Já passou diversos anos desde a origem do Festival Sundance e cada vez mais, aquele é um espaço onde novos realizador tentam a sua sorte, cada vez mais focados num sucesso pleno do que propriamente no espirito indie e anti-mainstream que deu à luz o projecto. Contudo todos os anos surgem titulos menos populistas e comerciais que homenageiam a origem do festival, como foi este ano com este peculiar filme, que acabou por agradar a critica especializada, se bem que em dose moderada e comercialmente simplesmente nao existiu limitando-se à participação em alguns festivais e exposição na internet.
Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata dos filmes mais dificeis de ver do ano, principalmente porque ao longo de mais de uma hora e meia de filme temos uma personagem completamente em silencio, porque o desenvolvimento do filme nao existe ou tem a velocidade de uma tartaruga paralizada, e porque na maior parte do tempo as sequencias do filme nao tem nenhuma logica ou fio condutor. Podemos dizer que e o espirito Lynch a aparecer, para mim parece-me um adormecer intencional do filme para fazer ter outro impacto as sequencias de stand up comedy disfuncionais, que são o unico ingrediente do filme.
Porque tudo o resto nao faz qualquer sentido, a repetiaçao de frases ou momentos sem qualquer tipo de objectividade que mais não é do que a tentativa clara do filme se assumir como diferente, rebeldes e a quebra de todos os sentidos de logica, percebemos a luta emocional e o desespero da personagem central, mas sabemos pouco ou nada sobre ela, podendo o filme com um estlo retilineo funcionar bem melhor com o mesmo tema e ingredientes.
O unico lado bom do filme e a forma como os momentos de stand up comedy acabam por ser intensos, pouco engraçados ou num estilo de humor que quase nao agrada a ninguem, mas que espelha bem a tentativa de alguns novos valores da arte extremamarem posiçoes para se fazerem ouvir. Aqui temos talvez o unico louvor que o filme obtem, mas a imagem final que fica e que o objectivo do filme é ser estranho.
A historia fala de um comediante num momento pessimo da carreira onde apenas actua em bares vazios e sem qualquer tipo de reforço do publico e a tentativa do mesmo conseguir reativar a relaçao com a sua filha.
O argumento e como todo o filme muito estranho, demasiado pausado, sem grandes dialogos, um estilo indie de há diversos anos em que o filme brilhava por ser diferente e ilogico, fica a sensaçao que algumas personagens valiam bem mais do que aquilo que o filme lhes dá.
Na realização Alverson tem bons momentos, e logica a inspiração em Lynch, mas a intensidade das imagens e completamente diferente, fragmentar um filme por completo e tentar dar algum sentido ou a falta dele, parece-me demasiado facil para quem quer ser cinenasta, nao sera neste estilo que alguma vez sera uma figura da 7 arte.
No cast temos alguns dos bons destaques do filme, principalmente a contruçao dificil de Gregg Turkington, um autentico outsider que tem todo o filme sobre si, e funciona nos objectivos dificeis que o filme poderia ter, consegue diferenciar bem a sua actuaçao em cima e baixo do palco, mas e no palco e nos momentos de stand up que o seu papel ganha outro fulgor junto com a falta de humor destes momentos o melhor do filme
O melhor - A stand up comedy potenciada por bons momentos de interpretação do seu protagonista
O pior - A falta de logica de quase todo o filme, que nunca funciona como um todo, e acima de tudo porque esse era um dos objectivos do mesmo.
Avaliação - D+
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