É conhecida a
facilidade com que Tom Hanks rapidamente se relaciona com os
realizadores com quem trabalha, sendo comum repetir ao longo da sua
carreira colaboraçoes, mesmo que não seja um realizador main
stream. É isso que se passou neste filme que volta a juntar o
conhecido actor com Tom Tykwer com que já tinha colaborado no
estranho Cloud Atlas. O resultado voltou a não ser o esperado,
principalmente criticamente com avaliaçoes demasiado medianas,
comercialmente parece nunca ter sido um filme que pensava em grandes
bilheteiras, e para um filme que não teve grande expansao ate
podemos dizer que o resultado e melhor do que o esperado.
Numa altura em que a
dificuldade do ocidente prespetivar o mundo muculmano e cada vez mais
um filme que trabalha no sentido de dar uma vertente cultural desse
mundo acaba por ser interessante, e é neste ponto que o filme tem a
sua maior virtude, na capacidade de nos dar um mundo novo de
extremos, de uma forma maioritariamente representativa onde os
contrastes sao bem vincados, mas acima de tudo deixa para o espetador
a opiniao, o que me parece virtuoso.
Como historia e um
filme claramente pequeno de uma abrangencia facil, a tipica historia
da pessoa fora de contexto, que desligada acaba por se encontrar num
sitio menos obvio, e nesse particular o filme e previsivel, e vai
perdendo as poucas virtudes artisticas que apresenta no seu inicio
quando é claramente uma comedia, para se tornar num filme mais
monotono mais simplista e ao mesmo tempo mais vulgar.
No resultado um filme
simples, com bons e maus momentos, um filme mediano de objetivos
curtos mas que os cumpre com facilidade. Nao e um filme que tenta ser
mais do que aquilo que é pese embora a primeira parte do filme nos
conduza para um tipo de filme mais solto, mais comico que poderia
facilmente obter melhores resultados. Mas o dever moral do filme
torna-o num filme com uma maior mensagem, que se leva mais a serio e
claramente por isso menos interessante.
A historia fala de um
ex empresario que se desloca para a Arabia Saudita com o objetivo de
apresentar um projeto ao rei daquele pais. No mesmo tem de se adaptar
as diferenças culturais, climatericas e de relacionamento que ira
para sempre mudar a sua forma de ver a vida.
Em termos de argumento
temos um filme claramente mais extravagante e inicialmente bem
montado, mas que desiste dos pressupostos mais arriscados da sua
historia para se tornar numa simples historia de auto conhecimento,
com esta opção não so os dialogos mas acima de tudo as personagens
vai ficando mais pequenas com todo o filme.
Tykwer é um realizador
normalmente extravagante, já o tinha sido nos seus filmes anteriores
e aqui na primeira parte do filme volta a ser, e aqui que temos os
melhores momentos de uma realizaçao que como todo o filme vai-se
vulgarizando na sua segunda metade. Para um realizador que ainda
busca algum consenso penso que este e um filme pequeno demais para
esse objetivo.
Ter Tom Hanks como
actor principal de qualquer filme e guarantia que o serviço esta
perfeitamente controlado, mesmo que a personagem seja limitada como e
o caso. E um exercicio simples de Hanks que em piloto automatico
chega perfeitamente para controlar o filme que tem na sua personagem
o epicentro de tudo, ou não estivesse presente quase toda a duração
do filme.
O melhor – A primeira
meia hora
O pior – O filme
tornar-se banal mesmo na sua essencia na segunda fase
Avaliação - C+
No comments:
Post a Comment