Wednesday, May 11, 2016

The Family Fang

Jason Bateman é uma das figuras naturais do cinema cómico, e nos últimos anos tem construido uma carreira mais sustentada, principalmente conjugando papeis em filmes proprios bem como assumindo a realizaçao de obras mais exprimentalistas dentro da comedia independente. E nesta tarefa tem se saido bem com criticas positivas sem no entanto ainda não chegar ao entusiasmo, mesmo que em termos comerciais, ao serem filmes mais independentes acabem por ser filmes comercialmente mais limitados como foi o caso deste filme, que digamos chegou quase um ano mais tarde.
Sobre este filme podemos dizer que se trata de uma abordagem diferente de familia, que alias e o verdadeiro foco do filme, parece uma sátira ao mundo do espetaculo, claro com os contornos exagerados para a mensagem ser emitida, da incapacidade de gerir a arte e a familia. E se nesta mensagem o filme ate tem impacto criando sempre a duvida do que realmente aconteceu, mas o que é certo e que em termos de comedia o filme nunca existe, nem nos parece que tenha esse objetivo. Parece claramente um filme que mesmo com todo o ridículo das situações que cria acaba sempre por se levar muito a serio.
Mesmo assim parece-nos um filme que nunca pega no assunto pela cabeça e o faz resultar na plenitude, primeiro porque claramente o teor do filme apenas permite que o filme seja tratado de uma forma suave, principalmente nos sketchs criados em forma de apanhado pelos protagonistas, mas na dinamica da mensagem parece-me obvio que o filme poderia ser mais denso, ir mais a fundo dar mais das personagens que nos parecem bem criadas mas que o filme nos seus elementos nunca os potencia totalmente.
Ou seja um filme estranho, que consegue transmitir uma mensagem forte, principalmente na parte final na relação incondicional entre os irmaos, mas que por outro lado parece andar por caminhos que nos parece nem sempre ser os mais certos, o que acaba por nos transmitir sensações diferentes e nem todas elas positivas. Mas mesmo assim parece-me que um estilo de cinema suave com mensagem pode ser o caminho para valorizar comedias com conteudo que querem mais do que potenciar a gargalhada facil no espetador.
A historia fala de dois irmãos inseridos numa familia estranha relacionada com as artes que cria falsas historias para captar as reaçoes das pessoas. Contudo com a evolução dos mais pequenos e terem seguido formas de vida diferentes a familiar e a relaçao acaba por se degradar.
Em termos de argumento parece-me obviamente que o livro que deu origem ao filme tem potencial em termos de mensagem, originalidade na ideia, mas na concretizaçao do filme nem sempre consegue ter o impacto que provavelmente o livro tem, os dialogos nem sempre são consistentes e fica a ideia que as personagens valem muito mais do que aquilo que o filme nos da delas.
Na realização Bateman esta a entrar bem num genero sempre dificil como as comedias sem graça mas curiosas, ja tinha funcionado, na minha opiniao ainda melhor em Bad Words, aqui a realiação é menos vistosa mas mais complicada principalmente na contextualizaçao temporal, mas fica a ideia de dois filmes interessantes sem no entanto ainda ter feito a sua obra prima.
No cast Bateman encaixa muito bem em personagens apagadas à procura de rumo, Kidman tem mais força e alma na sua personagem acaba por ter um papel interessante um dos melhores dos ultimos momentos da sua carreira, pese embora a simplicidade do mesmo. Também de referir o excelente papel de Walken que nos ultimos tempos tem reacendido uma carreira com papeis interessantes, sendo este mais um.

O melhor - A mensagem do filme.

O pior - Sentirmos que as personagens são bem maiores do que o filme faz delas

Avaliação - C+

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