Saturday, November 14, 2015

Steve Jobs

Este é talvez um dos filmes com uma das pre produçoes mais atribuladas dos ultimos anos. Um projecto que teve alteraçao de realizador, protagonistas, totos pareciam ter receio de uma aposta tão arriscada, sustentada num unico pilar Aaron Sorkin, que depois de ser um vencedor nato na televisao queria ganhar na 7ª arte em projetos mais do que de realizadores de autor. As primeiras reações parecem que em termos de resultado critico o filme funcionou, as avaliaçoes são bastante entusiastas para um filme que tinha muitos anticorpos, contudo o lado negativo veio do lado que menos se esperava comercialmente o filme foi um rotundo floop e isso pode condicionar a corrida aos premios que esteve na mente de um filme como este.
Os biopic sao sempre obras dificeis, principalmente em vidas riquissimas como a de Jobs, dai que escolher apenas tres momentos para adaptar uma vida era uma escolha arriscada, mas e no risco que se define os grandes artistas do cinema, e este e obviamente um filme que é uma obra de arte, principalmente de escrita, a intensidade a profundidade a riqueza de cada linha dos dialogos e uma obra de arte literaria mas ao mesmo tempo capaz de condensar em tres momentos e em duas horas uma vida riquissima onde não interessa os promenores irrelevantes mas onde toda a obra e personalidade estao la todos.
Para isso o filme tem um aspeto que não e facil e nem sempre esta presente mesmo no cinema de autor, a capacidade de se reduzir a tudo o que e necessario, não precisa de muitos momentos basicamente vamos para tres espaços com os mesmos personagens ao longo do ano, esta forma original na forma de abordar um biopic, e que nos podemos considerar facilmente como aborrecida acaba por ser ela propria o que mantem o ritmo do filme e percebe-se porque o unico elemento que nunca poderia sair era Sorkin.
E obvio que muitos poderao dizer que outros aspetos da personagem ficaram de fora, as relaçoes quando nos sao dadas não tem a profundidade que muitos gostariam que tivesse, provavelmente porque cortaria o ritmo, bem como perde dez anos da vida de uma pessoa talvez os mais proveitosos e realizados mas aquele onde a sua personalidade foi menos vezes posta a prova.
A historia fala de tres momentos decisivos na carreira de Jobs, desde logo o lançamento do Macintosh, do Next e do Imac, bem como as suas relaçoes com tres pessoas fundamentais na sua vida, o seu amigo e co fundador da Apple o CEO que o despede e a sua filha.
O argumento e absolutamente brilhante so possivel em alguem que melhor que ninguem sabe fazer do dialogos a força e originalidade de um filme, e não se fica por aqui, para alem disso a abordagem torna tudo o que foi feito no biopic num all in e ganha completamente e dos argumentos mais brilhantes do ano, de um argumentista que e já ele a estrela dos seus filmes.
Boyle tem a posiçao mais silenciosa, não precisa de se destacar nem que seja porque não havia espaço para o fazer, basicamente so o conhecemos nas passagens entre as cenas, e no facto de adaptar a realizaçao de cada momento as estrategias de então. Sendo uma realizaçao de topo não e tao brilhante como o argumento mesmo sendo uma das melhores do ano e de um dos realizadores em melhor forma.
No cast, a escolha para Jobs era dificil, dai que as escolhas foram talvez para tres dos melhores actores do momento, Di Caprio e Bale recusaram sobrou Fassebender para um grande papel daqueles que muda uma carreira que não necessitava de mudar pois já estava num optimo caminho, e intenso, e espontaneo e carismatico e expressivo, não sendo um papel dificil e um papel que brilha num bom actor que ele é. Nos secundarios destaque para uma Winslet sempre ao bom nivel e que e o alicere mais do que tudo para a prestação de Fessbender e a muleta ideal para elevar os dialgoos.


O melhor – O argumento e abordagem do filme, de genio

O pior – Perder algum tempo da vida de Jobs onde ele foi bem mais decisivo para a evolução



Avaliação - A-

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