Este é talvez um dos
filmes com uma das pre produçoes mais atribuladas dos ultimos anos.
Um projecto que teve alteraçao de realizador, protagonistas, totos
pareciam ter receio de uma aposta tão arriscada, sustentada num
unico pilar Aaron Sorkin, que depois de ser um vencedor nato na
televisao queria ganhar na 7ª arte em projetos mais do que de
realizadores de autor. As primeiras reações parecem que em termos
de resultado critico o filme funcionou, as avaliaçoes são bastante
entusiastas para um filme que tinha muitos anticorpos, contudo o lado
negativo veio do lado que menos se esperava comercialmente o filme
foi um rotundo floop e isso pode condicionar a corrida aos premios
que esteve na mente de um filme como este.
Os biopic sao sempre
obras dificeis, principalmente em vidas riquissimas como a de Jobs,
dai que escolher apenas tres momentos para adaptar uma vida era uma
escolha arriscada, mas e no risco que se define os grandes artistas
do cinema, e este e obviamente um filme que é uma obra de arte,
principalmente de escrita, a intensidade a profundidade a riqueza de
cada linha dos dialogos e uma obra de arte literaria mas ao mesmo
tempo capaz de condensar em tres momentos e em duas horas uma vida
riquissima onde não interessa os promenores irrelevantes mas onde
toda a obra e personalidade estao la todos.
Para isso o filme tem
um aspeto que não e facil e nem sempre esta presente mesmo no cinema
de autor, a capacidade de se reduzir a tudo o que e necessario, não
precisa de muitos momentos basicamente vamos para tres espaços com
os mesmos personagens ao longo do ano, esta forma original na forma
de abordar um biopic, e que nos podemos considerar facilmente como
aborrecida acaba por ser ela propria o que mantem o ritmo do filme e
percebe-se porque o unico elemento que nunca poderia sair era Sorkin.
E obvio que muitos
poderao dizer que outros aspetos da personagem ficaram de fora, as
relaçoes quando nos sao dadas não tem a profundidade que muitos
gostariam que tivesse, provavelmente porque cortaria o ritmo, bem
como perde dez anos da vida de uma pessoa talvez os mais proveitosos
e realizados mas aquele onde a sua personalidade foi menos vezes
posta a prova.
A historia fala de tres
momentos decisivos na carreira de Jobs, desde logo o lançamento do
Macintosh, do Next e do Imac, bem como as suas relaçoes com tres
pessoas fundamentais na sua vida, o seu amigo e co fundador da Apple
o CEO que o despede e a sua filha.
O argumento e
absolutamente brilhante so possivel em alguem que melhor que ninguem
sabe fazer do dialogos a força e originalidade de um filme, e não
se fica por aqui, para alem disso a abordagem torna tudo o que foi
feito no biopic num all in e ganha completamente e dos argumentos
mais brilhantes do ano, de um argumentista que e já ele a estrela
dos seus filmes.
Boyle tem a posiçao
mais silenciosa, não precisa de se destacar nem que seja porque não
havia espaço para o fazer, basicamente so o conhecemos nas passagens
entre as cenas, e no facto de adaptar a realizaçao de cada momento
as estrategias de então. Sendo uma realizaçao de topo não e tao
brilhante como o argumento mesmo sendo uma das melhores do ano e de
um dos realizadores em melhor forma.
No cast, a escolha para
Jobs era dificil, dai que as escolhas foram talvez para tres dos
melhores actores do momento, Di Caprio e Bale recusaram sobrou
Fassebender para um grande papel daqueles que muda uma carreira que
não necessitava de mudar pois já estava num optimo caminho, e
intenso, e espontaneo e carismatico e expressivo, não sendo um papel
dificil e um papel que brilha num bom actor que ele é. Nos
secundarios destaque para uma Winslet sempre ao bom nivel e que e o
alicere mais do que tudo para a prestação de Fessbender e a muleta
ideal para elevar os dialgoos.
O melhor – O
argumento e abordagem do filme, de genio
O pior – Perder algum
tempo da vida de Jobs onde ele foi bem mais decisivo para a evolução
Avaliação - A-
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