador, ainda para mais quando se trata de produçoes limitadas que mesmo em aspetos tecnicos nao conseguem dar uma roupagem diferente ao tipico telefilme que ano apos ano nos e demonstrado numa televisao perto de nos.
Assim e mesmo incidindo sobre um espaço temporal diferente da maioria dos filmes estamos perante um filme claramente serie B, claramente programado para alimentar a fe tipica da religiao catolica e a forma como a mesma e potenciada na semana que antecede a Pascoa. Por esses mesmos motivos penso que é deste tipo de cinema que a população se ausenta com a falta de algo que seja pelo menos novidade.
A historia fala da infancia de Jesus Cristo e a forma como o mesmo regressa de Alexandria a Nazare, e quando começa a conhecer e a definir os seus poderes, tendo novamente de enfrentar a ameaça do Rei que o quer morto.
Em termos de argumento o filme nao tras nada de novo, pese embora se debruce de uma epoca diferente do conhecido, tem os padrões muito bem definidos e nada, em termos de dialogos e personagens demonstra o receio que todos os filmes do género manifestam.
Em termos de realização Nowrasteh e um realizador inexperiente, mas o filme não exige bastante em termos de novas experiencias de ciencia, e nesse particular parece-me obvio que e um filme facil, com paisagens naturais, não arrisca e tudo funciona de forma bastante natural, nao e pela realizaçao que o filme falha.
No cast quase nada de particularmente significativo, a escolha do jovem Graeves-Neal para Jesus e claramente discutivel, recorre demasiadas vezes a mesma expressao facial, e mesmo para jovem parece-me longe de ser um actor com muitos recursos, no restante um Sean Bean ainda demasiado ligado ao marco da sua carreira que e os filmes de epoca.
O melhor - Tocar numa fase de cristo nem sempre muito sublinhada
O pior - A falta clara que o filme tem de algum apontamento diferenciador
Avaliação - D+
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