Quando um actor ou atriz entram nos setenta anos, pouco ou nada sobra para eles em termos de protagonismo, principalmente em filmes de Serie A. Dai que muito optem por presença menos marcantes em filmes grandes normalmente em papeis secundarios. E isso que nos ultimos anos tem acontecido com Sally Field, que contudo ainda vai protagonizando filmes mais pequenos normalmente mais independentes. Foi isso que aconteceu com esta comedia que conseguiu criticas interessantes, insuficientes contudo para conduzir o filme a grandes voos em termos de galardoes e comercialmente e pese embora o filme apenas tenha estreado este ano foi uma das grandes surpresas com resultados bem relevantes pese embora tenha estreado em muitos poucos cinemas.
SObre o filme, podemos dizer que é uma comedia ligeira mas com muita intençao na mensagem que nos quer dar principalmente em toda a forma como a personagem e caracterizada. Toda a riqueza do filme esta centrada na forma como a mitica Doris se movimenta, desde a forma como colecciona tudo o que encontra desde os seus diferentes relacionamentos ou a emoçao com que vive cada sequencia como se fosse a primeira. O filme nesse ponto de tentar apresentar alguem que pela primeira vez vive para si e euforico e infantil como tem de ser.
Mas nem tudo sao rosas no filme, ao tentar nos dar a forma como ela ainda se julga jovem e tentar potenciar um interesse amoroso, a forma carinhosa com que nos vimos o personagem por vezes desaparece. Já que como todos nunca aceitamos a relaçao pelo menos na forma como ela é construida e o filme tem medo no final de se tornar vulgar com um final obvio, nao tendo coragem de adoptar um outro final mais positivo para a persoangem pelo que o mesmo acaba de ser bastante frouxo e condicionar o impacto do filme.
Mesmo assim uma boa satira bem realizada e bem interpretada, que monta muito bem a historia e o conflito que quer trazer ao filme, pena e que no fim nao tenha coragem de assumir uma posiçao adoptando um final aberto que é insuficiente para fortificar qualquer tipo de mensagem e parece claramente um sinal de falta de coragem para o filme se achar em si alguma coisa.
A historia fala de uma pré idosa, que viveu toda a vida condicionada pelas necessidades dos progenitores, que na falta deles tem dificuldade em dar um rumo a sua vida, até que se apaixona por um colega de trabalho claramente mais novo e tenta fazer tudo para o conquistar mesmo que nao tenha noçao que perdeu 50 anos de avanço.
O argumento tem um pressuposto interessante, original, na forma como desenvolve a narrativa e concreto é actual mas perde no seu climax e na forma como deixa muito da mensagem cair no seu final aberto que pode ser tique de independente mas que neste filme nos parece é falta de coragem para assumir consequencias da sua decisao. E um filme com bons momentos, boas sequencias sustentados por bons dialogos
Showalter é um realizador de baixo circuito que ate este momento nao tinha qualquer filme significativo pelo menos para o grande publico, aqui com simplicidade e objetividade tem uma realizaçao interessante sendo o unico ponto bem trabalhado a cor com que os adereços da persoangem central sao criados.
No cast Sally Field é e sempre foi uma actriz versatil, intensa e de qualidade obvia, aqui tem um papel que balança pelo lado dramatico mas tambem por um lado comico que so esta ao alcance dos maiores. E daqueles papeis que marcam e sao a base do filme, merecia talvez outro destaque na temporada de premios de 2015
O melhor - Sallt Field e a sua composiçao de Doris
O pior - A péssima conclusão escolhida para o filme
Avaliação - C+
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