Noah Baumbach é neste
momento um dos argumentistas mais singulares do panorama indie norte
americano, a sua capacidade de fazer historias comuns, conversas
entre pessoas com a sua posiçao pouco definida tem-lhe dado uma
capacidade de se assumir com um autor de renome no cinema actual.
Muitas da vezes em colaboraçao com sua musa Greta Gerwing ambos tem
conseguido assumir um espaço proprio que permite que pequenos filmes
como este sem actores de renome consigam conciliar um bom suporte
critico, sempre comum no realizador com um potenciar comercial cada
vez maior em cada filme do realizador.
Sobre o filme, tenho
que dizer que sei ver algumas das virtudes do realizador, a forma
como ele consegue criar monologos em dialogos, o ritmo dos dialogos
dos seus filmes, ter momentos extremamente engraçados de satira
entre conversas serias, o non sense de muitas das suas sequencias que
sao pensadas ao minuto. Mas tudo isto resulta em optimos filmes, que
nunca vamos esquecer? Ai já tenho as minhas duvidas, nos ate podemos
gostar de momentos ou algumas cenas do filme, mas no final ficamos
com a ideia de que tudo e demasiado excentrico e sem sentido e isso
tira em muito a força da mensagem final dos seus filmes.
Este e obviamente mais
um filme que tem esse problema e se tudo ate começa bem com os
momentos e desde a altura em que a musa Greta entra no filme que o
complicador liga e ai torna-se um filme que ser ser diferente, que
quer fugir da graça ou da futilidade simples, e isso ate pode ser
artistico mas leva para um plano tao paralelo que no final a mensagem
a transmitir já surge com intormissoes e sem o impacto que podia ter
tido se fosse transmitido de uma forma mais simples.
No futuro perceberemos
se o cinema de Boubach alguma vez rendera mais que isto, do que
satiras urbanas a um mundo de excentricos, mas satirizar com isto de
uma forma realmente excentrica parece um contrasenso uma auto critica
que provavelmente Baumbach quer fazer, mas se o quer fazer mais
alimentara aquilo que critica e isso parece algo indefinido no seu
cinema.
A historia fala de uma
jovem caloira da universidade em Nova iorque que com dificuldades de
integraçao acaba por sair com a filha do futuro marido da sua mae,
pessoa que a fascina e que vai inspirar a sua ambiçao literaria.
O argumento tem
obviamente muitas virtudes a forma como Baumbach consegue fazer
dialogos em cadeia e extremamente dificil e ele faz como poucos
introduzindo bem muitas graças situaçoes insolitas que todos os nos
recordaremos, parece-me ter mais dificuldades em formar tudo isso num
bloco solido e numa mensagem bem impressa, podemos dizer que esta e a
dificuldade de todos os seus filmes com excepção de While We're
Young.
Como realizador cada
vez mais assistimos menos risco de um realizador que tenta deixar
este espaço para fazer a historia e o argumento brilhar, ele que
muito poderia apreender com o seu amigo Wes Andersson e dar um
assinatura pessoal na realizaçao que normalmente fica apenas pela
escrita. Aqui quase nada a realçao, a não ser o lado claro da noite
de Nova Iorque que brilha por si,
No cast o lado bom e o
lado mau do filme, se com Lola Kirk o filme consegue ter uma das
revelaçoes do ano, o filme é seguro nos seus sentimentos e na
ligeireza com que os interpreta, por outro lado a excentricidade
vazia de Gerwig, o papel que tinha mais para brilhar não convence e
torna-se repetitivo no que fez por exemplo em Frances Ha.
O melhor – A forma
como introduz a graça facil na mais insolita das situaçoes.
O pior – A
dificuldade de tornar boas cenas num bom filme
Avaliação - C
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