Sunday, November 01, 2015

No Escape

A passagem de alguns realizadores do cinema de terror para o cinema de acçao e apenas uma questao de tempo principalmente quando este estilo resulta pelo impacto fisico dos seus filmes. Este ano, com este No Escape, foi a vez John Dowdle responsavel por sucessos de terror como Quarentena e As Above So Below, ter a sua oportunidade. Mas esta passagem quer criticamente quer comercialmente esteve longe de qualquer sucesso com resultado bastantes negativos em ambos os planos.
O cinema de acçao tornou-se nos ultimos anos com o bom resultado de alguns filmes e sequelas muito exigente, já não exigimos acçao de tirar o folego mas acima de tudo uma intriga completa ou pelo menos que nos surpreende, e é nesse particular que este filme falha em larga escala, rapidamente nos primeiros 30 minutos percebemos tudo que se vai passar a seguir e no fim temos a total sensação que se falhamos foi por colocar pontos que acabam por não existir. Ou seja narrativamente temos um dos filmes mais basicos e serie B que há memoria.
Perdendo na riqueza da intriga e argumento tornava-se necessario para o filme funcionar a força das imagens ou pelo menos a força das sequencias de acçao, e mesmo aqui o filme, acaba por falhar se bem com muito menos impacto do que narrativamente, temos sequencias longa de acçao, de sobrevivencia, e algum sentimento de claustrofobia na sequencia do hotel no restante uma fuga ao longo de mais de uma hora de filme, com pouco realismo, e onde as personagens simplesmente deixam de existir.
Mas o lado mais negativo vem no fim, como a forma que um conflito a escala mundial se resolve com uma familia e alguns amigos, tudo torna-se quase tao limitado como os filmes de acçao de video de herois do genero como Seagal e Van Damme, que tiveram sucesso nos anos 90, mas que no panorama atual não fazem qualquer tipo de sentido.
A historia fala de uma famalia que por motivos de trabalho ve-se obrigada a ir residir para um pais asiatico, logo na primeira noite desencadeia-se uma guerra civil que visa matar todos os estrageiros no pais por um grupo de rebeldes, começando ai uma fuga pela sobrevivencia dos elementos deste agregado.
Em termos de argumento este No Escape e dos filmes mais pobres de acçao dos ultimos anos, vazio, sem qualquer tipo de conteúdo a não ser arranjar um contexto para um jogo do gato e do rato, as personagens não sao expostas a nenhuma definiçao de elas mesmas, e os dialogos sao apenas os basicos, muito pouco para a acçao do seculo XXI
Este era um filme que poderia marcar a passagem do realizador para um genero mais facil de ser unanime, mas falha, mesmo que o filme permitisse uma sensação de cerco, o filme nunca consegue utilizar este ponto para criar esse impacto no espetador. E certo que e um filme sem grandes meios, mas poderia ser mais creativo.
No cast pouco ou nenhum destaque, Owen Wilson na minha opiniao e um actor comedia limitado e não funciona noutro genero, sendo a acçao o genero onde na minha opiniao tudo corre pior, não ter disponibilidade nem vigor fisico e tudo parece demasiado falso, no filme ficamos com a sensaçao que o lado forte do filme e Lake Bell, tambem ela limitada mas mais talhada para o genero, a presença de Brosnan e a habitual, de um actor que consegue estar vinte anos a repetir papeis

O melhor – Os primeiros dez minutos servem para contextualizar a diferença de culturas

O pior – O unico conteudo relevante do filme esgota-se nesse mesmo período


Avaliação - D+

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